O ato de entrega da revitalização do Brique da Redenção, tradicional feira do Parque Farroupilha em Porto Alegre, acontecerá dia 11 de setembro.
A feira ganhará novas bancas, grades de exposição, camisetas, sacolas ecológicas padronizadas e site remodelado. A Revitalização do Brique é resultado de uma parceria da prefeitura, da Associação do Brique da Redenção e a gigante americana Walmart, por meio de sua nova marca no estado – BIG.
Realizada há 33 anos, no Parque Farroupilha (Redenção), a feira atrai cerca de 50 mil visitantes por final de semana. O local é um dos principais pontos turísticos da cidade. Funciona das 9h às 18h, na avenida José Bonifácio.
O Brique foi inaugurado em março de 1978 como “Mercado de Pulgas”, com 40 expositores. Em 1982, surgiu a Feira de Artesanato do Bom Fim e o Arte na Praça. Atualmente, trabalham no local 184 expositores de artesanato, 66 de antiguidades, 40 de artes plásticas e dez de gastronomia.
Programação Cultural do dia 11 de setembro:
9h – Recuerdos de Milonga
10h30 – Cordas e Cordeonas
11h30 – Solenidade com a presença de autoridades
12h45 – Canta Brasil
13h45 – Escuela Argentina de Tango Daniel Carlos
15h – Blue Grass
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Porto Alegre promove eleições para fóruns de planejamento urbano
Em setembro e outubro deste ano, acontecem eleições para escolha de conselheiros, suplentes e delegados dos Oito Fóruns de Gestão do Planejamento.
Os conselheiros representam as oito Regiões de Gestão do Planejamento (RGPs) – em que é dividido o território de Porto Alegre – no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA).
Os Fóruns de Gestão do Planejamento são o canal para a população opinar sobre o planejamento urbano, fazer propostas para o desenvolvimento da região e debater projetos de empreendimentos ou atividades que provocam mudanças onde serão instalados e no dia a dia das pessoas.
Por exemplo, a construção de um shopping center que vai aumentar o número de veículos na área onde será construído.
Porto Alegre possui oito Fóruns Regionais de Planejamento. Cada um com delegados e conselheiros eleitos a cada dois anos. Os Oito conselheiros levam as decisões dos fóruns ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA).
No CMDUA são decididas as políticas de crescimento da cidade e projetos de construções que provocam mudanças na vida da população.
O Conselho Municipal tem 28 integrantes, incluindo o presidente que é o Secretário do Planejamento Municipal Márcio Bins Ely.
– Nove representam a comunidade (oito são escolhidos pelos Fóruns Regionais de Planejamento e um, pelo Orçamento Participativo).
– Nove representam entidades de classe, ambientais e afins do planejamento urbano, além de instituições científicas.
– Nove representam Município, Estado e União.
Organizadas pela Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria do Planejamento Municipal. O processo eleitoral nos Fóruns Regionais vai ter duas etapas:
No período de 12 a 27 de setembro, acontece o credenciamento dos interessados em participar como candidato ou como eleitor, nas oito RGPs.
O credenciamento é realizado, das 10 às 20 horas, durante dois dias, em dois locais de cada região. Para se credenciar é necessário ter mais de 16 anos e comprovar residência na Região de Gestão do Planejamento.
Os candidatos a conselheiros e suplentes devem ter idade mínima de 18 anos, comprovar residência na região que desejam representar e apresentar declaração que não exercem cargo em comissão na Prefeitura Municipal de Porto Alegre, cargo eletivo municipal ou de representação em outro Conselho Municipal.
Os candidatos a delegado precisam ter no mínimo 18 anos e provar que moram na região que pretendem representar.
A segunda fase, quando serão realizadas as eleições propriamente ditas, acontece de 13 a 31 de outubro.
O colégio eleitoral – formado pelas pessoas cadastradas na primeira etapa – escolhe os conselheiros e delegados.
Confira abaixo as datas, locais e horários de cadastramento:
Região 1 – (Centro) – 14 e 15 setembro das 9h às 19h (4° e 5° feira).
a) CAR Centro – Siqueira Campo, 1180 – Centro Histórico.
b) Secretaria do Planejamento Municipal – Av. Borges de Medeiros, 2244 – Térreo/ Fundos.
