De autoria do historiador de arte José Francisco Alves será lançado dia 11 de junho, sábado, às 18 hrs, no Shopping Total, talvez o primeiro livro histórico a ser publicado no contexto dos 250 Anos de Porto Alegre (2022).
A obra traz amplo histórico geral (sobre a história da cidade) e específico (sobre as obras de arte pública) sobre a capital. São abordados centenas de trabalhos, dos primeiros exemplares instalados em 1865 (chafarizes franceses) às peças instaladas em logradouros públicos, em 2022.
Edição do autor, obra de fôlego, com capa dura, 412 pág. e cerca de 1900 imagens a cores, atuais e históricas, peso de 2,365 Kg. Mesmo assim, o expressivo volume não é meramente um álbum fotográfico. T
Trata-se de obra fruto de mais de 25 anos de pesquisa do historiador de arte, como obra reeditada a partir do livro de 2004 do autor (esgotado há anos), A Escultura Pública de Porto Alegre – história, contexto e significado.
Como obra comemorativa, além da atualização de quase 20 anos de escultura pública, sob novas pesquisas, descobertas e revisões, o autor apresenta novos assuntos, como o histórico de como a cidade chegou à data de 26 de março (1772) como ato fundacional, algo que durou mais de trinta anos de discussões, polêmicas e conflitos intelectuais.
Também há um apanhado com informações e fatos detalhados sobre a Exposição do Centenário Farroupilha (1935-36), evento e efeméride que legou em bom número obras de arte e monumentos à capital. E um amplo histórico sobre a estátua O Laçador, afinal, a obra de arte pública mais amada – e a mais importante do Rio Grande do Sul –, desde os detalhes da sua escolha até uma análise de como a obra vencedora do concurso – O Boleador – tornou-se O Laçador.
O livro estrutura-se em:
1– Três capítulos: a evolução da escultura pública de Porto Alegre; aspectos teóricos da arte pública e políticas de arte pública em Porto Alegre, no Brasil e no Mundo;
2– Catálogo de obras – Verbetes com históricos resumidos (ou estendidos, dependendo do caso) sobre centenas de exemplos de escultura pública, organizados conforme a tipologia: Estátuas, Estatuária em equipamentos hidráulicos e fontes artísticas; Bustos, cabeças e relevos; Obeliscos e marcos comemorativos; Estatuária e elementos escultóricos no fachadismo (edifícios); Arte cemiterial; Obras de arte modernas e contemporâneas; Projetos não realizados.
3– Glossário ilustrado e resumos biográficos exemplificativos de artistas e projetistas.
A edição de “luxo” da obra é propiciada com patrocínio direto (não incentivado) pela Unimed, com apoio da SIDI Medicina por Imagem, que assim propiciaram à cidade ter esta obra ao bancaram a impressão do livro em gráfica nacional (em São Paulo) especializada em livros de arte.
Com a venda dos exemplares o autor pretende recuperar os investimentos na viabilização das décadas pesquisa, design gráfico, revisões, e também em investir nos projetos futuros, edições de livros de arte com pesquisas em curso.
– O Lançamento no Shopping Total será em um quiosque no piso Cristóvão Colombo (primeiro piso). *Em frente à Tabacaria Aymoré. Coquetel oferecido pelo Shopping Total. Valor do livro: R$ 200,00
Espetáculo, que marca o lançamento do álbum físico Avenida Angélica, abrirá as comemorações do aniversário do Theatro São Pedro
Sem encontrar seu público desde março de 2020 por causa da pandemia de Covid-19, Vitor Ramil volta ao palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°) nos dias 4 e 5 de junho, para lançar o novo trabalho, Avenida Angélica.
Inteiramente dedicado à poesia deAngélica Freitas, o espetáculo abrirá as comemorações do aniversário do TSP integrando a programação oficial dos 250 anos de Porto Alegre.
O álbumfoi gravado em áudio e vídeo em agosto de 2021, sem público presente, no canteiro das obras de restauro do Theatro Sete de Abril, em Pelotas, o terceiro mais antigo do Brasil.
