O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) iniciou um arrojado programa para reduzir o tempo de espera nas filas para exames e cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde.
Está implantando um terceiro turno de trabalho, das 19h à 1h da manhã diariamente, e um expediente extra aos sábados das 7h às 19h.
A meta é aumentar em 20% a capacidade dos hospitais do grupo, em cirurgias e exames de média e alta complexidade.
O mutirão, que estará operando a pleno em 40 dias, foi anunciado neste sábado com a presença do recém-empossado ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em evento no auditório do GHC.
Padilha definiu o complexo hospitalar de Porto Alegre como “o grande braço do SUS”. Disse que a redução das filas é a sua “obsessão” e que vai replicar o modelo do GHC “do Oiapoque ao Chuí”.
O Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, é a maior estrutura de saúde atendendo exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde, no sul do país.
São quatro hospitais, uma Unidade de Pronto Atendimento, 12 postos de saúde comunitária, três Centros de Atenção Psicossocial e uma escola. Em 2024, fez 70 mil cirurgias, 1,9 milhão de consultas e 3 milhões de diagnósticos.
Foi o primeiro hospital no país a implantar o Programa de Melhor Acesso a Especialidades e, nos últimos dois anos, investiu R$ 32 milhões para reduzir as filas das cirurgias eletivas e R$ 29 milhões em equipamentos para tratamentos especiais.
Nos casos de câncer, por exemplo, já reduziu o tempo médio – entre suspeita, diagnóstico e início do tratamento – de 71 dias para 17 dias.
Segundo Padilha, o GHC “é o centro do esforço do SUS para reduzir o tempo de espera no atendimento especializado – exames e cirurgias”.
No sábado mesmo, no hospital Nossa Senhora da Conceição, já foram realizados aproximadamente 40 cirurgias, com a abertura de 10 salas operatórias, nas áreas de Urologia, Mastologia, Oftalmologia e de cirurgias vasculares, gerais e oncológicas.
Outras 48 cirurgias foram feitas no primeiro dia do mutitrão nas outras unidades do grupo: hospitais Cristo Redentor, Fêmina e Criança Conceição.
Padilha, que é médico e já foi ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (2011/2014) se declarou impressionado com a expansão do GHC, que elevou seus investimentos de R$ 9 milhoes em 2022, para mais de R$ 100 milhões por ano, nos últimos dois anos.
Segundo o presidente, Gilberto Barichello, há 80 obras de melhorias e expansão dos serviços no grupo e já tem assegurados no Programa de Aceleração do Crescimento recursos da ordem de R$ 1, 2 bilhões para construção de um novo centro de diagnóstico, com capacidade de 600 mil exames por ano, e de um novo hospital da mulher e da criança.