Para sua primeira exposição individual, o artista plástico João Salazar deixa de lado os materiais tradicionais da pintura e utiliza a inusitada plastilina, mais conhecida como massa de modelar.
São 16 trabalhos com plastilina, em duas ou três dimensões, que espelham paisagens urbanas pontuadas por ícones da cultura pop e do ambiente web, como emojis tristonhos e deformados.
A pesquisadora Adriane Hernandez, do Instituto de Artes da UFRGS, comenta o trabalho de Salazar analisando algumas relações entre a poética do artista e as particularidades da plastilina, que “precipita a sua presença pelo forte apelo à tatilidade”, pois tira a narrativa da imagem do primeiro plano e nos permite focar nas sensações táteis típicas do material, como os sulcos, as ranhuras e os achatamentos.
Hernandez também destaca que os temas desenvolvidos por Salazar se somam à natureza da plastilina para indicar uma constituição de algo “que ainda está por ganhar a forma fixa ou propenso ao derretimento”.
Tudo derrete sobre o sol poderá ser visitada até o dia 6 de agosto na Calafia Art Store. Os trabalhos estão incorporados ao acervo comercial da galeria.
Tudo derrete sob o sol
Trabalhos em plastilina de João Salazar
Apresentação de Adriane Hernandez
Visitação
De 09 de julho a 07 de agosto de 2022
Seg a sexta, das 10h30 às 17h30.
Sábado, das 11h às 16h.
Atendimento remoto pelo WhatsApp 51 31081057
Rua Gen. Couto de Magalhães, 439. Bairro São João. Porto Alegre/RS.
Atividade gratuita e online acontece de 12 de julho a 12 de agosto de 2022
A Secretaria da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), abre inscrições para a Oficina de Roteiro, do projeto de capacitação profissional Revelando o Rio Grande.
A atividade será ministrada pela roteirista e diretora, Marcela Ilha Bordin. Interessados podem se matricular gratuitamente no link bit.ly/3bTM7lK.
Os encontros ocorrerão virtualmente pela plataforma Zoom, de 12 de julho a 12 de agosto, nas terças e sextas-feiras, das 19h às 22h.
O curso vai apresentar a linguagem narrativa das séries audiovisuais, os diferentes gêneros, estilos e escolas, além de realizar a prática da escrita da obra seriada.
“As obras audiovisuais nascem da ideia escrita. O conhecimento da linguagem e da técnica da escrita cinematográfica busca oportunizar que criativos possam explorar a narrativa e o ato de contar histórias através de personagens e ambientes. Além de significar oportunidade de postos de trabalho, pois com a expansão do Streaming a profissão do roteirista tem sido cada vez mais valorizada no Brasil”, observa Zeca Brito, diretor do Instituto Estadual de Cinema.
Programa
– Desenvolvimento dos personagens
– Sinopses dos episódios
– Arco dramático da série
– Gêneros
– Construção de temporadas
– Apresentação de trechos de séries e repertório de obras seriadas
– Exercício prático de escrita de roteiro
– Desenvolvimento de escaleta, argumento e cena
– Desenvolvimento de sinopse dos episódios da obra seriada
– Escrita do roteiro do primeiro episódio
Ministrante
Marcela é graduada em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com mestrado em Letras (ênfase em Literaturas da Língua Inglesa), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Desde 2014 atua como roteirista e diretora de cinema, tendo participado de dezenas de festivais, recebendo diversas premiações, como CAROL (menção honrosa e Prêmio Júri Popular no XII Cinefest Gato Preto – Competição Nacional de Curtas, 2016); O TETO SOBRE NÓS (Prêmio de Melhor Curta Latino-Americano no 57º Festival Internacional de Cine Documental y Cortometraje de Bilbao – Zinebi, 2015; Prêmio Especial do Júri no 17º Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, 2015; Prêmio de Melhor Roteiro no 7º Festival de Cinema da Fronteira, 2015); e PRINCESA MORTA DO JACUÍ (Grande Prêmio no Cine Esquema Novo 2018 – Mostra Competitiva, 2018; Prêmio ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul) de melhor curta- metragem gaúcho de 2018); entre outros.
