O canto jazzístico de Jamile no Chapéu Acústico, nessa quarta-feira, na BPE

A Biblioteca Pública do Estado (BPE), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), apresenta no projeto Chapéu Acústico, a cantora gaúcha Jamile, radicada nos EUA, acompanhada pelo guitarrista Gilberto
Oliveira. O evento será realizado excepcionalmente nessa  quarta-feira, dia 21  , às 19h, no Salão Mourisco da BPE (Rua Riachuelo,1190). A entrada é gratuita, com contribuição
espontânea aos artistas.

A cantora
Natural de Cachoeira do Sul, Jamile começou sua trajetória na música aos 4 anos, no ambiente
escolar e uma igreja em sua cidade natal, ganhando várias competições locais durante a infância. Aos 15 anos mudou-se para Porto Alegre, quando começou a atuar profissionalmente, cantando em pubs e diversos eventos particulares. Estudou com professores consagrados, como Gisa Volkmann (canto), Gilberto Oliveira (harmonia e
improvisação) e Daniel Sá (percepção e teoria musical).

Em 2013 ingressou no curso de Música
da UFRGS e passou a integrar o Coral Porto Alegre, dirigido por Gisa Volkmann, até 2015, quando passou a integrar o elenco do espetáculo “Eu Sou Maria” no 30º Natal Luz de Gramado.
Na vida acadêmica, tematizou o Div@s, sobre a performance e escrita sobre música experimental, no projeto de extensão. Em 2016, graduou-se com Láurea Acadêmica em Música (Habilitação em Música Popular e instrumento Canto), tendo como enfoque na conclusão de curso, a composição de músicas instrumentais para voz no âmbito do Jazz. Como referência, ela sempre cita Aretha Franklin quando se trata de performance integrada à técnica vocal e busca de sonoridade; além de Etta James, Dinah Washington, Billie Holiday,
Sarah Vaughan, Gal Costa e Joyce Moreno. E ainda as cantoras em destaque na cena atual do jazz: Cyrille Aimée, Gretchen Parlato e Tierney Sutton.

Dentre instrumentistas, compositores e
improvisadores que considera referência estão Bill Evans, Chick Corea, Thelonious Monk, Herbie Hancock, Toninho Horta, Tom Jobim e Chico Pinheiro.
Com uma voz profunda e versátil, a estrela em ascensão Jamile lançou seu primeiro álbum intitulado If You Could See Me Now, em 2019. Considerado “afiado, confiante e profissional”, por Martin McFie (All About Jazz). O álbum contou com alguns dos melhores músicos de Nova
York, como Steve Wilson, Ray Gallon, Jay Leonhart, Vito Lesczak e Antonio Ciacca. Ela também recebeu muitos
elogios por suas apresentações no La Spezia Jazz Festival na Itália em sua turnê de lançamento do álbum no México. Ela também faz parte do projeto Don’t Let Go, liderado pelo pianista e compositor indicado ao Grammy, Mike Holober. Segundo a crítica musical, Jamile cativa o
público com seu fraseado único e timbre sincero, e impressiona os ouvintes com seu virtuosismo. Influenciada pela tradição vocal do jazz e do blues, e enraizada nos ritmos brasileiros, o talento de Jamile brilha em qualquer estilo ou gênero.

O guitarrista

Gilberto Oliveira é guitarrista, violonista, baixista, compositor, arranjador e produtor. É
conhecido por imprimir um estilo marcante à sua música e na dos artistas com quem produz e atua, sendo bastante requisitado em palcos e estúdios.

Músico e professor há 38 anos, teve a oportunidade de dividir o palco e gravar com vários artistas brasileiros e estrangeiros. Com um trabalho próprio, também atua
como instrumentista, arranjador e diretor musical.

Chapéu Acústico

Com produção de Marcos Monteiro, o projeto acontece desde 29 de setembro de 2016, na
BPE, e já contou com mais de 150 apresentações, com artistas locais e estrangeiros, nos
gêneros jazz, música popular, bossa nova e choro, trazendo novidades e músicos consagrados.
O evento tem entrada livre, mediante contribuição espontânea. Informações podem ser
obtidas pelo telefone (51) 3224-5045 ou pelo e-mail bibliotecapublicadors@gmail.com.
O número de vagas é limitado.

SERVIÇO
O Quê: Jamile, no Chapéu Acústico da BPE
Quando: Dia 21 de setembro (quarta), às 19h
Onde: Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, Porto Alegre, RS)
*Entrada livre, mediante contribuição espontânea.
O número de vagas é limitado.
Informações: (51) 3224-5045 / e-mail bibliotecapublicadors@gmail.com.