Região 2 – (Humaitá/Navegantes/Ilhas e Noroeste) – 21 e 22 setembro das 10h às 20h (4° e 5° feira).
a) CAR Noroeste/Humaitá/Navegantes – Av. Cairú, 721, Navegantes (terminal de ônibus).
b) CAR Arquipélago – Rua Capitão Coelho, s/nº, Praça Salomão Pires de Abraão – Ilha da Pintada.
Região 3 – (Norte e Eixo Baltazar) – 21 e 22 setembro das 10h às 20h (4° e 5° feira).
a) CAR Eixo Baltazar – Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 2132 (Centro Vida) – Sarandi.
b) CAR Norte – Av. Bernardino Silveira Amorim, 1358 – Vila Santo Agostinho – Rubem Berta.
Região 4 – (Leste e Nordeste) – 14 e 15 setembro das 10h às 20h (4° e 5° feira).
a) CAR Leste – Rua São Felipe, 144 / Fundos – Bom Jesus.
b) CAR Nordeste – Estrada Martim Felix Berta nº 2355 – Mário Quintana – Parque Chico Mendes.
Região 5 – (Glória/Cruzeiro/Cristal) – 12 e 13 setembro das 10h às 20h (2° e 3° feira).
a) CAR Glória – Av. Moab Caldas, 125 – Santa Tereza.
b) Clube de Mães do Cristal / Biblioteca Comunitária – Rua Curupaiti, 915 – Cristal.
Região 6 – (Centro Sul e Sul) – 26 e 27 setembro das 10h às 20h (2° e 3° feira).
a) CAR Sul / Centro Sul – Av. Otto Niemeyer, 3261 – Cavalhada.
b) Paróquia da Igreja Nossa Senhora das Graças – Av. Wenceslau Escobar, 2.380 esquina com a Av. Otto Niemeyer.
Região 7 – (Lomba do Pinheiro/Partenon) – 12 e 13 setembro das 10h às 20h (2° e 3° feira).
a) CAR Partenon – Av. Bento Gonçalves, 6670 – Agronomia.
b) CAR Lomba do Pinheiro – João de Oliveira Remião, 5450.
Região 8 – (Restinga e Extremo Sul) – 26 e 27 setembro das 10h às 20h (2° e 3° feira).
a) CAR Restinga e Extremo Sul – Rua Antônio Rocha Meireles Leite, 50 – Restinga.
b) Posto Avançado Extremo Sul – Av. Juca Batista, 10.400 (Capatazia Belém Novo do DMLU) – Belém Novo.
Confira abaixo a lista das regiões e os respectivos bairros:
Região 01 (Centro): Marcílio Dias, Floresta, Centro Histórico, Auxiliadora, Moinhos de Vento, Independência, Bom Fim, Rio Branco, Mont’ Serrat, Bela Vista, Farroupilha, Santana, Petrópolis, Santa Cecília, Jardim Botânico, Praia de Belas, Cidade Baixa, Menino Deus, Azenha.
Região 02 (Humaitá/ Navegantes/ Ilhas e Noroeste): Farrapos, Humaitá, Navegantes, São Geraldo, Anchieta, São João, Santa Maria Goretti, Higienópolis, Boa Vista, Passo D’Areia, Jardim São Pedro, Vila Floresta, Cristo Redentor, Jardim Lindóia, São Sebastião, Vila Ipiranga, Jardim Itú, Arquipélago.
Região 03 (Norte e Eixo Baltazar): Sarandi, Rubem Berta, Passo das Pedras.
Região 04 (Leste/ Nordeste): Três Figueiras, Chácara das Pedras, Vila Jardim, Bom Jesus, Jardim do Salso, Jardim Carvalho, Mário Quintana, Jardim Sabará, Morro Santana.
Região 05 (Glória/ Cruzeiro e Cristal): Cristal, Santa Tereza, Medianeira, Glória, Cascata, Belém Velho.
Região 06 (Centro Sul e Sul): Camaquã, Cavalhada, Nonoai, Teresópolis, Vila Nova, Vila Assunção, Tristeza, Vila Conceição, Pedra Redonda, Ipanema, Espírito Santo, Guarujá, Serraria, Hípica, Campo Novo, Jardim Isabel.
