CPI da Garoa: Leo Voigt diz que houve “concurso da mão humana” no incêndio que matou 11

Leo Voigt, es-secretario de Desenvolvimento Social de Porto Alegre depõ como testemunha na CPI. Foto:Marlon Kevin/CMPA .

O ex-secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, o sociólogo Leo Voigt foi o primeiro depoente na CPI criada na Câmara Municipal de Porto Alegre, para apurar as causas e as responsabilidades no incêndio que matou 11 pessoas numa das pousadas da rede Garoa, na avenida Farrapos, em abril de 2024.

“Não foi uma tragédia, foi um infortúnio, que é quando há concurso da mão humana”, disse o ex-secretário que.

Voigt disse estar “convencido que foi um incêndio crimininoso” e mencionou imagens onde se vê  um homem que entra minutos antes e sai “quando já se veem as chamas”, sugerindo que há um vídeo, que seria a prova de sua convicção..

“Eu nunca vi, nem conheço quem tenha visto. Pelo jeito só o Voigt viu”, disse ao JÁ o presidente da CPI, vereador Pedro Ruas.

O o ex-secretário disse que a responsabilidade pelo contrato com a rede Garoa, de 24 pousadas, era da Fundação de Assistência Social, entidade autônoma,   e que os relatórios da fiscalização realmente apontavam deficiências nas unidades mas nunca foi pedida uma interdição. “Havia casos de infiltrações graves, que poderiam ser motivos de interdição, mas não foi pedida”, disse Voigt.

Ele confirmou dois fatos importantes para o rumo das investigações:  que a empresa era avisada quando ia haver fiscalização e que a porta de entrada da pousada ficava trancada.

“A fiscalização  avisava por que havia necessidade de liberar a entrada principal que ficava fechada”, disse ele em seu depoimento de quase duas horas..