Crime de Imprensa

O imediatismo que domina as grandes redações já lançou no cesto das notícias velhas o suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier de Olivo.
A principal razão é que até mesmo os vetustos jornalões, que não cansam de proclamar seu compromisso com a verdade dos fatos, sujaram o nome neste episódio.
Uma coisa é uma delegada abusar da sua autoridade ou uma juíza inexperiente exorbitar, incorrer em erro. Outra é uma imprensa inteira engolir sem mastigar informações erradas e consagrar versões baseadas em delações duvidosas. O cartaz que uma estudante tentou colocar sobre o caixão, no velório, cobrando “Cadê os 80 milhões”, diz tudo.
A mídia tem sido bem sucedida em suas manobras para encobrir erros históricos. Vamos ver agora.
Se as reservas de cidadania e consciência democrática que o país ainda tem não forem suficientes para exigir o amplo esclarecimento desse caso, é porque estamos muito pior do que se imagina.
 
 

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