Leitores resgatam Feira do Livro: “É trincheira da democracia”, comemora o patrono

A 67ª Feira do Livro de Porto Alegre, encerrada nesta segunda-feira, 16, já está batizada: “A feira da retomada”.

Não apenas porque as barracas voltaram à praça da Alfândega, mas também (e principalmente) porque os leitores corresponderam ao desafio dos editores e livreiros. Voltaram animados e gostaram do que viram: maior proximidade com os livros, mais espaço para conversas e encontro com autores, menos dispersão com eventos paralelos.

Isso indica que uma feira menor, mais focada no livro e no leitor, voltou para ficar.

O presidente da Câmara Riograndense do Livro, Isatir Bottin Filho, já prevê uma expansão em 2022. Com as incertezas deste ano, muitas editoras e livrarias tradicionais não puderam participar e vão querer voltar se a situação se normalizar. Ele estima que as atuais 56 barracas vão aumentar para “umas 70 ou 80”,  metade do tamanho que a feira já teve.

Maior evento cultural do Estado, a Feira do Livro de Porto Alegre há alguns anos revelava o desgaste de uma expansão desordenada (a “maior da América Latina”, dizia a propaganda).

Tornara-se um megaevento, mais influenciado pelo marketing do que pela cultura. Chegou a atrair um milhão de visitantes. Um caminho que a crise econômica desde 2015 tornava insustentável.

A maioria dos que apinhavam os corredores da feira, atraídos pelo marketing, iam passear e não procurar livro. Eram os “mirandas”,como diziam os livreiros – miravam e andavam, sem comprar nada.

Então, chegou a pandemia do coronavírus e, em 2020, pela primeira vez desde 1955, a praça da Alfândega, no coração do centro histórico de Porto Alegre, ficou vazia nos primeiros 15 dias de novembro. Aglomerações estavam proibidas.

A decisão de fazer o evento pela internet, em formato virtual, foi um ato de resistência, mas frustrante para todos: pequena participação dos leitores, vendas pífias. Os mais bem sucedidos dizem que venderam na internet 10% do que vendiam na feira presencial.

As incertezas continuaram em 2021 e a  hipótese de uma segunda edição virtual só foi descartada em agosto, quando a feira já devia estar programada. Foi, então, tomada a decisão de voltar à praça, mesmo com os riscos e as restrições determinadas pela renitência da pandemia.

Seria uma feira restrita, cercada, com controle na entrada para evitar as aglomerações. Entrariam no máximo 500 pessoas, com tempo limitado, para dar lugar aos que estariam na fila. Era tal a incerteza que a Câmara de Vereadores negou uma verba de 50 mil reais para a cobertura dos corredores.

Na última semana antes da inauguração, um ato do governo estadual permitiu  o acesso irrestrito desde que observadas as normas de segurança,  como o distanciamento e o uso de máscara.

Os leitores corresponderam. O distanciamento foi visivelmente negligenciado, mas o uso da máscara foi rigoroso. Quem entrava na feira sem a máscara ficava constrangido e logo aderia. E os livreiros todos comemoravam  vendas além das expectativas.

No encerramento, o patrono da Feira, Fabrício Carpinejar, celebrou o sucesso da feira e bradou: “É a trincheira da nossa elegância, a trincheira da democracia”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nei Lisboa e Paulinho Supekovia sobem ao palco juntos, no Espaço 373

 

O show será neste sábado, às 21h, e os ingressos são limitados. Obrigatório comprovante de vacinação

Após quase dois anos, Nei Lisboa retorna ao Espaço 373 neste sábado (20), às 21h. Acompanhado do guitarrista e parceiro de palco Paulinho Supekovia, o artista apresenta um setlist de sucessos de diferentes épocas de sua carreira, como “Telhados de Paris”, “Pra te lembrar”, “No boleto e no cartão” e “Relógios de sol”. Nei também mostra músicas do novo repertório de EP digital, que está terminando de gravar e que será lançado neste final de ano, entre elas, “Capitão do mato”, “Bom lugar” e “Nós é que vivemos”.