Contatos:
Cláudia Antunes (Assessoria de Imprensa da BPE) – bpe.imprensa@gmail.com
Marcos Monteiro (Produtor Cultural) – 519935-0608 / marcosmonteiroprojetos@gmail.com

Produção
Marcos Monteiro

Apoio
Patissier – Rua Marquês do Pombal, 128 – Moinhos de Vento, Porto Alegre/RS

Realização
Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de Estado da Cultura

A arte escultórica de Arminda Lopes em “O Feminino e o Sagrado”, na Galart

 

A premiada artista Arminda Lopes, com uma trajetória de exposições no Brasil e no exterior,  expõe “O Feminino e o Sagrado” na GalArt – Galeria de Arte (Av. Coronel Lucas de Oliveira, 132). O vernissage será no próximo sábado, 24 de setembro, das 10 horas às 16 horas. A mostra ficará no espaço até o dia 29 de outubro, com entrada franca.

Com destaque para esculturas que representam mulheres, Arminda selecionou para a mostra 35 obras de diferentes fases de sua produção. Algumas integram o acervo da Galart e do galerista Heitor Bergamini e outras são da própria artista, inclusive algumas inéditas.

Amantes. Escultura de Arminda Lopes .

“O encontro com nossas experiências, sombras e vazios é refletido através dos nossos atos e no que criamos. A busca da verdadeira essência e do Sagrado é o equilíbrio entre Yin e Yang, e nos proporciona a comunhão com o outro e a abertura a experiências do Divino”, revela Arminda Lopes sobre a temática que norteia suas criações apresentadas na exposição.

Natural de Santa Maria, nascida em 1947, Arminda reside e trabalha em Porto Alegre, desde 1960. Iniciou sua carreira artística em 1980. Foi aluna de Ana Pettini, Cláudio Martins Costa, Danúbio Gonçalves, Leila Sudbrack, Mário Cladera e Vasco Prado.

Arminda Lopes com-a obra Virginia, uma das grandes esculturas que estará na exposição

É autora dos monumentos públicos em Porto Alegre e Canela, além de inúmeros troféus como o “Braskem Em Cena – Porto Alegre em Cena”, editado anualmente desde 2006. Sua obra também faz parte de importantes coleções públicas e privadas no Brasil e Exterior.

Já realizou mostras individuais nos principais espaços culturais do Brasil, além de importantes galerias e instituições da Europa e América do Norte, como a Casa Pedro Álvares Cabral, em Portugal; o Espaço Cultural Vitória, nos Estados Unidos; e a Galeria Mansart e o Salão do Louvre, em Paris.

Mulher sentada. Obra de Arminda Lopes.

Entre os mais importantes prêmios e distinções recebidos pela artista estão a Comenda Pedro Weingärtner, da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, em 2006; e a Medalha Vermeil, da Sociedade Acadêmica de Artes, Ciências e Letras de Paris, em 2007. Em 2013, Arminda foi nomeada membro da Academia Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

Escultura Manu. Obra de Arminda Lopes.

SERVIÇO

Exposição “O Feminino e O Sagrado”, por Arminda Lopes
Local: “Sala da Frente” da GalArt – Galeria de Arte
Endereço: Av. Lucas de Oliveira, 132
Vernissage: 24 de setembro, das 10h às 16h
Visitação: de 24 de setembro até 29 de outubro
Horário: segunda à sexta, das 9h às 18h, sábados, das 10h às 14h

Arminda Lopes em seu atelier com a obra Manu.

“Entre Utopias e Distopias” contempla diferentes linguagens artísticas, no Espaço Cultural Correios

 

O Centro Histórico de Porto Alegre se transforma em palco da cultura e da arte a partir do dia 17 setembro. A inauguração da exposição “Entre Utopias e Distopias”, no Espaço Cultural Correios (Av. Sete de Setembro, 1020), no sábado, dia 17 de setembro, a partir das 10h, lança um novo olhar para as artes visuais com curadoria de Niura Legramante Ribeiro e produções dos artistas Andréa Brächer, Denise Giacomoni, Denise Wichmann, Laércio de Menezes, Marina Menezes e Sandra Gonçalves. A atração, com visitação de terça a sábado, das 10h às 17h, fica no local até o dia 22 de outubro. Entrada franca.

Serie Remake. Obra de Denise-GIacomini-Reprodução/ Divulgação

Doutora em História, Teoria e Crítica da Arte, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS, Niura Legramante Ribeiro, apresenta a exposição: “’Entre Utopias e Distopias’ contempla diferentes linguagens artísticas por meio de obras fotográficas, pictóricas, instalação e colagem. São utopias e distopias que se juntam nos pensamentos poéticos de artistas para discutir sobre a passagem do tempo, a busca pela juventude, a consciência da finitude da vida, as armadilhas dos afetos, as negações das diferenças, a conscientização social sobre a reciclagem do lixo, os sistemas tirânicos de dominação, como os feminicídios, as ambições do capital e sua consequente agressão aos recursos naturais”.

Com a série (Des)Encantada (2022), Andréa Brächer, por meio de fotografias em preto e branco e coloridas, a artista dá continuidade a temas que podem ser do domínio da imaginação onírica ou da realidade, como florestas e animais.