Região 07 (Lomba do Pinheiro/ Partenon): Santo Antonio, Partenon, Cel. Aparício Borges, Vila João Pessoa, São José, Lomba do Pinheiro, Agronomia.
Região 08 (Restinga/ Extremo Sul): Restinga, Ponta Grossa, Belém Novo, Lageado, Lami, Chapéu do Sol.
Símbolos da riqueza antiga
O otimismo dos primeiros folhetos distribuídos à imprensa previa quatro anos para a conclusão do Projeto Monumenta em Porto Alegre.
Oito anos depois, em novembro de 2010, a coordenadora dos trabalhos, arquiteta Briane Bicca, evita fazer previsões.
“Restauração é uma caixinha de surpresa”, diz ela. “Você começa, mas não sabe o que vai encontrar pela frente”.
O Monumenta, em todo caso, é uma realidade em Porto Alegre e, mesmo antes de concluído, pode ser considerado o maior projeto de restauração do patrimônio histórico já feito na cidade.
Dos oito prédios públicos arrolados no projeto, seis estão prontos, além de 12 edifícios privados.
No total, serão R$ 22 milhões aplicados na restauração de edifícios e espaços públicos no centro histórico da cidade. Vai a mais de mil o número de pessoas envolvidas no conjunto de projetos.
Obra retomada
Os dois prédios que faltam são a Igreja das Dores, na rua da Praia, e a Pinacoteca Municipal Rubem Berta, na Riachuelo. A obra da igreja esteve interditada por cinco meses, agora foi retomada.
A restauração da Pinacoteca Municipal é a mais atrasada e um bom exemplo das surpresas que podem surgir. Nos oito meses previstos para a conclusão, a empresa contratada em licitação não conseguiu ir além de 20 por cento da obra.
O contrato foi rompido, uma nova licitação está aberta. Deve levar mais uns oito meses até escolher a nova empresa, depois mais três meses para assinatura dos papéis e, aí, começar a fazer os 80% da obra que faltam. Ou seja: mais uns dois anos.
Nos dois espaços públicos que integram o projeto – Praça da Alfândega e Praça da Matriz – a situação é diferente. A obra na Praça da Matriz, que envolve também a rua da Ladeira (General Câmara) não tem previsão. Teve problemas com a licitação, provavelmente vai ficar para outra etapa.
A obra na Praça da Alfândega é a mais complexa. Além de reconstituir o aspecto da praça dos anos 1940, quando ela se consolidou como um espaço de convivência, como “o passeio da cidade”, a restauração inclui o quarteirão da avenida Sepúlveda, que liga a praça ao porto.
Outro exemplo das surpresas: quando foi retirada a capa de asfalto da avenida Sepúlveda, verificou-se que os canos que drenam á água da chuva para o rio não existiam mais. Cabe ao Departamento de Esgotos Pluviais decidir sobre a nova canalização.
O DEP abriu uma licitação para contratar a empresa para fazer a drenagem. Espera-se que no inicio de dezembro seja escolhida a empresa. Aí, se tudo der certo, tem mais quatro meses da obra.
Fora os imprevistos, a obra na praça tem particularidades que tornam lento o seu andamento. Por exemplo: o meio fio dos canteiros é de granito róseo. No Rio Grande do Sul, só tem uma jazida de onde o Ibama permite a retirada desse granito. “Tem que entrar na fila para conseguir”, diz a coordenadora.
A rede elétrica tem que ser toda refeita porque vai duplicar o número de pontos de luz na praça. A restauração das luminárias antigas foi demorada. São mais de 50 luminárias de cinco ou seis modelos diferentes, que já não são mais fabricados.
A parte mais demorada ainda nem começou. É o calçamento de pedras portuguesas ao redor da praça, a chamada “calçada Copacabana”. As pedras brancas são de mármore, as escuras, granito. Já está contratada uma empresa de Curitiba para o serviço.
O que mais retardou a obra, no entanto, foi a polêmica em torno das figueiras, que deveriam ser retiradas segundo os autores do projeto.