O álbum físico / Divulgaçõ
Avenida Angélica traz 17 canções criadas por Vitor para poemas de sua conterrânea publicados originalmente nos livros Rilke Shake e Um útero é do tamanho de um punho, mais a leitura do poema Ítaca pela própria poeta em vídeo gravado em Berlim, onde vive.
No palco, Vitor Ramil apresenta-se em formato solo, voz e violões de cordas de aço, em ambientação visual criada por Isabel Ramil, na qual iluminação, cenário e vídeos são uma espécie de segunda leitura não literal do poemas, conferindo ao show um caráter multimídia.
Décimo segundo título da discografia de Ramil, o álbum físico de Avenida Angélica, tem formato único, maior e diferente que o de um CD convencional. Trata-se de um documento que reúne fotos em seu enquadramento original, poemas e canções; edição histórica e limitada do encontro dos artistas no histórico teatro de sua cidade natal.
Os ingressos já estão disponíveis na plataforma Sympla. Maiores informações pelo (51) 3227.5100.
Vitor Ramil. Foto: Marcelo Soares/Divulgação
VITOR RAMIL – AVENIDA ANGÉLICA
Estreia do espetáculo e lançamento do álbum físico
DIA 04 JUNHO (sábado): 21h
DIA 05 JUNHO (domingo): 18h
Theatro São Pedro – Praça Marechal Deodoro, s/n°
Centro Histórico Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3227.5100
Palco Principal – Theatro São Pedro
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
Recomenda-se o uso de máscaras dentro das dependências do Theatro São Pedro.
SETORES E VALORES:
Plateia: Preços entre R$ 75,00 e R$ 150,00
Camarotes Centrais: Preços entre R$ 70,00 e R$ 140,00
Camarotes Laterais: Preços entre R$ 45,00 e R$ 90,00
Exposição “Mobgrafia – Expressão Urbana” reúne obras de diversos fotógrafos do Brasil e do exterior na Galeria Escadaria, no viaduto Otavio Rocha, a partir do dia 11 de junho.
Considerada a maior galeria de arte fotográfica a céu aberto do país, a mostra exibirá o trabalho de fotos feitas com celular de todo Brasil e do Exterior. O homenageado da exposição “Mobgrafia – Expressão Urbana”, é Ricardo Rojas, fotógrafo, produtor cultural, fundador da Mobgraphia, organizadora do Mobile Photo Festival, maior festival latino americano de fotografia feita com celular, que acontece anualmente em São Paulo no MIS (Museu da Imagem e do Som).
Ricardo Rojas fará palestra sobre fotografia com celular na CCMQ. /Foto: Divulgação
Rojas é fotógrafo premiado pelos seus trabalhos nas maiores agências de publicidade do país. E hoje se dedica ao seu trabalho autoral e a Mobgraphia, usando a Mobgrafia (fotografia com celular) como ferramenta de geração de conteúdo imagético.
Ricardo estará presente no dia 11/06, a partir das 16hs, na abertura da Exposição “Mobgrafia – Expressão Urbana”, na Galeria Escadaria, e um dia antes, 10/06, irá realizar uma palestra sobre fotografia mobile e sua carreira, na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ).
A idealização, curadoria geral, concepção de design e realização são assinadas por Marcos Monteiro.
Serviço:
Dia 10/06
Palestra – Mobgraphia – o que é e como tudo começou.
Palestrante: Fotógrafo e Fundador da Mobgraphia, Ricardo Rojas.
Horário: 19 horas.
Local: Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) – Sala Sérgio Napp 1.
Endereço: R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre
Evento gratuito
Informações: 51 99935-0608
Dia 11/06
Abertura da Exposição Mobgrafia – Expressão Urbana
Local: Galeria Escadaria
Horário:16 horas.
Endereço: Escadaria Verão – Viaduto Otavio Rocha – Centro Histórico,
Nesta sexta-feira, 3, às 21h, o Espaço 373 apresenta o Café Trio, uma nova formação musical de Porto Alegre com três dos mais requisitados instrumentistas do Estado.