Denise Giacomini e obra—Auto retrato/ Divulgação

As colagens de Denise Giacomoni da série Remake (2022), lançam um olhar sobre os padrões hegemônicos do universo midiático contemporâneo na cobrança por corpos perfeitos com a utopia de beleza da eterna juventude, especialmente para as mulheres.

Recicla-te (2022) é a série de Denise Wichmann. Suas fotografias servem não somente como um grito de alerta sobre a quantidade imensa de descartáveis que se acumulam na natureza, mas também representam uma convocatória à reciclagem dos resíduos.

Deus da humanidade (1997-2022) é a série pictórica de Laércio de Menezes. Suas obras lembram cartografias geográficas quase abstratas em uma provocação para conscientizar que o futuro do planeta depende das formas como se gerencia esse espaço.

Terra e Fogo. Obra de Laercio de Menezes. Reprodução/ Divulgação

As visões utópicas sobre as relações de afetos são apresentadas na instalação Itapuã (2022), de Marina Menezes, que faz pensar sobre a norma e a transgressão dos comportamentos humanos.

Obra de Sandra Gonçalves da série Desassossego. Reprodução/ Divulgação

Por fim, a série Desassossego, de Sandra Gonçalves, traz inquietações da artista sobre distopias, algumas destas afloradas de modo exacerbado no mundo pós-pandêmico. Em suas obras, a artista revela e denuncia as mais diversas violências praticadas na sociedade.

“Interpelar as formas do viver na contemporaneidade é o propósito das obras dessa exposição. Controlar o fluxo do tempo é uma utopia, mas entregar-se às distopias é desacreditar na força da imaginação que tem o poder de sonhar com outras possibilidades de ser no mundo”, conclui a curadora.

Serviço

Exposição “Entre Utopias e Distopias”
Curadoria Niura Legramante Ribeiro
Artistas: Andréa Brächer, Denise Giacomoni, Denise Wichmann, Laércio de Menezes, Marina Menezes e Sandra Gonçalves
Abertura: 17 de setembro (sábado), das 10h às 17h.
Visitação: 17 de setembro a 22 de outubro de 2022 – terça a sábado das 10h às 17h
Local: Espaço Cultural Correios
Endereço: Av. Sete de Setembro, 1020, Centro Histórico, Porto Alegre.

Com Assessoria de Imprensa.

Luiz Reni Marques lança “O Último Concerto de Jazz”, no Bar do Alexandre

 

O jornalista e escritor Luiz Reni Coutinho Marques lança na terça-feira,  dia 13 de setembro, o romance “O último
concerto de jazz” (Sinal Cultural, 202 páginas, R$ 35,00),  a partir das 18h, no Bar do Alexandre, Rua Saldanha Marinho, 132, Bairro Menino Deus, em Porto Alegre.

A obra de ficção relata a tragédia provocada pela Segunda Guerra Mundial e a forma como respinga no subúrbio da capital gaúcha, em 1944, com a partida dos 25 mil pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) para combater os nazistas na Itália, ao lado das tropas aliadas.

Aos 13 anos, o mundo de Francisco é abalado pelo embarque do irmão Frederico, cinco anos mais velho, para lutar do outro lado do Oceano Atlântico, em um conflito até então distante do seu mundo e dos seus interesses.  Finalizado em 2020, o livro teve sessão de lançamento suspensa em março de 2020, em virtude da pandemia da Covid-19.

Frederico desaparece no campo de batalha, em uma missão secreta e seu corpo não é encontrado. Essa situação altera para sempre a rotina do patriarca Ernesto Morelli, apaixonado por jazz, gosto que passou para seus dois filhos, da sua mulher Julieta e dos seus descendentes. A história dessa família nas cinco décadas seguintes é marcada pelo arrebatamento pela música, amores, paixões, encontros e desencontros em dois continentes.

Contrabaixista de sucesso, Francisco reverencia a imagem de Frederico, seus primeiro instrutor na carreira de instrumentista. A guerra, encerrada poucos meses depois do desembarque dos soldados brasileiros em
Nápoles, jamais acabou realmente para os Morelli.

O autor

Luiz Reni Marques nasceu em Porto Alegre, em 1954, estudou Direito, História e Jornalismo, o único curso que concluiu. Foi repórter em Zero Hora, Jornal do Brasil, o Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Senhor e Isto É, e correspondente free lancer da Reuters, entre outros veículos de comunicação. Redator e editor na Rádio Gaúcha, diretor de redação da Revista Mundo, professor de Redação Jornalística na PUCRS e assessor de imprensa na Câmara dos Deputados durante a Assembleia Nacional Constituinte, atualmente edita o Blog Luiz Reni Marques.

“O último concerto de jazz” é o seu segundo romance. Antes, lançou “Noite longa demais”, que pode ser encontrado apenas em versão digital na Amazon.Com. Publicou também a obra de não ficção “O Mar de Dentro no Continente de São Pedro”, que conta aimportância da hidrovia na formação do Rio Grande do Sul, com imagens do fotógrafo Emílio Pedroso.

