O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio Grande do Sul, convida para a abertura de 4 exposições selecionadas em edital, que integram o terceiro ciclo de artes visuais da galeria Espaço IAB(*) em 2014. O coquetel será realizado dia 24 de setembro, a partir das 19h30, permanecendo com visitação até o dia 17 de outubro de 2014, das 14 às 20h. Para saber mais sobre as exposições e o histórico da galeria acesse galeriaespacoiab.blogspot.com .
(*) Centro Cultural do IAB RS fica na rua Gal. Canabarro, 363 -Centro Histórico. Porto Alegre
NA SALA NEGRA:
CABEÇA – RELICÁRIO DO PENSAMENTO JOÃO OTTO KLEPZIG
A exposição reúne obras que procuram mostrar visualmente o resultado de um processo criativo em que as modificações nos traços e formas da cabeça buscaram imprimir maior força às suas linhas, proporcionando assim novas leituras. A cabeça humana, que guarda e protege o cérebro, é o relicário dos pensamentos, envolvendo sentimentos, angustias e sonhos, e é o tema escolhido para a exposição reflete essa concepção. As interferências efetuadas por João Otto exibem diferentes expressões do semblante humano refletindo momentos particulares de cada pessoa. As obras escultóricas, com essa abordagem, objetivam levar o público a refletir sobre a infinita possibilidade de construção, modificação e reestruturação da cabeça humana. A mostra propõe uma experiência emocional, visual e cognitiva, reunindo as cabeças-esculturas, cujas formas evocam a idéia do quanto somos diferentes devido à maneira como pensamos e como podemos ver o outro de forma diversificada. João Otto, que já realizou várias individuais, é aluno do escultor Caé Braga junto ao Museu do Trabalho e nesta exposição exibe resultado das etapas recentes do trabalho que vem desenvolvendo na criação e modelagem das cabeças em argila, fundidas em bronze e submetidas a diferentes tratamentos de cor.
Na Circulação:
DO GASÔMETRO ATÉ A BORGES ENTRE A DUQUE E A DEMÉTRIO ANTÔNIO AUGUSTO BUENO E LUIS FILIPE BUENO
A mostra dá continuidade à parceria dos irmãos Antônio Augusto e Luís Filipe Bueno. Desta vez texto e fotografias mapeiam poeticamente um recorte do Centro Histórico de Porto Alegre. No Solar do IAB, vizinho a esta trama de ruas em que Antônio Augusto e Luís Filipe costumam passear em passos e pensamentos, serão expostos texto, fotografias e um livro de artista. E, como expressão da vontade de dialogar com os moradores do Centro Histórico, o texto impresso também será distribuído nas caixas de correio de casas e apartamentos da redondeza. Antônio Augusto e Luís Filipe vêm dialogando artisticamente há vários anos através de exposições, intervenções urbanas, vídeo, música, texto, fotografia, desenho e gravura, sempre costurando texto e imagem. Em 1998 a série “Seres” ganhou exposição de desenhos em espaço alternativo com tiragem de uma série limitada de camisetas. Em 2004 a exposição “Regras libertárias disfarçadas em livres intenções” ocupou o mezanino da Usina do Gasômetro. “O desenho da imagem no espelho da linguagem” foi exposto na Galeria Augusto Meyer (IEAVi) e no Espaço Cultural Chico Lisboa. Além disso, realizaram ações de intervenção urbanas em diversas cidades. Desde 2006 mantêm o blog “Mangibre – o cotidiano urbano reencantado”. Para o ano que vem está previsto o lançamento do livro “Jabutipê” e também uma residência artística no Canto da Carambola no Rio de Janeiro.
Na Sala Anexa:
MITOS ORIENTAIS – Exposição de Zen Aquarelas. “Uma colorida contemplação como fonte de deslocamento e prazer”
GABY BENEDYCT
Exposição de aquarelas fundamentadas nas tradições e gestos orientais – a beleza colorida como proposta para a descontração e relaxamento, composição de precisas manchas samurais, inspiradas em gestos fluidos, linhas líquidas, muito movimento e uma pretensa narrativa, simulação de ideogramas, cujo significado é atribuído pelo próprio observador. Divide-se em alguns temas básicos como Dragões e Peixes, Templos em Paisagens, Azuis e Vermelhos, Gueixas e Samurais e as Aquarelas em Camadas, uma técnica que está sendo lançada nesta exposição que é a sobreposição de aquarelas através de lâminas translúcidas de algodão.