Foram mais de quatro anos de discussões e reuniões com todos os órgãos envolvidos – Iphan, Iphae, Secretarias de Planejamento, Meio Ambiente, Obras, EPTC – até convencer a todos da necessidade de retirar as figueiras (ficcus).
Só para a Secretaria de Meio Ambiente foram cinco apresentações. “Foi tudo decisão coletiva, temos laudo com dez pessoas assinando”, diz a coordenadora.
Segundo ela, as figueiras ficaram enormes, fechavam um lado da praça, que ficava sempre frio, úmido. Estavam prejudicando os jacarandás que são o símbolo da praça, já tortos, as raízes destruíam os meios-fios. “Quem plantou aquelas árvores ali não levou em conta que elas crescem sem parar”, diz a arquiteta.
Ela prevê, sempre com alguma reserva, que na próxima Feira do Livro a praça já estará pronta.
A arquitetura de um Estado rico
Os prédios selecionados para o Monumenta em Porto Alegre foram todos construídos nas primeiras décadas do século 20, quando era forte a influência positivista, bastante visível na arquitetura dos edifícios públicos.
Era o governo Borges de Medeiros ( 1903/1928), num período de alta prosperidade para o Rio Grande do Sul, que ainda rivalizava com São Paulo em poderio econômico.
Essa prosperidade se refletiu em grandes mudanças na fisionomia da capital, com o surgimento de um conjunto de prédios monumentais que se completou até os anos de 1940 e que ainda hoje dominam a paisagem do centro histórico.
Pistas para os historiadores
As primeiras escavações junto à praça, feitas em 2007, encontraram sinais do primeiro ancoradouro, prova de que antes do aterro, a margem do Guaíba vinha até a rua da Praia.
Havia um trapiche, entre duas escadarias, na posição onde está a avenida Sepúlveda. As escadarias ainda existiam em 1870, quando D. Pedro II veio a Porto Alegre assinar o armistício da Guerra do Paraguai.
Os arqueólogos encontraram também as fundações da antiga Alfândega. Era um prédio comprido, com um pátio interno e uma fonte. Nas escavações foram também encontrados objetos – moedas, louças, utensílios – que são pistas para reconstituições históricas.
Café, sorveteria e posto policial
O projeto da Praça da Alfândega contempla também uma melhoria na parte de serviços ao público.
Na lateral, junto ao muro da Caixa Econômica Federal será construída uma estrutura para comércio e serviços – café, sorveteria, engraxates, floristas, posto policial e duas bancas de revista, uma em cada extremidade.
“Vai animar aquele espaço ali, tapando o muro”, diz a coordenadora.
No fundo, sem aparecer, dois sanitários. Os artesãos também saem da calçada da Sete de Setembro.
A intenção segundo a arquiteta Briane Bicca, é fazer com que a Praça da Alfândega volte a ser “o passeio da cidade”.
Um fundo permanente para conservação do patrimônio
Além dos prédios e espaços públicos, o Monumenta já restaurou 12 prédios privados que constavam do inventário do patrimônio histórico de Porto Alegre.
De um total de 140 imóveis arrolados pelo patrimônio histórico, 40 foram selecionados e seus proprietários receberam proposta para entrar no projeto Monumenta, com financiamento do governo federal para o restauro.
Desses, 12 aderiram e os prédios já foram restaurados. A coordenadora do Monumenta em Porto Alegre, acredita que outros dez prédios poderão ser incluídos no projeto.
Diante dos resultados dos primeiros, muitos proprietários estão aceitando entrar. Dos edifícios privados já restaurados, os mais conhecidos são o Clube do Comércio e a Catedral Anglicana, ambos na rua da Praia.
Além dos dois foram restaurados dois sobrados na rua da Praia, a “casa cor de rosa” na Riachuelo, uma casa na Demétrio Ribeiro.
Os proprietários recebem financiamento da Caixa Federal e a coordenadora acalenta o plano de formar com esses recursos um fundo permanente para restauração de imóveis de valor histórico na cidade.
Financiamento internacional
O Monumenta é um programa do Ministério da Cultura, para recuperação do patrimônio histórico em 26 cidades brasileiras.
Reconhecido pela Unesco, conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para os projetos e as obras.