Nico Bueno- Foto Vitória Proença/ Divulgação
Nico Bueno é baixista da banda Delicatessen, ganhadora de dois prêmios da Música brasileira e com quatro discos que já ultrapassam mais de 20 milhões de plays nas plataformas digitais.
Luiz Mauro Filho – Foto Vitória Proença/ Divulgação
Luiz Mauro Filho, um pianista versátil e jazzístico que, recentemente, recebeu o Prêmio Açorianos de Música, como Melhor Instrumentista.
Lucas Fê- Foto Vitória Proença/ Divulgação
O baterista Lucas Fê é da nova geração de músicos, também premiado e requisitado para diversos shows e gravações.
No repertório, músicas autorais que estarão no primeiro disco do trio.
Ingresso Amigo: R$ 35
Ingresso Mui Amigo: R$ 45
Ingresso 373: R$ 55
Ingresso Apoiador da Arte: R$ 65
Ingresso Patrocinador da Arte: R$ 100 (tornar um novo espaço colaborativo do Distrito Criativo)
Morreu nesta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro, o ator Milton Gonçalves.
Aos 88 anos de idade, ele se recuperava de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido em 2020. Milton deu vida a inúmeros personagens e também se destacou em defesa da categoria artística e pelo movimento negro.
Nascido em 9 de janeiro de 1934, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, filho de camponeses, mudou-se com a família ainda pequeno para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Fez teatro infantil e amador e estreou profissionalmente em 1957, no mítico Teatro de Arena, na peça Ratos e Homens. Depois de uma turnê nacional, decidiu morar no Rio.
“Sofri todos os percalços entendendo, mas não concordando, com o preconceito racial, que foi um trauma na minha vida. Assim, o teatro para mim foi a grande salvação”, revelou, em entrevista ao site Memória Globo.
Milton participou do primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme Grande Sertão (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira. Dirigido por Graça Mello, participou das primeiras experiências dramatúrgicas da Globo: o seriado Rua da Matriz, de Lygia Nunes, Hélio Tys e Moysés Weltman, e a novela Rosinha do Sobrado, de Moysés Weltman.
Estreou como diretor de TV na novela Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair. A partir daí, esteve em várias produções da emissora: foi o Professor Leão, do infantil Vila Sésamo (1972); o médico Percival, de Pecado Capital (1975); o Filé, de Gabriela (1975), de Walter George Durst; dirigiu os primeiros capítulos da novela Selva de Pedra (1972), de Janete Clair; e, em Roque Santeiro (1985), de Dias Gomes, interpretou o promotor público Lourival Prata.
Milton também participou de uma vasta produção cinematográfica. Foram mais de 50 títulos como Cinco Vezes Favela (1962), Gimba, presidente dos Valentes (1963), A Rainha Diaba (1974), O Beijo da Mulher Aranha (1985), O Que É isso, Companheiro? (1997), Carandiru (2003).
Em 2011, trabalhou na novela Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, como Gregório Gurgel. No ano seguinte, voltaria a atuar numa trama de época, ao interpretar o Afonso Nascimento, em Lado a Lado, novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage, que ganhou o prêmio Emmy Internacional. Participou ainda de Pega Pega (2017), como Cristovão, e de O Tempo não Para (2018), como Eliseu.
Milton teve passagens pela política, sendo candidato ao governo do Rio, em 1994. Foi também superintendente da Rádio Nacional, nos anos 1980. “A Rádio Nacional é a rádio que estava na minha infância. Eu ouvia suas novelas, com minha mãe passando roupa, com aquele ferro quente à brasa. Era uma rádio que chegava no Brasil inteiro.”
Repercussão
A morte do ator repercutiu nas redes, com diversos artistas se despedindo dele e lembrando o seu legado para a cultura brasileira.
“Me sinto privilegiado por ter te assistido em cena, testemunhado toda sua inteligência cênica e por termos nos encontrado tantas vezes no trabalho. Obrigado por ser inspiração e pelo seu pioneirismo. Receba meu mais caloroso aplauso, seu Milton Gonçalves!”, escreveu Lázaro Ramos
“Quando alguém de tanta importância se despede de nós, sempre me faltam palavras, como agora. Milton Gonçalves era dos mais importantes atores que este país já teve. Milton faz parte da história da TV brasileira. Um gigante da nossa cultura. Um gênio, elegante, brilhante profissional. Foram muitos sets juntos, muitas histórias, muitas famílias. Descanse em paz meu querido colega. Obrigada por tanto, você é eterno”, disse Zezé Motta.
