Boulos em São Paulo, Manuela em Porto Alegre: a direita põe as barbas de molho

Lula entre dois não petistas: Boulos e Manuela, as melhores chances da esquerda neste pleito/ Foto: PCdoB/Divulgação

Duas cidades nestas eleições ameaçam a hegemonia que a direita construiu em 2018: São Paulo e Porto Alegre.

Porto Alegre, que já foi “a cidade vermelha”, pelo aspecto simbólico.

São Paulo, terceiro orçamento do país (depois da União e do Estado de SP), pela peso econômico e  influência nacional.

Em São Paulo, Guilherme Boulos, do PSOL, está em segundo lugar e se credencia para a disputa final com o prefeito Bruno Covas.

Se chegar ao segundo turno, unirá toda a esquerda em torno de seu nome e se alcançar a periferia, onde conta com a influência da ex-prefeita Luiza Erundina, de 85 anos, agora sua vice, pode surpreender.

Em Porto Alegre, Manuela d’Ávila, da chapa PCdoB/PT, lidera a disputa desde o início e tem lugar garantido no segundo turno, com 35% das intenções de voto conforme as pesquisas.

Vai enfrentar Sebastião Melo, ao que tudo indica. Mas uma reação do prefeito Nelson Marchezan Junior, que está em terceiro lugar, não é descartável.

De qualquer forma, o maior inimigo de Manuela no segundo turno será o anticomunismo e antipetismo que vai unir um amplo espectro de centro direita contra ela.

Em torno dela, deverá unir-se toda a  centro esquerda, que já elegeu quatro prefeitos em Porto Alegre de 1988/2004, mas desde então sofre sucessivas derrotas.

Se essas duas candidaturas tiverem sucesso, todo o cenário de 2022 estará alterado.

 

 

 

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