
Renan em sua casa em Santa Catarina. Foto: Tania Meinerz
O Brasil perdeu um de seus grandes repórteres com a morte de Renan Antunes de Oliveira, aos 70 anos, na manhã deste domingo.
Ele havia passado por um transplante de rim em fevereiro no Hospital de Caridade em Florianópolis, onde morava.
Estava em casa, no Rio Vermelho, em recuperação, quando, no início desta semana, apresentou sintomas de uma infecção pulmonar. Voltou ao hospital e testou positivo para o novo coronavírus, mas como os sintomas eram moderados ele foi liberado e voltou para casa.
Segundo familiares foi medicado com cloroquina.
Estava no pátio tomando sol, em companhia da mulher, Blanca Rojas, e da filha Angelina, quando foi fulminado por uma parada cardíaca, pouco antes do meio-dia.
Vencedor do Prêmio Esso de Reportagem com a matéria ‘A Tragédia de Felipe Klein’, publicada no Jornal JÁ, em 2004, Renan Antunes também venceu como Jornalista do Ano, no Prêmio Press, em 2005.
Foi repórter da Revista Veja, do jornal Gazeta do Povo, da RBS, da IstoÉ e do Estado de São Paulo, do qual foi correspondente em Nova Iorque.
Nos últimos anos, atuava como freelancer produzindo matérias para diversos veículos, como o The Intercept, DCM e o jornal JÁ.
Na última Feira do Livro de Porto Alegre, lançou pela JÁ Editora, uma coletânea de suas melhores reportagens com o título ‘Em carne viva com calda de chocolate’, que resumia seu estilo de relatos contundentes, embalados em textos meticulosamente elaborados.
Natural de Nova Prata, cresceu em Porto Alegre. Iniciou o curso de Jornalismo na Famecos/PUC e fez estágio nos Diários Associados.
Trabalhou em jornais de Porto Alegre, SP, Brasília, Curitiba, Florianópolis e foi correspondente em Pequim, Hong Kong, Paris, Londres, Marrocos, México, Estados Unidos.