Na Sala do Arco:
ESCULTURAS ZETTI NEUHAUS
Fios aparentes tramam a sua urdidura e que são todas costuradas com fios de cobre que dão sustentação às formas que contrastam com o alumínio. Pedras cristalinas – detalhes incrustrados em meio à malha – funcionam como pontos de luz a despertar a atenção do apreciador. Para produzir suas obras, Zetti modela a tela de alumínio, em diversas camadas que adota a forma que lhe é inspirada. As várias camadas de telas se sobrepõem criando volumes e para estruturá-las usa uma malha de alumínio menos flexível, ou de aço inox, e ainda cabos de alumínio trançado, que usa há mais de dez anos em suas esculturas. Segundo a artista, o trabalho é todo intuitivo. “Quero que cada pessoa faça a sua leitura, a sua interpretação. Este é o meu desafio, o de provocar a imaginação das pessoas”
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CCCEV mostra obras de Danúbio Gonçalves
A elaboração do charque, os árduos afazeres dos mineiros de Butiá, o balonismo, a beleza da natureza campeira. Estes e outros temas integram a exposição “Aos Grandes Mestres – Danúbio Gonçalves”, em cartaz no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo a partir desta 3ª, 28/7.
O pintor, desenhista e gravador bageense Danúbio Gonçalves é um dos mais importantes artistas plásticos do país. A mostra, que ficará na Sala O Arquipélago até 28 de agosto, reune 62 quadros nas técnicas de pintura a óleo, desenho a lápis, xilogravura, litogravura e aquarela.
Obras em acrílico sobre tela do artista passaram pelo Centro Cultural em 2008, na mostra Balonismo II, tema que desperta entusiasmo no pintor, que, desde 1997, participa dos festivais de balonismo que acontecem em Torres. Nesta oportunidade, o público irá conferir, além dos trabalhos acerca deste esporte aéreo praticado com um balão de ar quente, as séries Charqueadas e Mineiros de Butiá, que consistem em xilogravuras; Marrocos, de litografias; Temas Campeiros, com temática sobre a vivência do artista nas estâncias da região da Campanha, Figuras Femininas e Retratos – série que engloba até uma pintura do escritor alagoano Graciliano Ramos, datada de 1951.
A curadora Ediolanda Liedke idealizou a mostra com base nas filmagens para o documentário Danúbio Quadro a Quadro, dirigido pelo cineasta Henrique de Freitas Lima. A vida e a obra do artista são apresentadas, portanto, em linguagem semelhante ao filme.
“A série Charqueadas passou para a posteridade como o único documento sobre os processos de elaboração do charque. Por conta dela, inserida na categoria de arte social, Danúbio recebeu o Prêmio Viagem ao País, concedido durante o 2° Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro“, conta Ediolanda. Com duração de oito minutos, o trailer do documentário de Freitas Lima será projetado constantemente na sala O Arquipélago, como complemento da exposição.
Estará disponível, ainda, um caderno de Danúbio com desenhos de observação das viúvas e pescadores da vila portuguesa de Nazaré. “Na vida de Danúbio, estes cadernos substituem a utilização da máquina fotográfica. Folheá-los é fascinante e um privilégio”, acrescenta a curadora da exposição. Henrique antecipa que, próximo ao encerramento da exposição, em data ainda a ser confirmada, o documentário sobre a trajetória do pintor será exibido publicamente pela primeira vez no auditório do CCCEV.
“As filmagens ocorreram em Porto Alegre, Bagé e na Cidade do México, onde Danúbio conviveu, in loco, com o legado de artistas como Leopoldo Mendez, Diego Rivera e David Siqueiros, que influenciaram fortemente não apenas a sua obra, mas também a de outros artistas de sua geração, como Carlos Scliar, Glênio Bianchetti e Vasco Prado”, comenta Freitas Lima.
Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura de Porto Alegre (Fumproarte), o documentário sobre Danúbio Gonçalves é o primeiro episódio da Série Grandes Mestres.