O dia 10 de julho de 2022 será histórico para a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). O Teatro Colón, em Buenos Aires, convidou a Sinfônica a realizar um concerto no seu palco, considerado o mais nobre do país. Será a primeira vez que a OSPA, em formação completa, atravessará a fronteira da Argentina para uma apresentação. Sob regência do diretor artístico e maestro Evandro Matté, a orquestra executará uma obra contemporânea do compositor Arthur Barbosa, um grande clássico de Heitor Villa-Lobos e ainda uma das maiores criações de Sergei Rachmaninoff, com solo do pianista Fabio Martino. O concerto está marcado para as 17h de domingo (10/7). Os ingressos já estão à venda no site teatrocolon.org.ar e também na bilheteria do teatro.
‘‘É um prazer inestimável levar a OSPA pela primeira vez com formação completa a um dos templos da música de concerto mundial. E, para isso, apresentamos um programa que representa a essência da música brasileira – com obras de um compositor contemporâneo (Arthur Barbosa) e do maior nome da música de concerto nacional (Heitor Villa-Lobos)’’, comenta Evandro Matté.
Teatro Colon exterior-Divulgação.
Os preparativos para a viagem à capital argentina estão a todo o vapor. Faltando poucos dias para os embarques, que ocorrem na sexta e no sábado, a equipe de produção ajusta os últimos detalhes para garantir o transporte de dezenas de músicos, instrumentos e partituras.
A secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, que acompanha a orquestra na viagem, ressalta a importância do momento: “A apresentação da OSPA no magnífico Teatro Colón é um marco na história da orquestra que muito nos orgulha. Por meio da música, brasileiros e argentinos fortalecem os laços que unem nossos países e ampliam a potência do intercâmbio artístico e cultural”.
Pianista Fabio Martino. Foto: Peter Adamik – Divulgação
O solista convidado para a ocasião é o pianista Fabio Martino, brasileiro radicado na Alemanha e com amplo reconhecimento internacional. Começou a estudar o instrumento com 5 anos e, com apenas 12, superou pianistas maduros ao vencer o concurso da Fundação Magda Tagliaferro. Em 2010, tornou-se o único brasileiro a vencer o Concurso Internacional de Piano do BNDES, o mais importante da América Latina.
Teatro Colon interior. Foto- Divulgação
Em sua segunda apresentação com a OSPA (a primeira foi em 2016), Martino sobe ao palco para interpretar “Rapsódia sobre um Tema de Paganini”, de Sergei Rachmaninoff (1873 – 1943). Trata-se de um conjunto de 24 variações sobre o tema “Capricho em lá menor”, do violinista virtuose Niccolò Paganini. Exímio pianista, o próprio compositor foi o solista na estreia da obra, que ocorreu em 1934, em Baltimore, Estados Unidos, com a Orquestra da Filadélfia regida pelo célebre maestro Leopold Stokowski.
Para iniciar o concerto da OSPA, foi escolhida “Mba’epu Porã” (“música bela” em tupi-guarani), uma abertura sinfônica composta por Arthur Barbosa (1965-) em 2018 especialmente para a inauguração da Casa da OSPA. Depois, foi registrada no CD “OSPA e Convidados”, lançado em 2021. Segundo o compositor, que também é violinista da OSPA, a obra é uma “homenagem lúdica a tudo o que se construiu e se construirá musicalmente no Rio Grande do Sul, em que se conta a história do som e da música na região desde os seus primórdios”, incluindo representações da natureza, dos povos indígenas, africanos, europeus, passando por milongas, chamamés, chacareras e outros ritmos que ainda hoje ecoam.
A apresentação termina com “Choros nº 6”, peça fundamental de Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959) que faz parte da série “Choros” – definida pelo compositor como uma síntese de “diferentes modalidades da música brasileira indígena e popular”. Composta em 1926, “Choros nº 6” faz alusão à atmosfera seresteira e aos personagens chorões do Rio de Janeiro daquela época. Para isso, os tradicionais instrumentos da orquestra ganham a companhia de uma percussão tipicamente brasileira com a cuíca, o reco-reco, o roncador e o tamborim de samba. “Choros nº 6” foi apresentada pela OSPA em 11 de junho de 2022 e, na semana seguinte, foi registrada nas gravações do próximo CD da orquestra, com previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano.
