Renan Antunes de Oliveira
Uma das vítimas (cujo nome é mantido em sigilo a pedido da família) do ataque de skinheads a judeus na noite de 8 de maio num bar da Cidade Baixa, não reconheceu os quatro homens presos pela agressão.
Mais: ele disse que a polícia e algumas testemunhas preparadas por ela fabricaram depoimentos para incriminar os acusados apenas para “satisfazer as exigências de segurança da comunidade judaica”.
No incidente, um grupo de 11 skinheads atacou três jovens, E.N.S., R.F.M. e A.F.G., aparentemente escolhidos para a violência entre os fregueses do bar Pingüim porque usavam “kipá”, um chapéu de cerimônias religiosas judaicas.
Uma das vítimas recebeu quatro facadas, no baço, fígado e pulmões. Passou 30 dias internada no HPS e ainda se recupera de cirurgias reparatórias. As outras sofreram apenas ferimentos leves.
Dias depois do incidente, que teve repercussão nacional (ocorreu no dia em que se comemora a derrota do nazismo com o fim da Segunda Guerra Mundial), o Departamento de Polícia Metropolitana localizou, prendeu e indiciou quatro dos 11 skinheads por tentativa de homicídio qualificado, formação de quadrilha e crime racial – todos foram para o Presídio Central aguardar julgamento porque o crime é inafiançável.
Os acusados são Israel da Silva, 24 anos, Laureano Vieira Toscani, 20, Valmir Machado Jr, 26, e Leandro Braun, 26, apontado no inquérito como o mais violento do grupo – o sobrenome dele é, por coincidência, o mesmo da mulher de Hitler, Eva.
Punição por tabela
Na quarta-feira (3/8), às 17 horas, na sede do JÁ, um dos jovens atacados examinou fotos dos acusados, as mesmas usadas no inquérito policial para identificá-los. Ele disse que “nunca” viu três deles, Leandro, Laureano e Valmir. Do quarto, acha que pode ser um dos atacantes “porque tinha os olhos puxadinhos, parecidos com os deste cara”. Mas ressalvou: “Não tenho certeza se é o mesmo”.
Ele falou que não disse à polícia que aqueles eram os agressores. Como então ela chegou àquela conclusão? “Não chegou. Pegou os quatro porque já eram fichados”, disse a testemunha.
O delegado Paulo César Jardim, chefe das investigações, disse que “várias testemunhas identificaram os agressores”. Mas, outras testemunhas também garantem que nenhum dos quatro estava no local na hora da agressão.
Mais do informante do JÁ: “Conversei com um dos meus amigos (dos outros dois atacados) dias depois do ataque, e ele me confessou que “fez uma coisa errada”, mas que “desta vez iríamos pegar eles”, referindo-se aos skinheads. Eu entendi que era uma denúncia falsa, mas que atingira os propósitos” (de prender skinheads).
Três dos acusados apresentaram testemunhas de que estariam em outro lugar na hora dos fatos. Leandro estaria em Caxias, Valmir dando expediente numa danceteria. Laureano num churrasco com amigos. O Jornal JÁ verificou os testemunhos independentes e confirmou as versões.
Tanto a acusação como a defesa dos skinheads se dá exclusivamente através de testemunhas oculares. Sobre a confiabilidade delas é bom notar esta estatística do judiciário americano: de 160 condenações equivocadas, 75% foram obtidas com base em testemunhas visuais.
No mundo skinhead
Como a polícia concluiu que os quatro estavam no mesmo bando? Porque nos arquivos eles aparecem como acusados num mesmo inquérito de 2003. Mas em 2005 Israel, Leandro, Valmir e Laureano não poderiam estar juntos simplesmente porque eram rivais.
Na ocasião, para safar-se de acusações, Israel denunciou outros skinheads, ficando marcado pelo grupo. Tanto que no presídio, Israel está em ala separada, para evitar contato com os supostos amigos – eles só estiveram juntos em julho, quando foram apresentados à Justiça.
Um investigador que trabalha no caso afirma que não importa se os quatro acusados foram ou ainda são neonazistas: “O que queremos é intimidá-los e dar uma lição nestes quadros. Todos já estiveram envolvidos em ataques anteriores e escaparam da Justiça”.
Leia íntegra da reportagem na edição de agosto do Jornal JÁ Porto Alegre, que está nas bancas.
Fico satisfeita em ver que há ainda notícias imparciais a respeito de assuntos como esse que são corriqueiramente pintados como conspirações demoníacas de dominação do mundo, como se isso fosse mais que utópico. Notando que não tiro do caso a gravidade de ser um problema social que adolescentes ainda em fase de desenvolvimento de convicções, sendo isso independente da maioridade instituida consitucionalmente, mas fator psicossocial, realmente deve ser tratado com seriedade, porém, este pequeno noticiado, deveras bem escrito, devo citar, mostra que a polícia não é a entidade preparada para lidar com esse tipo de situação, e nem mesmo com esse tipo de pessoas. A polícia trata meros adolescentes e estudantes que precisam de orientação e talvez algum acompanhamento psicológico (não digo psiquiátrico porque acredito que narcotizar as pessoas não as prepara para viver em sociedade), como conspiradores, criminosos violentos, criminosos comuns e destituidos de motivos, como simples trastes humanos, quando o caso é bem mais complexo que quer o poder público admitir. Espero que possa ver mais matérias esclarecedoras, claras e de agradável leitura aqui. Obrigado.
Pergunta: por que os judeus foram atacados? por usarem o kipá? Mentira!
Se não foram estes, quem foram que atacaram os judeus? Foram skinheads?
A história é completamente ridícula e a polícia foi manipulada novamente. Servir e proteger a quem? Eu já sei a resposta…
Laureano Vieira Toscani mesmo esta em na prisión? Obrigado per na resposta.
ai achei essa mareria jenial…nau é coisa da idade sobre esses skinheads…tem muito nego velho…meu esses skinheads tentaram me bater so pq eu so punk…inplikm agora com qualquer um a vão a merda!!nau c pode mais sai na rua descançada!!!ainda no punks vamos revolucionar e nau falta muito nau…e esses skinheds nazistas vão bate d kra no muro…nau deixam todo mundo livre..ainda querem contestar os punks..nau sei pq nau fazem uma materia assim!!!bem mais culta…!!!XD
eu sou skinheading
iSSO É ÓBVIO QUE SE ACONTECE ALGO SEMPRE VAI CAIR NO CÓ DE QUEM JÁ É FICHADO,MAS OS SUPOSTOS JUDEUS SABEM QUEM FOI.
Os brancos continuam oprimindo o povo NEGRO, urge a hora de nos levantarmos contra estes escravocratas e darmos nosso grito de liberdade. Cada vez mais o Brasil demonstra ser um país racista, preconceituoso e segregacionista.
O que acontece no Brasil não é uma mera separação de classes econômicas, é sim uma SEPARAÇÃO DE RAÇAS!
É mais do que passada a Hora de nós NEGROS nos unirmos e iniciarmos uma revolução racial neste país! Abaixo ao segregacionismo disfarçado nesta Pátria! O Brasil é nosso!
Eu conheci a Laureano Vieira Toscani em um jogo do internet, mais perdi o contacto elle esta em prisión? No comprendí eu nao falo portugues =/ Alguem podria me contar si elle esta livre? Obrigado per la pronta resposta…