Bolsonaro lança campanha à reeleição no lugar onde levou a facada em 2018

 O presidente Jair Bonsonaro lançou nesta terça-feira (16) a campanha à reeleição ao Palácio do Planalto, em Juiz de Fora, a cidade onde sofreu um atentado à faca na campanha de 2018.

Em seu discurso, o candidato focou na agenda conservadora e de costumes.

Bolsonaro desembarcou por volta das 10h no Aeroporto da Serrinha, onde o esperava um grupo pastores evangélicos e alguns apoiadores.

No discurso, transmitido em uma rede social do presidente, ele disse que o governo “não errou” durante a pandemia da Covid-19, que já matou mais de 650 mil pessoas no Brasil.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que investigou a atuação do governo durante a pandemia atribuiu nove crimes a Bolsonaro e pediu seu indiciamento.

Congressistas mineiros e o senador Flavio Bolsonaro acompanharm a agenda no sudeste de Minas.

Ele também participou de uma motociata pelas ruas da cidade. Depois, subiu em um trio elétrico e discursou para eleitores na Rua Halfeld, na região central da cidade – local onde levou uma facada durante a campanha de 2018.

No pronunciamento, Bolsonaro focou em questões da pauta conservadora e de costumes. Disse ser contrário ao aborto e à legalização das drogas; e defensor da propriedade privada. Ele também afirmou que “o país não quer mais corrupção”.

No campo econômico, Bolsonaro declarou que o governo faz “um esforço” para a redução do preço dos combustíveis e da inflação.
O candidato a vice, Braga Netto, e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também discursaram durante o ato de campanha. Em busca de votos no eleitorado feminino, a campanha de Bolsonaro tem dado maior destaque a Michelle nos eventos dos quais o presidente participa.

Esta foi a segunda vez que Bolsonaro voltou a Juiz de Fora, depois do atentado sofrido durante ato de campanha em 2018, um mês antes do primeiro turno, quando, Bolsonaro tinha apenas 22% das intenções de voto.
Pesquisa do IPEC, divulgada nesta terça-feira, mostra que em Minas Gerais, o ex-presidente Lula tem 42% das intenções de voto contra 29% de Bolsonaro.

 

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Governo comemora menor gasto com pessoal; funcionários denunciam arrocho e precarização de serviços

Salários congelados há quase seis anos, zero contratação ou reposição de funcionários que saem por aposentadoria, morte ou demissão.

São as causas principais da redução dos gastos com o funcionalismo público federal, que no primeiro semestre de 2022 chegou ao seu nível mais baixo em 14 anos.

Os dados foram compilados pela Agência Brasil com base nas estatísticas do Tesouro Nacional.

De janeiro a junho, o Poder Executivo Federal desembolsou R$ 157,477 bilhões para pagar salários, aposentadorias e sentenças judiciais do funcionalismo, em valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O montante é o mais baixo para o primeiro semestre desde 2008, quando estava em R$ 139,733 bilhões, também em valores corrigidos pela inflação.

O ministro Paulo Guedes diz que vai reduzir mais ainda com a reforma administrativa que pretende aprovar depois das eleições de outubro.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) denuncia o arrocho salarial e a falta de concursos pela precarização dos serviços públicos federais em todo o país.

Pedro Armengol, presidente da Condsef,  diz que a precarização do atendimento afeta diretamente a população de menor renda, que é quem mais precisa de bons serviço público.

O recorde nos gastos com o funcionalismo no primeiro semestre foi registrado em 2019, quando as despesas atingiram R$ 186,213 bilhões (atualizado pelo IPCA) De lá para cá, os gastos recuaram 15,43% em termos reais (descontada a inflação).

Congelamento
Diversos fatores contribuíram para a queda no gasto com o funcionalismo. O principal foi o congelamento do salário do funcionalismo que vigorou entre junho de 2020 e dezembro de 2021.

A medida foi aprovada pelo Congresso Nacional em troca do pacote de ajuda a estados e municípios afetados pela pandemia de covid-19.

