O espetáculo “Bandele”, que mescla bonecos, narração oral e visuais inspiradores, está de volta para duas apresentações únicas nos dias 08 e 09 de novembro, sexta-feira e sábado, às 15h, no Teatro Glênio Peres, localizado junto à Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A montagem faz parte da VIII Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres. A entrada é franca, com convites disponíveis na Seção de Memorial, de segunda a quarta-feira. Nos dias de apresentação, ingressos poderão ser retirados 30 minutos antes do espetáculo, sujeitando-se à disponibilidade.
“Bandele – o menino nascido longe de casa” é uma narrativa que se desdobra através do som do tambor, contando a trajetória de sua aldeia e pedindo ajuda aos espíritos que habitam o grande Baobá, guardiões das histórias do mundo. Inspirado nas sonoridades, tons e imagens da Mãe África, o espetáculo, adaptado da obra homônima da escritora gaúcha Eleonora Medeiros e ilustrado por Camilo Martins, combina contação de histórias, teatro de animação e teatro visual.
bandele_manha_lauratesta/ Divulgação
Com uma duração aproximada de 50 minutos, “Bandele” é um espetáculo para VER, OUVIR E SENTIR, voltado para todos os públicos. Apresentando efeitos percussivos ao vivo e uma rica mescla de narração e formas animadas, a obra é ideal para escolas, feiras e teatros. Ao abordar elementos da tradição griô, o espetáculo estimula o interesse pelo conto tradicional e o conto-enigma africano, além de promover um processo sensorial de formação e partilha da palavra.
“Bandele” também se alinha com os objetivos da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história da África e das culturas africanas e afro-brasileiras no currículo da educação básica, podendo ser utilizado em processos de letramento, inclusive racial.
Histórico
“Bandele” estreou em 3 de novembro de 2018, com grande sucesso na Casa de Cultura Mario Quintana (Porto Alegre, RS), recebendo duas indicações para o Troféu Tibicuera de Teatro Infantil (2018). Em 2019, foi premiado como melhor espetáculo infantil no 8º Festival Nacional de Teatro do Piauí. A obra foi indicada em 08 categorias no Festivale 2022, levando duas premiações, e também foi laureada no 3º Capão em Cena (2022) como melhor espetáculo infantil. Em 2024 é selecionada para a programação da Mostra de Artes do Teatro Glênio Peres.
bandele foto Anselmo Cunha / Divulgação
Sobre o diretor
Silva é artista bonequeiro (filiado à Associação Brasileira de Teatro de Bonecos – Centro UNIMA Brasil) e diretor teatral. Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dirigiu vários espetáculos teatrais, de forma independente ou para companhias parceiras na cidade de Porto Alegre, destacando-se: “Fuzuê no Sertão Encantado” (2013-2015), “Devaneios” (2015-2016), “As Malditas” (2016), “Bandele” (2018), “Wonderland Ave.” (2020), “Páginas Amarelas – A Vida e a Obra de Carolina de Jesus” (2021), “Na Trilha das Andarilhas” (2021) e “Grimm Para os Pequenos” (desde 2015). Artista colaborador do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo é membro da Associação Espiritualidade em Saúde, onde coordena o Departamento de Arteterapia.
Sobre a Companhia
A Trupi di Trapu – Teatro de Bonecos foi fundada em junho de 2008, com a estreia de seu primeiro espetáculo. O nome da companhia reflete sua proposta de reaproveitamento de materiais e a utilização de uma linguagem artesanal, destacando o uso de panos e tecidos em suas montagens. O grupo representou o Brasil em mais de 15 festivais internacionais, com participações em países como Argentina, Uruguai, Colômbia e Peru. Além disso, tem se destacado em diversos festivais no Interior do Estado, recebendo prêmios por sua contribuição artística e mérito. Ao celebrar 16 anos, a Trupi de Trapu se consolida como um importante nome na cena teatral contemporânea gaúcha, reconhecida por seu trabalho valioso tanto nas artes quanto na educação.
bandele foto Anselmo Cunha /Divulgação
FICHA TÉCNICA
Autora: Eleonora Medeiros | Encenação: Alessandra Souza, Mayura Matos, Yannikson, Ajeff Ghenes e Viviane Marmitt | Stand by: Anderson Gonçalves | Direção Artística: Leandro Silva |Bonecos e Máscaras: Anderson Gonçalves | Figurinos: Mari Falcão e Marion Santos |Iluminação: Vigo Cigolini | Letras e Músicas: Leandro Silva | Arranjos percussivos: Richard Serraria, gravado no TS estúdios sob direção de Tuti Rodrigues | Voz principal: Marietti Fialho Assessoria Musical: Richard Kümmel Lipke e Sérgio Nardes | Trilha cena duelo: Nitro Di | Assessoria coreografias musicais: Juliano Félix | Assessoria corpo e voz: Batukatu Grupo Artístico (Elinka e Cristiano Morales) | Preparação Corporal: Anderson Gonçalves e Alessandra Souza | Assessoria Projeções e Cenografia: Marco Marchessano | Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu
A publicação propõe um contraponto à narrativa oficial que exalta o protagonismo de imigrantes europeus ao considerar o dia 25 de julho de 1824 como o início da história do município.