“Aos Grandes Mestres – Danúbio Gonçalves” é uma realização do projeto Arte SESC – Cultura por Toda a Parte, que conta com a parceria da Freitas Lima Consultores Associados e do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo.
Porto Alegre é a quinta cidade gaúcha que irá receber a exposição. O horário de visitação, no CCCEV, será de terças a sextas-feiras, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h, com entrada franca.
Sobre Danúbio
Nascido em 1925, Danúbio se mudou para o Rio de Janeiro aos dez anos de idade, onde permaneceu por 14 anos. Ao longo de sua carreira, visitou países do bloco comunista, rejeitou a Bienal de São Paulo e o abstracionismo, defendendo uma arte regional, de cunho social, próxima ao Realismo Socialista. Em 1943, estudou com Cândido Portinari e fez cursos de gravura em metal, com Carlos Oswald, e de xilogravura, com Axl Leskoschek, importantes gravadores residentes na capital fluminense.
Sob a orientação de Portinari, desenhou modelo vivo com artistas como Iberê Camargo e freqüentou o atelier do paisagista e pintor Roberto Burle Marx e do escultor August Zamoyski, além de ter estudado na Sociedade Brasileira de Belas Artes. No seu retorno a Bagé, conheceu Glauco Rodrigues e Enio Bianchetti e, com eles, fundou o Clube de Gravura de Bagé. Em 1950, viajou a Paris, onde estudou na Academie Julian.
Na volta ao Brasil, em 1951, participou, em Porto Alegre, do Clube Amigos da Gravura, fundado por Carlos Scliar e Vasco Prado. Até 1969, Danúbio dedica-se ao mosaico, assinando obras em painéis na Igreja de São Roque, em Bento Gonçalves, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, junto ao túmulo do padre Reus, em São Leopoldo, e na igreja de São Sebastião, em Porto Alegre.
Danúbio foi professor de gravura do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio de Grande do Sul (UFRGS) e diretor do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Entre 70 e 78, ministrou palestras e cursos de xilogravura, litografia, desenho e pintura no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em 1992 recebeu o Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores. No mesmo ano, ilustra Perótica, portfólio com poesias de Luís Coronel e, em 1995, publica Do Conteúdo à Pós-Vanguarda, editado pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
A obra de Danúbio Gonçalves está presente em diversas coleções particulares e acervos referenciais, a exemplo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre outros.
SERVIÇO
O que: Aos Grandes Mestres – Danúbio Gonçalves
Quando: de 28 de julho, a partir das 10h, a 28 de agosto
Onde: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, na Rua dos
Andradas, 1223, Centro Histórico.
Quanto: entrada franca.
Realização: SESC-RS, com apoio de Freitas Lima Consultores Associados e Centro Cultural CEEE Erico Verissimo.
Festival de cinema em POA abre inscrições
Por Silvano Antolini
A quinta edição do Fantaspoa será realizada entre os dias 03 e 19 de julho de 2009. O festival é realizado pela Fantaspoa Produções Culturais, de João Pedro Fleck e Nicolas Isao Tonsho, trazendo este ano para a capital gaúcha mais de 150 filmes em diversas mostras temáticas: mostra Argentina Rojo Sangre, França Fantástica, mostra de documentários e mostra especial Kit Parker.
A mostra especial Kit Parkers terá títulos raros e inéditos no Brasil, entre eles “Sexo e Pipoca Amanteigada, a história do cinema Sexploitation em Hollywood”, “O Rei Dinossauro” e “A Noiva e o Monstro”. O festival também abrange mostras competitivas de curtas- metragens e várias sessões especiais. Durante o Fantaspoa ainda ocorrerão atividades paralelas, como palestras, workshops, sessões comentadas e oficinas.
O V Fantaspoa será realizado nas salas Cine Santander, Cine Bancários, P.F. Gastal e Norberto Lubisco. Serão realizadas uma média de 12 sessões diárias e os filmes vão ser exibidos em diversos formatos digital, películas 16 e 35mm. O festival vai disponibilizar ao público uma ampla variedade de opções dentro do gênero fantástico. Até o final do mês de abril, os realizadores poderão inscrever seus filmes no quinto Fantaspoa.
O formulário de inscrição está disponível no site www.fantaspoa.com