Apesar de promessas e de greves de diversas categorias do funcionalismo, o governo não concedeu reajustes em 2022. Originalmente, o Orçamento de 2022 tinha destinado R$ 1,7 bilhão para reajuste a forças federais de segurança e agentes de saúde.

No fim de abril, a equipe econômica informou que estudava um aumento linear de 5% para todo o funcionalismo.

No entanto, no início de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a concessão de reajustes em 2022.

Por causa das restrições da lei eleitoral, o governo poderia conceder reajustes acima da inflação até 2 de abril, seis meses antes das eleições.

A Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza a reposição da inflação até o fim de junho. No entanto, o projeto de lei deveria ter sido enviado até meados de maio para ser votado a tempo pelo Congresso.

Governo eletrônico
A não realização de concursos públicos para repor os servidores que se aposentaram ou morreram também contribuiu para a queda do gasto com o funcionalismo federal. O número de servidores na ativa caiu de 630,7 mil em dezembro de 2018 para 570,3 mil em julho deste ano, segundo o Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Economia.

A Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia informa que a ampliação da oferta eletrônica de serviços no Portal Gov.br compensou a queda do quadro funcional.

Segundo o órgão, a ferramenta, que oferece quase 4,9 mil serviços públicos pela internet, permitiu o deslocamento de servidores de funções operacionais e burocráticas para atividades relacionadas à gestão ou à fiscalização, o que dispensa a reposição de cargos de nível médio ou que se tornaram obsoletos.

Precatórios
Além do congelamento salarial num cenário de inflação alta e da ausência de concursos públicos, outro fator passou a ajudar a reduzir o gasto com o funcionalismo.

A emenda constitucional que permitiu o parcelamento de precatórios de grande valor transferiu para outros anos gastos que seriam executados em 2022.

Dívidas do governo reconhecidas em caráter definitivo pela Justiça, os precatórios acima de 60 salários mínimos, passaram a ser parcelados até 2026.

O mesmo ocorreu com as dívidas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que passaram a ser pagas em três parcelas, uma a cada ano.

Segundo o Tesouro Nacional, a emenda constitucional reduziu em R$ 9,82 bilhões as despesas da União com precatórios no primeiro semestre. Em valores corrigidos pela inflação, a queda chega a R$ 11,22 bilhões. Desse total, R$ 7,4 bilhões corresponderam a precatórios relativos ao funcionalismo público federal.

Críticas
A queda no número de servidores é criticada pelas entidades que representam o funcionalismo público.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados em maio, o diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) Pedro Armengol diz que o congelamento de salários e a não reposição de servidores piora a qualidade do serviço público.

“As decisões tem sido unilaterais. A pauta [de reivindicações] dos servidores públicos não é meramente corporativa. Ela reflete a preocupação dos trabalhadores e trabalhadoras do setor com as condições mínimas necessárias para atender as demandas da população e, portanto, assegurar direitos essenciais dos brasileiros”, declarou.

Entre os problemas citados pelo representante da Condsef, estão a extinção de órgãos, a precarização de salários, a não recomposição da força de trabalho, a precarização das condições e relações do trabalho e a falta de diálogo com o governo.
(Com informações da Agência Brasil)

Brasileiro corta gastos mas não consegue fechar as contas no fim do mês

Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês.

A constatação é de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro.

Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses.

Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha
Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomendado pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

Aprovação de Estado de Emergência libera R$ 41 bilhões em plena campanha eleitoral

Em sessão conjunta, na quinta-feira, 14.  a Câmara e o Senado selaram a Emenda Constitucional que cria o Estado de Emergência no país.

Emenda Constitucional 123, aprovada nas duas casas, autoriza o governo federal a gastar R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos públicos para aumentar benefícios sociais como o Auxílio Brasil e o vale-gás; conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas; ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda; e diminuir tributos do etanol.

Os gastos são permitidos até dezembro de 2022.

Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,  com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do presidente da República, Jair Bolsonaro; e de ministros: Ciro Nogueira, da Casa Civil; Adolfo Sachsida, de Minas e Energia; Célio Faria, da Secretaria do Governo; José Carlos Oliveira, do Trabalho; e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

O Estado de Emergência  é o instrumento que os aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, tendo à frente Artur Lira,  encontraram para  justificar a concessão de benefícios em período eleitoral, quebrando as regras do orçamento.

O Estado de Emergência permite que o Auxílio Brasil tenha o valor aumentado,  de  R$ 400 para R$ 600, com a abertura a novas famílias candidatas a receber o benefício. Ainda não está clara toda a extensão das medidas. Lira prometeu  a ampliação do vale-gás e a criação de subsídio para caminhoneiros e taxistas.

A sesão durou quase dez horas, envolvia duas outras matérias em um esforço para finalizar as votações antes do recesso parlamentar, que se inicia em 18 de julho.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou que a emenda vai “amenizar os nefastos efeitos sociais e econômicos” advindos da inflação observada nos últimos meses.

“Não poderia o Congresso Nacional permanecer omisso diante de números tão desalentadores”, disse Pacheco. Ele destacou a aprovação da PEC em tempo recorde.

Jair Bolsonaro afirmou que a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia levaram ao aumento da inflação em todo o País e que o Brasil está agindo para retornar a patamares anteriores a 2020.

“A inflação se fez presente não apenas no Brasil, mas no mundo, em especial no tocante a gêneros alimentícios e combustíveis. Buscamos alternativas e, desde o início do ano passado, o governo federal zerou impostos e juntamente com o Parlamento tomamos medidas como um teto de ICMS nos estados. Isso se fará pesar para uma inflação bem menor no próximo ano, ousando dizer que poderemos ter inclusive deflação. É o Brasil voltando à normalidade”, disse Bolsonaro.

A PEC estabelece um estado de emergência “decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”.

Segundo dados trazidos por Rodrigo Pacheco em seu discurso, o número de brasileiros entrando na situação de pobreza chegou a 11 milhões, totalizando 47,3 milhões de pessoas na zona de pobreza ou extrema pobreza. O número representa 22,3% da população, o maior percentual em dez anos.

 

Edegar Pretto debate programa de governo com representantes da Região Metropolitana

A Assembleia Popular Regional da pré-campanha de Edegar Pretto chegou à capital gaúcha nesta quinta-feira (07) e reuniu cerca de 300 pessoas.

O encontro, que ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, é o espaço de debate, onde a população pode indicar as prioridades para investimentos públicos na região. O objetivo é elencar os temas mais urgentes e aqueles que abrangem uma maior parcela da população para incluí-los no plano de governo do petista. Acabar com a fome e a extrema pobreza, fomentar as empresas para a geração de emprego e renda e investir em mobilidade urbana foram alguns dos temas mais recorrentes durante a assembleia.

Para Edegar Pretto, o Estado precisa investir pesado para melhorar a vida das pessoas. “Não vamos conviver com a vergonha da fome. Tem muito a ser feito. Vamos criar o Conselho das Cidades, porque nenhuma política vai ser colocada em prática sem discussão com a população. Isso não é promessa, é um acúmulo de práticas que há muito tempo nós já fazemos”, ressaltou.

Disse que o apoio dos aliados fortalece a ideia de reconstrução do estado. “Eu nunca estive só. Estamos com o PCdoB, com o PV, com os movimentos sociais do campo e da cidade, e cada um e cada uma que acreditam que o Brasil e o Rio Grande podem ser melhor.”

O evento de Porto Alegre reuniu representações dos municípios que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) Metropolitano Delta do Jacuí e Centro-Sul.

Esta é a quinta edição, de um total de 10 assembleias, que estão sendo realizadas nas macrorregiões do Rio Grande do Sul, de forma que todas as localidades tenham a oportunidade de participar. Além dos encontros presenciais, os gaúchos também têm à disposição a Decidim Povo, uma plataforma virtual, pela qual podem ser enviadas opiniões e sugestões para a coordenação responsável pela formatação do plano do pré-candidato.

