O escritor e cineasta Tabajara Ruas está em Santa Maria, com sua equipe, escolhendo locações para as filmagens de seu próximo longa-metragem.
O roteiro baseia-se no livro “Senhores da Guerra”, de José Antônio Severo, e narra os surtos revolucionários de 1923/24, que encerraram quase um século de guerras civis no Rio Grande do Sul.
O personagem central é Julio Bozzano, jovem líder político, morto numa emboscada.
Aos 25 anos, prefeito de Santa Maria, Bozzano era a liderança mais carismática da época, apontado como um dos possíveis sucessores do governador Borges de Medeiros, que estava há mais de 20 anos no cargo.
Por isso sua morte chegou a levantar suspeitas em relação a Getúlio Vargas, então um jovem deputado, que acabou assumindo o governo, quando Borges não pode mais se candidatar.
Com grande elenco, inclusive algumas estrelas globais, as filmagens começam em janeiro.
Tag: Rio Grande do Sul
Livros JÁ
Compre aqui os livros da Editora Já
Bento Gonçalves: esse herói desconhecido
Por Cleber Dioni Tentardini
Hoje, 23 de setembro, completa 221 anos de seu nascimento. Em julho passaram-se 162 anos de sua morte. O mais famoso monumento em sua homenagem, em Rio Grande, chegou aos cem anos no dia 20. E o general farrapo permanece uma figura intrigante.
O personagem virou mito de um período histórico que faz parte do folclore riograndense. Suas façanhas viraram lenda, mas sua história ainda é desconhecida.
Nenhum dos mais de 500 livros sobre o conflito narra a vida de Bento Gonçalves no Uruguai, onde casou, criou os filhos, foi fazendeiro e capitão de milícias. Durante 15 dos 58 anos de vida. Pelo menos a metade da vida adulta. Historiadores apenas pincelaram a passagem de Bento pela uruguaia Melo, onde, depois, residiu o maragato Gaspar Silveira Martins. Ali, do outro lado do rio Jaguarão, Bento foi espião dos chefes luso-brasileiros, mas mantinha estreitas relações com a oligarquia castelhana. Foi até prefeito distrital, com direito a voto à cabresto.
Além do charque, que outras razões teriam levado um coronel da Guarda Nacional e um de seus melhores comandantes nas fronteiras do Sul a se voltar contra o Império. O fazendeiro abastado e senhor de escravos era simpático à monarquia, mas nutria convicções republicanas nos gabinetes maçons e na Assembléia Provincial, ao lado de liberais como Padre Chagas e Mariano de Matos.
O que moveu um pai de seis filhos pequenos e dois recém saídos da adolescência a sacrificar o convívio com a família e quase todas as suas posses para lutar contra aqueles com quem um dia ombreou nos campos de batalhas? Militar ardil, arquitetou uma revolução sem medir as consequências? Que influências tiveram em sua formação as guerras de Napoleão e a bandeira libertária do caudilho Artigas.
Bento Gonçalves foi acusado de assassino, ladrão e contrabandista. Submeteu Porto Alegre ao maior sítio de sua história, provocando bombardeios e racionamento de comida, mas se tornou patrono do Regimento de Cavalaria da Brigada Militar, o corpo policial que o general combateu na sua origem.
Sua morte, dois anos depois do fim da guerra, foi silenciada. Nem a Cúria Metropolitana registrou. O Riograndense foi o único jornal que ousou noticiar, timidamente.
Seu inventário foi realizado só dez anos após a morte. Deixou aos oito filhos 33 escravos com idades entre um ano e meio e 60 anos; 700 reses, 24 bois, 15 novilhos, 30 cavalos, 22 potros, 8 éguas, 270 chucras. Bens de Raiz: 3.746 braças de campo no Christal. Quinhão e meio mato à margem de Camaquã. Casa, tafonas e outros.”
Nem herói nem ladrão,
um homem de seu tempo
O historiador Tau Golin publicou um livro com o título Bento Gonçalves – o herói ladrão, em que chamou o líder farrapo de contrabandista e proprietário de escravos.
