A Brigada de um só comandante

Todo o poder de Mendes emana do Piratini e toda a ação da tropa emana de Mendes.
A governadora Yeda Crusius, em datas festivas, orgulhosamente e, com plena razão, verbaliza a sua condição de comandante-em-chefe da Brigada Militar. Não se trata de um título honorífico e, sim, de um preceito da cons-tituição do Estado. Não sendo dotada Yeda dos eflúvios da ubiqüidade, monitora, do Piratini, o comandante-geral da corporação. Este sim, presente nos atos festivos e nas mais diferentes ações de rua da Brigada Militar, sempre com uniforme operacional e pronto para combater os fora da lei, inclusive os que ele chama da “baderneiros”. Mendes transformou-se ou foi transformado num ícone, não só da Brigada, como da própria imagem da Segurança Pública do RS. Na Polícia Civil, por ora, não há ou não apare-ceu, quem tenha perfil semelhante. Digo mais: Mendes, hoje, é o único comandante da Brigada, pois a sua presença eclipsa todos os demais coro-néis da corporação. Se a ação é grande e Mendes não aparece, a Brigada está incompleta. E todo o poder de Mendes sobre a tropa emana do Piratini e toda a ação da tropa emana de Mendes. Sigam-me.
Exemplo paulistano
Nos últimos movimentos sociais ocorridos em Porto Alegre, especialmente nos de quinta-feira última, ficou claro que é a sensibilidade do único comandante da Brigada é que determina se a massa está disciplinada ou se passou dos limites estabelecidos no vade-mécum brigadiano. Se houver indisciplina, pau neles. Não se pode negar nisso a égide do Piratini, tanto é que, ontem, bem cedo, Mendes e o subchefe da Polícia Civil, delegado Francisco José Tubelo, voaram para São Paulo como observadores do con-flito, ocorrido naquela capital, da Polícia Militar com a Polícia Civil. Afi-nal, a Polícia Civil gaúcha está maturando uma paralisação e a Brigada pre-cisa estar preparada.
Juiz
Caso as decisões de Mendes, diante dos movimentos sociais, ocorridos quinta-feira, na Capital, tenham correspondido às orientações da governa-dora Yeda Crusius, ele permanece como o principal candidato à cadeira vazia de juiz existente no Tribunal Militar do Estado. O coronel continua como o pára-raio do Piratini.
Quadrilha
A “Gangue do Sandão”, facção que era composta de seis bandidos e ater-rorizava A Vila Respeito, no bairro Sarandi, sofreu mais uma baixa. A 12ª DP, que já havia capturado três dos quadrilheiros, ontem, prendeu um jovem membro do grupo, 24 anos, acusado de latrocínio, tráfico de drogas e homicídio. As operações estão sendo coordenadas pelo delegado André Ciardullo Mocciaro.
Motoqueiros
Dois bandidos, numa moto, um com 24 anos e o outro com 22, foram capturados pelo 15º BPM, na madrugada de ontem. O criminosos tentaram fugir depois de atingirem a viatura da Brigada com dois tiros. Com a dupla foi apreendido um revólver 38.
Cela
A Susepe realizou nesta semana a reforma estrutural que deu origem a uma nova cela disciplinar e de triagem no interior do Presídio Estadual de Camaquã. De acordo com o diretor do presídio, Ângelo Larger Carneiro, o objetivo é garantir o cumprimento de sanções disciplinares preventivas aos apenados, que por ventura cometerem falta disciplinar de natureza grave.
Homicídios
Até 2004, a média de assassinatos, em Canoas, não passava de 50. De 2005 a 2007, cerca de 100 pessoas foram mortas anualmente. No estado, 1.348 pessoas foram assassinadas desde o início do ano, média de quase 5 por dia.
Bandidos
Em Viamão, a Polícia Civil, em ação na Vila Universal, prendeu Nery Martins da Silva e Carlos Alberto Marques. Eles seriam responsáveis por três homicídios, além de comandar o tráfico na região.
Chefão
No Vale dos Sinos, sete agentes da Polícia Civil supreendeu o empresário Carlos Alberto Boll, 49 anos, acusado de movimentar, mensalmente, 1,5 tonelada de maconha. Segundo o titular da 3ª DP Regional Metropolitana, João Bancolini, a investigação foi desenvolvida desde abril do ano passado. Boll, para limpar o dinheiro, mantinha uma revenda ônibus e caminhões. Este foi um dos maiores magnatas da droga preso no últimos anos no Estado.

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