Nei Lisboa – Foto Cintia Belloc/ Divulgação

Ao longo de quatro décadas, Nei Lisboa gravou onze discos. É autor de canções que foram sucesso na voz de Caetano Veloso, Zélia Duncan, Luiza Possi e Cida Moreira, entre outros. Seu mais recente álbum, “Telas, tramas & trapaças do novo mundo”, foi gravado ao vivo em Porto Alegre, com patrocínio do projeto Natura Musical.

Em função da pandemia do coronavírus, os ingressos são limitados e custam R$ 90 antecipado e, se ainda houver disponibilidade, R$ 100 na hora. Obrigatório o comprovante de vacinação. Mais informações pelo whats (51) 998 902810 ou pelo e-mail espaco373@gmail.com.

Nei Lisboa e Paulinho Supekovia – Foto Ronald Mendes / Divulgação

SERVIÇO
NEI LISBOA E PAULINHO SUPEKOVIA
Quando:
 20 de novembro | Sábado
Horário: 21h | A casa abre às 19h
Endereço: Rua Comendador Coruja, 373  – Bairro Floresta
Ingressos: R$ 90 antecipado pelo site da Eventbrite e R$ 100,00 na hora
Ingressos antecipados: https://www.eventbrite.com.br/e/nei-lisboa-e-paulinho-supekovia-tickets-203172393097

Capacidade de público reduzido a 60 pessoas | Obrigatório comprovante de vacinação

Quem adquiriu ingressos da campanha “Fica em casa 373”, já pode utilizá-los, basta entrar em contato com o Espaço para fazer a reserva: whats (51) 998 902810 e e-mail espaco373@gmail.com.

 

Pedro Tagliani comemora 60 anos de vida e 40 de carreira, em show no Butiá

No próximo domingo, 14, Pedro Tagliani celebra 60 anos de vida e 40 de carreira no Butiá. Além das músicas de alguns compositores que foram referência na sua carreira, como Pat Mettheny, Tagliani apresentará composições de seu mais recente álbum “Hemisférios”, o primeiro gravado inteiramente no Brasil. Para este show, Tagliani sobe ao palco acompanhado de Michel Dorfman (piano), Lucas Esvael (baixo) e Marquinhos Fê (bateria).

Pedro Tagliani – Anibal Carneiro/ Divulgação

Desses 40 anos de trajetória, 20 foram vividos na Europa, onde gravou Arvoredo (1998), Duo Dois (2009) e Ao Vento (2016). Em “Hemisférios”, Pedro Tagliani percorre junto com Fabio Torres (piano) e Paulo Paulelli (contrabaixo), ambos do Trio Corrente, e com o Marquinhos Fê (bateria), os caminhos que passam pelo jazz, pelo samba e pelo choro.

Choro e outros sons das mulheres

Na segunda, 15, é a vez de Thayan Martins Quinteto. Formado por Thayan (percussão), Stefania Johnson (flauta transversal), Tamiris Duarte (contrabaixo), Pâmela Amaro (cavaco) e Fofa Nobre (gaita ponto), as meninas navegam pelo universo do choro, da música instrumental, do samba e de outros ritmos da cultura popular brasileira.

Thayan Martins Quinteto – Arte Thayan Martins/ Divulgação

A experiência sonora resulta em um espetáculo livre, onde as instrumentistas dividem solos, criam texturas e exploram ao máximo cada instrumento, com muito embalo e diversidade rítmica. No repertório do quinteto, Chorinho em Cochabamba, Tico-tico no Fubá, Feira de Mangaio, Marinheiro Só, Lia de Itamaracá, além de composições autorais.

As apresentações ao ar livre iniciam às 17h30 até o pôr do sol. Os ingressos custam R$ 40 e, em cumprimento aos protocolos sanitários, as reservas devem ser feitas pelo site www.obutia.com. A localização e como chegar são informadas por e-mail. Em caso de chuva, os shows são transferidos para outra data.

