Shakespeare, 450 anos de reinvenção do humano

Por Enio Squeff
Goethe tinha uma opinião muito além de lisonjeira sobre o “Dom Quixote”, de Cervantes; do alto de sua inegável autoridade estimava que se, por ventura, ou quem sabe, por desgraça, toda a literatura ocidental desaparecesse, mas só restasse a obra do espanhol, então, toda a literatura do Ocidente, “estaria salva”.
Talvez excluísse desta consideração William Shakespeare, cujos 450 anos de nascimento são comemorados em 2014. Goethe viveu o bastante e produziu o suficiente para os tempos de romantismo, de que ele também foi participante – mas muito dificilmente os mais jovens artistas de seu tempo, como Hector Berlioz (músico) e Eugène Delacroix (pintor), para citar apenas dois franceses, do século XIX, negariam ao inglês uma parte essencial, não apenas na literatura, mas no pensamento do Ocidente.
Instada certa vez a comparar o dramaturgo português quinhentista, Gil Vicente, com Shakespeare, a professora e crítica brasileira Bárbara Heliodora – maior autoridade talvez na obra do dramaturgo e poeta britânico – negou-se a entrar nesse tipo de cotejo: “Shakespeare – disse – não é um autor a mais, é uma categoria”.
De fato, o romantismo – mais que outra escola ou estilo – parece ter revelado um Shakespeare que, no fim das contas, pode ser adaptado por todos os tempos e por todas as artes. Essa a categoria a que talvez se referisse Bárbara Heliodora, Nas incursões que fez à obra de Shakespeare, o compositor Giuseppe Verdi – nas palavras de Otto Maria Carpeaux – ombreou-se ao bardo inglês pelo menos numa ópera, “Otelo”. Especialmente na cena em que Desdêmona pressente a morte, ou seja, o seu assassínio injusto pelo personagem título, que é movido por um ciúme doentio e culpado, não há como não entrar no clima tristíssimo e definitivamente trágico do drama. Sem Shakespeare, Verdi não comporia a sua, talvez, melhor ópera (o “talvez” fica por conta do “Falstaff”, também baseado em Shakespeare, que Verdi iria criar no fim da vida). Mas a afirmação vale para todos os artistas que nele se inspiraram.
Pode-se interpretar o “Macbeth” do grande cineasta Roman Polanski como a resposta catártica à morte trágica de sua esposa grávida, a atriz Sharon Stone, perpetrada por um assassino psicopata nos EUA na década de 70 do século passado. Catarse, no caso de Polanski, pode ser uma resposta. Mas todos os artistas que se inspiraram em Shakespeare, de um modo ou de outro, assumiram-no, não apenas em seus dramas pessoais, mas na universalidade de sua visão de mundo.
Quem parece ter atentado de perto para esta característica foram, paradoxalmente, os franceses. Hector Berlioz(1803-1869) que escreveria uma “sinfonia dramática”- na verdade um poema sinfônico, baseado no “Romeu e Julieta” – foi, quem sabe, o mais entusiasta deles. Aqui também se pode formular a hipótese de que pelo fato de ter encontrado numa atriz irlandesa, Harriet Smithson, que fez de “Ofélia”numa encenação do “Hamlet”, em Paris, um entusiasmo que se transformou num rumoroso caso de amor, pode ter favorecido sua admiração sem limites por Shakespeare. Mas antes disso, Berlioz, que foi também um grande escritor, já desencava alguns franceses – especialmente Voltaire – por ter ignorado o grande dramaturgo em sua viagem à Inglaterra. É da mesma linha o entusiasmo de Delacroix (1798-1893), um dos mais importantes pintores que antecederam o impressionismo francês. Não bastasse sua admiração explícita pelo grande dramaturgo inglês, não foram poucas as vezes em que se valeu de Shakespeare para suas pinturas e gravuras.
Há toda uma linha de artistas shakespearianos que realmente confirmam a idéia de que Shakespeare é uma “categoria”. Contemporaneamente, há quem se lembre de Inokenki Smotuknovski – não pelo complicado de seu nome – mas por sua atuação memorável numa versão cinematográfica do”Hamlet”russo, filmado por Gregori Kozutsev na década de 60. Outro russo, mas compositor, Dmitri Shotakovitch, foi ameaçado com graves represálias por Stálin, quando adaptou Shakespeare a uma ópera denominada “Lady Macbeth no Distrito de Msensk”: a peça, como é presumível, resgatava a figura sinistra da peça de Shakespeare, mas ambientada num contexto ruinoso em plena URSS. Que Shakespeare se reportasse a uma assassina, tudo bem. Em plena União Soviética, porém, tudo mal. Pelo menos para os zelosos censores do período.
