É inexplicável o comportamento dos grandes grupos de comunicação quando se trata de dar informações sobre suas atividades ou decisões.
Um de seus bordões é a cobrança de transparência de governantes, funcionários públicos, empresários, entidades representativas e tudo mais.
É uma prerrogativa que a sociedade lhes confere e da qual eles não abrem mão. Entende-se, aceita-se, e é até elogiável que assim seja.
O que não dá pra aceitar ou compreender é a atitude que adotam na hora em que são cobrados. A omissão sistemática nas ocasiões em que, em nome do interesse público, se busca informações junto a eles.
Ou é uma declaração formal da assessoria de imprensa ou é uma nota genérica, como faz a RBS neste momento.
Mesmo sendo um grupo que deve sua grandeza a concessões de serviços públicos, que representam grande parte de seus negócios e seus lucros, a RBS considera como economia interna as medidas que está tomando, de contenção de custos – demissões em massa, corte de salários e jornada, suspensão de contratos de trabalho. Medidas que terão impacto na qualidade dos serviços que prestam ao público.
Nem ao sindicato que representa seus empregados é dada uma explicação. Apenas uma nota genérica e que pouco esclarece.
Com que autoridade, os profissionais que trabalham para seus veículos poderão cobrar informações ou transparência junto ao setor público ou ao meio empresarial ou seja lá o que for?