A Globo e o golpe

Em 1964 também diziam que não era golpe. Era “intervenção preventiva”.
O jornal o Globo (a Rede ainda não existia) saudou a “Democracia restaurada” quando o senado declarou vaga a presidência e empossou Rainieri Mazzilli, presidente da Câmara, no lugar João Goulart, o “presidente afastado”.
Um governo de salvação nacional seria instalado, eleições seriam convocadas, a normalidade democrática seria restabelecida.
O Globo era o porta voz desse discurso. A crise militar se seguiu, a linha dura se impôs, a ditadura mostrou a sua cara. A Globo se cevou à sombra desse descaminho. Foi a rede oficial do regime, enaltecendo-lhe os feitos, mascarando os mal feitos.
É o papel que assume hoje em relação ao impeachment e ao governo Temer. Até agora parece bem sucedida e é clara sua aposta no governo Temer para voltar a florescer à sombra do oficialismo.
O problema é que estamos em 2016.  E, segundo dizem alguns, a história só se repete como farsa.
 
 
 

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