O fato, contudo, demonstra o alcance de Shakespeare – cuja dramaturgia não se limitou à cultura ocidental, muito menos à Europa. Machado de Assis rendeu-se várias vezes à literatura shakespeariana. Não há como desalinhar o grande romancista brasileiro do drama de Otelo para encontrar a gênese de seu “Dom Casmurro”, só para remeter a uma obviedade.
Na linha das categorias, aliás, há que alinhar Shakespeare com todos outros escritores da literatura ocidental do período em que o dramaturgo viveu. Arnold Hauser (1892-1978), que escreveu uma alentada obra sobre a literatura e a pintura do período posterior ao Renascimento, pôs Shakespeare como a expressão típica do maneirismo – uma escola que ele localizava entre o classicismo renascentista e o barroco; e do qual ele extraía o fundamento para sua tese – de que o maneirismo – vale dizer, Shakespeare e Cervantes, mas também El Greco e Caravaggio, para só lembrar alguns – seriam os precursores da arte contemporânea. Por nosso ceticismo, viveríamos um novo maneirismo. Talvez seja isso.
Como nas peças de Shakespeare, os intelectuais, artistas, políticos e homens do povo, que saíram do grande cisma protestante e das guerras religiosas da Europa do século XVII, parecem ter sido exemplarmente “contados” nos palcos do grande dramaturgo inglês. Mas também por ele antecedidos. Compreende-se enfim, o alcance sem tempo nem lugar definidos de Shakespeare. Quando Kurosawa, o genial cineasta japonês, valeu-se do “King Lear” para um de seus filmes – ninguém estranhou. Shakespeare vale para a China ou o Japão atuais, como valeu um dia para a Inglaterra Elizabetana. Os maneiristas – mas especialmente Shakespeare – descreveram o homem ocidental num contexto existencial além do espaço e do tempo na sua descrença desesperada. Inclusive nas seguidas releituras feitas ao longo dos séculos dos dramas de Shakespeare.
Certa vez, Flávio Rangel, num diálogo que tivemos sobre as relações entre a música e o teatro, me lembrou que a interpretação recorrente, tanto no teatro quanto na música, era um desafio permanente a todos os diretores de teatro em todos os tempos. Citou como exemplo máximo o “Hamlet”. Como interpretá-lo no palco? A partir da idéia de um louco alucinado, um lúcido tresloucado pela existência, ou simplesmente um bobo a percorrer os corredores de seu castelo como pintou “Lady Macbeth”, o pintor Eugene Delacroix em uma de suas telas?
Flávio Rangel dizia não haverem “Hamlets”definitivos. Mesmo porque não há um Shakespeare definitivo.
Recentemente alguns especialistas insistiram sobre um aspecto da biografia não muito conhecida do grande escritor: sua vida secreta. Era católico e persistiu como tal até o fim da vida, assistindo missas nas florestas, encenando, assim, dissimuladamente, qual um ator, uma vida dupla num país em que o anglicanismo fundado por Henrique VIII e continuado por sua filha, Elizabeth I, não punha nenhuma dúvida em degolar católicos explícitos, conhecidos então como “papistas”.
O quanto isso foi importante para a sua obra é difícil conjeturar. Mas dias atrás tive a idéia do que são os dramas shakespearianos em todos os tempos e quadrantes da vida. Foi quando soube que o ex-presidente Médici deixou, em manuscrito, a intenção que ele e outros generais tinham de fazer o ato institucional número 5 – que eliminou a liberdade de imprensa e escancarou a ditadura sanguinário de 64, muito antes das manifestações que alguns historiadores pensavam ser a causa do fechamento do Congresso. O general presidente e seus iguais, os oficiais da ditadura, já intentavam um golpe contra a democracia – pura hipocrisia. Sem querer, remeti-me aos personagens pérfidos de Shakespeare – Iago, lady Macbeth, Ricardo III e outros. Ou seja, o grande dramaturgo não reinventou senão a verdade de nossa condição humana.
O que talvez nos consolasse, em parte, pelo menos na justiça restaurada, foi a ideia que me veio, então, à cabeça, na cena final de uma das versões filmadas de Otelo, quando tudo fica esclarecido, e a autoridade que substitui o doge de Veneza, dá a seus comandados a ordem de punirem Iago, por suas calúnias e crimes. Diz ele: “Prendam-no e o torturem para que se arrependa de ter nascido”. Só nisso os nossos tempos talvez discordem dos do grande dramaturgo. Os torturadores e criminosos da ditadura não precisavam ser torturados e mortos – mas bem que poderiam ser presos. Esta medida era algo que o grande Shakespeare não previa em suas tragédias: a prisão e não a morte para os assassinos.
Isso para só falar das tragédias – pois há as comédias. Para este gênero, porém, no Brasil de hoje, talvez pudéssemos encontrar algumas semelhanças resolutamente shakespearianas.
Shakespeare vive.