O livro resgata registros históricos da presença milenar de indígenas que circulavam pelo território que um dia seria o Rio Grande do Sul e faziam do Vale do Sinos parte do seu território, bem como demonstra que São Leopoldo já era habitada por negros escravizados trazidos de diversas partes do continente africano, assim como os portugueses residentes.
“A entrada de imigrantes de fala alemã em uma região onde já estavam estabelecidos imigrantes portugueses, para onde foram trazidos africanos escravizados e que era território de itinerância de povos indígenas, não ocorreu de forma pacífica e ordeira. São fartos os registros sobre dominação, conflitos, violência e mortes na relação entre o colono alemão e cada uma das etnias. Os relatos desses encontros nada pacíficos são invariavelmente feitos do ponto de vista dos imigrantes”, descrevem os autores às páginas 50 e 51.
“Certas escritas da história ao longo do tempo têm apresentado uma versão que ignora a ocupação do Vale do Sinos em período anterior a 1824. A região, entretanto, era ocupada, desde tempos imemoriais, por grupos indígenas hoje denominados Kaingang e, ao longo do século 18, foi ocupada por proprietários de terra, pequenos lavradores e posseiros luso-brasileiros, até que, em 1788, a Real Feitoria do Linho Cânhamo”, afirma o historiador Ricardo Charão, autor do prefácio.
Para ele, “não há como dar crédito a versões que apresentam a chegada das primeiras levas de imigrantes como uma epopeia, uma narrativa que versa sobre a trajetória de heróis. Não se está a minimizar todas as dificuldades vividas pelos imigrantes de fala alemã. Todavia, não é possível mais sustentar versões como aquela explicitada no hino do município de São Leopoldo, em que se lê: “Louro imigrante, só a natureza/ Te viu chegar para trabalhar aqui/ E o Gigante Vale,/ com certeza se engalanou para esperar por ti”. Na medida em que apenas a “natureza” presenciou a chegada dos imigrantes, está a se afirmar que a região era desabitada”, esclarece Charão.
A segunda parte da publicação é dedicada à análise da influência que a tradição germânica exerceu sobre o município e a sua população. Por meio de entrevistas, os autores apresentam um mapeamento das ações dos governos ao longo das últimas décadas, marcadas por narrativas de exaltação da germanidade em detrimento de outros povos e também mostra que houve um rompimento gradual dessa lógica com o surgimento de políticas públicas de inclusão e participação a partir da criação da Secretaria de Cultura.
Apresentação
“Os autores trazem para o campo do visível e do sensível a vida de indígenas e de africanos e afrodescendentes – e isso não em abstrato, mas no concreto palpável: por ocasião das comemorações dos 200 anos da imigração germânica no Brasil, de que o Rio Grande do Sul é exemplo destacado” e “reúnem casos exemplares de confronto, luta, busca por justiça e vida digna por parte dessas populações”, anota o escritor e professor de Literatura, Luís Augusto Fischer.
“Escrito com seriedade, empatia humana e ritmo jornalístico, Invisíveis é uma excelente maneira de penetrar nesse universo, vedado ou ao menos velado até pouco tempo atrás, mas que os tempos de agora impõem seja trazido para a luz do dia, da razão, da crítica inteligente, da justiça histórica”, resume.
AUTORES
Dominga Menezes, 62 anos, é jornalista com mais de 30 anos de experiência em jornalismo diário, assessoria de imprensa parlamentar e gerenciamento de projetos de comunicação social e corporativa. É sócia-fundadora e editora da Carta Editora e coordenadora editorial do livro Invisíveis.
Gilson Camargo, 61 anos, é jornalista com experiência em reportagem e edição, desde 1986, em jornais diários (Diário do Sul, Grupo Sinos, Zero Hora, O Sul, Correio do Povo) e assessorias de imprensa. Fez reportagens especiais em Cuba, em 1988, e no Xingu, em 1999. Atualmente é repórter e um dos editores executivos do Jornal Extra Classe, veículo editado pelo Sinpro/RS, pelo qual conquistou nove prêmios de jornalismo. É projetista gráfico e editor da Carta Editora.