É diretor artístico e maestro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, da Orquestra Theatro São Pedro e do Festival Internacional SESC de Música, em Pelotas. Realizou sua formação musical na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na University of Georgia (Estados Unidos) e no Conservatoire de Bordeaux (França). Desde 2006, atua como regente e, como convidado, já esteve à frente de orquestras de Uruguai, Argentina, China, Portugal, República Checa, Croácia, Alemanha, Itália, Colômbia e Estados Unidos. Em 2019, foi condecorado pelo Ministério da Cultura da França pelo desenvolvimento das artes francesas em seu domínio artístico.
Fabio Martino. Foto- Peter Adamik – Divulgação
Sobre Fabio Martino (piano)
Comparado internacionalmente com Nelson Freire, Martha Argerich, Claudio Arrau, Sviatoslav Richter e Vladimir Horowitz, o pianista brasileiro Fabio Martino chamou a atenção ao ser o único brasileiro a vencer o Concurso Internacional de Piano do BNDES, o mais importante da América Latina. Com três CDs solo e um com a Filarmônica de Stuttgart, coleciona elogios de críticos e revistas especializadas no mundo todo. O último disco, “Latin Soul”, alcançou a segunda posição nos charts do iTunes como “Top Album Classics”. A experiência o levou a diversas produções de filme e TV, além de gravações em rádios brasileiras, alemãs e a inglesa BBC.
Serviço
ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)-
Turnê – Teatro Colón convida OSPA
Concerto: Domingo, 10 de julho de 2022, às 17h (hora local).
Bilheterias do Teatro Colón: Calle Tucumán, 1.171, de segunda a sábado, das 9h às 20h, domingo, das 9h às 17h. Calle Viamonte, 560, de segunda a sexta, das 9h às 16h.
A arte e a medicina mais uma vez se encontram na Casa da Memória – Unimed Federação/RS. A exposição “Diagnosis – Reflexões sobre arte, medicina e saúde” abre ao público, traz um apanhado de produções artísticas que versam sobre relações diretas e indiretas com assuntos e elementos constitutivos do universo das ciências médicas e da saúde.
Foto Gilberto Perin- Divulgação
Com curadoria de José Francisco Alves, a mostra reúne obras de artistas que há muitos anos se utilizam de procedimentos e simbolismos do mundo científico e educacional das áreas da saúde. Conta também com trabalhos recentes que versam sobre os momentos pandêmicos que se estendem já há mais de dois anos.
Entre os trabalhos, há também obras de artistas cujas vivências próprias, transitórias ou permanentes, comuns às necessidades dos tratamentos médicos, acabaram por fazer parte de forma temática no próprio corpo do trabalho artístico de cada um: visões do corpo e do espírito que se transformaram em razão destas experiências.
Obras de Britto Velho, Bebeto Alves, Gilberto Perin. Foto- Divulgação
Para um diálogo das obras de artistas contemporâneos com o mundo real – e museológico – dos objetos do universo médico, “Diagnosis” contará com itens
do acervo do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM), como livros, mobiliário, cartazes pedagógicos e até mesmo uma escultura, além de cadernos de estudo utilizados por acadêmicos de medicina com o uso do desenho como aprendizado.
A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail memoria@unimedrs.coop.br.
Fotografias de Gilberto Perin.- Divulgação
Artistas que participam: Alexandra Eckert (impressões e objetos); Ana Norogrando (esculturas); Bebeto Alves (fotografias); Britto Velho (pinturas); Fernanda Marins Costa (pinturas e desenhos); Fernando Baril (pinturas);
Gilberto Perin (fotografias); Patricio Farias (escultura); Paulo Favalli (escultura); Ricardo Giuliani (montagens) e Silvia Brum (pinturas).
Foto Gilberto Perin- Divulgação
O fotógrafo Gilberto Perin mandou esse depoimento sobre sua abordagem na exposição:
Sobre as minhas fotos
“A associação saúde e arte surgiu para mim no conteúdo e na estética de partes do corpo humano. São partes que precisam funcionar no todo ou então alguma coisa falha.
E a cor faz a integração das partes e assinala a importância dos cuidados com saúde. Como
símbolo utilizo algumas das cores que são usadas em campanhas de saúde e prevenção de doenças no Brasil e no mundo.