“Acqua” mostra as múltiplas vertentes da técnica de aquarela de 33 artistas gaúchos

A exposição “Acqua”, com vernissage no dia 8 de setembro, apresenta o trabalho  de 33 aquarelistas do Rio Grande do Sul. Segundo o material de divulgação, o curador e arquiteto Anaurelino Barros Neto, com Pós-Graduação em Praticas Curatoriais e Bacharelado em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, pretende apresentar, através da exposição, a produção de grupos de aquarelistas e artistas independentes , mostrando as múltiplas vertentes da técnica  de aquarela no Estado do RS, desde as linguagens mais tradicionais até as abordagens mais contemporâneas e abstratas. 

Obra de Luciane dos Anjos. Foto; Divulgação
ARTISTAS :
Ana Lovatto /  Ana Germani / Achylles Costa Neto / Anderson Neves /  Andrea Amaro / Beatriz Gonçalves / Débora Duarte / Deja Rosa / Denise Giacomoni / Denise Marcolin / Denise Wichmann / E. Arigony /
Eliane Abreu / Emília Gontow / Erico Santos / Eron Teixeira / Graça Craidy /  Helena Stainer / Isabel Ferreira /
João Iganci / Kika Herrmann / Liana D`Abreu / Lilian Maus / Luciane dos Anjos / Mara Rejane / Marlia Fayh /
Nara Fogaça / Roseli Gertum Becker / Sandra Kravetz / Sílvia Peruffo / Sônia Benedetto / Tânia Rossari /
Zezé Carpena Ferreira.
Obra de Liana DAbreu/ Divulgação
Texto do curador sobre a exposição:
“As aquarelas quase fotográficas e tradicionais sempre serão   a   nossa   referência   e   terão   nossa   admiração.  Temos exemplos impressionantes, como o do artista José Lutzemberger e sua perfeição técnica, entre outros aqui mesmo mesmo no Rio Grande do Sul.
                Na   aquarela,  a   água   é  o   determinante   fundamental para o êxito. Quem domina a sua dosagem e evaporação, em relação   ao   pigmento,   certamente   domina   a   técnica.  Dessa maneira, é possível determinar as diferentes nuances da tinta, a saturação ou a leveza do pigmento, bem como as sobreposições de   camadas   de   tinta.  Revelam-se,   assim, surpreendentes transparências e delicadezas, em descobertas de fusão de cores em pinceladas aleatórias. Por vezes, chega-se, até mesmo, a desenhar com o pincel.
Obra de João Iganci/ Divulgação
Tão importante como as técnicas mais tradicionais e acadêmicas,   são   os   processos   construtivos   da   abstração   na aquarela.   O   acaso   e   suas   eleições   também   exigem   grande domínio   para   se   obterem  estruturas   formais   poderosas   e convincentes.
                Como nos ensinou a grande artista e teórica Fayga Ostrower, “os acasos existenciais irão transformar-se em acasos   significativos,   e   serão   reconhecidos   imediatamente”.   Essa intuição, em arte, não significa recursos menores e sem valor: ao contrário, pode corresponder a um resultado repleto de memórias afetivas que foram construídas ao longo de sua trajetória.
Obra de Helena Stainer/ Divulgação

Os   aquarelistas   devem   estar   atentos   e   receptivos durante   esses   processos,   que   serão   sempre   sua   fonte acumulativa – casual ou não – de experiências, resultando na bagagem cultural única e pessoal de suas criações. É   em   seus ateliês   que   nós,   curadores,   percebemos  estes   resultados   originais   e   autorais.   Nesse   espaço,   seus   processos interiores nos são revelados. As curadorias servem   justamente para eleger e selecionar – dentro destes universos  solitários que, por vezes, não têm um referencial exterior – as obras   mais   significativas,   mais   contundentes   e   ousadas,  orientando caminhos futuros, os quais podem ser imperceptíveis aos próprios artistas.

                É justamente essa impulsividade e ousadia que   permitem   que   a   Arte   evolua:   são   essas   sucessivas  possibilidades criadoras que sempre nos surpreendem.
Obra de Graça Craidy/ Divulgação
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO “ACQUA”
ONDE : GALERIA STUDIO JARDIM . Av New York , 506 . Bairro Auxiliadora
QUANDO : Vernissage dia 8 de setembro de 2022 . Visitação de  12 de setembro a 21 de outubro de 2022 . Horario de 14 h ás 18h.
CURADORIA : Anaurelino Corrêa de Barros Neto.
CONCEPÇÃO DE PROJETO : Ana Isabel Lovatto
Obra de Arigony/ Divulgação

“Terapia de casal” – Uma comédia em crise, no Teatro Renascença

Escrita por Juliana Barros e dirigida por ela e Fernando Ochoa, a montagem traz histórias reais (ou não) para o palco, e pretende divertir e emocionar

            A peça Terapia de Casal estreia em setembro já com um norte bem definido: qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência! O texto escrito por Juliana Barros traz para a cena a história de Alice e Marcos, um jovem casal que se conhece no início da década de noventa e que depois de uma década de relacionamento – com alguns conflitos, crises e muitas risadas – se vê diante de um terapeuta numa sessão de terapia. Durante aproximadamente uma hora, os dois revivem e compartilham com o público a dor e a delícia de um casamento. A estreia da montagem, dirigida pela própria Juliana e Fernando Ochoa, aconteceu dia 2 de setembro no Teatro Renascença, e a peça estará em cartaz nesta próxima semana, dias 9 e 10, às 21h e domingo, dia 11, às 19h. No sábado haverá bate-papo após a sessão, conduzido pela Domus – Terapia de Casal e Família.

