Durante o mês de agosto prossegue a exposição e o seminário sobre a obra e a influência do arquiteto austríaco Otto Wagner na concepção de prédios no Brasil, através de profissionais da área que foram seus alunos e discípulos.
A curadoria da mostra é de Andreas Nierhaus (diretor do Museu de Viena) e Golmar Kempinger Khatibi. Organização no Brasil de Kathrin Holzermayr Rosenfield (Professora Titular de Filosofia, Literatura e Estética na Universidade Federal do Rio Grande do Sul .)
Ambos eventos são iniciativas oferecidas pela Embaixada da Áustria e pelo Museu da Cidade de Viena, pelo Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA) e pela Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
PROGRAMAÇÃO
Sexta 4/08/1923 – 14 horas – Paço Municipal
– Video Dr. Nierhaus_Otto Wagner: A Tradição da Modernidade. Otto Wagner, sua Escola e a inovação da arquitetura em torno de 1900. (Die Tradition der Moderne. Otto Wagner, seine Schule und die Erneuerung der Architektur um 1900)
– Visita guiada da exposição
Sexta 11/08/1923 – 14 horas – Paço Municipal
– Adolf Loos – Visionário e Provocador (Visionär und Provokateur)
– Visita guiada da exposição
Sexta 18/08/1923 – 14 h – Paço Municipal
– Josef Hoffmann – Em Busca da Beleza (Auf der Suche nach Schönheit)
– Visita guiada da exposição
IAB – Sexta 25/08/192 – 18 h – Instituto dos Arquitetos do Brasil
– Debate sobre Teoria e Prática da arquitetura
Sessão de filme extra (data a definir)
– Otto Wagner – Visionário da modernidade (Visionär der Moderne)
A curadoria da mostra é de Andreas Nierhaus (diretor do Museu de Viena) e Golmar Kempinger Khatibi. Organização no Brasil de Kathrin Holzermayr Rosenfield (Professora Titular de Filosofia, Literatura e Estética na Universidade Federal do Rio Grande do Sul .)
3º FIDPOA, que ocorre de 6 a 11 de junho, no Theatro São Pedro, terá convites gratuitos para entidades, escolas e universidades públicas, além de áudio descrição e libras na apresentação de abertura. Rui Cesar Cruz, que veio de uma comunidade do RJ e hoje brilha nos palcos dos EUA, é um dos destaques da abertura.
Basileu França – Estúdio Daniel Martins/ Divulgação
Uma plataforma de dança para o mundo. O 3º FIDPOA – Festival Internacional de Dança de Porto Alegre será realizado de 6 a 11 de junho, no Theatro São Pedro, como uma grande oportunidade para bailarinos do Brasil e da América Latina se apresentarem para ícones mundiais da dança e conquistarem bolsas internacionais. Um dos exemplos é o bailarino premiado nas duas primeiras edições do festival, Rui Cesar Cruz, que começou na dança em uma comunidade do Rio de Janeiro e agora integra o Miami City Ballet em Miami, na Flórida. A gala de abertura, no dia 6 de junho, às 20 horas, contará ainda com a apresentação do convidado especial Cícero Gomes, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e da premiada companhia Teatro Escola Basileu França, de Goiânia.
Robert Parker – Apollo – Birminghan Royal Ballet – Foto: Eric Richmond/ Divulgação
O festival também é inclusivo para o público, com uma cota de convites para escolas públicas, ONGs, escolas e instituições públicas de ensino de dança (UFRGS, UERGS) para a abertura, Mostra Competitiva e Gala de Encerramento. Na abertura, haverá audiodescrição e LIBRAS, com convites para a comunidade surda, pessoas cegas ou de baixa visão. No encerramento, haverá tradução para LIBRAS e convites disponíveis para surdos. Interessados devem enviar e-mail para: fidpoainclusao@gmail.com ou entrar em contato pelo Whatsapp: (51) 98436-5552.
“O FIDPOA inverte a lógica e, em vez de levar os talentos da dança para o mundo, trazemos para cá grandes nomes da dança como jurados para não só selecionar os melhores do festival, mas também conceder bolsas e oportunidades nas mais importantes companhias de dança do planeta” ressalta a idealizadora e coordenadora geral Carlla Bublitz.