Carlos Gardel inspira um belo romance

Os ditos “contos gardelianos” de Aldyr Garcia Schlee (Os Limites do Impossível, Editora ArdoTempo, 2009) são na realidade um romance construído a partir da circularidade de uma dezena de narrativas sobre mulheres que participaram direta ou indiretamente de um acontecimento real – o nascimento em 1884 em Tacuarembó, no Uruguai, de Carlos Gardel, o ídolo do tango argentino falecido em acidente aéreo em Medellín em 1935.
É uma história alinhada com o que a literatura sulamericana tem de melhor. Não admira que tenha sido escrita por um nativo de Jaguarão, lugar onde se aprende portunhol no berço. Mesclando uma narrativa histórica com lances do mais criativo realismo literário, Schlee constrói uma carreata fabulosa.
A leitura é tão saborosa que não temos a menor dificuldade em colocá-lo ao lado de mestres latino-americanos como Alejo Carpentier, Gabriel Garcia Márquez e Juan Rulfo. Ele também fica de pé fácil se colocado na estante ao lado de Domingos Pellegrini, Lourenço Cazarré e Miguel Sanches Neto, para citar apenas contistas do Sul do Brasil.
O livro tem uma personagem central, D. Carlos Escayola, “mandamais” de San Fructuoso, nome ficcional de Rivera, a cidade gêmea de Santana do Livramento.
Além de ser o cacique local, D. Carlos é acidentalmente cunhado do general farrapo Antonio de Souza Netto e tem o dom extraordinário de seduzir todas – todas – as mulheres do enredo.
Garanhão inveterado, ele começa desposando uma moça que o despreza, casa com a cunhada após enviuvar e emprenha a sogra enlouquecida de amor por ele.
Perto do auge da história, o herói-canalha estupra e engravida a própria filha, uma virgencita de 13 anos, que vai ter o bebê numa fazenda no interior de Tacuarembó, assistida por uma parteira que eventualmente trabalha também como despenadeira, isto é, a pessoa que ajuda os moribundos a desencarnar – segundo o autor, esse tipo de pessoa era comum na época das guerras e revoluções do Cone Sul.
Levada para Buenos Aires por uma ex-corista francesa paga para “desaparecer” com a encomenda, a criança vinga espetacularmente na Argentina, dando sentido a uma antiga e misteriosa declaração de Carlos Gardel: “Nasci em Buenos Aires aos dois anos e meio de idade…”
No entanto, no seu passaporte resgatado em Medellín das cinzas do avião acidentado em 1935 estava escrito: “Nascido em Tacuarembó”. Desfez-se assim também a lenda de que o ás do tango teria nascido no interior da França.
Se não é verdadeira, a história é muito bem montada com todos os ardis possíveis da literatura.
Artista plástico, jornalista e professor, Schlee construiu uma obra que segue magistralmente pela trilha do realismo fantástico. Há indícios de pesquisa histórica por trás de tantos contos encadeados, mas a criação literária parece ser ainda maior. Daí o clima de contido exagero que permeia a narrativa, pontilhada de palavras e expressões corriqueiras na fronteira do espanhol e do português.
Fora a genial remexida na história pessoal do ídolo mercosulino (há muito Gardel não é somente argentino), o invencionismo da linguagem é a maior qualidade desta história editada em 2009 por uma pequena editora de Porto Alegre e premiada no final de 2010 com o Açorianos pela Prefeitura de Porto Alegre.
Em quase todas as páginas do livro se encontram ditos saborosos que fazem parte da linguagem oral do pampa mas que até agora não haviam sido incorporados à literatura.
No correr da história, sem qualquer esforço ou rebuscamento, o jornalista jaguarense nos regala com um palavreado inolvidável. Nesse aspecto, promove um resgate semelhante ao de Simões Lopes Neto quando este jornalista pelotense fixou há 100 anos nos seus contos gauchescos e lenda do Sul o modo de falar do gaúcho da campanha.