Invisíveis – o lugar de indígenas e negros na história da imigração alemã (Carta Editora, 2024, 208 p., 16cm x 23cm, com encarte de fotos), de Gilson Camargo e Dominga Menezes, produzido com recursos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul por meio do Pró-cultura RS FAC – Fundo de Apoio à Cultura. Apresentação (orelha) de Luís Augusto Fischer e prefácio de Ricardo Charão.
Praça de Autógrafos da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre:
Um livro de uma escritora gaúcha que é sucesso no Centro-Oeste antes mesmo de ser lançado no Rio Grande do Sul. “Linhas do Tempo”, de Tatiana Guimarães, é para ser degustado aos poucos. A obra trata de temas como saúde emocional, superação e autoconhecimento, e será lançada na sexta-feira, 8 de novembro, às 17 horas, na Praça de Autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre.
Natural de Três de Maio, Tatiana Guimarães atualmente reside em Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Além de escritora, também é médica e palestrante, com atuação na medicina há mais de 25 anos. Em sua trajetória, reuniu o dom da medicina com o dom da escrita, herdado do avô, o gaúcho Francisco Sales Guimarães, que possui nove obras publicadas em defesa da educação integral. A primeira obra literária de Tatiana foi o livro “Quase Poesia”, rapidamente esgotado, que aguarda segunda edição.
Capa Livro Linhas do Tempo/Divulgação
“Linhas do Tepo” foi lançado em julho em Campo Grande e conquistou elogios da imprensa e da Academia Sul-Matogrossense de Letras e da Academia Goiana de Letras. A obra, com 150 páginas, publicada pela editora Totalbooks, traz reflexões para o desenvolvimento pessoal e humano.
“Os temas abordados nos fazem refletir sobre a condição humana e questionar o nosso modelo de sociedade”, pontua o editor Paulo Fitz. Em cada parágrafo, há uma descoberta; em cada nova página, uma conquista, levando o leitor a vivências propulsoras para o autoconhecimento e, consequentemente, à coragem e à superação.
Sessão de Autógrafos:
Livro: Linhas do Tempo
Autora: Tatiana Guimarães
Data: 8 de novembro
Horário: 17 horas
Editora: Totalbooks
Valor: 56,00
O Professor Ruy Ostermann estava feliz da vida no lançamento de sua biografia, escrita pelo jornalista e também comentarista esportivo Carlos Guimarães, no Book Hall, no último dia 23. “Me senti vivo e disposto. Revi colegas e amigos, um momento realmente muito especial pra mim”, afirma Ruy, que no alto dos seus 90 anos se manteve por três horas firme e forte autografando a obra ao lado do autor. Agora vem uma nova experiência: a Feira do Livro de Porto Alegre. No dia 12 de novembro, com bate-papo e sessão de autógrafos.
Com a mediação de Cristiane Ostermann, o autor da obra, Carlos Guimarães, e os convidados Luiz Artur Ferraretto, Carlos Eugênio Simon e Enéas de Souza, estarão reunidos no Auditório Barbosa Lessa para este debate, às 17h30min, conversando sobre a trajetória de Ruy Ostermann, comentarista esportivo, professor de |Filosofia, político, jornalista e sua imensa contribuição para a cultura e para a crônica esportiva do Rio Grande do Sul e do Brasil. Logo após, às 19h, Guimarães autografa no Pavilhão de Autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre.
Ruy Carlos Ostermann – um encontro com o Professor resgata, em forma de memória biográfica, a vida e a carreira de Ruy, o mais conhecido comentarista esportivo do Rio Grande do Sul, e que, para além de sua atuação na imprensa gaúcha, teve um importante papel na sociedade e nas áreas pública e cultural, com contribuição efetiva para a construção social nestas áreas. Seu legado como comentarista, homem público e membro atuante na cultura gaúcha, estão presentes nesse belo livro de mais de 400 páginas.
Carlos Guimarães foi o nome escolhido para escrever o texto final desta biografia, composta por imensa pesquisa que reuniu gravações, diários de Ruy, suas crônicas ao longo de décadas, pensamentos, depoimentos. Tudo em uma cronologia repleta de surpresas e emoções. “É um livro que tive o cuidado de deixar o mais próximo daquilo que imagino que o Ruy escreveria. A linha do tempo é contada a partir da pesquisa, mas também de diversas situações voltadas para a personalidade dele. Foi um processo delicioso em todos os sentidos. Tem muita revelação, fatos que as pessoas não sabem e um lado que pretende apresentar o Ruy além do mito que todos conhecem. Foi o desafio da minha vida”, reflete o autor.