O modelo de participação popular adotado nas assembleias é o de ouvir um representante de cada segmento que predomina na região, além de abrir espaço para manifestações de diversas lideranças de entidades e movimentos sociais, que apresentaram reivindicações através de documentos e depoimentos.

Mara Nunes, da ONG Mistura Aí, falou sobre o trabalho de combate à fome e destacou que a população enfrenta uma piora das condições de vida. “Mesmo com o recuo da pandemia, há uma sequela da fome, do desemprego e da violência. Os governos precisam ter um olhar para gerar emprego e matar a fome das pessoas.”

Lucimar Siqueira, geógrafa e pesquisadora do núcleo gaúcho do Observatório das Metrópoles, defendeu a integração de políticas públicas para enfrentar os desafios das cidades e das regiões metropolitanas. “Precisamos criar espaços que dialoguem com todas as instâncias de participação. É preciso atenção especial e um olhar na relação entre o campo e a cidade. É preciso entender que planejar é evitar improvisos.”

MC Gangster alertou para o alto índice de mortes de jovens negros, e acrescentou que a cultura pode contribuir com a formação da juventude. Disse ainda que faltam oportunidades de estudo, de conhecimento e de cultura. Neste sentido, cobrou que os governos constituam políticas públicas que sejam capazes de mudar essa realidade, “mas uma política compartilhada que corra com interesse das pessoas”.

Fernando Lindner argumentou que a mobilidade urbana também é um direito, assim como saúde e educação, mas que, infelizmente, ela não é pensada. “Transporte coletivo é fundamental, mas precisamos pensar em conceitos e políticas públicas permanentes. O empresário precisa oferecer mais oportunidades, e não pensar em ter lucro em somente encher o ônibus. É preciso repensarmos o sistema, com mais qualidade de vida e dignidade. Isso é para ontem”.

A pesquisadora e crítica teatral, Michele Rolim, denunciou que no RS o Plano Nacional de Cultura não está sendo cumprido, assim como as demandas da sociedade civil não estão sendo acolhidas pelo governo. “Lamentavelmente, temos a constatação de que não há diálogo. A Secretaria de Cultura nunca esteve disposta a dialogar com a comunidade cultural. A disposição do poder público ficou apenas no papel”.

Entre os participantes, estiveram presentes lideranças e militantes do PT, PV e PCdoB, partidos que integram a Federação no Rio Grande do Sul; vereadores,  vereadoras, deputados, deputadas, pré-candidatos e pré-candidatas ao parlamento estadual e federal.

Além de Porto Alegre, já foram realizadas assembleias populares regionais em São Leopoldo, Pelotas e Sant’Ana do Livramento e Santo Ângelo. Confira o calendário das próximas:

09.07 – Passo Fundo, 9h

15.07 – Osório, 19h

16.07 – Santa Cruz, 9h

16.07 – Santa Maria, 15h

23.07 – Caxias do Sul, 9h

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Três hospitais em Porto Alegre já usam robôs para descontaminar ambientes

Três hospitais em Porto Alegre já estão usando robôs para descontaminar seus ambientes: Unimed, Grupo Hospitalar Conceição e Hospital São Lucas da PUCRS. Em São Paulo, essa tecnologia está disponível no Hospital Premier.

O trabalho pioneiro é realizado pelo Grupo Phi Robotics Research Lab, sediado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenado pela  professora Mariana Kolberg, membro do Instituto IEEE.

O projeto prevê a descontaminação de ambientes hospitalares por meio de robôs autônomos.

O dispositivo usa luz ultravioleta e névoa ozonizada para prevenir e reduzir a propagação de agentes infecciosos, como o coronavírus.

Os robôs podem funcionar de forma autônoma ou controlados por um operador humano.

Segundo Edson Prestes, pesquisador da UFRGS, durante os anos de pandemia, houve uma maior atenção às tecnologias aplicadas à saúde, com o desenvolvimento de novos sistemas como nas videoconferências e telemedicina, que utilizam a robótica para a realização de cirurgias ou como suporte tecnológico ao médico.