Nas fotos têm uma intervenção digital, são pequenas bolas que lembram os emojis atuais, mas
também podem remeter aos vírus que causam problemas sanitários. Os pequenos círculos
também podem remeter ao colorido das artes visuais dos anos 1980, ressignificando os trabalhos gráficos da época.”
Gilberto Perin.
Foto Gilberto Perin- Divulgação
Serviço
Exposição: “Diagnosis, reflexões sobre arte, medicina e saúde”.
Visitação: segundas a sexta-feiras, das 12 às 18 horas.
Endereço: Rua Santa Teresinha, 263 – Bairro Farroupilha, Porto Alegre, RS.
Informações: memoria@unimedrs.coop.br
Quatro anos e uma pandemia depois, a Bienal Internacional do Livro volta a ser realizada de forma presencial em São Paulo.
A 26a edição do evento teve início ontem (2) no Expo Center Norte, na capital paulista, e vem gerando filas gigantescas.
Neste domingo (3) ensolarado, por exemplo, o público que decidiu visitar a Bienal do Livro reclamou de uma espera de até duas horas na fila para poder entrar no local.
A dificuldade na fila também foi relatada por Nádia Miranda, 42 anos. Ela contou ter esperado por duas horas para poder entrar na Bienal. Apesar disso, ainda estava animada para participar do evento. “É cansativo [esperar na fila]. Mas acho que, quando a gente entra, vale a pena”, disse ela à reportagem da Agência Brasil. No evento deste ano, ela pretende comprar livros e entrar em contato com algumas autoras. “Acompanho muito as autoras independentes. Então hoje vim ver algumas delas que estão aqui expondo”, contou. Leitora voraz, segundo contaram suas amigas, Nádia reforça a importância da leitura nos dias de hoje. “O mundo atual está muito sujo, mas o mundo da arte é diferente: a gente consegue viajar”, disse ela.
A trabalhadora da área de saúde, Marilene Bezerra de Sousa Oliveira, 51 anos, trouxe a família para a Bienal neste domingo. Após também ter passado duas horas na fila para entrar ao local, ela estava animada para participar do evento pela primeira vez na vida. “Eu não conhecia, é a minha primeira vez aqui. Não conhecia a Bienal. Sabia que tinha, mas essa é a primeira vez que estou aqui”, contou ela à reportagem. Marilene diz que lê menos do que gostaria, por causa da correria do dia a dia. Mas que sua filha lê bastante. “Eu leio menos do que minha filha. Ela lê dois livros por mês. Eu até lia, mas agora com a correria [fica mais difícil]”, disse ela.
Do lado de dentro
Dentro da Bienal, o que se viu também foi muita gente, muita aglomeração. Percorrer os corredores do Expo Center Norte não era uma tarefa simples a ser realizada neste domingo. Havia filas nos banheiros, nos corredores e até mesmo em alguns stands de livrarias. Mas isso não desanimou o público presente. Caso do estudante e recepcionista Mateus Henrique Santos, 17 anos. “É a minha primeira vez. E estou amando muito”, disse ele, muito animado, à Agência Brasil.
Segurando diversas sacolas, repletas de livros que acabara de comprar, ele se mostrava muito feliz em ter conhecido a autora de uma edição que adquiriu neste domingo. “Não sei quantos livros comprei. Mas comprei, por exemplo, Jogador No 1 [Ernest Cline], do filme. Tem também uma autora que eu nunca li nada dela, mas comprei pela recomendação de uma amiga. E ela fez uma dedicatória para mim no livro As Férias da Minha Vida [Clara Savelli]”, contou ele.
“Como vou pagar todos esses livros que comprei não sei. Mas comprei”, disse ele rindo, confessando que ainda iria fazer mais compras. “Agora pretendo andar mais. E talvez comprar mais alguma coisa porque meu aniversário está chegando e a minha irmã vai comprar mais coisa para mim”, falou. Nem mesmo as filas para pagar pelos livros ou a multidão que circulava pela Bienal o abalou neste domingo. “Eu amei. Eu gosto porque mostra que tem muita gente interessada em ler”, disse ele.
