Instituto Biológico de SP desautoriza artigo sobre novo coronavírus

Entidade esclarece que Luiz Augusto Vassoler fez estágio de 160 horas, mas nunca foi servidor.

O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, esclarece que não há registros de Luiz Augusto Vassoler como servidor do Instituto, mas sim como estagiário nas seções de Raiva e Encefalomielite e Bacteriologia Animal, pelo período de 19/08/1975 a 30/09/1975 e de 01 a 15/10/1975, totalizando 160 horas.

Vassoler publicou artigo que roda a internet a respeito do coronavírus (Covid-19) e se apresenta como quem “trabalhou” na Seção de Raiva e Encefalomielite do IB, informação que procede como na modalidade de estágio. A informação nesta nota foi atualizada em 26/03/2020, a pedido de Vassoler.

A direção do IB reforça que informações a respeito do novo coronavírus (Covid-19) devem ser consultadas em fontes oficiais, como o site do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério da Saúde. Recomenda ainda que a população siga as instruções destas instituições relacionadas a higienização e ao uso de máscaras.

Banco de Alimentos lança campanha por doações virtuais

O Banco de Alimentos enfrenta um novo e grande desafio: ajudar quem mais precisa durante a pandemia do coronavírus.

Para arregimentar forças, lançou a campanha por doações virtuais. As doações realizadas no site www.doealimentos.com.br reforçarão os estoques do Banco de Alimentos para atender a grande demanda de alimentos e materiais de higiene que ajudarão as entidades beneficentes e a população de risco.

O Banco de Alimentos possui cadastro das entidades assistenciais como creches, escolas, asilos, associações de bairros, as quais tem função social e idoneidade comprovadas. É um trabalho extremamente criterioso e importante, do qual depende o sucesso de todo o projeto.

Marchezan determina revisão periódica de contratos com fornecedores do município

O prefeito Nelson Marchezan Júnior determinou que, em até 48 horas, os titulares dos órgãos da Administração Pública Direta e Indireta apresentem uma revisão completa de todos os contratos e termos de parceria celebrados pelo Município. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial (Dopa) dessa quarta-feira, 25.

O objetivo é redimensioná-los, se necessário, às reais necessidades de Porto Alegre enquanto todos os esforços e prioridades da estrutura pública estiverem focados no enfrentamento da disseminação do novo coronavírus. A norma vale durante a vigência da situação de emergência do município, declarada pelo Decreto 20.505.

No Decreto 20.530, Marchezan detalha ainda que uma revisão periódica deverá ser reapresentada semanalmente, o que poderá incluir rescisão, implementação de novas condições temporárias, suspensão, redução ou alteração do objeto contratado.

A possibilidade de alterar contratos com fornecedores do município já estava prevista no Decreto 20.520, de 20 de março.

Nota da ARI: O antídoto da informação

A Associação Riograndense de Imprensa emitiu hoje uma nota sobre a importância do acesso à informação neste momento de pandemia:

“Neste momento preocupante da história da humanidade, em que uma pandemia de elevada letalidade ameaça a vida de milhões de pessoas, desafia a ciência médica, provoca abalos sem precedentes na economia e impõe extraordinárias mudanças comportamentais, a Associação Riograndense de Imprensa destaca a importância da informação independente, democrática e responsável como instrumento de defesa e proteção dos cidadãos.

Ao reconhecer o trabalho incansável dos jornalistas e profissionais de comunicação que se empenham diariamente na apuração da verdade e na divulgação de notícias relevantes para o público, a ARI reafirma sua convicção de que a liberdade de expressão, o pluralismo de ideias e o acompanhamento crítico das ações dos governantes são indispensáveis não apenas para democracia, mas também para a saúde e o bem-estar de todos.”

Associação Riograndense de Imprensa

Diretoria Executiva
Conselho Deliberativo

 

Governo contaminado

Assessor Especial da Presidência, despachando da sala 315 no terceiro andar do Palácio do Planalto, ao lado do gabinete presidencial, o olavista Filipe G. Martins é o 22º membro da comitiva que viajou com Jair Bolsonaro aos Estados Unidos infectado pelo coronavírus.

Com as confirmações nesta quinta-feira (19) dos casos de Martins, do chefe da ajudância de ordens, Major Cid; diretor do Departamento de Segurança Presidencial, Coronel Suarez; e do chefe do Cerimonial, Carlos França, Jair Bolsonaro já perdeu totalmente o controle do número de casos de contaminações pela Covid-19 no Palácio do Planalto.

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, servidores do Planalto vivem um cenário de “completo descontrole e paranoia”, já que até alguns dias atrás não havia qualquer protocolo contra contaminação na principal dependência do governo federal.