Em níveis mais avançados, cientistas já estudam o emprego de pílulas robóticas que, ingeridas pelos pacientes, podem navegar pelo corpo humano, filmando órgãos internos e áreas de interesse dos médicos, para um diagnóstico mais assertivo. “Seria muito menos agressiva do que os exames de endoscopia e colonoscopia, por exemplo”, diz Edson Prestes.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

OMS promove campanha para conter queda na “cobertura vacinal” no Brasil

A queda na cobertura vacinal para várias doenças no país, motivou a campanha “Vacina Mais” lançada nesta quarta (29), em Brasília.

A iniciativa é da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas e OMS), em parceria com conselhos de saúde de âmbito nacional, estadual e municipal.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643.

Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra esta doença recuou, no período, de 98% para 67%.

Para o CNS, a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil.

“Estamos trabalhando para desfazer falsas notícias que levam à morte”, disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, durante a cerimônia de lançamento da nova campanha, que conta, também, com as parcerias do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o CNS, o Brasil é um dos “poucos países que oferecem um extenso rol de vacinas gratuitas à sua população”, com um Programa Nacional de Imunizações (PNI) que disponibiliza anualmente cerca de 300 milhões de vacinas contra mais de 30 doenças em aproximadamente 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo território nacional.

O Conselho Nacional de Saúde reafirmou que a vacinação “é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes, custo-efetivas e que salvam vidas”.

O objetivo da campanha é o de “unir esforços para conscientizar a população do Brasil sobre a importância de aumentar a cobertura vacinal”.

Direito e responsabilidade
Segundo a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, a campanha chama atenção para a necessidade de que as pessoas se vacinem “mais do que estão fazendo hoje”. “Ela mostra também que esse ‘Mais’ – usado na campanha – simboliza a soma de esforços que precisamos para alcançar o aumento da cobertura de vacinação para termos pessoas mais saudáveis”, enfatizou.

Acrescentou que “a campanha destaca, também, que as vacinas estão disponíveis gratuitamente pelo grandioso SUS em todos estados e municípios brasileiros para que as pessoas façam uso desse direito, o que envolve também responsabilidades”.

Segundo Gross, as vacinas são “uma das medidas de saúde pública mais efetivas”, sendo, portanto, necessário que continuem sendo “um bem público mundial que não pode ser retirado da população porque mantém todos saudáveis, ajudando-nos a eliminar doenças”.

“As vacinas salvam vidas, são seguras e previnem enfermidades, além de proteger comunidades mais vulneráveis”, complementou.

Queda de cobertura
O CNS lembra que, graças às vacinas, a varíola foi erradicada do mundo em 1980. “E a região das Américas foi a primeira do planeta a eliminar doenças como poliomielite (em 1994), rubéola e síndrome da rubéola congênita (em 2015) e tétano neonatal (em 2017)”, destacou.

No entanto, segundo Fernando Pigatto, a alta taxa de cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos, deixando milhões de pessoas em risco.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643.

Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra esta doença recuou, no período, de 98% para 67%.

Para o CNS, a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil.

“O país havia ficado livre da transmissão autóctone [que ocorre dentro do território nacional] do vírus causador dessa doença em 2016. Porém, a combinação de casos importados de sarampo e a baixa cobertura vacinal levaram o Brasil a ter um surto, que, desde 2018, tirou a vida de 40 pessoas, principalmente crianças”, frisou o CNS.

“Vacina Mais”
Por meio da campanha “Vacina Mais”, o conselho pretende motivar a população a ampliar o uso desse tipo de imunizante, levando a diferentes públicos informações relevantes sobre a segurança, importância e efetividade de todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Calendário Nacional de Vacinação.

Em seu pronunciamento, o ministro da Saúde substituto, Daniel Pereira, destacou que, graças ao esforço conjunto envolvendo as autoridades de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal é que foi possível distribuir mais de 500 milhões de doses de vacinas para o combate à pandemia.