Os números impressionam. Nesta edição, são cerca de mil bailarinos inscritos de várias partes do Brasil e da América Latina e mais de 700 coreografias apresentadas ao longo do festival. Ao todo, são esperadas mais de 5 mil pessoas para assistir os seis dias do FIDPOA. Nas duas primeiras edições, realizadas em 2018 e 2019, foram distribuídas mais de 260 bolsas internacionais e 70 nacionais, com premiações de cerca de US$ 150 mil em bolsas de estudo e prêmios especiais.
Cicero Gomes – Acervo Pessoal/ Divulgação
Para este ano, foram convidados jurados oriundos de 13 nações, entre eles estão nomes como Robert Parker, bailarino formado pelo Royal Ballet School, que avaliará por meio de transmissão simultânea e é sua primeira participação como júri de um evento no Brasil. Também estão confirmados nomes como Deborah Hess (Canadá), Ghislain de Compreignac (França), Claudia Zaccari (Itália) e Stanislav Belyaevsy (Rússia), Robert Garland (EUA), entre outros. O FIDPOA será ainda a primeira seletiva nacional para o YAGP, a maior premiação de dança do mundo, que ocorrerá de 11 a 24 de abril, em Nova York.
Rui Cesar Cruz – Melhor Bailarino FIDPOA 2018 e 2019 – Karine Viana/ Divulgação
O 3º FIDPOA – Festival Internacional de Dança de Porto Alegre é apresentado pelo Ministério da Cultura e Grupo Zaffari e tem o financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com opatrocínio master de Grupo Zaffari, patrocínio de ICATU e Rio Grande Seguros e Previdência, apoio institucional do Conselho Brasileiro de Dança, Theatro São Pedro, IEACen – Instituto Estadual de Artes Cênicas, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, parceria com o YAGP Brasil, apoio de Galeria Bublitz, Oti Transportes, Roberto Fisio, AD Figurinos, Labo Terra, Miollo, Loja Reina, Fruki, Casa do Marquês, restaurante Vida e Saúde e Rua da Praia Shopping, hospedagem oficial de Master Hotéis, produção da Cardápio Cultural e Mais Produções e realizaçãodo Ballet Vera Bublitz e Ministério da Cultura – Governo Federal – União e Reconstrução.
SERVIÇO
3º FIDPOA – Festival Internacional da Dança de Porto Alegre
Data: 6 a 11 de junho
Gala de Abertura: terça-feira, 6 de junho, às 20 horas
Mostra Competitiva: 07 a 10 de junho, quarta a sábado, sessões às 13h e às 19h e no dia 11 de junho sessão das 9h às 12h Gala de Encerramento, domingo, 11 de junho, às 20 horas
Local: Theatro São Pedro
Ingressos: www.fidpoa.com e www.theatrosãopedro.com e, no local, uma hora antes de cada gala.
O público também poderá assistir a mostra competitiva com ingressos a preços especiais. Os bate-papos FIDPOA, com os convidados internacionais, têm entrada franca.
O Bar Odeon, local mítico no centro de Porto Alegre, por ter uma programação musical que contempla o que há de melhor na produção instrumental e vocal gaúcha, principalmente jazz, abriga nesse sábado, dia 13, uma comemoração: o encontro do Bota Fogo, um time de futebol que reúne músicos da cidade. É evento de luxo. Tem a presença da Bota Fogo Big Band, janta com culinária oriental e sorteio de uma rifa de cesta indígena contendo cds, lps, livros e outros produtos culturais.
O time de futebol completou 26 anos de existência no dia 1º de abril, mas a celebração do aniversário será agora. A equipe joga toda terça-feira à noite, na sede da Amrigs, na avenida Ipiranga O presidente do Bota Fogo, o percussionista Chicão Dorneles, explica: ´vamos juntar o espírito festivo das pessoas que frequentam nossos encontros com o charme do Odeon, um lugar cult da cidade. A festa é do Bota, mas todas as pessoas são bem vindas”.
