Elmar Bones
Sem condições para atender às crescentes demandas por serviços públicos, que se acumulam e se agravam, o governo do Estado adotou uma prática simples: responde apenas às emergências que alcançam a mídia.
Foi o que aconteceu agora com a decretação de estado de emergência nos principais presídios gaúchos. A calamidade das prisões no Rio Grande do Sul e no país todo nada tem de novo.
O caos no presídio central de Porto Alegre foi apontado há pouco tempo numa CPI, que o qualificou como o pior do Brasil. Quando a conclusão da CPI foi divulgada pela mídia há mais ou menos três meses, a governadora anunciou que o presídio seria implodido.
Agora, o detonador foi uma reportagem do jornal Zero Hora, no último domingo. O caso dos presídios é apenas um exemplo. A prática está se tornando corriqueira e não é só o governo do Estado.
Com essa postura, o poder público delega para a mídia, especialmente os veículos do maior conglomerado de comunicações do Estado, a RBS, o poder de estabelecer as prioridades.
Como os grupos de comunicação, embora assentados em concessões públicas, são empresas privadas com interesses comerciais enormes e diversificados, isso significa que os governantes gaúchos estão “privatizando” suas decisões.
Ou seja, delegando a pauta de suas ações a um poder privado, que se torna um “poder paralelo”. Que levanta o problema, ganha audiência discutindo soluções, mas não tem compromisso com o resultado.
Os governos passam, ele permanece.
Um comentário em “Emergência em presídios revela poder paralelo no Rio Grande do Sul”
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MAIS PRESÍDIOS AQUI? NÃO!!!!
MAIS UMA VEZ O GOVERNO DO ESTADO APONTA PARA CHARQUEADAS COMO POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA O GRAVE PROBLEMA COM OS PRESÍDIOS DO RIO GRANDE DO SUL. QUEREM DESOVAR AQUI MAIS 400 PRESOS DO REGIME SEMI-ABERTO, OS QUAIS OUTROS MUNICÍPIOS JÁ SE MANIFESTARAM CONTRÁRIOS EM RECEBER. E NÓS? FICAREMOS DE BRAÇOS CRUZADOS OU DE BRAÇOS ABERTOS PARA RECEBER MAIS 400 PRESOS, NÃO ORIUNDOS DA NOSSA CIDADE, SEQUER DA REGIÃO A QUE PERTENCEMOS. TODOS SABEM QUE A MAIORIA DESSES APENADOS QUE RECEBEM PROGRESSÃO DE REGIME VEM DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA. PORQUE ENTÃO ESSES MUNICÍPIOS NÃO RECEBEM UM SEMI-ABERTO? HOJE CHARQUEADAS É CONHECIDA COMO CIDADE DOS PRESÍDIOS, É NOSSA OBRIGAÇÃO NOS MOBILIZARMOS AGORA PARA QUE DAQUI HÁ POUCOS ANOS NÃO SEJAMOS CONHECIDOS COMO A CIDADE DO CRIME. CADA DIA MAIS O MUNICÍPIO TEM RECEBIDO FAMÍLIAS DE PRESOS, AUMENTANDO AINDA MAIS OS PROBLEMAS SOCIAIS, GERANDO INCLUSIVE INVASÃO DE TERRAS E CRIAÇÃO DE LOTEAMENTOS IRREGULARES , SEM AS MÍNIMAS CONDIÇÕES DE HABITAÇÃO.INTERESSANTE QUE A CADA DIA AUMENTAM OS CASOS ENVOLVENDO DROGADIÇÃO EM CHARQUEADAS, AUMENTA O CONTINGENTE DE CRIANÇAS E JOVENS ENVOLVIDOS COM CRACK, POR EXEMPLO. NÃO É DE HOJE QUE O TRÁFICO POR AQUI É UMA REALIDADE, OU NÃO? A NOSSA DELEGACIA DE POLÍCIA ETERNAMENTE DEFICITÁRIA, É RESPONSÁVEL POR TODAS AS OCORRÊNCIAS DENTRO E FORA DOS PRESÍDIOS. NO SEMI-ABERTOS OS AGENTES PENITENCIÁRIOS SÃO REFÉNS DOS PRESOS, CHEGANDO A TER 10 AGENTES PARA ATENDER 400 PRESOS, O DESGOVERNO NOS PRESÍDIOS É ESCANCARADO. A FALTA DE RESPEITO COM OS SERVIDORES QUE ATUAM NA ÁREA É CRIMINOSA.E O SECRETÁRIO DA SEGURANÇA QUANDO ESCOLHE UM MUNICÍPIO PARA VISITAR VAI A SÃO JERÔNIMO, ONDE NÃO TEM NEM 10% DA MASSA CARCERÁRIA QUE ALBERGAMOS AQUI.
NÃO É BRINCADEIRA SÃO MAIS DE 4 MIL PRESOS EM CHARQUEADAS E NÃO COMPRAM AQUI NEM UM PÃOZINHO PRA ALIMENTAR ESSA GENTE, VEM TUDO DE FORA.PERGUNTO ATÉ QUANDO VAI SE ESTENDER ESSA SITUAÇÃO.
OLHEM O POTENCIAL DE CHARQUEADAS, SEU COMÉRCIO, SUAS EMPRESAS, INDÚSTRIAS E AS ESCOLAS? SOMOS UM MUNICÍPIO PÓLO EM TERMOS DE DESENVOLVIMENTO, FORMAMOS PROFISSIONAIS PARA TODA REGIÃO E CONTRIBUÍMOS SOBREMANEIRA COM O CRESCIMENTO DO ESTADO. MERECEMOS RESPEITO, MERECEMOS PELO MENOS SER OUVIDOS.
JÁ ESTAMOS MOBILIZADOS PARA LUTAR CONTRA ESSA SITUAÇÃO, NOS PRÓXIMOS DIAS QUEREMOS ESTAR REALIZANDO ALGUMAS AÇÕES IMPORTANTES NESSE SENTIDO. SE QUISER PARTICIPAR, ENTRE EM CONTATO.
PATRÍCIA FERREIRA – JORNALISTA E VEREADORA
FONE PARA CONTATO: 93343990