“Um gigante nos deixa! Que perda! Vá em paz e com muita luz, Milton Gonçalves. Um dos maiores atores da televisão brasileira! Milton nos deixou hoje, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, disse o dramaturgo e escritor Walcyr Carrasco.
“Milton. O seu legado é eterno. Tantas portas você abriu com seu talento, sua firmeza, suas veias saltando. Me sinto honrada de ter seu olhar pra me banhar. Foi meu pai em cena e fora dela. Seu pioneirismo será sempre celebrado. Muito amor a ti”, escreveu Camila Pitanga.
Velório
O velório será nesta terça-feira (31), aberto ao público, a partir das 9h30, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
A Sala de Exposições do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº – Centro Histórico) recebe uma mostra especial: INFÂNCIA – Yoyo e as Pinturas, de Yolanda Ianelli Fernandez, artista de seis seis anos de idade.
A abertura acontece no dia 03 de junho, das 18h às 21h. Na data será lançado também o livro de arte “Infância” (Edições Ardotempo, 116 páginas, 4 cores), com pinturas de Yolanda, texto e poemas de Mariana Ianelli, além de prefácio de Paulo Rosa.
São 50 pinturas selecionadas num universo de cerca de 300 pinturas sobre telas e centenas de desenhos, realizados entre os dois anos e três anos de YOYO. A pequena artista já possui cinco livros publicados: Dia no Ateliê (INFANTIL) – Pinturas de YOYO – Texto de Mariana Ianelli; Canções Meninas (POESIA e ARTE) – Desenhos de YOYO – Poemas de Mariana Ianelli; Chansons Fillettes (França – POESIA e ARTE) – Desenhos de YOYO – Poemas de Mariana Ianelli; YOYO e os Museus (ARTE) Fotografias – Textos de Mariana Ianelli e Paulo Rosa; YOYO e os Desenhos (ARTE) Desenhos de YOYO – Textos de Mariana Ianelli e Paulo Rosa e YOYO e as Pinturas (ARTE) Pinturas de YOYO – Textos de Mariana Ianelli e Paulo Rosa.
Grande Galeria YoYo. Foto: Mariana Ianelli/ Divulgação
No dia 03, às 20h, também acontece o debate com especialistas Conversas sobre o tema da INFÂNCIA, com Antônio Holhfeldt (Escritor, Diretor do Theatro São Pedro); Cleonice Bourscheid (Escritora de livros infantis; Poeta e Produtora Cultural) e Paulo Rosa (Escritor, Cronista, Medico Pediatra e Psiquiatra – Diretor do Hospital Psiquiátrico Espírita Alemão, de Pelotas). O tema Infância será abordado sobre o escopo da potencialidade infantil de forma generalizada, a partir do estímulo, do acesso ao conhecimento, da curiosidade, da cultura e do exercício das atividades de brincar e criar com liberdade.
O curador e editor Alfredo Aquino explica a proposta da mostra e do livro: “A partir da questão filosófica – ‘Um gato que atravessou uma viela medieval numa noite é o MESMO gato que atravessa uma rua de uma cidade contemporânea na noite de hoje’. Ou seja, todos os indivíduos são iguais; TODAS AS CRIANÇAS são iguais e potencialmente capazes de desenvolver idênticos processos de descoberta, de absorção de conhecimentos, de desenvolvimento de atividades de criatividade e invenção. Todas são capazes de brincar e de criar desde que estimuladas e incentivadas com apoio e liberdade“, observa.
Yolanda na biblioteca Foto: Mariana Ianelli/ Divulgação
Essa exposição, o livro e as palestras são atividades voltadas para a valorização dos estímulos ao conhecimento, à cultura, à criação e à liberdade criativa de todas as crianças, de todas as idades, sem exceções.