O teste de Jair Bolsonaro deu negativo, mas o Ministério da Saúde recomendou que o exame seja refeito na próxima semana. Enquanto isso, a recomendação é para que Bolsonaro siga em “monitoramento”.

Saiba quem são os 22 membros da comitiva de Bolsonaro infectados pelo coronavírus

Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República

Nelsinho Trad, senador pelo PTB-MS

Nestor Forster, embaixador e encarregado de negócios do Brasil nos EUA

Karina Kufa, advogada e tesoureira do Aliança pelo Brasil

Sérgio Lima, publicitário e marqueteiro do Aliança pelo Brasil

Samy Liberman, secretário-adjunto de comunicação da Presidência

Alan Coelho de Séllos, chefe do cerimonial do Itamaraty

Quatro integrantes não-identificados da equipe de apoio do voo presidencial aos EUA

Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia

Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais

Daniel Freitas, deputado federal (PSL-SC)

Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI

Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia

Sérgio Segovia, presidente da Apex

Filipe Martins, assessor internacional da Presidência

Major Cid, chefe da ajudância de ordens

Coronel Suarez, diretor do Departamento de Segurança Presidencial

Carlos França, chefe do Cerimonial

(Com informações da Forum)

Coronavírus já está em 155 países, com mais de 7 mil mortes

Ultimos dados da Organização Mundial da Saúde sobre a pandemia do novo coronavirus, divulgados nesta terça-feira 17:

Países atingidos: 155

Número de pessoas infectadas: 182.400 (cento e dois mil e 400 casos)

Número de mortes: 7.155

Número de casos no Brasil: 296

Casos investigados: 2.000

Em tempo de coronavirus, crise nas cadeias de São Paulo pode ser contagiosa

As rebeliões que estouraram nesta segunda-feira em quatro penitenciárias do Estado de São Paulo tem grande potencial de contágio no ambiente nacional, onde a epidemia do coronavirus se combina com cadeias abarrotadas de presos, sem as mínimas condições de higiene.

A causa das rebeliões teriam sido medidas restritivas devido ao surto de coronavirus.

As primeiras informações no final da tarde indicavam rebelião e fuga de 1.500 presos em Mongaguá, penitenciária que tem capacidade para 1.600 prisioneiros, mas abriga 2.600.

Mais tarde falou-se que seria “entre 300 e 600” o número de prisioneiros evadidos. Até às nove da noite, apenas 20 tinham sido recapturados

As outras penitenciárias com rebeliões e fugas em massa seriam Tremembé, Ortolândia e Mirandópolis. Os números não foram divulgados até o início da noite. O sistema penitenciário do pais inteiro deve entrar em alerta.

Mais quatro integrantes da comitiva de Bolsonaro confirmados com coronavirus

Da agência Brasil

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República confirmou, hoje (domingo), que quatro integrantes da equipe de apoio  (três eram da Segurança) do presidente Jair Bolsonaro apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus (covid-19).

De acordo com o GSI, eles integraram o voo que levou a comitiva do presidente em viagem aos Estados Unidos, na semana passada.

Em nota à imprensa, o órgão disse que os integrantes cumprem isolamento de 14 dias em suas residências desde a chegada ao Brasil.

Todos os auxiliares que estavam o voo presidencial foram submetidos ao teste. Os nomes não foram divulgados.

Com esses novos quatro casos já são 12 os integrantes da comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos infectados por coronavirus.

China segue registrando queda no número de novos casos

Os números de casos confirmados e suspeitos da doença do novo coronavírus  na parte continental da China vêm caindo há quase uma semana, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

Mais de 70% dos pacientes com COVID-19 em Wuhan, capital da Província de Hubei e também o epicentro do surto, receberam alta hospitalar após a recuperação. 

Excluindo Wuhan, as taxas de recuperação foram de 92,7% na Província de Hubei, e 97,3% na parte continental da China.

Segundo boletim da Comissão de Saúde, no sábado, “a grande maioria das regiões chinesas está com baixo risco de disseminação do coronavírus”.

O Município de Chongqing, no sudoeste da China, tornou-se o mais recente em um grupo de regiões de nível provincial que reduziu a zero o número de pacientes com COVID-19.

Após se recuperar, o último paciente com COVID-19 em Chongqing, um homem de 52 anos, recebeu alta de um hospital no distrito de Changshou por volta das 11h da manhã, reportou a comissão municipal de saúde.

Chongqing que registrou um total de 576 casos confirmados do novo coronavírus, incluindo seis mortes, não relatou novas infecções por 19 dias consecutivos.

Na tarde do sábado, a Província de Hunan, no centro da China, também testemunhou seu último paciente com COVID-19 sair do hospital.

A paciente de sobrenome Liu recebeu um buquê de flores e tirou uma foto em grupo com médicos e enfermeiros depois de ser liberada de um hospital em Changsha, capital de Hunan.