Esses recursos cobrem 70% dos custos, sendo os 30% restantes contrapartida do Estado ou Município, conforme o caso.
Restaurações já concluídas
*Pórtico Cais Mauá
*Biblioteca Pública
*Museu de Arte do RS (Margs)
*Memorial do RS
*Museu da Comunicação Hipólito da Costa
*Palácio Piratini
*Mais 12 imóveis privados
Em Obras:
*Igreja das Dores
*Pinacoteca Municipal
*Praça da Alfândega
Reportagem publicada no JÀ Bomfim/Moinhos, ed. dezembro.
A saga do violão extraviado e mutilado
Rafaela Ely
Nei havia tocado em Brasília no dia anterior e voltava para Porto Alegre. No Aeroporto Juscelino Kubitschek teve que despachar o instrumento, pois era muito grande e já levava outro na cabine. Quando chegou ao Aeroporto Salgado Filho, o violão não apareceu na esteira de bagagens.
O músico procurou a equipe da companhia para saber o que estava acontecendo. Eles lhe informaram que o instrumento fora localizado mas só depois é que disseram que ele estava danificado. “Aí eu me preocupei, eles não teriam dito isso se fosse só um arranhãozinho”, lembra o cantor.
O acidente aconteceu porque, na hora de descarregar a aeronave, o violão foi colocado no topo da pilha de bagagens que o veículo de transporte carregava. No caminho, o instrumento caiu na pista e, como se não bastasse, o trator passou por cima dele.
Foi com esse violão que Nei compôs a maioria de suas canções. “Era o violão que eu mais gostava”, desabafa. Ele diz que se sentia muito confortável com o instrumento e que será difícil criar uma afinidade assim com qualquer outro. Por ser o mais usado em shows e pelo seu formato, Nei acredita que aquele violão é também uma identidade que as pessoas associam com ele.
Esse era um modelo Washburn EA44, da série “Festival” de 1993. Sua construção emprega madeiras nobres e suas laterais e a parte de trás foram fabricadas com jacarandá brasileiro. Nei explica que, por causa das mudanças na legislação ambiental, hoje fica inviável fazer um violão igual a esse. Por isso, como indenização, pediu para a empresa um violão da marca Martin, modelo OMC 16OGTE. “Essa é uma mera equivalência de sonoridade”.
Ida e volta a Nova Iorque
Como o acidente aconteceu no final da tarde de sexta, só na segunda-feira, dia 18, que o músico tratou o ressarcimento com a companhia. Ele pediu que a empresa lhe desse o violão Martin, e, para indenização de dano moral, uma passagem de ida e volta para Nova Iorque.
Eles não aceitaram e propuseram R$ 800,00 para a substituição do violão e duas passagens para vôos domésticos. Nei negou a oferta. Em 1993, quando comprou o violão, ele custava US$ 1.100,00. O Martin que ele está pedindo agora vale US$ 1.650,00. “É o mínimo para se equiparar.” Ele explica que não é apenas o valor do violão que importa: “Além da questão meramente técnica, tem a questão subjetiva do instrumento que pautou minha vida”.
No dia seguinte, o músico fez um vídeo-protesto que postou na internet. Em menos de 24h teve 4 mil acessos. Conta que tomou essa atitude, pois acredita que o procedimento padrão das grandes firmas é não negociar com clientes. “Eles preferem entrar na justiça, pois, na média, quem ganha é a empresa.” Para ele isso acontece porque a maioria dos clientes não tem o poder de exercer pressão contra as corporações.
No vídeo, ele explicou toda a situação e mostrou o violão destruído. O material repercutiu na internet, principalmente no Twitter. Nei conta que em menos de 24 horas a central de bagagens da companhia já ligava para fazer uma proposta. No dia 21, músico e empresa fizeram acordo de que o violão seria pago e o vídeo retirado do ar. O novo violão ainda não chegou, mas o prazo estabelecido foi de trinta dias. O vídeo sumiu da Web.
Apesar de estar completamente destruído, Nei guarda o violão antigo. Ele pretende restaurá-lo “não para tocar, mas para colocar na parede”.