Golin criticou a ligação de Bento com as oligarquias e afirmou que ele não fez jus ao título de herói popular, “como um personagem para ser cultuado pelo povo rio-grandense”, porque as suas ações apenas procuraram preservar os seus privilégios e os de outros latifundiários. “Como conseqüência de seu projeto de sociedade, a partir de um liberalismo farroupilha antagônico à democracia, alienou o povo material e espiritualmente, submetendo-o à exploração e ao espólio”, disse.
E citou Moacyr Flores, historiador e professor da PUC gaúcha, para classificar o líder farrapo como simpatizante do absolutismo monáquico. “Nunca foi republicano, segundo Moacyr Flores, “e deixou de ser liberal ao assumir a presidência sem convocar ou permitir que reunisse a assembléia constituinte e legislativa.”
Alguns historiadores disseram que Bento não foi herói nem vilão, apenas um homem de seu tempo. O escritor Fernando Sampaio criticou Golin por ele ter descontextualizado as atividades de Bento como estancieiro e produtor de charque, sendo que a mão de obra disponível e barata era a escrava.
Sobre o contrabando de gado, Sampaio alega que essa prática era uma atividade social revolucionária, para fugir dos impostos. “Era uma atitude que passou a ser protegida entre os nacionais, ou entre a elite dominante local, contra a autoridade colonial e estrangeira”, destaca.
Existem documentos que demonstram que ao tratar da paz com o Império, Bento conseguiu que o barão de Caxias aceitasse as exigências da República Riograndense, relativas aos revolucionários negros. Consta que ele afirmou: “se o tratado de paz não assegurar a alforria dos ex-escravos revolucionários, continuaremos a guerra, para que não voltem aos grilhões os negros que há tantos anos lutam pela liberdade da América”.
O parágrafo 4º do acordo de paz de Ponche Verde, previa que ficariam livres todos os cativos que lutaram ao lado da República Riograndense. Mas fica a pergunta: até que ponto os farroupilhas combateram a escravidão negra quando não estava em jogo a arregimentação de homens para as manobras militares? A professora Margaret Bakos, da Faculdade de História da PUCRS respondeu: “Naturalmente, os senhores não desejavam libertar os negros porque significavam trabalho, capital, prestígio social e poder político”.
Para juiz, anarquista e demagogo
O baiano Rodrigo da Silva Pontes foi colega de Bento na 1ª legislatura provincial. Na época da revolução, era juiz de direito em Rio Pardo. Membro do Partido Conservador, ele classificou os liberais republicanos de anarquistas, demagogos, provincianos e de caráter duvidoso. Em seu texto-depoimento*, escrito no RJ, em 1844, por ordem de D. Pedro I, o magistrado informa que o desejo de ser proclamada uma república separada do Império fazia parte do imaginário político de uma facção dos sul-riograndenses que se reuniam em sociedades secretas para promoverem a conspiração, entre eles Bento Gonçalves.
Ele acusa Bento de conspirar contra o governo e coloca em dúvida sua capacidade de tomar decisões. “O astuto Bento Gonçalves procurava aliciar pessoas de boa fé para o partido de Lavalleja (…) o coronel desobedeceu as ordens de guardar neutralidade”, diz Silva Pontes.
Criticou a absolvição de Bento, acusado de contrabando de gado, e da pensão de um conto e duzentos mil réis concedida ao coronel, o que “apenas estimulou os desejos ávidos do caudilho, aumentou a influência dele na Província e ministrou aos propagadores do espírito de rebelião mais um poderoso argumento deduzido das simpatias do governo central pelo primeiro cabeça da facção.”
Silva Pontes diz que as correrias no Estado Oriental lhe deram a posse de cabeças de gado em um número suficiente para recuperar a fortuna perdida, mas Bento tinha sempre o mesmo gênio dissipador do caráter perdulário. (SEGUE)
(* O Arquivo Nacional, Arquivo Histórico do RS e Memorial do Judiciário do RS transcreveram as 84 tiras de papel almaço escritas de ambos os lados e lançaram em 2006 o livro Memórias Históricas da Revolução Farroupilha).
Trinta dias decisivos para a economia gaúcha em 2009
Por Elmar Bones
O clima será decisivo nos próximos 30 dias para a colheita de soja de 2009. As lavouras estão na fase da florada, momento em que não pode faltar chuva. A soja é o motor da economia agroindustrial do Rio Grande do Sul, respondendo por quase a metade da produção de grãos no Estado.