Abertura de inscrições para ministrantes de oficinas artísticas na CCMQ

O Núcleo Educativo da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), abre nesta quarta-feira, 10 de novembro, o período de inscrições para a realização de oficinas de artes visuais, música, teatro, dança, literatura e circo nos espaços de arte-educação do complexo cultural. Os projetos selecionados serão realizados entre fevereiro e julho de 2022. As inscrições para pessoas jurídicas de natureza cultural são gratuitas e podem ser feitas on-line até 20 de dezembro.

Foto Kevin Nicolai/ Divulgação

As propostas de oficinas devem estar em consonância com a temática “comunidades” e atentas ao questionamento sobre como pessoas e instituições podem atuar coletivamente. Os projetos devem considerar o envolvimento das comunidades e identidades culturais que interagem com a CCMQ e seu entorno, bem como novas possibilidades de atuação nesse território.

Foto: Liana Keller/ Divulgação

As oficinas selecionadas serão de caráter presencial e deverão seguir os protocolos de segurança contra a disseminação da Covid-19. As atividades podem ser de curto, médio ou longo prazo, com até oito encontros semanais de 120 minutos, disponibilizando entre 10 a 20 vagas gratuitas aos participantes.

Foto: Roberta Amaral/ Divulgação
O diretor da CCMQ, Diego Groisman, comenta que a instituição estabeleceu uma política de realização exclusiva de oficinas com inscrições gratuitas para o público. “Os projetos são selecionados mediante edital, e a Casa de Cultura assume, de forma padronizada, a remuneração dos oficineiros. Dessa forma, os ministrantes têm garantia de trabalho remunerado, e os participantes ficam isentos de custos em atividades realizadas no espaço público”, explica Groisman. Os recursos para a remuneração dos oficineiros são provenientes do patrocínio master do Banrisul, viabilizado por meio da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana (AACCMQ).
INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA OFICINAS NA CCMQ – 1º semestre de 2022
Quando: de 10 de novembro a 20 de dezembro de 2021

 

Monumento ao Laçador posto em pé para fase mais profunda de limpeza

 

 

O restauro do Monumento ao Laçador segue o cronograma previsto no projeto. Desta vez, a escultura Símbolo Oficial de Porto Alegre foi erguida novamente para receber a limpeza através do jateamento e assim identificar com melhor precisão fissuras e rachaduras que serão fechadas com soldagem. O processo contou com um caminhão guincho, que fez, inversamente, o mesmo processo de quando ele foi retirado do Sítio do Laçador e colocado no caminhão para transporte. Com a Estátua já em pé, a JOG Andaimes está colocando as estruturas ao redor do Laçador para que a limpeza com micro jateamento seja feita.

Na última semana, a Estátua recebeu a estrutura interna em aço inox, com sistema estrutural treliçado, que vão desde os pés até o pescoço do Laçador e proporcionam maior estabilidade. Além disso, também já foi fixada em sua base a estrutura que irá prender o Monumento ao chão, para quando ele for devolvido ao Sítio na Avenida dos Estados, na capital gaúcha. Esta base será unida a uma estrutura de aço inoxidável que será colocada no atual pedestal de concreto, a fim de promover uma maior segurança e praticidade nas ações conservativas. Assim, se houver a necessidade de remoção em algum outro momento da sua história, será feito de forma mais prática e diminuindo os riscos para o Monumento.

O restauro da Estátua do Laçador faz parte do Projeto Construção Cultural – Resgate do Patrimônio Histórico, promovido pelo Sindicato dos Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e pela Associação Sul Riograndense da Construção Civil. O projeto tem patrocínio da Gerdau e da Sulgás e conta com o apoio da JOG Andaimes, Elevato, Ministério Público do Rio Grande do Sul e Phorbis Empreendimentos Imobiliários.