A intenção desta obra é resgatar a riqueza de uma história que não foi contada, transformando-a em um documento histórico para perpetuar a trajetória de um dos mais importantes personagens que a imprensa do Rio Grande do Sul já produziu. Registros fotográficos e documentais estão nas páginas da biografia, a partir do arquivo pessoal de Ruy e da família, de acervos públicos e de documentos que saíram na imprensa. O livro aborda fatos e o contexto social desde sua infância, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, até o momento atual, em que, embora fora da grande imprensa, ainda é uma referência para todos os comunicadores. Retrata a sociedade no período em que Ostermann esteve em efetiva atuação, desde os tempos de estudante, nos anos 1940, passando pela época em que foi atleta – na década seguinte, professor, sua militância política, entre 1960 e 1990 e, por fim, sua atividade como comunicador, a partir dos anos 1960. Também muitas de suas crônicas ilustram as páginas de Ruy Carlos Ostermann – um encontro com o Professor, que pode ser encontrado nas livrarias da cidade e na Feira do Livro de Porto Alegre. Confira em www.umencontrocomoprofessor.com.br.
Ficha técnica:
Capa e design gráfico: Tavane Reichert Machado
Revisão: Press Revisão
Impressão: Gráfica e Editora São Miguel
Fotos da capa: Rogério Fernandes
Fotos do livro: arquivo pessoal
Número de páginas: 436
Assessoria de imprensa: Bebê Baumgarten Comunicação
Redes sociais: Gabriela Mantay
Produção: Christian Farias
Produção executiva: Diogo Bitencourt
Coordenação: Cristiane Ostermann
Ruy Carlos Ostermann – Um encontro com o Professor
Biografia de Ruy Carlos Ostermann escrita por Carlos Guimarães
Lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre dia 12 de novembro
Bate-papo com o autor Carlos Guimarães e convidados às 17h30
Auditório Barbosa Lessa / Espaço Força e Luz – Rua dos Andradas, 1223
Autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre, às 19h
Pavilhão de autógrafos
Uma produção de Ferst & Ostermann Ltda e FootHub
Patrocínio: Grupo Zaffari
Realização: Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, união e reconstrução.
O projeto de arte urbana em mosaico que ressignifica a icônica figura, refletindo a diversidade e a riqueza das experiências cotidianas, tem lançamento na Casa Musgo e na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre
Em novembro, as Monalisas da artista visual Silvia Marcon ganham livro e exposição. Monalisas – Releituras Urbanas celebra os dez anos do trabalho da mosaicista em sua linguagem contemporânea e urbana, de intervenções em grandes metrópoles com centenas de releituras de Monalisas, em mosaicos hipercoloridos.
SIlvia Marcon por João Carlos Martini/ Divulgação
A partir de uma profunda conexão com a arte de rua, Silvia recriou a figura emblemática da Mona Lisa, cada uma delas representando diferentes facetas do feminino, das lutas sociais e da identidade urbana. Com o tempo, as “Monas” se multiplicaram ainda mais em Porto Alegre e ganharam o mundo: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Paris, Nova York, Málaga, entre outras cidades.
O livro, editado pela Libretos e com curadoria literária de Roger Lerina, reúne 180 releituras da célebre obra de Leonardo da Vinci em 172 páginas. A publicação em capa dura, bilíngue, colorida, é mais do que uma coletânea de arte. Ela é um manifesto. Além das fotografias de intervenções urbanas realizadas em cidades ao redor do mundo, traz reflexões da própria artista sobre o processo criativo e as questões sociais que inspiraram cada obra.
“Minha missão é levar a arte para o cotidiano das pessoas, quebrando as barreiras que tradicionalmente limitam o acesso à cultura. Acredito que a arte deve ser parte integrante do tecido urbano, contribuindo para a vitalidade e a riqueza cultural das cidades”, ressalta a artista.
A exposição – que apresenta uma série de fotografias selecionadas – tem abertura no dia 07 de novembro (quinta-feira), às 18h, na Casa Musgo (Rua Vieira de Castro, 80 – Porto Alegre/RS) e segue até o dia 10 (domingo). Na ocasião, acontece também o lançamento do livro. As fotografias, de autoria da artista, estarão disponíveis para aquisição.
Reprodução/ Divulgação
Durante a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, o livro será lançado no dia 10 de novembro (domingo). Às 17h, haverá um encontro com a autora Silvia Marcon e o jornalista Roger Lerina na Sala O Retrato – Espaço Força e Luz – Rua dos Andradas, 1223. Logo após, às 18h, acontece a sessão de autógrafos.
Silvia Marcon é mosaicista e uma artista urbana. Sua trajetória profissional e acadêmica passou por diversas áreas, mas, desde 2012, dedica-se integralmente ao mosaico. Com um ateliê próprio em Porto Alegre, sua cidade natal, começou a criar obras em espaços públicos da capital gaúcha.