Bienal do Livro
Quem também não se abalou com a multidão presente à Bienal foi Rita de Cássia Leite Batista, 57 anos, que trabalha na área de educação. “É bacana. É motivador saber que tem muitas pessoas que gostam de ler ainda. Sempre incentivei minhas filhas a ler. Estou bastante contente porque ontem teve 500 mil pessoas aqui. E hoje está cheio também”, falou. Ao lado da filha, ela aproveitou um período de descanso para dar uma lida em um dos livros que havia acabado de adquirir. “Comprei alguns livros mas, na verdade, eu vim ver meu autor preferido que é o William Sanches”, disse ela, que aguardava o horário em que o autor faria uma sessão de autógrafos. “Já peguei a minha senha [para o autógrafo]. Vou dar um abraço nele”, contou ela.
Além de sessões de autógrafos, palestras, venda de livros e contato com autores, a Bienal deste ano ainda conta com ambientes para selfies, como um que reproduz a capa do livro Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, ou um em que você finge ser uma boneca Barbie dentro de uma caixa. Há ambientes também específicos para o público infantil.
Procurada pela Agência Brasil, a organização da Bienal informou que tem a expectativa de receber, até o dia 10 de julho, um público de 600 mil visitantes.
De acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizadora do evento, o primeiro dia (2) da Bienal teve grande comparecimento do público ávido por novidades, o que provocou filas.
De imediato, a direção da feira providenciou ajustes na operação, a fim de aprimorar ainda mais a estrutura voltada à visitação, prioritariamente no quesito da segurança dos visitantes. Por conta desse grande fluxo, a organização incorporou à rotina do evento, a partir de hoje um aumento no efetivo operacional”, diz a nota do evento.
Mostra com 54 obras tem abertura na sexta-feira (1º/7) e fica em cartaz até 31 de julho
A exposição Olhos nos Olhos, da artista visual Graça Craidy, será aberta nessa sexta-feira (1º/7), às 18h, no Centro Municipal de Cultura de Gramado, onde permanecerá até o último dia do mês (31). A mostra montada por Graça, artista em evidência no cenário gaúcho nos últimos anos, é composta de 54 obras que abordam diferentes temas.
Obra da mostra Olhos nos olhos- Divulgação
A artista apresenta à população local e aos turistas da alta temporada de inverno quadros das séries Beijos de Cinema, Big Rostos, Velhos Profissão Solidão, Manifesto Antifeminicídio e Refugiados, além de flores e pássaros em pastel, entre outros.
Nascida em Ijuí, em 1951, Graça declara-se profundamente apaixonada por retratos e em sua trajetória como artista visual já desenhou mais de 3 mil rostos, valorizando em suas obras muito mais a expressão que a chamada beleza em si, pois, segundo ela, é o que revela a alma dos retratados.
Obra da mostra Olhos nos olhos – Divulgação
Em Olhos nos Olhos, Graça afirma que montou uma coleção de obras criadas para tocar o coração de quem as fruir, dispensando que o visitante entenda de arte, mas que se deixe apenas levar pelo que sua visão descortina. A artista observa que sua arte não tem bula, basta olhar para entender. Por isso, convida o espectador a apenas abrir os olhos, reparar e escutar as respostas dentro de si. Ela deseja que ele se disponha a “entontecer com epifanias”. E conclui: “Tocou você? É o que me basta. A arte não serve para mais nada que nos devolver – divinos – a um estado alerta de reencantamento com o mundo”.
A artista já foi publicitária em São Paulo e Porto Alegre e professora de Processo Criativo na ESPM-Sul, é graduada e mestre em Comunicação e transferiu-se definitivamente para as artes visuais desde 2011, quando ingressou no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Artivista, dedica-se fortemente à causa do fim da violência contra a mulher, sua série Até que a morte nos separe já foi exposta uma dúzia de vezes, para favorecer o debate e a consciência sobre o tema.
Obra da mostra Olhos nos olhos- Divulgação
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição Olhos nos Olhos, de Graça Craidy
ONDE: Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, Rua Leopoldo Rosenfeld, 818, Planalto, Gramado
Telefone 54 3286 1955
ABERTURA: 1º de julho de 2022, sexta-feira, às 18h
VISITAÇÃO: Até 31 de julho, de 2ª à 6ª, das 8h às 17h30 e sábados, das 14h às 17h30
Um dos contos de fadas mais famosos da humanidade vai virar exposição de arte. Com referência na clássica história infantil da Chapeuzinho Vermelho e curadoria de Fábio André Rheinheimer, “Breve Percurso da Floresta” apresenta obras de 34 artistas gaúchos no Espaço Cultural Correios, localizado na Av. 7 de Setembro, 1020, no Centro Histórico de Porto Alegre.