SERVIÇO:
Livro Infância (Edições Ardotempo, 116 páginas a 4 cores, Livro de Arte: de Pinturas de Yolanda Ianelli Fernandez, com texto e poemas de Mariana Ianelli; com texto de Paulo Rosa – Edição de Luxo, encadernada em Capa Dura). O livro não será comercializado, somente doado a bibliotecas e centros culturais.
De 3 de junho a 3 de julho de 2022
Espaço Expositivo do Theatro São Pedro – Hall de entrada do Teatro / Sala de Espetáculos
O lançamento dos livros “Rastros de Estrela” e “Pequenas Nebulosidades” será no dia 31 de maio, a partir das 17h.
A escritora Dione Detanico. Foto: Luis Ventura;/Divulgação
Dose dupla literária da Território das Artes. A editora está lançando as obras de contos “Rastros de Estrela”, da escritora Cátia Castilhos Simon, e “Pequenas Nebulosidades”, de Dione Detanico. A sessão de autógrafos será na terça-feira, 31 de maio, das 17h às 21h, no Espaço Amelie, localizado na Vieira de Castro, 439, em Porto Alegre.
Cátia Castilho Simon é mestre em literatura brasileira e doutora em estudos da literatura brasileira, portuguesa e luso-africana pela UFRGS. Recebeu o prêmio Vianna Mog, em 2014. Conquistou o 1º lugar na categoria ensaio – UBE/RJ pelo livro “Labirintos da Realidade – diálogo de Clarice Lispector com Machado de Assis”. Publicou contos, ensaios e poesias em diversas coletâneas e periódicos. É co-organizadora e co-apresentadora do Digressões Clariceanas, veiculado pela Território das Artes, desde 2021. Integra o Mulherio das Letras/RS.
Capa Rastros de Estrela – Catia Simon – Território das Artes
No livro “Rastros de Estrela”, Cátia reúne 22 narrativas curtas que tratam das relações humanas com versátil habilidade. “As várias situações da vida são a matéria-prima da escritora cuja visão de mundo se descortina ao longo do texto. A leitura chama a reflexões e a questionamentos a partir dos personagens que sofrem de solidão, de amor e de estranhamento diante da finitude da vida. É uma obra impregnada de estilo singular”, analisa Liana Timm, artista multimídia e editora da Território das Artes.
Dione Detanico é professora de Língua Portuguesa, de Literatura Portuguesa e Brasileira, licenciada em Língua Francesa, revisora de textos em língua portuguesa. Autora de “As Opacidades do Mundo” (2010), “Reflexões Filosóficas Infantis” (2011), coautora dos livros “Arca de Impurezas” (2008), “Arca Profana” (2010), “Arca de Viagens” (2019), “Arca de Desconstrução” (2020), “Olhar Estrangeiro – França” (2019) e “Psicografadas” (2020). Todas as publicações foram editadas pela Território das Artes.
Capa Pequenas Nebulosidades – Dione Detanico – Território das Artes
A obra “Pequenas Nebulosidades”, escrita por Dione, tem como foco as memórias recriadas em uma ficção ao mesmo tempo ingênua e atrevida. “Dione passeia pelo tempo da existência de todos nós com reflexão e poesia. O cotidiano da vida é chamado ao texto com linguagem despretensiosa. Entretanto, esse é um recurso que a escritora utiliza para configurar seu sofisticado convite ao leitor que, certamente, sucumbirá aos encantos das narrativas. O livro traz os pontos fortes da vida ficcionados com singular originalidade”, observa Liana Timm.
Lançamento em dose dupla:
“Rastros de Estrela” – Cátia Castilho Simon – 136 páginas – R$ 50.
Programa inclui a grandiosa “Uma Vida de Herói”, de Richard Strauss
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), apresenta uma das grandes obras do genial compositor Richard Strauss, “Uma Vida de Herói”, no concerto homônimo marcado para sábado, 28 de maio, às 17h. A apresentação ocorre na Casa da OSPA, em Porto Alegre, e conta com transmissão ao vivo pelo YouTube. Como regente convidado, a OSPA recebe um parceiro de longa data, o maestro japonês Kiyotaka Teraoka. Nesta semana, a solista é a cantora brasileira Tati Helene, que interpreta “La Mort de Cléopâtre”, de Hector Berlioz. Anunciada no início da temporada, a cantora espanhola Nancy Fabiola Herrera teve de cancelar a sua vinda por motivos de saúde. Os ingressos custam entre R$ 10 e R$ 40 em sympla.com.br.