Entre os músicos que fazem parte da Bota Fogo Big Band são esperados Liane Schuler, Amaury Abramowiski, Leonardo Ribeiro, Marcos Ungaretti, Josué Krug, Chicão Dornelles, Mário Falcão e outros instrumentistas e cantores conhecidos no cenário musical de Porto Alegre.
Porco agridoce, prato da culinária chinesa. Foto: Paulo Coutinho/ Divulgação
Gastronomia chinesa
Uma das atrações da noite é a gastronomia do evento. A cozinha do bar não funcionará, somente o serviço de bebidas. Haverá janta com culinária oriental, a cargo de Paulo Coutinho, atleta do Bota Fogo e cozinheiro responsável pelo evento privado, Cozinha em Preto e Branco.
Coutinho fala do cardápio. “Nós serviremos como prato principal porco agridoce e mais salada de cenoura com pepino ao molho de gengibre, alho, pimenta, shoyu, açúcar e óleo de gergelim. O acompanhamento é arroz com cebolinha verde ou coentro”.
“O porco agridoce é o prato mais cultuado e conhecido da culinária chinesa pelas bandas de cá. Original da cozinha tradicional cantonesa seu sabor conquistou o paladar e a predileção dos comensais ocidentais. Essa salada também é muito apreciada em província do Cantão. Aqui ela percebida como exótica”, conclui o chef Coutinho.
O show, que acontece no dia 19 de abril, às 20h, terá a participação especial de nomes, como Shana Müller, Duca Leindecker, Flavio Adonis, Gelson Oliveira, Humberto Gessinger, Igor Conrad, Mauro Moraes, Nelson Coelho De Castro, Neto Fagundes, Rodrigo Fishman, Thiago Ferraz e Veco Marques
Todos chegam à última fronteira da vida. Para Bebeto Alves foi em 7 de novembro do ano passado, logo após completar 68 anos. Agora, a banda que o acompanhou por quase 20 anos se prepara para atravessar o último show. No dia 19 de abril, os Blackbagual se reúnem no Theatro São Pedro para homenagear um dos maiores nomes da história da música popular gaúcha. “Pela Última Vez” é o título do espetáculo e, também, do último álbum lançado pelo grupo, em 2020.
No final dos anos 1970, a música de Bebeto Alves já mostrava as marcas que ainda ressoam. Mas a partir do álbum “Blackbagualnegovéio”, lançado em 2004, as canções ganharam ainda mais peso. Ao encontrar o que chamaria de sua “banda definitiva”, ele encontrou, também, as condições ideais para reunir e ultrapassar todas as fronteiras da sua musicalidade: pop, rock, reggae, samba, milonga, protesto.
Ao lado de Marcelo Corsetti (guitarra e produção), Luke Faro (bateria) e Rodrigo Rheinheimer (contrabaixo e vocais), Bebeto gravou cinco álbuns, que são a expressão de uma vida inteira dedicada à cultura e às artes. As melodias únicas e as letras, tão contundentes quanto atemporais, registram as muitas partes de um Bebeto Alves maior que si mesmo – o artista capaz de revelar mais e mais vida, mesmo quando a saúde se esvai.
Longe dos palcos desde o início da pandemia, Bebeto se recuperava de dois AVCs, enquanto também enfrentava um câncer de pulmão. O desejo de fazer um show de despedida foi compartilhado com Marcelo Corsetti no retorno de uma das sessões de quimioterapia. Ele sabia que, ao cruzar a fronteira final, os sonhos seguem vivos. Pela Última Vez é a prova disso. “Será a última dança dessa banda que, orientada pela obra de Bebeto, criou uma sonoridade ímpar para a música no Rio Grande do Sul”, diz Corsetti.
Blackbagual – Foto Bebeto Alves/ Divulgação
Os BlackBagual serão acompanhados de outros grandes artistas que influenciaram ou foram influenciados pela música de Bebeto Alves. No palco do Theatro São Pedro estarão companheiros de longa data, como Gelson Oliveira, Mauro Moraes e Nelson Coelho de Castro, além das participações especiais de Shana Müller, Duca Leindecker, Flavio Adonis, Humberto Gessinger, Igor Conrad, Neto Fagundes, Rodrigo Fishman e Thiago Ferraz e Veco Marques.
