Policiais civis reivindicam vacinas contra a Covid com “sirenaço”

Reprodução UGEIRM

Com um “sirenaço” – viaturas com sirenes ligadas por três minutos – na manhã de hoje, policiais tentaram chamar a atenção da população para os riscos de contaminação pelo novo coronavírus que correm diariamente, e reivindicar prioridade no recebimento de vacinas contra a Covid.

Foi também uma forma de homenagear colegas mortos pela doença. Em apenas dois dias, três policiais civis morreram por Covid-19. No domingo (7) faleceu o escrivão Marcondes Souza Chagas, na segunda-feira(8), mais dois óbitos: do ex-chefe de polícia, delegado Luiz Fernando Tubino, e do dirigente da Ugeirm, comissário Luiz Henrique Lamadril.

A principal reivindicação dos policiais é sobre políticas de distanciamento social e o uso de máscaras, que não estariam sendo aplicadas devidamente nas delegacias, segundo a nota divulgada pela Ugeirm (Sindicato dos agentes de polícia civil do RS). Eles querem que as decisões a respeito sejam tomadas pela Chefia de Polícia, sem a possibilidade de cada Delegacia determinar quais as medidas necessárias para enfrentar a pandemia da Covid-19.

O sindicato também pede urgência na vacinação de seus agentes. A  categoria entende que o governo do Estado deve incluir os servidores de segurança pública entre os grupos prioritários para a vacinação. “Não faz sentido, trabalhadores que estão diariamente expostos ao risco de contágio, devido àa sua atividade, estarem no fim da fila de vacinação”, argumenta o sindicato.

O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, convocou todos os policiais a prestar essa homenagem aos colegas mortos pela Covid-19. “A dor da perda de um companheiro e amigo, como a que sentimos nesses últimos dias, é imensa. Porém, não podemos ficar parados, sob o risco de termos que lamentar mais mortes. Em respeito aos que perderam sua vida, temos que nos manifestar. Amanhã, temos que ligar as sirenes das nossas viaturas, mostrando para a população que estamos diariamente nos expondo para garantir a segurança deles. Se os colegas estivessem vivos, com certeza seria isso que eles estariam fazendo!”

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