Na abertura do filme passeamos pela cidade ao som do clarinetista Signey Brechet, seu ídolo musical. Paris surge numa sequência de cartões postais, do nascer ao pôr do sol. A cidade luz como personagem central, com no mínimo trinta e cinco locações para os alunos ambientarem seus contos.
O protagonista realiza uma nostálgica viagem no tempo para uma Paris onírica e mais romantizada de Ernest Hemingway, Zelda e Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dali, Luis Buñuel, T. S. Eliot, Djuna Barnes, Josephine Baker, Côco Chanel. Paris boêmia, dos anos 1920, auge da criatividade, e Paris de 1890 com outros coadjuvantes famosos como Edgar Degas, Gauguin, Tolouse-Lautrec. Também Rodin, Camille Claudel, Monet…
“O deslocamento espaço-temporal dos Estados Unidos à Europa, dos anos 2010 aos anos 1920, 1890, articula pelo menos três temas importantes: a perda da inocência e a recusa da realidade presente e a arte como antídoto contra o vazio da existência e o medo da morte.” Papel do cinema, da literatura e da arte em geral, salienta.