Tanto Chongqing como Hunan são vizinhos da província mais atingida, Hubei, e tiveram que fazer grandes esforços para impedir uma transmissão generalizada nas comunidades locais.

De acordo com uma contagem inicial da Xinhua, a agência estatal chinesa, 11 regiões de nível provincial no continente chinês estão livres de novas infecções pelo coronavírus após seus últimos pacientes com COVID-19 receberem alta hospitalar.

As 11 regiões incluem Tibet, Qinghai, Xinjiang, Shanxi, Yunnan, Fujian, Jiangsu, Jiangxi e Anhui, além das mais recentes adições de Hunan e Chongqing.

A Província de Hubei, no centro da China, relatou neste sábado quatro novos casos confirmados da doença do novo coronavírus (COVID-19) e 10 mortes, anunciou neste domingo a comissão provincial de saúde.

Todos os novos casos confirmados foram relatados em Wuhan, capital provincial e o epicentro do surto epidêmico.

O último relatório elevou o número total dos casos confirmados em Hubei foi de 67.794.

Até sábado, a Província de Hubei não registrou novos casos de COVID-19 por dez dias consecutivos em suas 16 cidades e sub-regiões fora de Wuhan.

A cidade de Wuhan também registrou menos de 10 novos casos pelo quarto dia consecutivo.

A província também teve 1.335 pacientes liberados dos hospitais após recuperação no mesmo dia, elevando o número total de pacientes curados para 54.278.

Entre os 9.376 pacientes hospitalizados, 2.551 ainda estão em condição grave e outros 612 em condição crítica.

(Com informações da Xinhua Press)

Três fatores representam risco fatal ante o coronavirus

Manuel Ansede, do El Pais

Uma equipe de cientistas chineses publicou o maior estudo sobre os fatores de risco associados às mortes pelo Covid-19, o coronavírus que já infectou mais de 100.000 pessoas em todo o mundo desde sua identificação, em dezembro.

A nova pesquisa analisou 191 pacientes internados em dois hospitais de Wuhan , 54 dos quais morreram.

Os demais tiveram alta antes de 31 de janeiro.

O estudo constata que idade avançada, problemas de coagulação sanguínea e sintomas de septicemia —uma resposta fulminante do organismo para combater uma infecção— são os três principais fatores de risco de morrer com a doença causada pelo vírus.

O trabalho, liderado pelo médico Hua Chen, enfatiza que metade dos pacientes analisados ​​apresentava outras enfermidades, como hipertensão (30%), diabetes (19%) e doença coronariana (8%).

Seus cálculos mostram um aumento de 10% no risco de morte no hospital a cada ano a mais de idade que a pessoa infectada tiver.

A idade média dos que morreram é de 69 anos, em comparação com os 52 anos dos sobreviventes.

Os autores, que publicaram seus resultados na revista médica The Lancet, acreditam que seus dados poderão em breve ajudar a identificar os pacientes com pior prognóstico.

No total, 2% das pessoas que contraíram a doença morreram, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Além da idade avançada, a equipe de Hua Chen destaca dois outros fatores de risco: uma alta pontuação no escore SOFA —um sistema de avaliação da falha de vários órgãos em pacientes internados na unidade de terapia intensiva— e indicadores elevados no teste do dímero D, usado para detectar problemas de coagulação do sangue.

O estudo também sugere que pacientes em estado grave disseminam o vírus por mais tempo do que o esperado.

O tempo de excreção do vírus foi de 20 dias em média nos sobreviventes da Covid-19, com variação de 8 a 37 dias.

Os autores pedem cautela ao interpretar seus resultados, pois todas as pessoas estudadas estavam hospitalizadas e dois terços delas em estado grave ou crítico.

De qualquer forma, recomendam que os pacientes internados não recebam alta enquanto seus testes do vírus não derem negativo.

A revista afirma que o novo estudo é o primeiro retrato completo da progressão do Covid-19. A duração média da febre foi de 12 dias. A dificuldade em respirar durou 13 dias nos sobreviventes.

O tempo desde o início dos sintomas até a alta foi de 22 dias. E, no caso dos que morreram, o tempo médio até falecerem foi de 18,5 dias.

“Idade avançada, sintomas de septicemia na internação, doenças subjacentes como hipertensão e diabetes e o uso prolongado da ventilação não invasiva foram fatores importantes na morte desses pacientes”, explica em um comunicado Zhibo Liu, coautor do estudo no Hospital Jinyintan.

“Os piores resultados em idosos podem ser devidos, em parte, ao enfraquecimento do sistema imunológico e ao aumento da inflamação, o que pode promover a replicação viral e uma resposta mais prolongada a essa inflamação, causando danos persistentes ao coração, cérebro e outros órgãos”, acrescenta o médico.