“Cada brasileiro que quis se vacinar teve uma vacina à sua disposição onde quer que fosse. A vacina foi o que nos permitiu chegar, hoje, a um cenário muito mais tranquilo do que no passado, quando faltavam leitos nos hospitais do país”, disse Pereira.

“Mas isso não quer dizer que estejamos em um ambiente de normalidade. A pandemia está aí e temos de ficar atentos”, finalizou.

Um dia de luta para a imprensa e a cultura

Por Márcia Turcato, de Brasília

A segurança dos jornalistas e a liberdade de imprensa durante o processo eleitoral de 2022 será tema de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados. A proposta da deputada Luíza Erundina (PSOL/SP) e do deputado Gustavo Fruet (PDT/PR) foi aprovada nesta terça-feira (01/06).

Para justificar o pedido de audiência, os  autores do requerimento apresentaram dados de agressão a jornalistas e a veículos de imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Associação Nacional de Jornalistas Investigativos (Abraji) e da associação internacional Repórteres sem Fronteiras.

De acordo com a deputada Luiza Erundina, as eleições de 2022 no Brasil serão realizadas em um contexto de crescentes ataques a jornalistas, comunicadores e violações da liberdade de imprensa, que tendem a se agravar durante a campanha. Ela citou o levantamento feito pela Fenaj, entre 2019 e 2021, apontando que a violência contra jornalistas no Brasil somou 1.066 ocorrências – total superior à soma de todos os episódios já registrados pela entidade.

A Abraji, que realizou pesquisa semelhante em 2021, registrou 453 ataques contra comunicadores e meios de comunicação. Em 69% dos casos, a agressão foi provocada por agentes públicos, como ministros e o próprio presidente da República. Já o levantamento da associação Repórteres Sem Fronteiras, em parceria com o Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, registrou, somente entre março e junho de 2021, meio milhão de tweets contendo hashtags com ataques à imprensa nesta rede social.

Serão convidados para participar da audiência pública, que deve ocorrer ainda em junho, representantes da Fenaj, da Abraji, do Repórteres sem Fronteira, do Tribunal Superior Eleitoral, do Ministério Público Federal, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e do Twitter Brasil.

Comissão de Cultura

Logo após a reunião da CCTCI, foi a vez do setor cultural ter voz na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados.

Em audiência pública conduzida pela deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), artistas, cineastas, diretores, poetas e produtores discutiram a derrubada dos vetos do presidente da República às leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo.

A apreciação dos vetos pela Câmara e Senado deve ocorrer na próxima semana. Segundo a deputada Jandira Feghali, os dois vetos devem ser derrubados porque o entendimento da maioria é que o setor cultural necessita de auxílio financeiro e que existe recurso para isto.

A lei Aldir Balnc 2 amplia o número de  beneficiados pelo auxílio federal frente aos prejuízos impostos pela pandemia de covid-19, fixando um repasse de três bilhões de Reais para o setor cultural em todas as Unidades da Federação durante cinco anos. A segunda lei destina 3,86 bilhões de Reais a estados e municípios, sendo que 1,06 bilhão de Reais são para ações emergenciais.

A produtora cultural Rita Andrade, de Brasília, e que integra o Conselho Nacional de Cultura, participou da reunião e destacou que a cultura é o mais democrático dos setores produtivos porque todos têm acesso a acesso a ela, sendo quando assistem um filme na TV ou cinema, quando compram um livro ou vão a um show, por exemplo.

Participaram da audiência pública, entre outros, Fabrício Noronha, presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura; Ana Castro, presidente do Fórum Nacional de Gestores de Cultura; Eduardo Barata, da Associação de Produtores de Teatro; Bianca de Felippes, da Gávea Filmes; Fred Maia, da Mídia Ninja; Célio Turino, criador dos Pontos de Cultura; e as atrizes Julia Lemmertz e Rose Campos.

 

Indústria cresce e emprega mais, mas a massa de salários diminui

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) registrou um ligeira expansão de 0,2% entre fevereiro e março de 2022.