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Feira declarada patrimônio da cidade

Por Liège Copstein
A Feira do Livro edição 2010 pretende manter o desempenho dos últimos anos, atingindo as médias de 100 mil visitantes dia e 400 mil exemplares vendidos aos final do evento.
Unanimidade na simpatia dos portoalegrenses, é preciso dizer que a Feira é opção de lazer mesmo para quem ainda não descobriu a dor e a delícia da leitura, mas aprecia um bom corpo a corpo na multidão, com direito a pipoca, palhaços, esbarrões acidentais em políticos, artistas e amigos que não se vê há muito tempo.
Esse sucesso popular, aliado aos inegáveis méritos culturais, já rendeu em 2006 a medalha da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República.
Este ano, uma nova honraria veio se somar, esta algo poética: a Feira do Livro de Porto Alegre – a mais antiga em tempo contínuo do Brasil – foi declarada Patrimônio Imaterial da cidade.
E se pensarmos no muito que há de imaterial na literatura – ela não é o objeto do livro, muito menos a tinta e o papel, os mesmos com que se faz bulas médicas e listas telefônicas – fica evidente que esse é um reconhecimento que cai como uma luva a um evento tão simpático.
Criada em 1955, por um grupo de livreiros que pretendia dinamitar a sacralização das livrarias como templos hospitaleiros apenas a iniciados, a Feira hoje está tão na boca do povo como as cocadas de maracujá que o seu Pedro da carrocinha faz em casa e venda às toneladas durante essas célebres primeiras semanas de novembro.
É como afirma o presidente da Câmara Riograndense do Livro, João Carneiro: popularizar a literatura era a motivação inicial há 55 anos atrás, e continua sendo atualmente. “E até agora, estamos conseguindo”.

Paixão Côrtes quer literatura do povo na Feira do Livro

Por Liège Copstein
O atual patrono da Feira do Livro, Paixão Côrtes, não é apenas “um guasca-largado da campanha”, como o próprio humildemente se intitula.
Na verdade, em sua incansável pesquisa e resgate das tradições artísticas e valores morais do gaúcho, acabou por ser um dos mais ativos editores independentes do RS, trabalhando sem vínculo partidário ou subvenção governamental.
Ele tem nada menos do que 87 publicações, desde a primeira, em 1950 – Lendas Brasileiras, com desenhos de José Lutzemberger – até a mais recente, Danças Birivas do Tropeirismo Gaúcho, deste ano.
Mas o projeto que é a “laranja de amostra” do gaudério neste momento é o MOGAR, Momento Gauchesco Artístico-Cultural Rio-Grandense, que além de organizar cursos e palestras, edita publicações que enriqueçam as bibliotecas dos Centros de Tradições Gaúchas, grupos artísticos e equipes equestres.
São 1500 entidades nativistas só no Rio Grande do Sul, 1800 em Santa Catarina (!!!) e centenas em outros estados e até no exterior, chegando a um milhão de associados.
E falando especificamente de livros e folhetos, o MOGAR trata também da distribuição gratuita dos Pacotes Culturais, compostos de um mix de 20 obras variadas de Paixão Côrtes, que são oferecidos aos CTGs, secretarias municipais de educação, cultura e turismo, museus e bibliotecas públicas, fundações, instituições de ensino de todos os níveis e grupos artísticos.
Porém, como nesse grande pampa de meu deus não existe picanha grátis, há uma exigência: é preciso comprovar que essas instituições  tenham ou desenvolvam  programas temáticos gauchescos que se integrem aos propósitos do projeto.
No mais, Paixão avisa que do alto das suas 83 invernadas bem vividas, está preparado psicologicamente e fisicamente – “se o meu marca-passos autorizar” – para a quantidade de compromissos e emoções que a Feira do Livro vai trazer. “Nunca me achei muito bom nas ´pretas` – que é como os guascas chamam as letras impressas – mas a literatura do povo merece ter seu espaço ao lado da erudição das grandes obras”.
Como ele mesmo diria, “cosa bunita barbaridade”.

