Todos nós estamos envolvidos num jogo pesado.
E só contamos com a nossa capacidade de construir hipóteses, para poder agir de alguma maneira.
Se não temos um horizonte, para onde vamos caminhar?
A gente só chega a alguma clareza quando expõe a hipótese ao outro e o outro reage e concorda ou discorda. Somos socráticos.
Minha hipótese: caminhar para a eleição de 22.
Claro que o inesperado poderá fazer surpresas. Mais do que nunca ele é plausível. Mas não podemos ficar parados esperando que ele aconteça, até por que ele certamente vai nos frustrar.
Por que 2022?
Porque só uma eleição democrática, limpa, poderá resgatar o ambiente que venceu a ditadura e vinha construindo um caminho de nação que foi truncado.
O golpe de 2016 tirou a sociedade brasileira de uma rota construída em 30 anos de luta e ela só será retomada pelo voto na urna.
Tudo o que Bolsonaro quer é que não haja a eleição de 2022.
Garantir a eleição é a hipótese coerente para quem acredita numa saída democrática para o impasse brasileiro. Sem desconsiderar as surpresas que o inesperado sempre pode fazer.