Todos os fatores que compõem o índice cresceram: o faturamento das indústrias (+6,2%), as compras industriais (+2,7%), as horas trabalhadas na produção (+1,4%), o emprego (+0,8%) e a utilização da capacidade instalada (+0,2 p.p.).

Apenas a massa salarial real recuou (-1,2%).

No comparação com os primeiros três meses de 2021, a atividade industrial gaúcha cresceu 4,2%, da janeiro a março deste ano..

Máquinas e equipamentos (+12,0%), Veículos automotores (+13,4%) e Couros e calçados (+5,8%) foram os setores que mais cresceram.

Alimentos (-2,8%), Produtos de metal (-4,3%) e Móveis (-8,9%) exerceram as maiores pressões negativas

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI-RS), foi divulgado nesta terça-feira (3) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS),

“O bom momento das exportações industriais e a produção ainda aquecida para atender pedidos em carteira explicam esse crescimento. Entretanto, na margem já podemos ver uma desaceleração”, avaliou o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Segundo o presidente da FIERGS, a irregularidade e a estagnação observadas desde o fim do ano passado refletem os desarranjos persistentes na cadeia de suprimentos, que continuam gerando escassez e alta nos preços de insumos e matérias-primas, assim como a última onda da pandemia, a estiagem e a guerra na Ucrânia.

A pesquisa constatou que o cenário para os próximos meses continua sem grandes alterações e bastante restritivo à produção, apesar da diminuição da pandemia e da estiagem.

A indústria gaúcha registra acúmulo de estoques e deve manter o comportamento atual, sem grande perspectiva de retomar a o ritmo de recuperação interrompida no final do ano passado.

Veja a íntegra da pesquisa

Feira de Inovação foi primeiro tema das reuniões presenciais do Conselho de Empreendedorismo

Após um período de realização de encontros híbridos, devido à pandemia, com a maior parte dos conselheiros participando de modo virtual, o Conselho Estadual de Desburocratização e Empreendedorismo (Cede) realizou a reunião mensal de abril com a maioria do quórum presencial.

O encontro ocorreu na manhã da sexta-feira (8/4), no Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre.

Um dos temas abordados foi o South Summit, plataforma mundial de inovação e tecnologia programa para para 4 a 6 de maio, no Cais Mauá, na capital. Dados apresentados no encontro apontam que a feira já movimentou globalmente, em dez anos de existência, mais de US$ 8 bilhões. A edição brasileira já conta com mais de 70 fundos de investimentos e 230 palestrantes nacionais e internacionais.

Representante da sociedade no Cede, Daniel Santoro destacou que, mesmo sendo direcionado a empreendedores e personalidades ligados à inovação e tecnologia, o South Summit precisa ser levado a conhecimento de todos. “As startups são criadas para resolver dores dos cidadãos, problemas do dia a dia das pessoas”, acrescentou.

Outra pauta apresentada foi a elaboração do regimento interno do Cede, que deverá ser aprovado na próxima reunião. No documento há a previsão de realizar eleições escalonadas entre os participantes do setor público e privado, para que haja a perenização das conquistas.

Sobre o projeto Educação Empreendedora, o Sebrae-RS trouxe o exemplo do modelo utilizado pelo governo de Minas Gerais para a inclusão de jovens no empreendedorismo, com resultados positivos para a comunidade. A interiorização do Tudo Fácil Empresas também foi abordada no encontro. Em dois meses, a Junta Comercial e o DescomplicaRS já visitaram 34 municípios e obtiveram a adesão de 33 prefeituras. Os processos para a adesão passam por quatro passos que os municípios precisam dar: adoção das tabelas de baixo risco, viabilidade automática de endereços, inscrição municipal automática e isenção de taxas.

O secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal, comemorou a retomada das reuniões presenciais e destacou que é uma possibilidade que os encontros do Cede aconteçam em outras localidades, para envolver a população de outras regiões e levar o modelo do conselho, iniciativa inédita no país, para os municípios.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)