Paul Singer e o PT

GERALDO HASSE

Com a morte do professor de economia Paul Singer (1932-2018), apaga-se mais uma das pontas da estrela do PT, o partido que ele ajudou a fundar em 1980, ao lado de outros intelectuais da USP.

Singer foi uma das grandes cabeças que se mantiveram fieis ao partido criado no vácuo político dos 21 anos de ditadura militar.

Ele se preocupou principalmente com o mundo dos trabalhadores e ajudou a plantar no governo brasileiro a ideia da economia solidária, na qual as mulheres têm um grande protagonismo.

Relembrando, a primeira grande baixa foi a do sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995). Também ficou pelo caminho o pedagogo Paulo Freire (1921-1997).

E houve os que se retiraram por dissentir da direção partidária. Da USP os mais notórios dissidentes foram o cientista político Francisco Weffort (1937) e o economista Chico de Oliveira (1934).

Se as mortes são inevitáveis e as dissidências lamentadas, cabe recordar que continuam ativas diversas boas cabeças no PT. Uma delas, em São Paulo, é a do jornalista André Singer, filho de Paul Singer.

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