Ensaio Uma Vida de Herói. Foto: Vitória Proença/ Divulgação
No sábado, o programa do concerto será apresentado ao público pela pianista, compositora e pesquisadora Catarina Domenici. Dentro do projeto Notas de Concerto, às 16h, a musicista explica, contextualiza e comenta as peças que serão executadas pela OSPA logo depois, às 17h.
Soprano de destaque no cenário lírico brasileiro, Tati Helene fará sua primeira apresentação com a OSPA. Caberá à cantora interpretar “La Mort de Cléopâtre”, peça escrita em 1929 pelo compositor francês Hector Berlioz (1803 – 1869). Sobre a composição, Tati comenta que “explora de maneira muito interessante a combinação do colorido da orquestra com a de uma voz de soprano dramático”.
OSPA – Ensaio Uma Vida de Herói Foto: Vitória Proença/ Divulgação
O maestro japonês Kiyotaka Teraoka já regeu a OSPA duas dezenas de vezes desde 2003 e cultiva uma relação próxima com a capital gaúcha. “Prometo que este concerto será uma experiência extraordinária para o público de Porto Alegre, de quem eu já estava com muitas saudades!”, antecipa o regente.
OSPA – Ensaio Uma Vida de Herói . Foto:Vitória Proença/ Divulgação
O compositor, pianista e maestro alemão Richard Strauss (1864 – 1949) talvez seja mais conhecido hoje pela introdução de “Assim falou Zarathustra”, usada como trilha do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick. Mas seu legado é vasto, compreendendo óperas e poemas sinfônicos, entre eles “Uma Vida de Herói”, no qual o compositor traduz em música a sua própria trajetória. Ele mesmo regeu a estreia em Frankfurt, em 1899. Ao longo da obra, a história de sua vida é contada em seis partes, começando por uma apresentação do herói (considerado o próprio Strauss), seguida por seus adversários (possivelmente os críticos de sua obra), sua companheira (um solo de violino representaria a esposa, Pauline Strauss), o campo de batalha (dificuldades da vida como artista), suas obras (com citações a diversas composições de Strauss) e, por fim, a conclusão. Bastante exigente para a orquestra, “Uma Vida de Herói” é considerada um exercício de virtuosismo.
Depois de estudar contrabaixo em Tóquio, Kiyotaka Teraoka foi aluno de regência de Uros Lajovic no Conservatório de Viena e aprofundou seu aprendizado em masterclasses ministradas pelos maestros Chung, Temirkanov, Karabtchevsky, N. Järvi e Giulini. Em 2000, venceu o primeiro prêmio do Concurso Internacional de Regência Dimitri Mitropoulos, em Atenas. Desde então, regeu muitas orquestras, incluindo a Filarmônica de São Petersburgo, a Orquestra da Câmara de Viena, a Netherlands Radio Symphony Orchestra e a English Chamber Orchestra. Na Orquestra Sinfônica de Osaka, atuou como maestro residente entre 2004 e 2011, e maestro permanente entre 2011 e 2019. Atualmente é conselheiro e regente da Orquestra Sinfônica de Waseda, em Tóquio.
OSPA – Ensaio Uma Vida de Herói. Fotos: Vitória Proença/ Divulgação
Sobre Tati Helene (soprano)
Eleita a melhor cantora de 2019 pelo site movimento.com, Helene já trabalhou com importantes nomes da cena lírica europeia, como os diretores de cena Peter Konwitschny, Bepi Morassi e Stefano Vizioli, e os maestros Michael Radulescu da Áustria e Alessandro Sangiorgi. Na Itália, foi bolsista do governo italiano e do Conservatório Antonio Buzzolla em função do seu mestrado em performance. Atuou em alguns dos principais palcos do país, como o Teatro Malibran de Veneza, o Teatro Comunale de Rovigo e o Teatro Olímpico de Vicenza. No Brasil, participou do projeto Grandes Vozes ao lado de Renato Bruson e Graciela Araya, artistas consagrados do meio lírico. Foi a protagonista das estreias brasileiras da ópera ‘‘Monteverdi L’incoronazione di Poppea’’ (Planetário do Rio de Janeiro, 2014), da ópera ‘‘Vanessa de Barber’’ (Teatro Adamastor, Guarulhos) e da estreia mundial de ‘‘O Peru de Natal’’ de Martinelli (Theatro São Pedro), ambas em 2019.
ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)
Concerto da Série Casa da OSPA – “Uma Vida de Herói”
Concerto: Sábado, 28 de maio de 2022, às 17h. Notas de Concerto: às 16h.
Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).
Ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento): R$ 10 (estudante, qualquer seção), R$ 15 (mezaninos e balcões) e R$ 20 (camarotes e plateia). Ingresso inteiro: R$ 30 (mezaninos e balcões) e R$ 40 (camarotes e plateia). Desconto de 50% para Amigo OSPA, sócios do Clube do Assinante ZH, idosos, doadores de sangue, pessoas com deficiência, estudantes, jovens até 15 anos e ID Jovem. Desconto de 20% para titulares do cartão Zaffari e Bourbon e para clientes do Banrisul.
Bilheteria na Casa da OSPA: sextas e sábados, das 12h às 17h. Formas de pagamento: Dinheiro, Banricompras, Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, Vale Cultura Ticket e American.
Estacionamento: gratuito, no local.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual.
Informações para o público: (51) 3288-1507 e 98608-0141, de segunda a sexta, das 9h às 18h.
Programa:
Berlioz, Hector | La Mort de Cléopâtre
I. Allegro vivace con impeto – Récit. C’en est donc fait!
II. Lento cantabile. Ah! qu’ils sont loin ces jours, tourment de ma mémoire
III. Méditation. Largo misterioso. Grands Pharaons, nobles Lagides
IV. Allegro assai agitato. Non!… non, de vos demeures funèbres
Intervalo
Strauss, Richard | Ein Heldenleben, op. 40, “Uma Vida de Herói”
Regência:
Kiyotaka Teraoka (JAP)
Solista:
Tati Helene (soprano – BRA)
Apresentação:
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA)
Direção Artística:
Evandro Matté
Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Alibem e Banrisul.
Patrocinadores da Casa da Ospa: Banrisul, Vero, Panvel, Grupo Zaffari e Gerdau.
Apoio da Temporada Artística: Dufrio e Sulgás.
Realização: Fundação Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós, Secretaria da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal – Pátria Amada Brasil. PRONAC: 192458.
Restauro de prédio que abrigou antigo cinema do interior é a base do curta-metragem “Isto aqui vai ser muito valorizado”
O processo de restauro do prédio que abrigou o antigo cinema da cidade da Feliz, em uma região colonizada por imigrantes de origem germânica, é o ponto de partida para uma discussão sobre as inúmeras nuances que envolvem a preservação do patrimônio arquitetônico no Brasil e na Europa. A reflexão deu origem ao curta-metragem “Isto aqui vai ser muito valorizado”, realizado pela Escaiola Arquitetura Rara e dirigido por Boca Migotto. O filme será lançado na segunda-feira (30), às 16h, nas redes sociais da Escaiola (facebook.com/escaiolaarquiteturarara) e também ficará disponível gratuitamente no Youtube.
O filme integra o projeto Arquitetura Rara – Intercâmbio cultural, que levou a equipe de especialistas a apresentarem o patrimônio gaúcho a profissionais na Espanha e em Portugal. Ao todo, foram mais de dois anos de produção, 10 cidades filmadas e milhares de quilômetros percorridos para a realização do curta.
Abordando o cotidiano de trabalho de especialistas na área, a iniciativa tem como objetivo democratizar o conhecimento sobre a preservação do patrimônio histórico no estado, como explica a arquiteta e urbanista Juliana Betemps: “O filme tem a pretensão de trazer à tona as diversas variantes que envolvem o patrimônio arquitetônico, e discutir, aqui e lá fora, esse tema tão similar nas mais diferentes culturas.”
