O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) registrou um ligeira expansão de 0,2% entre fevereiro e março de 2022.
Todos os fatores que compõem o índice cresceram: o faturamento das indústrias (+6,2%), as compras industriais (+2,7%), as horas trabalhadas na produção (+1,4%), o emprego (+0,8%) e a utilização da capacidade instalada (+0,2 p.p.).
Apenas a massa salarial real recuou (-1,2%).
No comparação com os primeiros três meses de 2021, a atividade industrial gaúcha cresceu 4,2%, da janeiro a março deste ano..
Máquinas e equipamentos (+12,0%), Veículos automotores (+13,4%) e Couros e calçados (+5,8%) foram os setores que mais cresceram.
Alimentos (-2,8%), Produtos de metal (-4,3%) e Móveis (-8,9%) exerceram as maiores pressões negativas
O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI-RS), foi divulgado nesta terça-feira (3) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS),
“O bom momento das exportações industriais e a produção ainda aquecida para atender pedidos em carteira explicam esse crescimento. Entretanto, na margem já podemos ver uma desaceleração”, avaliou o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Segundo o presidente da FIERGS, a irregularidade e a estagnação observadas desde o fim do ano passado refletem os desarranjos persistentes na cadeia de suprimentos, que continuam gerando escassez e alta nos preços de insumos e matérias-primas, assim como a última onda da pandemia, a estiagem e a guerra na Ucrânia.
A pesquisa constatou que o cenário para os próximos meses continua sem grandes alterações e bastante restritivo à produção, apesar da diminuição da pandemia e da estiagem.
A indústria gaúcha registra acúmulo de estoques e deve manter o comportamento atual, sem grande perspectiva de retomar a o ritmo de recuperação interrompida no final do ano passado.