Espetáculo infantil marca a retomada dos teatros da Casa de Cultura Mario Quintana

Os teatros da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), estão retomando a agenda interrompida desde o início da pandemia. O Teatro Bruno Kiefer, no 6º andar, reabre para o público com o espetáculo infantil Peteca, Pião e Pique Pessoa. As sessões acontecem nos dias 13, 14 e 15 de novembro, sempre às 16h. Os teatros estão operando com 50% da capacidade e com distanciamento entre as poltronas. Além do uso obrigatório de máscara e verificação de temperatura para acessar CCMQ, o público dos teatros precisará apresentar o passaporte vacinal (cartão de vacinação ou aplicativo SUS), conforme a legislação e as especificações por faixa-etária.

Com atividades suspensas desde março de 2020, a Sala Carvalho, no segundo andar do complexo cultural, sediou recentemente eventos do 28º Porto Alegre em Cena. A reabertura do Teatro Bruno Kiefer marca também a retomada dos espetáculos que tiveram as temporadas canceladas em razão da pandemia. A primeira atração da agenda é voltada ao público infantil.

SINOPSE

Peteca, Pião e Pique Pessoa, com direção de Izabel Cristina e Viviane Juguero, aborda a temática do tempo. Em cena, Peteca e Pião contam a história de Pique-Pessoa, alguém que está sempre em busca de uma saída para ser feliz no futuro, sem vivenciar plenamente o presente. A personagem é masculina ou feminina, alta, baixa, gorda ou magra, Pique-Pessoa pode ser todos ou todas. A representação simbólica de uma sociedade sem tempo, correndo de um lado para o outro, ansiosa em resolver problemas, sem perceber os verdadeiros laços e afetividades da vida. A peça proporciona momentos divertidos e envolventes, com músicas cantadas ao vivo, brincadeiras, ludicidade, referências folclóricas e caminhos para a construção de novas percepções e reflexões que dialogam, diretamente, com as crianças e suas vivências.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Diego Nayà e Cíntia Ferrer
Direção: Izabel Cristina e Viviane Juguero
Dramaturgia: Viviane Juguero
Colaboração dramatúrgica: Jorge Rein
Concepção inicial do espetáculo: Viviane Juguero e Éder Rosa
Composição de figurinos e materiais cenográficos: Éder Rosa
Caracterização cênica de maquiagens e penteados: Jeferson Ghenes
Músicas: Viviane Juguero
Iluminação: Fabi Santos
Fotografia: Andréa Seligman

SERVIÇO:
PETECA, PIÃO E PIQUE-PESSOA
Onde: Teatro Bruno Kiefer
Quando: 13, 14 e 15 de novembro | sábado, domingo e segunda-feira
Horário: 16h
Ingressos: meia-entrada – R$ 10,00 | inteira – R$ 20,00
Classificação: Livre
Duração: 50 minutos

PASSAPORTE VACINAL (cartão de vacinação ou aplicativo SUS):
– 30 anos ou mais: esquema vacinal completo;
– 18 a 29 anos: primeira dose ou dose única de 1º a 30 de novembro; esquema vacinal completo a partir de 1º de dezembro.
Outras informações pelo e-mail ccmq.teatros@gmail.com ou telefone (51) 3226 4825.

 

Grenal de poesia reúne Ricardo Silvestrin e Sandro Santos durante a Feira do Livro

Durante a 67ª Feira do Livro de Porto Alegre, a Libretos promove o Grenal de poesia, entre os autores e ilustradores de “Carta Aberta ao Demônio” e “poemas azuis”. O sarau integra a programação da Libretos Híbrida e estreia no YouTube no dia 09 de novembro, às 19 horas.

“Carta Aberta ao Demônio” (Libretos, 2021, 104 páginas), livro de Ricardo Silvestrin com ilustrações de Leo Silvestrin, é uma proposta de ação. Falar sério, sem rodeios. Direto ao ponto, direto à própria besta, sem medo e com muita razão.