Livramento e Rivera promovem feira binacional

Por Cleber Dioni Tentardini
Está confirmada a realização entre os dias 18 e 21 de novembro da 1º Feira Binacional do Livro na Fronteira da Paz, nas cidades de Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai.
O evento está sendo organizado pelas administrações municipais, Universidade Federal do Pampa – Unipampa, Direção de Cultura de Rivera, Sociedad de los Poetas Jovenes de Rivera, Biblioteca Municipal de Livramento, Núcleo de Estudos Fronteiriços da UFPEL, Sesc e Sesi.
Dez bancas irão comercializar livros na Casa de Cultura Ivo Caggiani. Os descontos oferecidos ao público ainda não foram definidos. As sessões de autógrafos ocorrerão na Casa de Cultura Ivo Caggiani.
Esta primeira edição não haverá patrono, tendo em vista que são duas cidades participantes, mas o comitê organizador da Feira decidiu homenagear o escritor santanense Arlindo Coitinho, com um prêmio em seu nome que será entregue a personalidades santanenses e uruguaias, e a alunos do ensino fundamental vencedores do concurso Memórias Literárias. Os autores dos melhores textos sobre cultura, costumes, arte, tradição e perspectivas para o futuro na fronteira ainda serão contemplados com oficinas de literatura.
Neste ano, somente os espaços culturais do município gaúcho terão atividades (Confira a programação). Na praça General Osório, defronte à prefeitura municipal, será lançada a campanha “Compartilhando Letras”, onde a comunidade encontrará livros espalhados pela praça, que poderão ser levados para casa.
Segundo a secretária-executiva da Cultura, Marta Pujol, também serão realizadas palestras, oficinas e exposições a fim de promover a integração entre escolas, universidades, livrarias, editoras, espaços culturais, instituições públicas e privadas e comunidade.
“Ao incentivar a leitura queremos conscientizar a sociedade sobre a influência da cultura na educação e na formação intelectual do cidadão”, explica a coordenadora-geral da Feira.
A ideia da 1º Feira Binacional do Livro surgiu na Unipampa, em um projeto de quatro estudantes do curso de Administração. As colegas Letícia Alves, Silvia Flores, Deise Moreira e Fernanda Aguirre apresentaram o projeto para a Secretaria Municipal de Cultura de Santana do Livramento, onde a proposta foi prontamente acolhida.
Confira a programação
18 de novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (Núcleo de Estudos Fronteiriços)
9h30 – Início das oficinas
9h30 – Oficina sobre a Reforma Ortográfica (Unipampa)
9h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Biblioteca)
9h30 – Oficina de Leitura Dramática (Cinema Internacional)
9h30 – Oficina de Contação de Contos (Unipampa)
10h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Cinema Internacional)
Tarde
Exposição do acervo das bibliotecas municipais (Núcleo de Estudos Fronteiriços)
14h – Início das oficinas
14h – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Cinema Internacional)
14h – Apresentação teatral “Noite Estrelada” (Sala Cultural)
15h – Hora do Conto (Praça General Osório, Parque Internacional)
17h – Apresentação musical (Casa de Cultura Ivo Caggiani)
18h – Seção de Autógrafos (Casa de Cultura Ivo Caggiani)
19h – Abertura oficial da Feira (Salão de atos)
19 de novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
8h30 – Exposição e comercialização de livros (Casa de Cultura)
9h – Início das oficinas
9h – Mesa Redonda “A popularização do Livro” (Casa de Cultura)
9h – Mesa Redonda sobre Integração Cultural ( Unipampa)
9h – Oficina de Literatura (Biblioteca)
9h – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Biblioteca Municipal)
9h30 – Oficina de Leitura Dramática (Cine Internacional)
9h30 – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Sala Cultural)
9h30 – Oficina sobre a Reforma Ortográfica (Unipampa)
9h30 – Oficina de Contação de Contos (Unipampa)
10h30 – Oficina de Leitura e Interpretação Textual (Cine Internacional)
Tarde
14h – Teatro de Rua Grupo Oigalê (em frente a Casa de Cultura)
14h – Hora do Conto (Pr. General Osório, Parque Internacional e Biblioteca Municipal)
14h – Oficina de Línguas (Salão de atos da Casa de Cultura)
14h – Oficina de Escritura “Como nasce a inspiração” (Cine Internacional)
15h – Hora do Conto (Pr. General Osório, Parque Internacional)
18h – Sessão de autógrafos (Casa de Cultura)
21h – Cinema na praça (Pr. General Osório)
20 de Novembro
Manhã
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
8h30 – Comercialização de livros (Casa de Cultura)
9h30 – Oficina de Reforma Ortográfica (Unipampa)
Tarde
14h – Bate papo Cultural (Unipampa)
18h – Capoeira Local (Pr. General Osório)
19h – Charla Literária – “A Literatura de Fronteira” (Casa de Cultura)
19h – Escuela de Tango Local (Casa de Cultura)
20h30 – 8º Mostra de Teatro (Sala Cultural)
21 de Novembro
Manhã
8h – Exposição dos livreiros
8h30 – Exposição do acervo das bibliotecas municipais (NEF)
9h – Mesa redonda “A popularização do livro” (Presenças ainda não confirmadas)
Livro na praça
Tarde
14h – Capoeira (Rol de entrada)
14h – Exposição e comercialização de livros (Casa de Cultura)
15h – Apresentações musicais
15h30 – Dança de rua
17h – Entrega do Prêmio Arlindo Coitinho Memórias Literárias