A previsão inicial da safra de soja deste ano era de 11 milhões de toneladas. Por conta da estiagem esta previsão já foi revista para 9 milhões de toneladas, ainda assim uma safra maior do que no ano passado (8 milhões de toneladas) e beneficiada por uma conjuntura internacional.
A seca já causou quebra de safra na Argentina, no Canadá e na China. Com isso, a tendência é de preços altos, suficiente para compensar as perdas na produção. A renda dos produtores segundo previsão dos especialistas não deverá ser prejudicada, o que vai amenizar o impacto da crise internacional na economia gaúcha.
A safra de grãos do Estado (soja, arroz, milho e trigo) deverá chegar aos 22,5 milhões de toneladas, um pouco menor do que a do ano passado, mas em função da situação internacional, com preços melhores.
A produção da agricultura responde por mais de 40% do PIB estadual e gera recursos que irrigam toda a economia – das pequenas oficinas no interior às butiques e confecções do Moinhos de Vento, onde os lojistas das cidades menores se abastecem.
Se houver uma quebra da sofra de soja, a queda na arrecadação de impostos pode comprometer até o ajuste fiscal da governadora Yeda Crusius
RBS compra mais três diários no Interior
Três dos mais tradicionais diários do interior do Rio Grande do Sul podem passar a integrar a rede de jornais da RBS. As negociações com O Nacional, de Passo Fundo, estão praticamente concluídas e o contrato deve ser assinado esta semana. No meio, fala-se em R$ 4 milhões. O Nacional pertence a uma família de jornalistas dos quais o mais famoso foi Tarso de Castro, um dos fundadores do Pasquim. Hoje é dirigido por Múcio de Castro, neto e homônimo do fundador. O Nacional foi fundado em 1925, tem uma tiragem de 10 mil exemplares e circula de segunda a sábado. O diretor, no entanto, nega a existência de qualquer negociação.
Outra negociação adiantada é a que envolve o Agora, de Rio Grande, que já foi noticiada pelo jornal JÁ. Começou no ano passado e tem avançado. O Agora foi fundado em 1975, também circula de segunda a sábado, com tiragem de 6 mil exemplares.
O terceiro alvo da RBS também é um diário tradicional e de prestígio na região do Vale do Taquari: o Informativo de Lajeado. O jornal foi fundado em 1970. Atualmente possui uma tiragem de 8 mil, de segunda a sábado. Possui filiais em Teutônia e Arroio do Meio. Segundo fontes próximas aos negociadores, acertam-se os detalhes finais.
Entretanto, a direção da Rede Vale de Comunicação enviou email esclarecendo que foi contatada no final do ano passado pelo Grupo RBS, que manifestou interesse na compra do jornal O Informativo do Vale, mas que nenhuma negociação foi efetivada até o momento (leia comentário). Do mesmo modo, o Grupo RBS negou que houvesse qualquer negócio em andamento.
Superavit de Yeda chega a R$ 450 milhões
O governo gaúcho obteve um superávit de 364 milhões* no orçamento de 2008. O resultado está no Balanço Geral do Estado do Rio Grande do Sul publicado no Diário Oficial que circulou na sexta-feira, 30.
Os números publicados até agora se referem à Administração Direta (Executivo, Legislativo, Judiciário) que representa 85% do orçamento.
O resultado será melhor ainda quando juntar com o balanço da Administração Indireta (Fundações, Autarquias, Empresas estatais). A previsão é de que o superávit chegue aos R$ 450 milhões.
“É o melhor balanço que vi desde que trabalho no governo”, disse um agente fiscal com 15 anos de Secretaria da Fazenda.
O que impressiona à primeira vista no balanço é o crescimento da receita que alcançou os 21,7 bilhões, R$ 3,2 bilhões a mais do que o previsto no orçamento.
Vários fatores contribuiram para esse aumento surpreendente na receita de impostos, principalmente ICMS. O balanço ainda vai ser analisado.
O crescimento da economia estadual foi o principal deles, não há dúvida quanto a isso entre os analistas. Mas há outros ganhos decorrentes de ações do governo, não dimensionados até o momento.