Quando pedimos uma foto dele com o resto do instrumento, Nei disse que não: “É muito doloroso”, argumenta. Apesar da dor, o músico se diz “muito agradecido pela mobilização das pessoas e pela presteza da companhia”. O seu novo violão foi despachado de Nova Iorque no dia 27 e deve chegar para o músico na noite do dia 28.
Rafaela Ely, estudante de jornalismo.
Biodança para pais e filhos
Dançar com os filhos na manhã de sábado é o convite da Frater Espaço Biocentrico. A Aula Aberta de Biodanza para Pais & Filhos, com Myrthes Gonzalez, será dia30/10, das 10h às 11h30min. O ingresso é um quilo de alimento.
As reservas podem ser feitas pelo telefone (51) 3026 8979 ou pelo email frater@biodanza.com.br. O site do espaço é www.biodanza.com.br
Fica da rua Vicente da Fontoura 1015/201, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre.
Sal da Terra abre novo espaço
Uma performance de 15 instrutores, educadores físicos e fisioterapeutas da Sal da Terra vai marcar a inauguração do novo espaço da academia, no Menino Deus (Múcio Teixeira, 1492). A inauguração será amanhã, 28, às 19hs.
São 400 m2 com equipamentos de Pilates e Gyrotonic, de tecnologia americana Balanced Body. Formada em Miami, a equipe vai demonstrar as diferenças de cada segmento de exercícios nos equipamentos de Pilates e Gyrotonic.
O local oferecerá também aulas de Pilates Studio e Fit Pilates, com objetivo postural, de força, flexibilidade e condicionamento físico, além de salas para condicionamento cardiorrespiratório, fisioterapia, massagens terapêuticas e estéticas.
A Sal da Terra foi criada há 24 anos. Com o Centro de Pilates e Gyrotonic, será a primeira no Estado a oferecer cursos para profissionais com certificação internacional destas modalidades.
HPS começa a semana com protesto dos funcionários
Funcionários do Hospital de Pronto Socorro passaram o domingo distribuindo panfletos no Parque da Redenção e arredores convocando a população para um ato público nesta segunda feira. Dizem que o HPS, único hospital de emergências da cidade, “está esquecido pela prefeitura”. “Há muito não se investe em equipamentos, infra-estrutura e recursos humanos”. Às onze da manhã eles promovem um “abraço símbolico” ao prédio na avenida Osvaldo Aranha.
Leia o que dizia um dos panfletos distribuidos:
“HPS PEDE SOCORRO!”
“Os trabalhadores do HPS vêm buscar apoio da comunidade usuários diretos ou indiretos do Hospital de Pronto Socorro”.
“Esse símbolo de Porto alegre está esquecido. Há muito não se investe em equipamentos, infraestrutura a recursos humanos e quem acaba prejudicado é o usuário e os próprios trabalhadores que não podem dar um atendimento mais adequado e de melhor qualidade”.
“Além das condições subumanas a que estão submetidos usuários e população, a Prefeitura de Porto alegre está retirando a insalubridade daqueles que estão cuidando de você: administrativos, nutrição, limpeza, manutenção, lavanderia e serviço social”.
“Junte-se a nós, e vamos juntos defender o HPS, pois ele é de todos.
Por melhores condições de trabalho, por investimentos em equipamentos, reformas e RH, e pela manutenção da insalubridade”.
“Vamos juntos abraçar o HPS, segunda-feira , 29/06009, às 11 horas da manhã”.
Trensurb promete metrô funcionando em 2013
O superintendente da Trensurb, Humberto Kasper, disse na Câmara de Vereadores que as obras do metrô de Porto Alegre (Linha 2) começam em 2010 e que os trens estarão trafegando antes do fim de 2013. A Linha 2, chamada de Linha Copa, terá 22,8 quilômetros de extensão, 19 estações, interligadas com a rede de ônibus.
Serão 44 trens de quatro compartimentos cada, com capacidade para 760 passageiros. A linha sai do Centro, passando pelas avenidas Borges de Medeiros, Azenha, Bento Gonçalves, Agronomia, Estrada João de Oliveira Remião e Avenida Manoel Elias. Segundo Kasper, serão necessários R$ 3 bilhões para viabilizar a primeira fase.