Em 2014, surgiu a figura da Mona Lisa, um ícone reconhecido mundialmente que se tornou uma base rica para explorar diversos temas e conceitos por meio de releituras em mosaico. Sua versatilidade permite uma rica exploração da diversidade e das experiências cotidianas, facilitando a identificação do público e trazendo a obra do Louvre para o contexto urbano.
Utilizando técnicas de mosaico aprendidas no Brasil e na Itália, criou releituras únicas, cada uma com sua própria identidade e mensagem, espalhadas por várias cidades do Brasil e do exterior. A arte, para ela, é uma forma de militância, capaz de inspirar mudanças e promover justiça social. Cada instalação representa uma oportunidade de abordar temas frequentemente ignorados.
Seu trabalho pode ser acompanhado pelas redes Facebook: Monalisando e Instagram: @_sil_sil_.
Eventos
Exposição Monalisas – Releituras urbanas e lançamento do livro
Dia 07 de novembro (quinta-feira), às 18h, na Casa Musgo (Rua Vieira de Castro, 80 – Porto Alegre/RS). A mostra segue até o dia 10 (domingo). Horários de visitação: quarta à sexta, das 14h às 18h e sábado e domingo, das 10h às 18h.
lançamento do livro Monalisas – Releituras urbanas (Libretos Editora, Capa dura, 172 páginas, 4 cores, bilíngue, R$190. Na Feira: R$150) na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre
Dia 10 de novembro (domingo). Às 17h, Silvia Marcon e Roger Lerina participam do painel Vitrine de Lançamento, na Sala O Retrato – Espaço Força e Luz – Rua dos Andradas, 1223. Logo após, às 18h, acontece a sessão de autógrafos.
Os temas nunca foram tão atuais, principalmente em se tratando de uma bailarina, coreógrafa e diretora que tem a ousadia como marca registrada. AUTOIMAGEM e MACHO HOMEM FRÁGIL têm apresentações nos dias 25 e 26 de outubro, às 19h, na VIII Mostra de Artes Cênicas e Música. Entrada Franca
Uma das bailarinas e coreógrafas mais importantes do país, Eva Schul, volta à cena com Persona, dois espetáculos de 30 minutos cada, nos dias 25 e 26 de outubro (sexta e sábado), na VIII Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
O projeto de dança contemporânea da Ânima Cia de Dança, que reúne três gerações de intérpretes-criadores formados por Eva, Geórgia Macedo, Viviane Lencina e Eduardo Severino, estreou de forma virtual em 2022.
Em AUTOIMAGEM, o espelho, enquanto um processo de duplicação, é sempre um meio para encontro consigo mesmo, mas também lugar de sedução de mistério, de fragmentação do sujeito. Local de fechamento, abertura, ruído, silêncio, sombra. De contemplação e perdição. Inspirado pelo conceito de autoimagem, que carrega também o nome da montagem, o espetáculo tem a ideia de espelho enquanto não imagem, mas enquanto construção de subjetividades.
Já MACHO HOMEM FRÁGIL desmistifica fronteiras geográficas, culturais e de gênero, desnudando confrontos individuais e sociais do homem. Traz à cena fragilidades e frustrações de um macho brasileiro/latino-americano/gauchesco, (in)corporando suas próprias histórias de violência e fragilidade, de desejo feroz e dúvida cruel, de alegrias e esperanças triviais, em um campo de batalha entre o animal e o racional.
Eva Schul fez da dança contemporânea um lugar para falar da sua relação com o mundo, com as pessoas que a rodeiam e das questões humanas que lhe interessam. Com o tempo, foi se dando conta de que precisava sacudir o espectador, que ele não poderia sair de dentro do teatro isento, que poderia sair com questões para serem discutidas e revistas. “Eu levanto muita bandeira, eu sou muito panfletária. Arte é política, e não tem como escapar disso. Se a minha arte não servir para mudar alguma coisa no mundo, nem que seja em uma pessoa que esteja na plateia, olho no olho comigo, então, para mim, a minha arte não vale coisa alguma. Porque eu não quero alimentar fantasias. Eu não tenho qualquer desejo de trabalhar com lazer. A arte tem uma responsabilidade muito grande, que é retratar o seu tempo, o seu environment, o seu meio, e trazer à tona questões fundamentais na sociedade. Para mim, isso é arte. Ela tem que sacudir, tem que tocar, tem que sensibilizar”, afirma.