Na parte da despesa, o principal foi o corte que o governo impôs nas despesas de custeio renderam uma economia de R$ 327 milhões. Mas houve também redução de custos com o pagamento de fornecedores em dia, por exemplo. (continua)
*O número exato é: 364.260351.11
Policiais vão à Justiça contra dívida no holerite
O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS – UGEIRM assinou hoje um contrato com o escritório Garrastazu Advogados de Porto Alegre. A proposta da parceria é controlar as situações de “superendividamento” da classe.
Pressionados pelo aviltamento de seus salários ao longo dos anos, um significativo percentual dos agentes da polícia civil se obrigou a buscar empréstimos com descontos em folha. “Em alguns casos houve comprometimento de mais de 90% do salário”, informa o advogado Artur Garrastazu.
Segundo o advogado, “o princípio constitucional da dignidade do ser humano impõe que se estabeleça um limite razoável para o total de descontos salariais”.
Garrastazu defende que este limite seja de no máximo 30% dos vencimentos brutos para o atendimento dos descontos facultativos. “O trabalhador tem direito de ter 70% de sua renda para o pagamento dos descontos obrigatórios, como impostos e previdência e para a sobrevivência de sua família”, esclarece.
De acordo com o UGEIRM, estima-se que cerca de 60% dos policiais civis apresentem um comprometimento de mais da metade de seus vencimentos com empréstimos consignados.
O advogado explica que na maioria dos casos é necessária a interferência do Judiciário para alongar o perfil da dívida, garantindo assim que o banco receba o valor que emprestou ao cidadão.
“O que buscamos é um equilíbrio entre o direito do banco em receber o que emprestou e a necessidade do homem a uma sobrevivência digna”, informa Garrastazu. A proposta do escritório é evitar que o policial enfrente uma situação de aguda miséria em função da exagerada drenagem de seus salários em prol dos juros cobrados pelos bancos.
Janeiro do RS recebe a marca de uma chacina
O caso, por ora, enquadra-se dentro da violência, ou seja, está distante daquilo que o complexo da segurança pública poderia prevenir e, muito menos, evitar. Mas a elucida-ção é tarefa dos serviços de inteligência.
A polícia identificou as vítimas da chacina ocorrida na madrugada de ontem em Santa Rosa, Noroeste do estado. Quatro pessoas foram encontradas mortas, a tiros, em um Vectra, às margens da RS- 307, na localidade de Ilhinha, na Linha 7 de Setembro. O corpo de Adir Hintz, 44 anos, estava ao lado do carro, com as mãos amarradas. No banco traseiro estavam os corpos de Raquel Nascimento Oliveira, 22 anos e das irmãs Clenice e Berenice Siqueira, de 16 e 18 anos. As vítimas, segundo o delegado Mário Steffens, teriam jantado em um estabelecimento em Tuparendi e também teriam sido avistadas no município de Giruá. Seja quem ou quais forem os assassinos, eles não queriam deixar testemunhas. É temerária qualquer análise inicial sobre a barbárie. De qualquer forma, este crime vai eclipsar, na mídia, todos os últimos assassinatos ocorridos no Estado.
IDOSOS
A Operação Estrela no Verão da Polícia Civil, promoverá, hoje, às 9h30min, palestra informativa para o público da terceira idade. O evento ocorrerá junto à tenda do Sesc, na beira da praia de Capão da Canoa.
A policial da Delegacia de Proteção ao Idoso, Najla Rodrigues dos Santos. será a palestrante. Ela vai informar o público sobre prevenção contra golpes e esclarecer sobre procedimentos no caso de violência contra o idoso.
ABIGEATO
A Polícia Civil realizou, quarta-feira, a operação “Cerca Viva” na cidade de Salto do Jacuí. A ação visou o combate ao crime de abigeato. Houve a prisão de cinco pessoas, com idades entre 36 e 49 anos e a apreensão de serras, facas e facões. Também foram apreendidos um Corcel e uma Brasília, uma motocicleta. A operação foi coordenada pela delegada Lylian Ribeiro Carús.
