Mereceu pouca atenção da imprensa a eleição dos 50 conselheiros tutelares da Capital, no final de setembro. Marcado por denúncias cabeludas, o pleito mostra que o Conselho tornou-se mero trampolim político. Com quatro anos de mandato e um salário de R$ 3,3 mil por mês, não é para menos.
Uma das denúncias diz que os cinco primeiros eleitos são ligados ao atual secretário da Juventude, Mauro Zacher. Um deles, o mais votado do pleito, é conhecido ativista do movimento estudantil e sem histórico de atendimento à infância.
Em artigo no “OI Porto Alegre”, o secretário José Fortunatti denuncia que “muitos candidatos ofereceram ‘churrascadas’, brindes, promessas e, no dia da votação, encomendaram uma verdadeira frota de veículos para o transporte de eleitores”.
Uma acusação levada à comissão eleitoral diz que até um ônibus do Orçamento Participativo foi usado para levar eleitores.