Segundo o material de divulgação Poemas Azuis” (Libretos, 2021, 60 páginas, R$32), livro de Sandro Santos com ilustrações de Vera Rotta, dá o tom do amar. Do querer, querer dizer. Dos temores de perder, dos encontros e derrapadas, das mensagens trocadas e um quase nada de saudade. Um tom de paz, de flor, de esperança, e de rancor, porque o poeta não é de papel. No prefácio afetivo, a jornalista Manoela Frade entrega: “a obra é uma celebração de instantes, lembranças e desejos que habitam a alma do poeta. Uma autobiografia ficcional-poética sobre as tempestades de amar.”

Pelos vermelhos, ainda que gremistas, Ricardo e Leo Silvestrin. Pelos azuis, ainda que colorados, Sandro Santos e Vera Rotta. A sessão de autógrafos com autores e ilustradores está marcada para o dia 10 de novembro, às 17h30.”

Grenal de poesia, em Sala Libretos

Dia 09 de Novembro, às 19h, estreia no Youtube/libretos100, na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Autógrafos na Feira do Livro

10 de novembro (quarta), às 17h30

Ricardo Silvestrin (poesia) e Leo Silvestrin (ilustração)

Sandro Santos (poesia) e Vera Rotta (ilustração)

Sandro Júlio. Foto; Divulgação

Sandro Julio dos Santos nasceu em Porto Alegre, é jornalista e poeta. Fã de Mario Quintana, Fernando Pessoa e admirador de escritores da “Geração Perdida” como Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway. Antes de mudar de ares e trocar o perfume dos jacarandás da capital gaúcha pelo colorido dos ipês da capital federal trabalhou como assessor e repórter. Morou em Brasília por mais de 15 anos, onde percorreu assessorias de comunicação, rádios e redações de diferentes ministérios, produtoras de audiovisual, além de realizar consultorias para a Unesco, no Ministério da Educação. Após algumas temporadas como repórter no Congresso Nacional e na Presidência da República foi diretor de Comunicação da Secretaria de Cultura do governo do Distrito Federal. A melhor parte era a localização, pois sua sala era no Tea­tro Nacional Cláudio Santoro, obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Em 2018 morou em Granada, na Andaluzia. Época essa em que resolveu divulgar seus escritos.

Ricardo Silvestrin. Foto: Carolina Silvestrin/ Divulgação

 Ricardo Silvestrin é escritor, compositor e mestre em Literatura pela UFRGS. Antes de Carta aberta ao Demônio, lançou os livros de poesia Sobre o quePrêt-à-porterTypographoMetal, Adversos, Advogado do diabo, O menos vendido, ex,Peri,mental, Palavra mágica, Bashô um santo em mim, Quase eu e Viagem dos olhos. Na prosa, Play,contos, e O videogame do rei, romance. Entre seus livros para crianças, destacam-se É tudo invenção e Pequenas observações sobre a vida em outros planetas. Na música, lançou o álbum Silvestream. Recebeu por cinco vezes o Prêmio Açorianos de Literatura (três delas enquanto autor, uma pela editora Ameopoema e outra como destaque de mídia pelo programa na rádio Ipanema FM – Transmissão de Pensamento).

.
.

L. F. Verissimo recebe desenhos por vandalismo ao seu retrato na mostra “Autorias”

O jornalista e escritor Luis Fernando Verissimo, que convalesce em casa, recebeu um presente especial entregue pela idealizadora da exposição “Autorias”, Graça Craidy: uma pasta com os trabalhos da atividade “Desenhando Verissimo”, em desagravo ao fato de a tela com o retrato de LFV ter sido vandalizada em meio à mostra ao ar livre na galeria Escadaria, no Viaduto Otávio Rocha, Centro Histórico de Porto Alegre.

Graça Craidy, Pedro e Lúcia Verissimo. Foto; Divulgação

A entrega da pasta, em nome dos 18 artistas visuais da mostra e também dos participantes que aderiram ao desagravo, realizado a quatro dias do final da exposição, foi feita à esposa de Verissimo, Lúcia, e ao filho, Pedro, na tarde de domingo (7). Eles agradeceram e elogiaram a iniciativa dos artistas de repudiar o ataque a arte.