Banco de livros vai ampliar acesso à leitura

Por Carmen Carlet
A partir da segunda-feira, 26/10, os cidadãos gaúchos serão convocados a uma ação de cunho social e cultural: fazer uma faxina em seus armários e bibliotecas para doar livros a quem não tem acesso.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), depois de 13 empreendimentos sociais bem sucedidos, lança seu Banco de Livros, um projeto inédito no Brasil. Para viabilizá-lo cercou-se de parceiros com peso na área. O presidente do Banco é Waldir da Silveira, ex-presidente da Câmara Riograndense do Livro.
Com a ambiciosa meta é arrecadar 500 mil exemplares até o dia 30 de novembro, o Banco de Livros lançou mão de uma arrojada estratégia de marketing e campanha publicitária desenvolvida pela agência Escala. A intenção é provocar impacto, mexer com o intelecto daqueles que estão habituados ao mundo dos livros e, no final, além dos volumes arrecadados, entregar para a sociedade um romance inédito de Luis Fernando Veríssimo – Os Espiões – que estará disponível na internet quando o banco alcançar a meta de meio milhão de livros.
O Banco de Livros terá 1334 postos de captação por todo o Rio Grande do Sul, incluindo agências dos correios, supermercados, concessionárias de veículos, redes de estacionamentos, farmácias e a própria Feira do Livro de Porto Alegre. Tudo que for arrecadado irá para Porto Alegre para seleção e classificação feita pelos alunos de biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os estudantes farão a triagem do que pode ser doado, dependendo do conteúdo e condições.
O restante não será descartado, mas encaminhado ao Banco de Resíduos para aproveitamento”, avisa Silveira. E o que for viável para leitura será encaminhado a associações de bairros menos favorecidos, creches, hospitais, presídios, entre outras entidades.
Todas as informações desta campanha estarão disponíveis na internet:
www.livroinedito.com.br