O projeto completo da Linha 2 do metrô, conforme o superintendente, é de uma rede circular de metrô com 37,4 quilômetros, que contará com 31 estações e atenderá 32 bairros, totalizando 13 municípios da Região Metropolitana, universidades, escolas, hospitais e shoppings. A previsão é de que, em 2023, o metrô atenda 400 mil passageiros por dia. “Precisamos da definição se Porto Alegre vai integrar a Copa, pois é uma condição para buscar investimentos”, avaliou.
Além de Kasper, compareceram à apresentação o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna; Marco Kapel Ribeiro, representante da Secretaria de Gestão e Acompanhamento Estratégico; o diretor de Operações da Trensurb, Paulo Amaral; e o gerente de Projetos da Secretaria de Mobilidade Urbana, Emílio Merino.
Cerca do Instituto de Educação vai tirar mais 1.600 metros do parque
Até o fim de janeiro estará concluída a cerca em torno do Instituto de Educação, aprovada como medida de segurança contra os freqüentes arrombamentos do prédio.. A obra executada pela CSM Construtora avança vagarosamente, com poucos operários trabalhando.
Serão 411 metros de pilastras e grades de ferro a quatro metros das paredes do prédio. Os quatro metros entre o muro e a parede serão observados mesmo na parte dos fundos onde já há uma cerca, que será derrubada.
Com esse novo espaço será possível criar um estacionamento para os carros dos professores, que hoje ficam no pátio interno, obrigando aos alunos no recreio brincarem no meio dos veículos.
No total serão mais 1.644 metros quadrados suprimidos ao parque, equivalentes a um terreno de 40 x 40metros. Nos últimos 100 anos, o parque já perdeu mais da metade do seu tamanho original, que está reduzido a menos de 37 hectares.
Enquanto isso, a população que o freqüenta é cada vez maior, principalmente nos fins da semana quando fica evidente que o parque não dá mais conta das necessidades de espaço verde na região.
Ambulantes que ficarem fora do camelódromo poderão ir para os bairros
Incluído entre as realizações de José Fogaça, o Centro Popular de Compras foi um dos destaques na campanha de reeleição do prefeito, embora não estivesse totalmente concluído.
A inauguração do prédio de dois módulos, com 20 mil metros construídos, foi marcada inicialmente para setembro, depois para outubro e, agora, foi adiada para janeiro.
Quando ele começar a funcionar, não será mais permitida a presença de ambulantes nas ruas do centro. Mas a SMIC vai permitir que se instalem nos bairros do entorno os que são cadastrados e não tem lugar no camelódromo.
Foi transferida para janeiro de 2009 a inauguração do Centro Popular de Compras, o Camelódromo, no centro de Porto Alegre. Foi o quarto adiamento desde o início da construção, em setembro de 2007.
Dúvidas não faltam a respeito da obra, orçada em R$ 14 milhões e entregue por licitação à construtora Verdicon, empresa de Erechim, especializada na construção de presídios. Ela constrói o prédio de 20 mil metros quadrados, em dois módulos, em troca da permissão para explorar comercialmente o local por 25 anos, com direito a duas renovações de cinco anos cada.
Serão 800 boxes, alugados aos camelôs, mais praça de alimentação e um estacionamento, não previsto no projeto original.
Inicialmente, tudo seria explorado pela concessionária, mas depois de uma denúncia do Jornal do Centro – de que a empresa iria arrecadar R$ 120 milhões a mais, sem nenhuma contrapartida ao município, houve mudança. O estacionamento será explorado pela EPTC, até uma nova licitação.
Há polêmica também quanto à lista dos selecionados para ocupar os 800 boxes do CPC. Durante a campanha eleitoral, apareceu o nome de Juarez Gutierrez de Souza, candidato à vice-prefeito em Viamão pelo PMDB.
Funcionário público estadual, Gutierrez declarou ao Tribunal Regional Eleitoral um patrimônio de R$ 90 mil, incluindo um imóvel de 100 m² em Viamão e três automóveis. “Desde 1981, o funcionário público tem cadastro na secretaria, estando em condições totalmente legais”, justificou o secretário municipal de Indústria e Comercio, Léo Antônio Bulling.