JOGATINA
Quarta-feira, em Porto Alegre, foram apreendidas 37 máquinas caça-níqueis em ações realizadas pela polícia nas avenidas Assis Brasil e Venâncio Aires. Participaram da operação agentes da 2ª DP, 8ª DP, Delegacia de Proteção Para o Idoso e Delegacia para a Mulher, sob o comando da delegada Adriana Regina da Costa. Agentes da Delegacia de Polícia de Gramado, coordenados pelo delegado Gustavo Celiberto Barcellos, apreenderam, ontem, 17 máquinas. Nessas perigosas diligências, ninguém restou ferido.
ASSALTO (1)
Cinco homens armados assaltaram, ontem, um prédio residencial na rua José de Alencar, no bairro Menino Deus, na capital. A quadrilha rendeu e agrediu o porteiro, Santiler Frei Piegas, de 54 anos, e levou o computador do sistema de monitoramento de vídeo do prédio, e escapou em um carro preto. Antes de tudo isso, uma moradora do prédio, atacada pelos bandidos conseguiu fugir e avisar a polícia que, quando chegou, nada era possível fazer a não ser registrar a ocorrência.
ASSALTO (2)
Quatro homens atacaram, na noite de terça-feira, a churrascaria A-rizona, no bairro Partenon, rendendo o proprietário, Gleisson Manica, que foi atingido por coronhada na cabeça mas ainda assim conseguiu acionar a polícia pelo 190. O tenente coronel Flávio Vezuri da Silva, que comanda o policiamento da área, realtou que os criminosos tentaram fugir atirando. Os dois bandidos que ficaram na churrascaria mantiveram o proprietário refém por cerca de uma hora e se entregaram após as negociações. Um deles é menor de idade.
ASSASSINATO
O entregador de pizza Valdir Fontes Possa de 37 anos foi assassinado no bairro Sarandi na zona norte da capital. Criminosos pediram a pizza e balearam o entregador com dois tiros, na noite de terça-feira, depois fugiram sem levar nada.
BOMBA
A Brigada Militar apreendeu, ontem, três explosivos artesanais em uma casa da Vila das Laranjeiras, em Porto Alegre. No local foram encon-trados um colete balístico, uma pistola 9 milímetros, munição e 40 pedras de crack. Um homem foi preso.
DROGAS
A Susepe iniciou discussões para a elaboração, a curto prazo, para combater a epidemia do crack dentro do sistema prisional do RS. Isso é uma boa e, ao mesmo tempo, assustadora notícia. Se é preciso elaborar um plano para combater o tráfico e o uso de crack ou de qualquer outra droga ilícita dentro dos presídios, o que se pode dizer sobre que acontece fora das casas prisionais?
wander.cs@terra;com.br
Sonhos no entorno da segurança pública
A partir de Brasília, mesmo no campo da violência e da criminalidade, todas divagações parecem concretas.
Ontem, o secretário-adjunto da Segurança Pública, Rubens Edison Pinto, presidiu mais um encontro de planejamento da Confesp (Conferência Estadual de Segurança Pública), que será realizada em Porto Alegre, em julho de 2009. A reunião teve lugar no auditório da pasta da Segurança. Estiveram presentes ao evento autoridades e entidades ligadas ou interessadas no tema. Para a conferência de julho é prevista a participação de 1.200 pessoas, ocasião em que será projetada a participação do RS na Conferência Na-cional de Segurança Pública, marcada para o fim de agosto do próximo a-no, em Brasília. Sigam-me.
Radiografia
A Conferência Nacional de Segurança Pública, para o Ministério da Justiça e, especialmente, para a Senasp (Secretaria Nacional da Segurança Pública) é considerada como o maior e o mais importante fórum de discussão das atividades das policias no campo teórico e prático contra todo o leque da violência e da criminalidade. Na preparação deste acontecimento estão sendo mobilizados todos os municípios do país. A busca é de uma radiografia plena da questão.
Sem negar a importância sociológica, psicológica, antropológica, etnológica e tantos outros estudos das conferências regionais e da nacional, não posso negar meu ceticismo em torno de seus insondáveis resultados práticos, não obstante acredite, sem pestanejar, que no campo político a repercussão midiática será da maior importância para os atuais donos do poder.