Obra de Gustavo Baldasso Schossler- Foto: arquivo pessoal -Divulgação
A exposição tem vernissage no sábado, 25 de junho, das 10h às 17h, e segue até o dia 30 de julho. Entrada franca.
Obra de Marinelsa Geyer. Foto: Paula Batista- Divulgação
A ideia de propor uma mostra de arte baseada no clássico que remonta ao século XVII nasceu antes mesmo da pandemia e começou a tomar forma no início deste ano. Para compor a exposição, Rheinheimer procurou levar para os artistas referências imagéticas das obras e lendas em torno de Chapeuzinho Vermelho.
Obra de Marcelo Spolaor. Foto arquivo pessoal- Divulgação
A proposta era sair do óbvio. “’Breve Percurso na Floresta’ é a última etapa de um projeto homônimo desenvolvido entre janeiro e abril de 2022, concebido como provocação, portanto, um questionamento aos artistas convidados a partir da referência conceitual da Chapeuzinho Vermelho”, conta o curador. “O projeto foi desenvolvido a partir de parâmetros, tanto visuais, quanto teóricos – além de um viés psicanalítico. O objetivo foi instigar pontualmente a reflexão sobre o tema para levar ao fazer artístico em suas várias formas de expressão”, detalha.
Obra de Andréa Seligman. Foto: Arquivo pessoal- Divulgação
O primeiro registro que se tem de Chapeuzinho Vermelho data de 1697, quando Charles Perrault publicou Le Petit Chaperon Rouge, a mais antiga versão escrita deste conto, que narra a história da menina vestida com uma capa com capuz vermelho, muito embora a versão mais popular seja a adaptação de autoria dos Irmãos Grimm, difundida em 1857.
Obra de Douglas Fischer. Foto: arquivo pessoal- divulgação
Os artistas
Com essa inspiração, 34 artistas elaboraram produções em artes visuais, fotografia e escultura: Adela Bálsamo Armando; Adriane Krimberg; Alice Espaço Têxtil; Ana Espaço Têxtil; Ana Homrich; Andréa Barros, Andréa Seligman; Anelise Barra Ferreira; Clara Koury; Cynthia F. Jappur; Denise Giacomoni; Denise Wichmann; Daisson Flach; Douglas Fischer; Fábio Petry; Fátima Pinto; Graça Hund; Gustavo Baldasso Schossler; Heitor Bergamini; Inez Pagnoncelli; Kika Herrmann; Larissa Scaravaglione; Lena Kurtz; Marcelo Leal; Marcelo Spolaor; Marinelsa Geyer; Mery Bavia; Nara Fogaça; Noely Luft; Rejane Wagner; Roberta Agostini; Sandra Kravetz; Susane Kochhann; e Suzana Albano.
Obra de Denise Giacomoni. Foto: arquivo pessoal-divulgação
Breve Percurso na Floresta
Exposição coletiva inspirada no clássico infantil de Chapeuzinho Vermelho
Curadoria: Fábio André Rheinheimer
Abertura: 25 de junho de 2022, das 10h às 17h
Visitação: de 25 de junho a 30 de julho de 2022 – terça a sábado das 10h às 17h
Local: Espaço Cultural Correios, Av. 7 de Setembro, Nº1020, Centro Histórico, Porto Alegre
Obra de Fátima Pinto Foto: Luis Felipe Marques Só- divulgação
“Eduardo Chassa, a sua arte brota incessantemente, parece superar a si mesmo a cada pincelada, a cada gesto, se transmutando em múltiplas facetas de seu trabalho. É um artista intenso em cuja trajetória se vê total desenvoltura do desenho para a pintura em um
processo constante de busca de vida e transformação.”