O curta mostra também que é conservando os prédios históricos que são valorizadas as culturas locais que envolvem cada comunidade, como observa a arquiteta e urbanista Cristiane Rauber: “Compartilhamos da concepção de que patrimônio cultural é a união dos bens materiais e imateriais, ambos se complementam. Tamanha riqueza que possuímos aqui no nosso Brasil, que durante o intercâmbio cultural foi possível afirmar que, por sermos um país demasiadamente jovem, temos muitas peças a serem encaixadas para que não percamos nenhuma história”, diz.
Construído no século XIX, o cinema do Casarão Amália Noll, em Feliz, é um exemplo dessa necessidade. Amália Noll passou para o imaginário popular da cidade de Feliz como uma pioneira do empreendedorismo cultural na região no início do século 20. Sua casa era cheia de cultura, com salão de baile, cinema e fotografia, expressão pela qual era apaixonada, o que fez com que o casarão fosse o primeiro equipamento cultural da cidade. Após passar décadas vazio, o prédio foi tombado como patrimônio do município e agora será restaurado.
Nesse sentido, o cineasta Boca Migotto alerta para a necessidade de “uma política que proteja nosso patrimônio, mas também se preocupe em educar as pessoas sobre a importância de preservarmos nossa história que, no caso, vai muito além de apenas casas antigas”.
O projeto Arquitetura Rara – Intercâmbio Cultural é financiado via Lei de Incentivo à Cultura Estadual (LIC-RS) e conta com o apoio das seguintes empresas: Vinícola Don Guerino, Transportadora Mobile e Vassouras Odim.
O Espaço 373 recebe o flautista e saxofonista Derico Sciotti com seu trio Brasa Gente, formado por Fabio Hess (baixo), Jeff Sabbag (piano) e Luiz Gustavo (bateria), nessa quinta-feira e sábado, dias 26 e 28 de maio. No repertório, jazz, a verdadeira música brasileira instrumental e boas histórias que vivenciou ao longo da carreira. Sua verve humorística, que ele tornou pública por quase três décadas ao lado de Jô Soares, em diferentes emissoras, é requisitada até hoje nas apresentações musicais. Não à toa, ganhou o título de “Assessor para Assuntos Aleatórios”.
Profissional desde os 11 anos, Derico começou seus estudos de flauta aos 5, com mestres renomados, entre eles: João Dias Carrasqueira, Antônio Carlos Carrasqueira, Jean-Noel Saghaard, Lídia Alimonda, Héctor Costita e Amilson Godoy. Com 14 anos, foi “spala” (primeiro flautista) da Orquestra Jovem Municipal de São Paulo e participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão, regido pelo maestro Eleazar de Carvalho.
Derico – Foto Werner Heilig /Divulgação
Em 1979, paralelo a carreira erudita, mergulhou no jazz, no blues, na música instrumental (fusion) e na música experimental (dodecafonismo e minimalismo) e aprendeu a tocar saxofone, piano, guitarra, contrabaixo, violão e bateria. Como multi-instrumentista, partiu para uma carreira mais popular, conheceu e trabalhou com Dominguinhos, Diana Pequeno, Marlui Miranda, Jean & Paulo Garfunkel, Amelinha, Trovadores Urbanos, Ana de Hollanda, Celso Viáfora, Márcia Salomon, Chico César e Eliete Negreiros, além de participar com o Grupo Ânima de shows com artistas, como Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo.
Derico – Foto Werner Heilig /Divulgação
Com o Quinteto Onze e Meia, tocou com Chick Corea, George Benson, Billy Cobham, Stacey Kent, Ian Anderson, Ray Coniff, Randy Crawford, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Pepeu Gomes, Ed Motta, Pedrinho Máttar, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Lenine.
SERVIÇO
Derico & Trio Brasa Gente
Quando: 26 e 28 de maio | Quinta e sábado | 21h
Ingressos na quinta: R$ 50 a 100
Ingressos no sábado: R$ 70 a R$ 120