FICHA TÉCNICA
Direção: Eva Schul
Intérpretes-criadoras de Autoimagem: Geórgia de Macedo e Viviane Lencina
Trilha sonora Autoimagem: Thiago Ramil
Cenógrafa Autoimagem: Natalia Schul
Concepção figurino Autoimagem: Eva Schul, Geórgia de Macedo e Viviane Lencina
Intérprete-criador de Macho Homem Frágil: Eduardo Severino
Trilha sonora Macho Homem Frágil: Felipe Azevedo
Cenografia Macho Homem Frágil: Eva Schul e Mano Ribeiro
Desenho de Luz: Guto Grecca
Operação de luz: Driko Oliveira
Operação de Som: Thiago Ramil
Fotografia: João Mattos
Assessoria de Imprensa e mídias sociais: Roberta do Amaral
Produção: Geórgia de Macedo e Viviane Lencina
SERVIÇO
VIII Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres
Persona: Estudos de Criação em obras coreográficas
Quando: 25 e 26 de outubro | Sexta e sábado | 19h
Onde: Teatro Glênio Peres (Avenida Loureiro da Silva, 255 – Câmara Municipal de Porto Alegre)
Entrada franca | Distribuição de convites de segunda a quarta-feira anteriores ao espetáculo na Seção de Memorial da CMPA, das 14h às 17h, ou 30 minutos antes do espetáculo, quando houver disponibilidade
Faixa etária: 16 anos
Realização: Câmara Municipal de Porto Alegre
Para quem está com saudades das festas onde o passinho predomina, o Griô Burguer está organizando a Festa Reação Black Excellence, no dia 19 de outubro,a partir das 20h. O evento conta com a apresentação da dupla Seguidor F e Osório, além da audição do álbum A rua é o palco principal, de Seguidor F, que está completando 10 anos. Os dj’s Edinho DK, Ize e Celo também fazem um som para animar o público. Lembrando que na pista terá muito R&B, música black, rap e anos 90.
A festa tem como objetivo resgatar os tradicionais bailes charme da década de 90 que aconteciam em Porto Alegre. Conforme Seguidor F será um momento especial. “O Griô é reconhecidamente um espaço que resgata a cultura negra da capital e agora está de casa nova. Será muito bacana apresentar o meu álbum que tem 10 anos de história para público presente”, afirma o rapper.
Sobre Seguidor F: é jornalista, rapper, ativista cultural e desde os anos 90 é militante ativo da cultura hip hop gaúcha. Fez parte do grupo Família Seguidores, um dos precursores do rap no Rio Grande do Sul. Além disso, é estudante de serviço social, e atua como palestrante em escolas e comunidades abordando questões: comunicação,racismo, diversidade, comportamento dentro de comunidades e cultura através da música. É autor da música Pedaladas da Vida, que em 2015 recebeu o 2º lugar no Festival de Música da Juventude de Porto Alegre, a música faz parte do seu primeiro álbum “A Rua é o Palco Principal”.
SERVIÇO:
FESTA REAÇÃO BLACK EXCELLENCE
Data: 19 de outubro
Horário: 20 horas
Local: Griô Burger (Travessa do Carmo, 76)
Atrações: Seguidor F e Osório, DJ Edinho DK, DJ Ize eCelo DJ
Um dos grandes nomes do swing samba-rock, o Pau Brasil, deu início a uma série de shows em Porto Alegre, no interior do estado, além de São Paulo, que marcam o reencontro do grupo. No próximo dia 18 de outubro, eles se apresentam no Gravador Pub (Rua Ernesto da Fontoura, 962), a partir das 20h, onde será gravado um dvd.
Oriunda do gênero legitimamente afro-gaúcho e tem como vertente a música urbana da periferia e dos bairros com forte presença de jovens negros de Porto Alegre, especificamente no bairro Santana, onde fica a quadra da escola de samba Acadêmicos da Orgia. O início do grupo ocorreu no ano de 1975, quando Bedeu, um dos criadores do gênero convidou os amigos Cy, Nego Luis, Alexandre Rodrigues, Leco do Pandeiro e Leleco Telles, para formar um grupo chamado Pau Brasil, que ganharia notoriedade a partir do momento em que decidiram mudar para São Paulo.
Desde a chegada no sudeste, o grupo gaúcho conquistou o mercado, reconhecimento de crítica, público, além da classe artística com seu gênero swingado. A primeira obra foi o LP O samba e suas origens (1978), da gravadora Discos Copacabana. No disco, foram incluídas várias composições de integrantes do grupo, entre elas Massagem, de Bedeu e Alexandre, Tá na hora, de Bedeu, além da faixa Grama Verde, de autoria de Bedeu, Leleco Telles e Alexandre.
Nas décadas de 1970 e 1980, ao lado do samba-rock paulista e do sambalanço carioca, já em São Paulo, tiveram o suporte providencial do amigo e também gaúcho, Luis Vagner Guitarreiro, que radicado na capital paulista, já fazia sucesso desde a jovem guarda, sendo um dos precursores do suingue, já incluído no samba rock.