Assim Betânia Maria Rodrigues Gonçalves, a curadora da mostra, apresenta Eduardo Chassa, artista que expõe seu trabalho a partir do dia 24, no La Faísca Café;
“Estilo intenso e sofisticado, cores vibrantes, força, vigor, traços que falam por si só misturando sentimentos de um artista em ebulição. Este é Eduardo Chassa, uma revelação nas artes plásticas, que faz com que sua arte
dialogue com quem a contempla. Obras de um abstracionismo fascinante como suas telas Birds, Álamos, Anamnese em azul ou inquietações interiores nas telas aquário e mente inquieta.”
Eduardo Tassa. Foto: Arquivo pessoal/ Divulgação
Quem é
Bancário de Porto Alegre, formado em Administração de Empresas, com pós-graduação em RH, aventurou-se no mundo das artes com 17 anos, ingressando em 1991 na antiga escola END, para seu primeiro curso de desenho, ministrado pelo professor Velci Soutier. Em
2012 fez alguns cursos de desenho e Xilogravura no Atelier Livre da Prefeitura. Em 2013 ingressou na Faculdade de Artes Visuais da UFRGS.
“Todo este percurso pelas artes aperfeiçoou seu conhecimento nas técnicas do desenho
evoluindo para a pintura em acrílico, mas o que fala mais alto é o seu talento artístico impregnado no seu DNA” acentua Betânia Gonçalves.
O vernissage Ciclotimias terá lançamento para convidados no dia 24/junho/2022, no La Faísca Café, Av. Venâncio Aires, 1025 – Bairro Bom Fim, a partir das 18:00hs. A exposição permanecerá aberta ao público do dia 25/6 até o dia 14/07/2022.
Considerado um clássico do teatro gaúcho, DentroFora retorna a cartaz em Porto Alegre em apenas duas apresentações nos dias 24 e 25 de junho, às 20h, no Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa. Baseada na obra de Paul Auster, a premiada produção da Cia. Incomode-te tem treze anos de estrada e já foi visto por milhares de espectadores em 16 estados brasileiros.
Liane Venturella em cena / Foto Alex Ramires/ Divulgação
Protagonizado por Liane Venturella e Nelson Diniz, o espetáculo é a primeira montagem gaúcha inspirada no texto Hide and Seek, do cineasta e dramaturgo norte-americano Paul Auster. A obra homenageia uma das mais famosas criações de Samuel Beckett, Dias Felizes.
Na trama, dois personagens – chamados apenas de “o homem” e “a mulher” – se encontram presos dentro de duas caixas, cada um em uma delas. O sentido vazio da palavra, a obsessão do homem em dar sentido à sua vida fazem as personagens pensar na sua nova condição. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida cotidiana, a partir de ações interiores das personagens.
Nelson Diniz em DentroFora / Foto Alex Ramires/ Divulgação
A peça conquistou os troféus Braskem 2010 de melhor espetáculo e direção (Carlos Ramiro Festerseifer) e Açorianos 2009 de melhor ator (Nelson Diniz) e cenário (Élcio Rossini).
FICHA TÉCNICA:
Direção: Carlos Ramiro Fensterseifer
Elenco: Liane Venturella e Nelson Diniz
Cenografia: Élcio Rossini
Figurino: Rodrigo Nahas Fagundes
Iluminação: Cláudia de Bem
Operação de Luz: Nara Maia
Trilha sonora original: Álvaro RosaCosta
Assessoria de Imprensa: Léo Sant´Anna
Produção: Letícia Vieira/ Primeira Fila Produções/ Cia Incomode-te
Competição com 200 coreografias será realizada de 16 a 18 de junho no Teatro CIEE. A bailarina russa Anastasia Dunets é uma das juradas. Abertura oficial será no dia 17 de junho com a participação especial do bailarino Paulo Rodrigues, considerado um dos melhores bailarinos brasileiros da atualidade.
O mais importante festival de dança para crianças e jovens do País chega ao Rio Grande do Sul com uma série de atrações confirmadas. O Festival CBDD Kids, promovido pelo Conselho Brasileiro de Dança, recebeu inscrições de mais de 30 escolas de dança do Estado, e vai contar com cerca de 200 coreografias em sua mostra competitiva. O evento será promovido de 16 a 18 de junho, no Teatro CIEEE, localizado na Rua Dom Pedro II, 861. A gala de abertura será no dia 17 de junho, às 19h. Ingressos podem ser solicitados por WhatsApp: (51) 98064-4444 ou adquiridos presencialmente no Ballet Vera Bublitz, localizado na Rua Lucas de Oliveira, 158, em Porto Alegre.