Os ingressos custam entre R$80 e R$100, e toda a renda da bilheteria será doada à Associação De Peito Aberto, instituição que auxilia crianças com problemas pulmonares e de asma.
SERVIÇO
Os Blackbagual – Pela Última Vez
Quando: 19 de abril | Quarta-feira | 20H
Onde: Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n – Centro Histórico)
Ingressos: Plateia e cadeira extra: R$100 | Camarote Central: R$90 | Camarote Lateral: R$90 | Galeria: R$80
Ingressos antecipados no site do Theatro São Pedro: https://teatrosaopedro.rs.gov.br/os-blackbagual
Exposição “ELAS”, que apresenta obras de Anelise Ferreira, Gutemberg Ostemberg, Laércio de Menezes e Marina Menezes, tem vernissage no sábado, 11 de março.
A mulher lança olhares e desperta olhares. Na visão dos artistas, as interpretações se multiplicam. São simbólicas, pictográficas, sensuais ou poéticas. Na exposição “ELAS”, que será inaugurada no sábado, 11 de março, no Espaço Cultural Correios, esse universo feminino plural estará representado por quatro artistas: Anelise Ferreira, Gutemberg Ostemberg, Laércio de Menezes e Marina Menezes. São mais de 90 obras em diferentes expressões das artes visuais que revelam a essência e algumas das diversas faces e fases da mulher. A exposição fica em cartaz até o dia 15 de abril, com entrada franca.
A fotógrafa Anelise Ferreira – Acervo Pessoal/ DivulgaçãoFlor da Pele – Anelise Ferreira/ Divulgação
A artista Anelise Ferreira enxerga nas flores e folhas secas uma potencial relação com a passagem da vida e as histórias que estão desenhadas no nosso corpo. Com uma trajetória reconhecida na fotografia e na educação, Anelise leva para o Espaço Cultural Correios a série “Flor da Pele”, um convite à reflexão sobre o ser mulher.
O premiado fotógrafo Gutemberg Ostemberg destacou a mulher real – e, ao mesmo tempo, poética, em sua obra. Com imagens em preto & branco, o artista, que tem em sua trajetória a participação em mostras e premiações nacionais e internacionais, revela olhares de doçura, de leveza, de melancolia e de expressividade em sua obra.
O fotógrafo Laercio de Meneses/ Autorretrato/ Divulgação
Com um amplo percurso na arte, Laércio de Menezes, por sua vez, apresenta uma visão que aponta para o futuro na técnica, sem perder a sensibilidade do olhar. A partir do tema “Beleza”, o artista usa sobreposições de imagens em uma composição contemporânea e colorida, que leva a uma mulher meio humana, meio utópica, com efeitos que questionam o ideal de perfeição feminina.
Foto – Marina de Menezes/ DivulgaçãoFoto de Marina de Menezes/ Divulgação
Por outra perspectiva, a artista Marina Menezes se vê envolvida na história de sua “musa”, e parte em busca de uma imagem que possa contar sua história de coragem e personalidade única. Na exposição, Marina revela suas descobertas e pesquisas em fotografia, uma das técnicas que desenvolve, ao lado das montagens, desenho, pintura e decupagem.
Serviço:
Exposição “ELAS”
Artistas: Anelise Ferreira, Gutemberg Ostemberg, Laércio de Menezes e Marina Menezes
Vernissage: 11 de março (sábado), das 11h às 17h
Visitação: 11 de março a 15 de abril – terça a sábado das 10h às 17h
Local: Espaço Cultural Correios
Endereço: Av. Sete de Setembro, 1020, Centro Histórico, Porto Alegre (acesso pela Rua Sepúlveda)
A Confeitaria Maomé, conhecida em Porto Alegre pela qualidade de seus produtos, ambiente e atendimento, tem abrigado nos últimos tempos exposição fotográficas com o que há de melhor nessa área no Rio Grande do Sul. Nessa sexta-feira, dia três, ela abre às 18h30 uma mostra que tem como tema a cidade de Paraty, no litoral fluminense.
