No pior momento da crise, Banrisul corta programação de anúncios nos jornais do interior

Em fevereiro de 2020, o presidente Claudio Coutinho anunciou lucro líquido recorde do Banrisul. Foto: Adelar de Freitas/Banrisul

No meio da pior crise de sua história, os jornais do interior do Rio Grande do Sul receberam esta semana a informação de que o Banrisul decidiu suspender a programação de publicidade em todos os veículos municipais no segundo semestre de 2020.

A decisão chegou aos jornais através da Centro Propaganda, uma das agências que administram as verbas publicitárias do banco.

A Adjori (Associação dos Jornais do Interior) confirmou a informação ao JÁ, mas seu presidente, Jair Francisco de Souza, disse na tarde desta sexta-feira que ainda tem a esperança de reverter a decisão.

Até agora, porém, duas reuniões agendadas com a representação dos jornais para discutir o assunto foram adiadas.

Maior anunciante do Estado,  o Banrisul  é o único banco a manter agências em todos os municípios gaúchos e anunciou em fevereiro um lucro recorde de R$ 1,34 bilhão, em 2019, o maior dos últimos seis anos.

Segundo a Adjori, a suspensão dos anúncios ocorre depois de longas negociações em que os jornais ofereceram descontos de até 70% para manter as programações do banco.

“Será uma pá de cal para muitos jornais que ainda sobrevivem”, disse o presidente da entidade.

Pelo menos 12 jornais impressos suspenderam a circulação em cidades do interior gaúcho nos últimos seis meses em consequência da crise, que se agravou com a pandemia do coronavírus.

 

 

 

 

 

 

 

2 comentários em “No pior momento da crise, Banrisul corta programação de anúncios nos jornais do interior”

  1. Acho bom que a diretoria do Banrisul comece a se mexer e tomar medidas para melhorar os resultados do Banco. O valor das ações está um “deuzulivre”. Sexta feira 03\jul\2020 fecharam a R$ 14,27 . Uma vergonha. Meu prejuízo já está perto de 4% , sem contar que dividendos que é bom, nada. Banco não tem que ficar fazendo propaganda em jornaleco que ninguém lê.

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