A responsável por trazer o festival para o Rio Grande do Sul é Carlla Bublitz, que dirige o Ballet Vera Bublitz (BVB) e é delegada regional RS do Conselho Brasileiro de Dança. “Estamos muito felizes por poder representar o Estado e abrir oportunidade para os talentos gaúchos da dança, da capital e do interior, mostrarem todo seu potencial”, destaca Carlla. Das 30 escolas de dança inscritas, apenas três são de Porto Alegre. As demais são de cidades como Caxias do Sul, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Taquara e Santo Antônio da Patrulha.
Os bailarinos, de 5 a 14 anos, vão concorrer em sete modalidades: ballet clássico de repertório, ballet clássico livre, ballet neoclássico, contemporâneo, estilo livre, jazz e danças urbanas. Os participantes foram inscritos em solos, duos e trios ou na categoria grupo.
Entre os jurados, destaque para a convidada de honra, a bailarina russa Anastasia Dunets, que também vai ministrar workshops de dança durante o festival. Além dela, fazem parte do corpo de jurados: Gisele Vaz, presidente do CBDD e diretora do Studio Dançarte, de Goiânia, uma das mais premiadas escolas de dança do Brasil; Flávia Burlini, do Rio de Janeiro, professora credenciada do Royal Academy of Dance; Erick Gutierrez, professor de sapeateado e conselheiro do CBDD em São Paulo; Luciane da Rosa, de Dom Pedrito;
A gala de abertura do Festival de Dança CBDD Kids será no dia 17 de junho, às 19 horas, no Teatro CIEE. O espetáculo contará com grandes nomes da dança, com destaque para a participação especial de Paulo Rodrigues. O paulista recebeu o título de melhor bailarino do Festival de Dança de Joinville e é considerado um dos melhores bailarinos brasileiros da atualidade. Em sua trajetória passou por importantes companhias mundiais de dança, como Joffrey Ballet, de Chicago. Também foi convidado para dançar na Gala Stars, em Moscou, onde também cursou aulas no Teatro Bolshoi, da Rússia. No festival de dança, Rodrigues vai acompanhar a bailarina Júlia Xaver, do Ballet Vera Bublitz, no Gran Pas de Deux do Pássaro Azul.
Bailarino Paulo Rodrigues – Foto:Acervo Pessoal/Divulgação
Alladson Barreto, atualmente no Ballet West, dos Estados Unidos, é outro convidado do espetáculo. Barreto começou suas primeiras aulas de ballet clássico na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhã em Natal (RN) aos 16 anos. Hoje, com 24 anos, é considerado um dos melhores bailarinos da atualidade com premiações como o SoDancaAmbassador (2018-2020) e finalista do Youth America Grand Prix (2018), a mais importante premiação mundial de dança. No festival de dança, em Porto Alegre, vai acompanhar a bailarina Catarina Costa, do Ballet Vera Bublitz.
Julia Quinto. Foto: Daniel Martins/ Divulgação
O espetáculo de gala contará também com a participação dos bailarinos Gabriel Suarez, do Uruguai, Abraão Alves, do Rio de Janeiro, e Gabriel Pagnusatti, do Ballet Vera Bublitz. Eles irão fazer apresentações com algumas das mais premiadas bailarinas do BVB. Entre elas, Julia Xavier, Júlia Quinto, Catarina Costa, Isabeli Greff, Alicia Sassi, Gabriela Menegat e Maiara Terra y Castro. Além das coreografias em dueto, as bailarinas vão apresentar os solos que levaram para o Youth America Grand Prix deste ano, nos Estados Unidos.
SERVIÇO
1° Festival CBDD Kids Porto Alegre
Período: de 16 a 18 de junho
Gala de abertura: 17 de junho, às 19h
Local: Teatro CIEE – Rua Dom Pedro II, 861
Ingressos podem ser solicitados pelo whatsapp: (51) 98064-4444
Informações e regulamento: Instagram: @festivalcdbddkispoa