O secretário, reconhece que a a legislação tem brechas que podem levar a distorções. Não é obrigatório, por exemplo, que o trabalhador da banca seja o signatário do contrato. “A legislação facultou ao ambulante ter o chamado auxiliar. E isso possibilita que o titular tenha outra atividade”.
Não há também, segundo Bulling, impedimento a um camelô que possua outra fonte de renda. “Eticamente é incorreto, pois esse espaço público é para suprir uma necessidade de uma pessoa que não tem emprego. Mas legalmente não há o que impeça”.
As afirmativas de Bulling reforçam os comentários entre os ambulantes, de que está havendo venda dos espaços por quem foi contemplado com uma vaga. Uma das entidades que representa os camelôs está preparando um dossiê sobre o tema, mas não adianta os resultados do levantamento.
Quem sobrar vai para os bairros
Segundo a Smic, estão registrados 840 camelôs com bancas fixas no cetro de Porto Alegre. “Por isso idealizamos o camelódromo para 800 bancas”, observa o secretário Léo Antônio Bulling.
Ele admite que há mais gente sem registro na Smic. É o caso de Ana Cláudia Fonseca dos Santos, de 37 anos, 20 deles dedicados à atividade ambulante. Ela e seus dois filhos dependem exclusivamente da venda de bijuterias. “Querem exterminar nossa classe”, desabafa.
Muitos outros camelôs afirmam ter ficado de fora do espaço da Prefeitura. A maioria garante que não vai sair das ruas do Centro. “Não sei os outros, mas eu não vou”, promete uma camelô que tem mais de 30 anos de praça.
Prevenida, ela está antecipando a quitação de suas dívidas e também trancou a faculdade da filha, pois não sabe como obter outro rendimento caso seja impedida de trabalhar na rua.
Aos 40 ambulantes registrados, que ficarão fora do camelódromo, a secretaria vai oferecer a alternativa de irem para os bairros. “Como a legislação proíbe a instalação de qualquer banca de camelô no centro após instalado o CPC, nós iremos oportunizar para essas pessoas, para que não fiquem sem trabalho, para se dirigirem aos bairros”, revela.
Com reportagem de Priscila Pasko e Gabriel Sobé
Smic prepara licitação do estacionamento
A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), por meio de sua assessoria jurídica, deve finalizar nos próximos dias os termos para o edital de licitação prevendo concorrência pública para a exploração do estacionamento do Centro Popular de Compras do Terminal Rui Barbosa (CPC), o Camelódromo, atendendo à recomendação do Ministério Público. As obras devem estar concluídas no próximo mês.
Responsável pela construção do Camelódromo, que se deu graças a uma Parceria Público-Privada (PPP), a empresa Verdicon Construções já adiantou que não pretende participar dessa nova concorrência para a exploração comercial das 216 vagas do estacionamento.
No contrato assinado entre a prefeitura e a Verdicon, ficou acertado que a empresa construiria o empreendimento, num investimento de R$ 14 milhões, e que, em troca, teria 25 anos para a exploração comercial do Camelódromo, prazo renovável por dois períodos de cinco anos. (do site da prefeitura)
Estrutura do camelódromo
– Localizado na Praça Ruy Barbosa, entre as avenidas Mauá e Voluntários da Pátria, o novo empreendimento vai abrigar 800 camelôs licenciados, numa área de 2.914 metros quadrados
– A plataforma de concreto é de 10 mil metros quadrados, sobre o terminal de ônibus na Praça Ruy Barbosa
– Cruzará a Avenida Júlio de Castilhos por uma passarela totalmente coberta até Avenida Mauá
– Cada comerciante ocupará um Box, que terá de três a quatro metros quadrados, contendo pontos de luz, água, esgoto e telefone, com aluguel estimado em R$ 300
– Com acesso a todas as calçadas e interligado às ruas do entorno, o CPC terá ainda lojas-âncoras, como restaurante popular, farmácia e agência bancária
– O projeto prevê jardins descobertos, praça de alimentação, sanitários, acesso para deficientes, sistema de segurança por câmeras de vídeo e policiamento
– Serão instalados 30 filtros de carvão ativado. Cada filtro terá a capacidade de renovação de 60 mil metros cúbicos de ar por minuto. Os equipamentos têm a função de filtrar os gases gerados pelos ônibus.