O grupo lançou o álbum chamado Pau Brasil, tendo na capa o trio de compositores , Alexandre Rodrigues, Leleco Telles e Bedeu. Com o passar do tempo, o grupo decide encerrar suas atividades coletivas, alguns dos membros seguiram carreira solo e outros projetos.
Atualmente, o grupo é formado por Carlos Alexandre Rodrigues, Nego Luis e Mestre Cy, remanescente da formação original, agora reformulado, contando com músicos como Zê e Zaleco, dois renomados guitarristas, mais o jovem baterista Jiraya, que traz no DNA toda a sonoridade percussiva de seu pai, Mestre Cy.
Os ingressos para o show podem ser adquiridos pelo site www.gravadorpub.com.br e variam entre R$ 25 e R$ 45 ou na hora. A produção fica por conta da Carrasco Produções.
No dia 25 de outubro (sexta-feira), o guitarrista, compositor e arranjador James Liberato celebra 40 anos de trajetória com o espetáculo “Jazz da Terra”. A apresentação reunirá músicos que acompanham o artista ao longo do tempo, como Amauri Iablonovsky (sax e flauta), Ronie Martinez (bateria), Everson Vargas (baixo) e Luis Henrique New (piano), e contará com as participações especiais de Anacris Bizarro (vocal), Thiago Colombo (violino) e Pablo Schinke (cello).
Nessas quatro décadas, James consolidou seu nome na música instrumental brasileira e no jazz, explorando diversas formações e estilos. O título “Jazz da Terra” carrega um forte simbolismo: foi o nome de seu primeiro espetáculo, em setembro de 1985, no antigo Teatro de Câmara. “O show de 40 anos será o momento em que volto ao início da minha carreira, revisitando minhas composições até o presente momento, tendo ao meu lado músicos que percorreram essa trajetória junto comigo”, destaca.
O repertório começa nos anos 1980, marcado pela exploração do jazz, fusion, rock e baladas, perpassando por sua imersão na música brasileira em suas últimas composições e incorporando ritmos tradicionais como baião e choro: No “Rain Song”, “Baião da Amizade”, “Litorânea”, “Espelho D’água”, “Velha Nogueira”, “Trilhos de Aço”, “Frevo bandido”, “Empty Soul”, “Nordestão”, “Oriental Wind”, “Piázolando”, “Sete Chaves”, “Choro Torto”, composta em parceria com Carlos Branco, e “Amor e Música”, com Anacris Bizarro.
James Liberato3 – Foto Daniel Musskopf/ Divulgação
Vencedor de quatro prêmios Açorianos de Música (1991, 1995, 2004, 2020), James Liberato construiu uma sólida carreira. Gravou cinco álbuns e participou de inúmeros projetos como produtor e arranjador. O primeiro CD instrumental, “Off Road”, foi lançado em 1995. Depois vieram “Sons do Brasil e do mundo” em 1998, “Sotaque Brasil” em 2001 e “Manacô” em 2019. Ainda produziu com o grupo Trezegraus, em 1999, o CD de mesmo nome, e, em 2023, “Aos que chegam”, com composições de Raul Boeira.
Em seu álbum mais recente, “Manacô (2020), o artista reflete uma transição natural do músico e do ser humano. “Tenho estudado muito a música brasileira nos últimos anos e minhas composições buscam misturar a linguagem do jazz e do instrumental com as raízes da nossa terra. Tanto nos timbres quanto nos ritmos e instrumentos, existe uma clara manifestação da cultura brasileira – já existia nos trabalhos anteriores com doses menores –, sem jamais deixar de lado bons improvisos que vem da raiz do jazz.
ames Liberato1 – Foto Daniel Musskopf/ Divulgação
SERVIÇO
JAZZ DA TERRA – 40 anos de carreira de James Liberato
Quando: 25 de outubro | Sexta-feira | 19h
Onde: Teatro Oficina Olga Reverbel (Multipalco Theatro São Pedro – Praça Marechal Deodoro, s/n)
Ingressos: R$80 Inteira e R$40 Meia-entrada
O livro Ruy Carlos Ostermann – um encontro com o Professor, estará disponível nas livrarias da cidade a partir de 19 de outubro. Ainda em fase de pré-venda até dia 18, o livro já é um sucesso segundo o material de divulgação. Escrita pelo jornalista e também comentarista esportivo Carlos Guimarães, esta obra já está fazendo história. Guimarães resgata, em forma de memória biográfica, a vida e a carreira de Ruy, o mais conhecido comentarista esportivo do Rio Grande do Sul, e que, para além de sua atuação na imprensa gaúcha, teve um importante papel na sociedade e nas áreas pública e cultural, com contribuição efetiva para a construção social nestas áreas. Seu legado como comentarista, homem público e membro atuante na cultura gaúcha, estão presentes nesse belo livro de mais de 400 páginas. Confira detalhes www.umencontrocomoprofessor.com.br.