            A linha do tempo de Alice e Marcos vai sendo desvendada por meio da terapia dos protagonistas, com situações divertidas, mas repletas do mundo real, onde os medos, inseguranças, crises, choros e gozos fazem parte do cardápio. O público na plateia faz as vezes do terapeuta que, atento a tudo, se esforça para dar um sentido e estabilidade para o casal em questão. “Quando escrevi esse texto, nos anos 2010, imaginava que eu seria a atriz, a personagem Alice”, afirma Juliana. “Porque escrevi a partir das minhas próprias experiências, vivências, relacionamentos. Em cena misturei tudo, embaralhei as cartas! Tem um pouco do que aconteceu comigo, um pouco de imaginação, um pouco de vida dos outros, porque amo contar histórias de vida”, completa.

            Os personagens vividos por Letícia Kleemann e João Petrillo são como todos nós, com seus desejos e inseguranças.  “A gente não é certo ou errado e, portanto, num relacionamento eu acho que não há certo ou errado, vilão ou vítima, sempre existem os dois lados da moeda, afirma a autora. “Aqui, a ideia é que possamos nos ver através do teatro. Na década de 90 integrei um espetáculo que me marcou muito, o Bailei na Curva. Desde lá persegui o sonho de poder fazer um tipo de teatro no qual as pessoas riem e choram na mesma medida, é sensacional!”, complementa Juliana.

Terapia de casal – Vilmar Carvalho /Divulgação

Ficha técnica:

Texto original de Juliana Barros

Direção Juliana Barros e Fernando Ochoa

Elenco: Letícia Kleemann e João Petrillo

Música tema: Só pro meu prazer- Leoni e Fabiana Kherlakian

Trilha sonora original: Fábio Marrone

Direção de arte: Diego Steffani

Iluminação: Fernando Ochôa

Divulgação: Bebê Baumgarten Comunicação

Produção: Top Agência Produtora

Terapia de casal – uma comédia em crise

Dias 9 e 10 de setembro, 21h

Domingo, dia 11, às 19h

Teatro Renascença – Av. Erico Verissimo, 307

Ingressos antecipados no Sympla

R$ 60,00 inteira / R$ 30,00 meia

https://www.sympla.com.br/evento/terapia-de-casal-uma-comedia-em-crise/1669474

Marcelo Delacroix e quinteto apresentam músicas do novo trabalho, no Espaço 373

 

No próximo sábado (10), o Espaço 373 recebe o músico e compositor Marcelo Delacroix, em formato quinteto: Beto Chedid (violões, bandolim, cavaquinho, harmônica e voz), Giovanni Berti (percussão e voz), Mateus Mapa (flauta, baixo, percussão e voz) e Zelito (violões, violino, baixo e voz). No repertório estarão canções inéditas, já apontando para o próximo disco, como Precisamos Conversar (parceria com Mário Falcão), Benfazeja (com Arthur de Faria e Nelson Coelho de Castro, que também participam do show), Fonte da Nostalgia (com Carlo Pianta), Luna Diurna (com Raul Ellwanger).

De seus discos anteriores, não faltarão as já conhecidas Chove sobre a Cidade (com Ronald Augusto), Inverno (com Arthur de Faria), História de Nós Dois (com Leandro Maia) e Cantiga de Eira, do folclorista Barbosa Lessa, canção que esteve esquecida por décadas, e foi revitalizada por Delacroix e seu disco Depois do Raio.

Marcelo Delacroix – Foto: Vitória Proença/ Divulgação

Ao longo de sua trajetória, Delacroix lançou cinco discos: Grupo Quebra Cabeça (instrumental, 1994), Marcelo Delacroix (2000) e Depois do Raio (2006), ambos vencedores do Prêmio Açorianos de Melhor Disco MPB; Canciones Cruzadas (2013), em parceria com o uruguaio Dany López, e Tresavento (2020), seu mais recente trabalho. O músico compôs diversas trilhas para produções de teatro, dança, televisão e cinema, que também lhe valeram alguns prêmios.