O significado de Paraty, na língua dos índios Guainás, quer dizer “alagado de mar, pequeno golfo ou jazida do mar”, segundo Teodoro Sampaio, em sua obra O Tupi na Geografia Nacional. A exposição tem obras de cinco fotógrafos:
Ale Freitas, Fernanda Virmond, Gutemberg Ostemberg, Jorge G. Lansarin e William K. Clavijo. A curadoria da mostra é do fotógrafo e apaixonado por Paraty, Fernando Pires que no texto abaixo discorre sobre a importância do local na história do Brasil e o olhar dos fotógrafos expositores sobre a cidade.
Uma vila chamada Paraty
“Entre as metrópoles do Rio de Janeiro e São Paulo existe um refúgio, uma “Villa chamada Paraty”
As fotografias desta exposição apresentam Paraty, uma cidade de beleza peculiar, que antigamente era reduto de índios Guaianás ou Guaianases. Também, porque foi justamente através das trilhas dos Guaianases, posteriormente chamadas de Caminho do Ouro, que Paraty vivenciou as suas eras de apogeu. “A Vila de Paraty teve, nos primeiros séculos de sua história, uma importância estratégica no cenário histórico brasileiro”.
Foto: Gutemberg Ostemberg/ Divulgação.
Foi pelo seu porto, que escoava o ouro e as pedras preciosas vindas das Minas Gerais, e que partia para a Europa e por onde também passavam: ouro, café, cana, especiarias e africanos escravizados. Isolada por quase um século, o conjunto urbano de Paraty, hoje chamado Centro Histórico, com as suas trinta e três quadras, número relacionado à maçonaria, parou no tempo. Para a UNESCO, trata-se do município com “o mais íntegro conjunto arquitetônico brasileiro representativo da arquitetura dos séculos XVII ao XIX”.
Casario de Paraty. Foto: Willian Clavijo/ Divulgação
Graças à preservação do seu patrimônio cultural, tornou-se, a partir da segunda metade do Séc. XX, um destino cultural e turístico, um refúgio perfeito entre a Serra do Mar e o Atlântico. Isso ocorreu também devido à construção das rodovias Paraty-Cunha e com mais ênfase com a Rio-Santos, quando Paraty passa a viver basicamente, além da pesca e comércio em geral, da principal fonte de sua nova economia – o turismo. Reconhece-se a preservação do seu patrimônio cultural através das suas artes, os seus estilos de vida – a gastronomia, a música e também o seu patrimônio natural – 61 praias, 65 ilhas, centenas de cachoeiras e cinco unidades de conservação de Mata Atlântica: Área de Proteção Ambiental do Cairuçu – APA Cairuçu, onde está a Vila da Trindade, a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga e o Parque Nacional da Serra da Bocaina. E ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, Paraty é Mata Atlântica por todo lado.
Foto de Willian Clavijo/ Divulgação
A condição especial de Patrimônio Misto conquistada recentemente em conjunto com Ilha Grande, já era reivindicado há mais de uma década por Paraty, principalmente pelo seu Patrimônio Imaterial – valorização dos conhecimentos tradicionais mantidos na cidade e nas suas comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas e caiçaras) que tanto acrescentam a sua diversidade cultural.
Foto de Gutemberg Ostemberg/ Divulgação
Polo turístico de fama internacional, o seu conjunto arquitetônico no Centro Histórico apresenta sutilezas históricas, memórias e lendas singulares extremamente interessantes, como os símbolos enigmáticos estampados nas fachadas de inúmeros sobrados, o rebaixamento do meio fio de algumas ruas, que permite até hoje a entrada e saída das águas do mar. Entrar então no Centro Histórico de Paraty é entrar em outra época, retornar ao século XVIII, cruzando uma fronteira onde o tempo e a velocidade mudam, pois até o caminhar é obrigatoriamente sereno/tranquilo, apropriado às pedras “pés-de-moleque” de suas ruas. É possível avistar dos telhados de algumas propriedades, os detalhes arquitetônicos chamados de eira, beira e tribeira, de onde se originou o ditado popular “sem eira e nem beira”, ou seja, aquele sujeito que “nada tem”, pois os moradores com muita posse possuíam a “tribeira” em seus telhados, que tratava-se em séculos passados de um “sinal superior de riqueza”.