A pasta contém 25 desenhos (e alguns breves textos) feitos para Verissimo. Em um deles, o escritor é retratado como saxofonista, uma de suas grandes paixões fora do jornalismo e da literatura. “A pasta foi entregue ao querido Verissimo como prova de nosso afeto e admiração”, disse Graça Craidy.

A tela original, atacada provavelmente com um estilete, foi substituída por uma foto adesivada do quadro que foi danificada outras duas vezes com uso de substâncias químicas. Houve registro das ocorrências na Polícia Civil, mas ainda não se conhece a identidade do criminoso.

A pintura do artista Gustavo Burkhart foi restaurada e fará parte de futuras remontagens da exposição. Os demais 25 retratos de escritores gaúchos da mostra não sofreram ataques.

Butiá recebe “Guitarras da Cidade”, com Eduardo Gambona, James Liberato e Paulinho Barcellos

O Butiá recebe neste domingo, 7, o instrumental Guitarras da Cidade. Neste show, o público poderá conferir a mistura de blues de Eduardo Gambona com o jazz de James Liberato e o fusion de Paulinho Barcellos.
Juntos, os instrumentistas apresentam seu repertório autoral, além de alguns clássicos da guitarra, como “Cause We´ve Ended as Lovers”, de Stevie Wonder, “On Broadway”, de George Benson, e “Beira do Mar”, de Ricardo Silveira. Completam o time de Guitarras da Cidade Everson Vargas (baixo), Ronie Martinez (bateria) e Luis Henrique New (teclado).
As apresentações ao ar livre iniciam às 17h30 até o pôr do sol. Os ingressos custam R$ 40 e, em cumprimento aos protocolos sanitários, as reservas devem ser feitas pelo site www.obutia.com. A localização e como chegar são informadas por e-mail.
O trio instrumental toca no Butiá domingo.

Morre artista visual indígena Jaider Esbell, que expôs cobras infláveis no Parque da Redenção

 

O artista visual indígena Jaider Esbell, cuja obra “Entidades”, duas cobras infláveis, esteve exposta no espelho d’água do Parque Farroupilha (Redenção), durante o 28º Porto Alegre em Cena  e que provocou intensos comentários favoráveis e contrários nas redes sociais, morreu nessa terça-feira. A instalação ficou exposta até domingo passado.

A notícia da morte do artista visual publicada pela Folha de São Paulo e repercutida pelo site 247 é essa:

“247 – O artista plástico indígena Jaider Esbell morreu nesta terça-feira (2), aos 41 anos. De acordo com amigos do artista, a causa da morte foi suicídio.

As obras do artista Jaider Esbell estão em exposição na mostra “Moquém_Surarî: Arte Indígena Contemporânea”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, com uma reunião de pinturas, esculturas, e obras referentes a diversos povos indígenas.

Fotos Higino Barros/ JÁ Porto Alegre

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o artista nasceu em 1977, em Normandia, no estado de Roraima, na terra indígena Raposa Serra do Sol, e se consolidou nos últimos anos como uma das figuras centrais da arte indígena contemporânea no país, ao lado de nomes como Denilson Baniwa e Isael Maxakali. Ele se mudou para Boa Vista aos 18 anos, quando já havia participado da articulação de povos indígenas e de movimentos sociais.

Além de uma exposição na galeria Millan, em maio —sua primeira individual em São Paulo—, Jaider Esbell também apresentou suas obras na mostra de arte indígena “Véxoa – Nós Sabemos”, na Pinacoteca.”

Na capital gaúcha sua obra foi trazida pelos programadores do festival de teatro Porto Alegre em Cena e as duas gigantescas cobras, infladas no espelho d’água na Redenção, representam a fertilidade e a fartura. A simbologia do povo indígena Makuxi, trabalha incessantemente para proteger, alertar e manter vivos os povos originários.