Marcelo Delacroix, Giovanni Berti, Mateus Mapa, Zelito e Beto Chedid – crédito Isidoro B. Guggiana/ Divulgação

SERVIÇO

Show Quinteto Marcelo Delacroix

Quando: 10 de setembro | Sábado | 21h

Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta)

Ingressos: R$ 35 a R$ 100

Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/marcelo-delacroix/1706128

Ingresso Amigo: R$ 35
Ingresso Mui Amigo: R$ 45
Ingresso 373: R$ 55
Ingresso Apoiador da Arte: R$ 65
Ingresso Patrocinador da Arte: R$ 100 (tornar um novo espaço colaborativo do Distrito Criativo)

Informações: (51) 9 81423137 ou (51) 9 98902810

Ateliê dos Arteiros ministra oficina “Cria Criatura” para crianças e adolescentes

 

Nos dias 8 e 15 de setembro, o Ateliê dos Arteiros do Centro Cultural 25 de Julho promove a oficina Oficina Cria Criaturas, a partir do desenho, da pintura e da colagem. Experimentações com aquarela e materiais incomuns para novas texturas e criação de diferentes expressões faciais. Um tempo para criar, ampliar o imaginário e fazer novas descobertas.

Os encontros, pensados para crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos, ocorrem em duas quintas-feiras, das 14h30 às 16h30. O investimento é de R$ 180, com material incluso.

O Ateliê dos Arteiros integra o projeto Gira-Arte, criado em 2021, que oferece mais de 20 modalidades de formação artística para crianças e jovens.

PROGRAMAÇÃO

Oficina 1: Aquarela – técnicas para criar texturas – desafios de desenho – criação de monstros, seres e criaturas.

Oficina 2: Colagem – técnicas para criar expressões faciais – criação de animais e seres imaginários com diferentes caras e caretas – escrita de diálogos e minicontos.

Sobre as ministrantes

Anelore Schumann é idealizadora e coordenadora do projeto Ateliê dos Arteiros, desde 2010, e coordenadora do projeto Ateliê dos Arteiros do Centro Cultural 25 de Julho. Realizou cursos de desenho e pintura no Ateliê Livre da Prefeitura, de 1986 a 1990, e pintura poética em 2007 e 2008, no Grupo Cero em Porto Alegre. Integrante da Escola de Poesia desde 2003, publicou poemas na revista Ovo da Ema (zero, 1, 2 e 4) e escreveu Vestígios de Kairós, seu primeiro livro de poesia, publicado em 2017. A partir de 2010, coordenou oficinas de arte para crianças e adolescentes no Ateliê Oca e em outros espaços culturais. Realizou mais de 15 exposições, entre as quais: Mostras de pinturas e desenhos das Oficinas de Arte do Ateliê dos Arteiros (2011/2018), Mario Quintana 110 anos (2016) e Mostra de Pinturas do Ateliê dos Arteiros – Gatos e Paisagens no Centro Cultural 25 de Julho (2019). Também foi idealizadora do projeto de Arte e Leitura A História Sem Fim, baseado no livro homônimo do escritor Michael Ende, e curadora da Exposição Virtual Ateliê dos Arteiros (2020).

Ana Tedesco é ministrante das Oficinas de Arte para Crianças e Adolescentes, no Ateliê Oca, desde janeiro de 2014, e do Ateliê dos Arteiros do Centro Cultural 25 de Julho, desde janeiro de 2020. Ministrou oficinas de arte para crianças no Clube de Cultura, no Memorial da Justiça do Trabalho e na Casa de Cultura Mario Quintana. Colaborou na produção e montagem de mais de dez exposições entre os anos de 2011 e 2020, entre elas a Mostra de Pinturas do Ateliê dos Arteiros, no Centro Cultural 25 de Julho (2019) e a Exposição Virtual do Ateliê dos Arteiros (2020).

SERVIÇO
Oficina Cria Criaturas | Desenho, pintura e colagem
Quando: 8 e 15 de setembro | Quintas-feiras | 14h30 às 16h30
Onde: Centro Cultural 25 de Julho (Rua Germano Petersen Jr., 250 – bairro Auxiliadora)
Oficineiras: Anelore Shumann e Ana Tedesco
Público-alvo: crianças e adolescentes com idades entre 11 e 14 anos

Investimento: R$ 180 (material incluso)

OSPA realiza concerto especial em homenagem ao Bicentenário da Independência

Na semana em que a Independência do Brasil completa 200 anos, as comemorações ganham o reforço da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). A apresentação está programada para sexta-feira, 9 de setembro, às 20h, na Casa da OSPA. O maestro do Coro Sinfônico da OSPA Manfredo Schmiedt rege um repertório de grandes clássicos da música brasileira, que terá ainda participação da Banda de Música do 3º Batalhão de Polícia do Exército. O ingresso deve ser trocado por 1kg de alimento e já pode ser retirado na Bilheteria da Casa da OSPA ou no site sympla.com.br. O espetáculo também poderá ser acompanhado ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube.