Foto de Willian Clavijo/ Divulgação
Ao caminhar pelo Centro Histórico de Paraty experimenta-se não só os espaços, os aromas, a sonoridade de uma cidade do interior, mas também a energia dos seus sujeitos, sejam eles paratienses ou paratianos.”
“Teatro para Pássaros” integra programação do 24º Porto Verão Alegre com apresentações nos dias 17, 18 e 19 de janeiro
Espetáculo conta com sessões na sala Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana
Após duas temporadas de sucesso em 2022, o espetáculo Teatro Para Pássaros estreia na programação do 24º Porto Verão Alegre, com sessões na sala Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico), que acontecem nos dias 17, 18 e 19 de janeiro (terça, quarta e quinta-feira), sempre às 20h30min.
Em cena, seis atores vivem personagens expostos a uma série de circunstâncias constrangedoras: um acontecimento misterioso marca a separação de Marcos e Jazmin; enquanto, após viver uma situação limite, Teresa escreve seu primeiro texto teatral e quer seu projeto produzido por Toni. Paralelamente, Ricki e Glória não conseguem disfarçar o fim do seu amor.
Os três casais se encontram em uma sala de um pequeno apartamento durante uma madrugada. Lá embaixo, na calçada, uma mancha de sangue.
Ao testemunhar uma armadilha do teatro dentro do teatro, o público é convidado a refletir sobre a complexidade das relações humanas em um mundo capitalista e a entrar em contato sobre as agruras de uma produção do segmento das artes cênicas. A atmosfera non sense é narrada de forma frenética com humor e ironia em um espetáculo ágil e dinâmico.
Dentro de sua programação cuidadosamente escolhida, o Poa Jazz Festival apresenta nesse domingo três atrações para quem gosta de música de qualidade: Renato Borghetti Quarteto, James Liberato Sexteto e Bibi Jazz Quarteto. Os shows começam as 17 horas, são gratuitos e realizados em um lugar emblemático da Redenção, o Monumento aos Expedicionários.
Renato Borghetti dispensa apresentações. Grande responsável pelo interesse das novas gerações pela gaita, instrumento que o consagrou, sua música foge do rótulo de jazz, para se tornar única, envolvente, universal. É o grande homenageado do Poa Jazz Festival. Sua apresentação fecha o evento e está prevista para 19h30.
Já o compositor, arranjador e instrumentista James Liberato, com 40 anos de carreira, tem história na cena jazzística gaúcha e inserção também no cenário brasileiro. Ele se apresenta com seu quinteto, formado também por músicos que fazem parte do que existe de melhor na música instrumental gaúcha. Seu grupo abre o evento, às 17 horas.
Finalmente, a uruguaia Bibiana Dulce se apresenta para o grande público de Porto Alegre, ela que é conhecida e respeitada nos circuitos de jazz da serra gaúcha onde morou. Bibi, como é conhecida, se mudou para a capital, teve suas atividades interrompidas pela pandemia, como todo o setor musical, mas esse ano retornou com tudo. A participação no PoA Jazz Festival é o coroamento do seu trabalho nessa temporada. Sua apresentação é às 18h15.
A cantora Bibiana Dulce. Foto: Alexandro Auler /Divulgação
Sobre o assunto, ela fala na entrevista abaixo:
Pergunta: O que caracteriza a Bibi Jazz Quarteto ? Bibiana: Mostrar personalidade dentro das canções que
trabalhamos. Apresentar ao público sempre uma proposta diferente em um standard já conhecido, no que se refere ao repertório jazz, formulando um novo arranjo, cantando ele em espanhol, apresentar a letra de uma música quando se acreditava que existia somente na versão instrumental. Acredito que estas sejam as principais características.
P: O que dizer sobre os músicos? Como se deu a escolha deles?
Bibiana: Desde que o grupo se formou em 2016, passou por duas formações diferentes. Atualmente da primeira formação estamos o Mateus Mussatto (baterista) e eu. Esta formação em específico é tranquila de trabalhar, não sei se usaria a palavra “escolha” é muito forte (risos). As coisas foram se dando de uma forma natural, mas aprecio muito grupos tranquilos de trabalho.