Ilha
Fico imaginando, aqui da minha torre, delegados do Rio Grande do Sul atalhando as teses de seus colegas do Acre que, por sua vez, poderão apar-tear representantes de Santa Catarina que, com algum esforço, encontrarão afinidades com a delegação das Alagoas. E, por tais rumos, obrigo-me a lembrar que uma coisa é ser delegado em Gramado e, outra, é ser titular da DP de Soledade. Mas, conformemo-nos, pois a Conferência Nacional da Segurança Pública, em Brasília, é a realidade projetada para agosto de 2009. Mais um sonho a ser vivido na ilha da fantasia.
Fugas
Neste ano, 83 fugas de presídios do regime fechado foram registradas no sistema prisional gaúcho. O levantamento foi divulgado pela Susepe. Considerando que são os bandidos que têm a pretensão de dominar os presídios, o quadro não deverá ter alteração tão cedo.
Albergue
O secretário estadual da Segurança Pública, Edson Goularte, participou, ontem, da inauguração das obras de ampliação do albergue de Bento Gonçalves, localizado junto ao Presídio Estadual, naquele município. A ampli-ação permitirá a abertura de 110 vagas. O albergue, atualmente, abriga 262 detentos para uma capacidade de 96 apenados.
Assalto
A relojoaria e óptica Dallas, localizada na rua dos Andradas, centro da capital foi assaltada ontem. Um homem armado entrou no estabelecimento e levou objetos num valor estimados em CR$ 150 mil. Ninguém foi ferido.
Crime hediondo
Em Cidreira, a Brigada Militar prendeu dois homens que monitoravam duas crianças – um menina de sete anos e um menino de cinco anos – no tráfico de drogas. As crianças eram filhas de um dos traficantes. Foram apreendidas no local 119 pedras de crack e 30 trouxinhas de maconha.
Missão
Hoje, o Comando Regional de Policia Ostensiva Centro Sul e a Prefeitura Municipal de Guaíba, através da Secretaria de Trânsito, realizarão a forma-tura do Projeto Vida Segura. A iniciativa beneficiou 21 crianças pertencentes a estabelecimentos de ensino da região daquela região. Não obstante seja louvável iniciativas como essa, da Brigada Militar, tal missão deveria ser assumida pelas área de educação e cultura do Estado e dos municípios.
Banco
Para não escapar da rotina, cinco homens armados assaltaram, ontem, uma agência do Sicredi, em Gramado Xavier, no Vale do Rio Pardo. O bando fugiu em um Focus e um Kadett, levando um gerente do banco como refém. Um dos veículos e o servidor foram liberados. Foi o décimo primei-ro ataque a banco em 22 dias em dezembro.
Mundial
O diretor da 3ª DP Regional Metropolitana, com sede em São Leopoldo, delegado João Bancolini, recebeu uma homenagem do presidente da Asso-ciação World Tackwondo Chung do Kwan, no Brasil, o mestre Luiz Cezar Nunes, pelo incentivo as artes marciais, em especial das modalidades hap-kido e taekwndo, entre policiais daquela região do RS. Esta homenagem, inédita no Estado, é oferecida pela Federação Mundial Chung do Kwan se-diada na Coreia do Sul. Bancolini incentiva as artes marciais entre os mem-bros de sua equipe com o objetivo de evitar, ao máximo, o uso de violência nas operações que resultam em prisões.
Chananeco – Da Lenda para a História
Autor: Cesar Pires Machado
O historiador parte de um mito quase folclórico da história oral da Campanha gaúcha e conta quem foi Vasco Antonio da Fontoura Chananeco. Micro-história para deleite dos estudiosos das guerras sulinas. Com ilustrações e mapas da época.
2008, 224 páginas, 14 x 21 cm, 285 gr
ISBN: 978-85-87270-31-3
R$ 30,00
Para comprar direto da editora:
Deposite o valor correspondente e comunique o depósito por e-mail para jornaljaeditora@gmail.com
Dados bancários: CEF – agência 0435 – operação 003 – Conta 3744-3
Lembre-se de enviar o nome e endereço completo para remessa do(s) livro(s) e um telefone para contato. Ou ligue para a editora: (51) 3330-7272