A apresentação encerrará a programação especial do Comando Militar do Sul em celebração ao Bicentenário da Independência do Brasil, que teve início no fim de agosto. A Banda de Música do 3º BPE abre o concerto com um repertório popular, sob regência do 1° Tenente Marlucio Loreto de Moraes, que inclui “Suíte Nordestina”, do pernambucano Mestre Duda, “Copacabana”, de Braguinha e Alberto Ribeiro, e “Na Baixa do Sapateiro”, um samba composto por Ary Barroso e gravado por Carmen Miranda.

Banda de Música do 3 BPE e regente 1 Ten Marlucio Loreto de Moraes . Foto: Sgt PiresCMS/ Divulgação

Em seguida, a OSPA assume o palco para executar a abertura da ópera “Il Guarany”, de Carlos Gomes, que ganhou fama como a trilha do programa “A Voz do Brasil”. A orquestra também interpreta a “Rapsódia Nazaretheana para Piano e Orquestra”, obra em que Alfred Hülsberg orquestrou diferentes peças de Ernesto Nazareth, dentre elas “Brejeiro”, “Odeon” e “Apanhei-te, Cavaquinho”. Nessa peça, a pianista Olinda Allessandrini será a solista.

Também serão interpretadas peças de teor patriótico, como o próprio “Hino da Independência”, composto por Dom Pedro I e Evaristo Da Veiga, cantado pelo Coro Sinfônico da OSPA, e ‘‘Abertura 1812’’, célebre música escrita por Piotr Ilitch Tchaikovsky para celebrar a vitória das tropas russas sobre a invasão napoleônica no ano citado no título. A obra é, até hoje, reconhecida pela instrumentação, que incorpora à orquestra uma banda militar e disparos de canhão que interrompem uma representação da Marselhesa, o hino francês.

Banda de Música do 3 BPE e regente 1 Ten Marlucio Loreto de Moraes. Foto: Sgt PiresCMS /Divulgação

Banda do 3º Batalhão de Polícia do Exército

A Banda do 3º Batalhão de Polícia do Exército (3º BPE) tem como principal função dar marcialidade às formaturas e desfiles militares, dentro e fora dos quartéis, bem como apresentações, retretas e concertos ao público civil, com repertório que vai do clássico ao popular. Possui também, no seu repertório, dobrados, marchas e canções militares. Integrada aos valores culturais, a Banda ocupa lugar de destaque no Comando Militar do Sul, constituindo-se em valioso elemento de integração entre a sociedade gaúcha e o Exército Brasileiro. Já participou de diversos eventos nacionais e internacionais, como o IV e o V Encontros de Bandas Militares em Montevidéu, no Uruguai, e em Buenos Aires, na Argentina. Atualmente, é regida pelo 1º Tenente Músico Marlucio Loreto de Moraes e possui 57 integrantes.

Coro Sinfônico da OSPA

O Coro Sinfônico da OSPA é formado por cantores voluntários que se dedicam a interpretar grandes obras do repertório coral-sinfônico. Além de participações marcantes na programação da OSPA, inclusive em montagens operísticas encenadas, o grupo realiza concertos à capela em diferentes cidades do estado e com outras orquestras ou grupos instrumentais. Em seu repertório estão obras de Aguiar, Bach, Beethoven, Bizet, Borodin, Brahms, Gounod, Händel, Haydn, Mahler, Mendelssohn-Bartholdy, Mignone, Mozart, Mussorgsky, Orff, Prokofiev, Puccini, Rachmaninoff, Rimsky-Korsakov, Santoro, Stravinsky, Tchaikovsky, Verdi, Villa-Lobos, Vivaldi, entre outros. A equipe artística do coro é formada pelo maestro Manfredo Schmiedt, a professora de canto Elisa Machado e o pianista Eduardo Knob.

Maestro Manfredo Schmiedt. Foto: LuciaMoreira /Divulgação

Manfredo Schmiedt (regente)

Com vasta experiência coral e orquestral por todo o mundo, Manfredo Schmiedt é o maestro do Coro Sinfônico da OSPA desde 1992. Possui mestrado em Regência pela Universidade da Geórgia (EUA) e graduação na mesma área pela UFRGS. Seu currículo acadêmico inclui duas importantes condecorações: Pi Kappa Lambda Music Honor Society e Director’s Excellence Award. Apresentou-se, como convidado, em destacadas orquestras do mundo, como a Filarmônica de Mendoza (Argentina), a Orquestra Sinfônica da University of British Columbia (Canadá), a Filarmônica de Belgrado (Sérvia), a Sinfônica do Noroeste da Flórida (EUA) e a Petrobras Sinfônica (Brasil). Entre 2002 e 2020, foi regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Pianista Olinda Allessandrini. Foto: Flávio Wild/ Divulgação

Olinda Allessandrini (solista – piano)

Olinda Allessandrini é uma das mais conceituadas pianistas brasileiras, com um vasto repertório de obras para piano solo, além de música de câmara e concertos com orquestras, do barroco ao contemporâneo. Sua discografia abrange 11 CDs solo e 17 CDs como pianista convidada. Lançou também o DVD “pamPiano”, com direção de Caio Amon. Sua constante atividade de pesquisa e divulgação da música brasileira e latino-americana foi valorizada em várias edições do Prêmio Açorianos e com a distinção Líderes e Vencedores, da Assembleia Legislativa do Estado, como destaque na área cultural.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)

Concerto do Bicentenário da Independência
Concerto: Sexta-feira, 9 de setembro, às 20h.
Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingresso: 1kg de alimento.