Sobre os músicos, considero uma benção trabalhar com pessoas tão talentosas e experientes, aprendo muito com
eles. Para esta apresentação contaremos com uma baita
presença, que será do contrabaixista uruguaio Miguel Tejera, o time no palco será Brasil- Uruguai ….rsrs
P: Qual o repertório para domingo? Vão entrar canções em espanhol também? Bibiana: Ahá! Gostaria de poder deixar um suspense em
relação a isso. Mas sim, certamente terão standards em
espanhol.
P: O que representa participar de um evento dessa
magnitude, público e com a apresentação do Renato Borghetti? Bibiana: Bom primeiro pra mim é além de uma honra é de uma imensa responsabilidade. Não somente por estar
participando em um dos festivais mais importantes do país, em um evento gratuito em um dos parques mais conhecidos de Porto Alegre, mas pela magnitude que o Renato Borghetti tem como artista e instrumentista. Estou tentando, mas confesso está sendo impossível não criar uma expectativa…
SERVIÇO
17 horas: Quinteto do guitarrista James Liberato, formado por Liberato (guitarra), Luis Henrique New (piano), Ronie Martinez (bateria), Everson Vargas (baixo) e Guilherme Goulart (acordeon).
18h15: Bibi Jazz Quarteto, formado por Antonio Flores (guitarra), a cantora uruguaia Bibiana Dulce, Mateus Mussatto (bateria) e Miguel Tejera (contrabaixo acústico).
19h30: Renato Borghetti (gaita ponto), Daniel Sá (violão), Pedrinho Figueiredo (sax e flauta) e Vítor Peixoto (teclados).
Walter Firmo, uma das atrações nacionais da mostra/ Divulgação
Celebrando cinco anos de existência como a única e pioneira galeria de arte a céu aberto do Rio Grande do Sul, a Galeria Escadaria abre no próximo sábado, dia 10, às 16 horas, a quinta edição da Street Expo Photo 2022. A galeria fica em um local ícone da arquitetura de Porto Alegre, o Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico.
FOTO: Daisson Flack/ DivulgaçãoFoto: Felipe Mandarino/ Divulgação
A Street Expo Photo 2022 vem recheada de atrações. São 94 fotógrafos participantes, diagramados em 17 grandes painéis com 150 fotos em grande e médio formato. O ponto diferenciado da mostra, segundo seu curador Marcos Monteiro “é a criação de novas situações, ao compor fotos de ícones da fotografia brasileira como Walter Firmo, Gal Oppido, José Roberto Bassul, Penna Prearo, entre outros mestres. Expostos no mesmos espaço, juntos com novos e competentes talentos.”
Foto: Douglas Fischer/ DivulgaçãoFoto: Andréa Seligman/ Divulgação
A Street Expo Photo fica no Viaduto da Borges de 10 dezembro até dia 10 de fevereiro. A partir do dia 15 de fevereiro estará na Galeria Arte Restinga, na Praça Esplanada da Restinga com exibição até 15 de abril. O homenageado dessa edição é o fotógrafo Marcos Varanda. O curador Marcos Monteiro explica: o” Marcos Varanda está presente em nossos projetos desde a grande exposição de rua Mosaicografia no Largo Glênio Peres em 2016 e em todas as edições da Street Expo Photo desde 2018, fazendo a curadoria adjunta. Através de seus contatos, a Street tem mostrado o trabalho de fotógrafos internacionais, em especial os de Portugal”.
A Street Expo Photo em parceria com o Foto Clube Porto-alegrense promove um encontro presencial com o curador e fotógrafo Marcos Varanda, no dia domingo, dia 11, na Sala Sergio Napp 2, na Casa de Cultura Mário Quintana. “Quando ele fará a Leitura de Portfólio de até vinte privilegiados”, ressalta Marcos Monteiro
Foto: Anelise Barra Ferreira/ Divulgação.Foto: Rose Battistella/ Divulgação
Quem é
O homenageado dessa edição, Marcos Varanda se define assim, resumidamente: Quem é Varanda?: “paulistano, 61 anos, fotógrafo, colecionador, curador, empreendedor,
Incentivador cultural e acima de tudo, um inquieto. Minha formação começou autodidata, passou pelo Museu de Arte Moderna – MAM-SP, Museu da Imagem e do Som – MIS-SP, Workshops nacionais com Marcelo Greco, Gal Oppido, Pépe Mélega, Cristiano Mascaro, Armando Prado, Walter Firmo e Rosely Nakagawa e internacionais com Leo Divendal e Steve Pike e Pós-graduado em fotografia na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP com o trabalho de pesquisa denominado “Mario Cravo Neto- A imagem escultórica”.
