Bonobo: o primeiro café vegano de Porto Alegre

Por Bruno Cobalchini Mattos
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Foi-se o tempo em que ser vegetariano e comer fora de casa significava falta de opções. Além dos diversos restaurantes vegetarianos que se espalham pelo Bom Fim, agora esse público também tem à sua disposição o Bonobo, o primeiro café vegano da cidade. Sim, vegano, pois não é só a carne que fica de fora: os pratos do lugar não levam nenhum ingrediente proveniente de animais, tais como leite, ovo e queijo.
O Bonobo é dirigido por um casal, o Marcelo e a Valesca, que também são os responsáveis por cozinhar e servir a comida. O café, que abriu no começo de março, já recebeu visitantes de países como Irlanda, Suécia e Alemanha. Isso porque a comunidade vegana internacional é muito unida, e existem páginas na Internet que mantêm um catálogo com todos os estabelecimentos do gênero no mundo. Ainda assim, os proprietários se dizem surpresos com a boa aceitação que estão tendo, principalmente junto ao público não-vegetariano.
A variedade do cardápio contribui para o bom movimento, assim como o ambiente aconchegante. Entre as especialidades da casa estão o vegeburguer e o pão-sem-queijo, de sabor parecido ao do pão-de-queijo, mas… – adivinhe! – sem queijo. Para beber, além de diversos sucos, há chocolate quente (feito com leite de amêndoas) e vinho e cerveja artesanais. A água é liberada por cortesia da casa.
O Bonobo funciona de terça a sábado, entre as 16h30 e as 22h. Na segunda terça-feira de cada mês ocorre ali um sarau literário. O café fica no número 101 da Castro Alves, esquina com a Felipe Camarão. Tele-entrega politicamente correta, feita de bicicleta, pelo telefone (51) 3013-1464.

Vegetariano ganha processo contra o McDonald´s

Um hambúrguer “vegetariano” com cheiro de frango foi o responsável por uma disputa judicial que terminou no pagamento de R$ 2 mil reais por parte da rede de fast-food McDonald´s ao advogado gaúcho Tiago Orengo. A sentença saiu esta semana.
Após descobrir através de um site que o hambúrguer “Veggie Crispy” tinha aroma natural de frango Orengo, que provou o lanche, decidiu entrar na Justiça contra a rede. Na primeira decisão, o juiz deu ganho de causa ao McDonald’s alegando que não havia nenhuma indicação de que o lanche era vegetariano. O magistrado acrescentou que não era possível que “o autor tivesse consumido o sanduíche sem sentir o aroma de frango que o mesmo continha.”
Para o advogado a sentença de primeiro grau foi desrespeitosa e abria um precedente perigoso. “A partir daquela decisão não bastaria mais lermos os conteúdos, rótulos e composições dos produtos. Teríamos, segundo aquele brilhante juiz leigo, que identificar a primeira mordida todos os ingredientes daquilo que consumirmos ou a culpa seria nossa”, defende.
Lançado em 2007, o sanduíche composto por um empanado de legumes, alface americana, tomate e molho blanc era anunciado como “uma ótima opção para vegetarianos”.