Corredor Cultural Bom Fim: festa no bairro

O lançamento do Mapa do Corredor Cultural Bom Fim e a 1a Feira do Livro e da Cultura do bairro marcaram, neste sábado, a estréia do Corredor Cultural.
A Feira foi na rua João Telles, 369, das 10 às 18 horas, sob um toldo branco montado no estacionamento do TRT. Praticamente todas as instituições culturais da região compareceram, para exibir seu trabalho e trocar idéias com a vizinhança. Foi exatamente esta a intenção do Memorial do TRT, ao propor o Corredor: reunir e, assim, aumentar a visibilidade sobre o trabalho dos produtores culturais do bairro.
Ao ser homenageado, o livreiro Edgardo Xavier surpreender a todos ao subir ao palco, declamar poemas e exibir uma memória invejável, aos 86 anos de idade. A Sociedade Italiana levou música e o chef Francesco Rosito, que ali ministra cursos de gastronomia, ofereceu um antepasto de berigelas e azeitonas como amostra do seu trabalho.
À tarde, o Museu da História da Medicina contou a crianças e adultos a história de Biblos, o livro-boneco que ensina como os livros gostam de ser tratados. A tarde continuou em clima festivo até o final, com uma apresentação de alunas da escola de dança flamenca Tablado Andaluz, e continou no Bar Ocidente noite adentro.
A Feira do Livro e da Cultura foi o primeiro evento do Corredor Cultural, que foi criado para ser permante. O próximo vento ainda não está definido, mas os participantes já pensaram em vários projetos: música, artes plásticas, culinária, e todo o mais o que o Bom Fim faz.

Câmara Rio-Grandense do Livro realiza homenagem

Nesta sexta-feira, 24, será realizada a Noite do Livro, que irá homenagear com o troféu Amigo do Livro pessoas e instituições que contribuem com ações em prol da literatura. Organizado pela CRL, o evento é parte das comemorações da Semana do Livro de Porto Alegre.
O evento acontece no Teatro do Grêmio Náutico União (Avenida João Obino, 300), a partir das 20h30min desta sexta. Além da festa, diversas atividades como saraus literários, exposições e encontros com autores estão sendo realizados em todo o Rio Grande do Sul.
Amigos do Livro de 2008
– Programa Permanente de Estímulo à Leitura da Secretaria Municipal da Cultura de Caxias do Sul;
– Jornalista Carlos André Moreira;
– Jornal Usina do Porto;
– Caixa Econômica Federal;
– Bibliotecária Marília Sauer Diehl (diretora da Biblioteca Lucília Minssen da Casa de Cultura Mario Quintana);
Biblioteca do Ano – Biblioteca Central Irmão José Otão da PUCRS;
Personalidade do Ano – Deputado Marcelo Almeida, da bancada do livro da Câmara Federal.

Jornalismo e Literatura

Jornalismo e Literatura
Este esclarecedor ensaio de Antonio Olinto mantém-se atual há mais de meio século. Foi publicado pela primeira vez pelo então Ministério da Educação e Cultura, em 1955. Adotado nas escolas de Jornalismo, voltou a ser publicado em 1968, pela Edições de Ouro, e desde então não mais voltou ao prelo.
Para esta nova edição, Antonio Olinto acrescentou um capítulo inédito, escrito no final de 2008. Olinto é um dos mais traduzidos romancistas brasileiros. Ganhou o prêmio Machado de Assis pelo conjunto da sua obra e foi da Academia Brasileira de Letras.
Começou como professor e jornalista. Escreveu romances, contos, poemas e ensaios traduzidos para vários idiomas. Organizou dicionários e proferiu palestras em quase todo o mundo. Morreu em 2009. Seu último texto em livro, portanto, está nesta edição.
2008, 92 páginas, 11,5 x 18 cm, 104 gr
ISBN: 978-85-87270-30-6
R$ 16,00
Para comprar direto da editora:
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Dados bancários: CEF – agência 0435 – operação 003 – Conta 3744-3
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