SERVIÇO
Street Expo Photo
Abertura: 10 de dezembro de 2022, as 16 horas
Encerramento: 10 de fevereiro de 2023
Local: Galeria Escadaria
Endereço: Viaduto Borges de Medeiros, Centro Histórico
A pandemia da Covid 19, que causou 650 mil mortes no Brasil, é um acontecimento a ser estudado e refletido no País, em todos os níveis e todas as escalas. O registro sobre o que aconteceu é farto, largo e profundo. A medida que o tempo passa há a percepção que um dia os anos de 2020 a 2022 serão contados em toda suas dimensões.
Uma área em que as pessoas se refugiaram, se recolheram e resistiram foi no campo das artes em geral.
No caso das artes visuais, profissionais, amadores, amantes e praticante comuns, se envolveram em trabalhos que volta e meia surpreende pela força, originalidade e criatividade na execução.
Um destes trabalhos foi o executado pelas irmãs Lise Lampert e Dora Lampert, moradoras em Novo Hamburgo, que estão expondo atualmente no Espaço Cultural Antiga Matriz, em Dois Irmãos. No trabalho elas reproduziram, com fotografias, obras consagradas e conhecidas universalmente da arte pictórica. A mostra abriu dia 23 de outubro, e fica no local até à 27 de novembro de 2022
A abertura ocorreu no Espaço Cultural Antiga Matriz às 17 horas com apresentação da Caxias Ensemble Orquestra.
Momento de autógrafos dos livros RUIDO SILENCIO – poesias de Dora Lampert e POETICOIA poética brasileira com seis autores participantes.
Sobre o projeto as irmãs escreveram:
“Nosso objetivo foi manter o isolamento social de forma produtiva, fugindo do terror daqueles dias sombrios. Todos os objetos, figurinos, adereços e cenários, estavam ao alcance de nossos domínios domésticos. A cozinha foi nosso estúdio, o jardim, os campos.
A iluminação, um abre e fecha da cortina. O paninho impregnado de álcool 70 virou babado barroco; os lençóis, vestidos épicos; as saias se transformaram em blusas bufantes e vice-versa. Tudo fotografado e editado num aparelho celular apenas com intuito de publicações nas nossas redes sociais.
O isolamento antes de tolher nossos intentos, animou nossa criatividade, trazendo conhecimento sobre os artistas e suas obras. Eles estiveram conosco, nos ensinaram, nos fizeram rir, sonhar e chorar. Com eles sobrevivemos a nós mesmas no ano da peste.”
Lise e Dora Lampert. QUEM SÃO
Lise Lampert
Fotógrafa amadora, atua como técnica de enfermagem. Trabalha num grande hospital público da região metropolitana, foi afastada do cargo por seu médico traumatologista desde antes do início da pandemia, o que favoreceu o isolamento.
Pesquisou, estudou, produziu e fotografou todas as interpretações.
Dora Lampert
Amante das Artes – música, teatro, cinema, plásticas e literatura. Pesquisou, estudou, produziu e interpretou todas as obras apresentadas.
Fez estreia na poesia com RUÍDO SILÊNCIO e na Antologia POETICOIA pela OIA editora em 2022.
SERVIÇO:
Exposição fotográfica do projeto no confinamento
QUANDO – De 23 de outubro, domingo, à 27 de novembro de 2022
ONDE – Espaço Cultural Antiga Matriz, Avenida São Miguel, 473 Centro – Dois Irmãos.
HORÁRIO PARA VISITAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL ANTIGA MATRIZ, SEMPRE AOS SÁBADOS E DOMINGOS ENTRE 13H E 17H, SALVO PROGRAMAÇÕES ESPECIAIS. OU AGENDAMENTO PELO TELEFONE (51)995601968.