 Bilheteria on-line: via Sympla em bit.ly/ospa2022_ingresso.
Bilheteria na Casa da OSPA: sexta-feira (9/9), das 12h às 20h.
Estacionamento: gratuito, no local.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual.
Transmissão ao vivo: canal da OSPA no YouTube.
Informações para o público: (51) 3288-1507 e 98608-0141, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Programa:

 

CONCERTO DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

 

Mestre Duda | Suíte Nordestina

 

Braguinha e Alberto Ribeiro | Copacabana

 

Ary Barroso | Na Baixa do Sapateiro

 

Apresentação: Banda de Música do 3º BPE

 Regência: 1° Ten Marlucio Loreto de Moraes

 

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Antônio Carlos Gomes | Abertura Il Guarany

 

Alfred Hülsberg | Rapsódia Nazaretheana para piano e orquestra

Solista: Olinda Allessandrini (piano)

 

Apresentação: OSPA

Regência: Manfredo Schmiedt

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Piotr Ilitch Tchaikovsky | Abertura 1812

 

Dom Pedro I e Evaristo Da Veiga | Hino da Independência

Participação: Coro Sinfônico da OSPA

 

Apresentação: OSPA e Banda de Música do 3º BPE

Regência: Manfredo Schmiedt

 

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Fotografias com alma e graça, na exposição “Ir-Real 2 ”, de Marcos Monteiro

 

O fotógrafo e produtor cultural Marcos Monteiro abre dia seis, terça-feira, na Galeria Escadaria, no Viaduto Otávio Rocha, onde é curador, sua nova exposição “Ir-Real 2”, que fica no local de três de setembro a 31 de outubro. A mesma mostra será levada para a Galeria de Arte Restinga, na Praça Alvorada, no bairro do mesmo nome, de dois de novembro a 10 de dezembro.

São 34 fotos, coloridas e PB. Curador da exposição, o fotógrafo e professor de Fotografia, Rogério Soares, apresenta o novo trabalho de Marcos Monteiro, no texto abaixo:

“Como era de se esperar, “Ir-Real”, em sua 2ª edição, re-surge ainda com mais força. Força essa, promovida por um olhar sempre atento, mas principalmente terno e humanista do qual Marcos Monteiro se utiliza para revelar seres anônimos, ora transmutados em autênticos personagens de sua amada cidade.

Partindo sempre de promissoras inferências sobre os lugares e pessoas a que escolhe fotografar, o autor através de brilhantes “insights” parece brincar com o que os olhos em uma 1ª mirada não conseguem ver. Assim mais uma vez, como puro passe de mágica, o fotógrafo a partir de uma técnica notadamente apurada, não somente retira do “real” o palpável e corriqueiro, como também habilmente o corrompe, tornando-o ainda mais rico, belo e instigante.

Neste sentido, o diverso conjunto de fotografias revigora um “espírito lúdico”, capaz de promover em cenas paralelas, pertinentes correspondências plásticas e semânticas. Então somos surpreendidos por imagens que se entregam a ilusão, criando assim efeitos miméticos onde contra-pontos, rastros, reflexos, sombras, sobre-posições entre outros aprontam o que deve ser “dito” .

Dotadas de alma e graça, essas fotos ouso dizer, sem esforço algum, se aproximam do olhar de fotógrafos como “Robert Dosneau” e “Frederick Sommer” por exemplo. Monteiro, como sabemos, é um sujeito que gosta de gente, e suas fotos igualmente gostam de gente. Tanto é verdade, que para produzi-las, ele seleciona não somente a melhor hora do dia ou da noite, buscando a luzideal, como pontos ou lugares conhecidos do grande público, mas de onde, e como ninguém consegue compor insólitos e únicos instantâneos.

Dessa forma, a vida diurna e noturna aparece ora repleta de amigos, desconhecidos, transeuntes e objetos que parecem ganhar “vida” ao mediarem, como sustenta Roland Barthes, a relação dos Homens com o mundo.

Concluindo, Ir-Real também se institui como autêntico “ato de linguagem” ao sustentar um discurso que além de pretender, ainda oferece uma arte verdadeiramente democrática, já que a rua que abriga a produção de tais fotos é a mesma que orgulhosamente as re-apresenta.

Então e por isso mesmo ,,, muito obrigado Marcos Monteiro.”

SERVIÇO
Exposição “Ir Real 2”, com 34 fotos.
De 03.09 a 31.10: Galeria Escadaria
– Viaduto Otávio Rocha- Centro Histórico
De 02.11 a  10.12 2022: na Galeria Arte  Restinga –
Praça Esplanada- Restinga