Tudo começou com o encontro entre a jornalista, produtora e filha de Ruy, Cristiane Ostermann, com Diogo Bitencourt, da FootHub, plataforma de educação e gestão no futebol. O ano era 2018 e a FootHub estava encarregada de organizar programas sobre a Copa de Mundo. Obviamente, um dos primeiros nomes que surgiram para encabeçar a lista de comentaristas, foi o de Ruy Ostermann, referência para quem, como Diogo, trabalha na área do esporte. As entrevistas se mostraram tão potentes e o arsenal de histórias e de carisma do Professor Ruy são tão vastos que surgiu a ideia deste projeto, que hoje materializa-se no livro. A partir da ideia, formou-se a equipe e a estrutura do livro. Cristiane Ostermann afirma: “é uma alegria reunir profissionais que, assim como eu, amam o Ruy. Nosso desafio é documentar a trajetória desse jornalista tão importante para que seu legado possa servir de exemplo para futuras gerações. Para que possam, também, ter um encontro com um homem que marcou sua época pelo talento e pelo profissionalismo, mas, acima de tudo, pela ética e pela coerência de suas ações.”
O jornalista e comentarista esportivo Carlos Guimarães foi o nome escolhido para escrever o texto final desta biografia, composta por imensa pesquisa que reuniu gravações, diários de Ruy, suas crônicas ao longo de décadas, pensamentos, depoimentos. Tudo em uma cronologia repleta de surpresas e emoções. “É um livro que tive o cuidado de deixar o mais próximo daquilo que imagino que o Ruy escreveria. A linha do tempo é contada a partir da pesquisa, mas também de diversas situações voltadas para a personalidade dele. Foi um processo delicioso em todos os sentidos. Tem muita revelação, fatos que as pessoas não sabem e um lado que pretende apresentar o Ruy além do mito que todos conhecem. Foi o desafio da minha vida”, reflete o autor.
A intenção desta obra é resgatar a riqueza de uma história que não foi contada, transformando-a em um documento histórico para perpetuar a trajetória de um dos mais importantes personagens que a imprensa do Rio Grande do Sul já produziu. Registros fotográficos e documentais estão nas páginas da biografia, a partir do arquivo pessoal de Ruy e da família, de acervos públicos e de documentos que saíram na imprensa. O livro aborda fatos e o contexto social desde sua infância, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, até o momento atual, em que, embora fora da grande imprensa, ainda é uma referência para todos os comunicadores. Retrata a sociedade no período em que Ostermann esteve em efetiva atuação, desde os tempos de estudante, nos anos 1940, passando pela época em que foi atleta – na década seguinte, professor, sua militância política, entre 1960 e 1990 e, por fim, sua atividade como comunicador, a partir dos anos 1960. Também muitas de suas crônicas ilustram as páginas de Ruy Carlos Ostermann – um encontro com o Professor, que chega às bancas no segundo semestre de 2024.
“A história do comentário esportivo se divide em antes e depois de Ruy Carlos Ostermann”. A frase é de outro grande comentarista de futebol no Rio Grande do Sul, Lauro Quadros. De fato, a função ganha um novo momento a partir da Copa de 1966, quando Ostermann cria uma planilha que o ajuda a desenvolver as análises dos jogos. O material serve para que o comentarista possa identificar os lances do jogo, os cartões, as faltas cometidas, as chances de gol e os acontecimentos do jogo. Antes de Ostermann, não havia planilha; o comentarista fazia, a partir de sua observação, uma leitura bem menos aprofundada e técnica da partida. No mesmo Mundial, disputado na Inglaterra, a Rádio Guaíba, emissora de rádio em que Ostermann trabalhava, não teve acesso a um dos jogos. Como esta foi a primeira Copa do Mundo transmitida pela televisão, decidiram levar a equipe para o centro de imprensa da competição, localizado em Londres, para que a narração fosse feita a partir das imagens da televisão. Surgia o off-tube ou a transmissão remota ou transmissão pelo tubo, algo que hoje é feito por diversas emissoras de rádio e TV.
A importância de Ruy Carlos Ostermann, entretanto, não é apenas instrumental. Ele também revolucionou a linguagem empregada no jornalismo esportivo. Professor de filosofia, ele resolveu empregar uma fala mais erudita, menos popular; mais sofisticada, menos coloquial. Nascia, ali, “o Professor”, alcunha que ele leva até hoje. O comentário esportivo deixava de ser uma mera observação dos fatos para se tornar mais trabalhado, mais analítico e mais bem falado e escrito.
Ruy Carlos Ostermann- Foto Rogerio Fernandes/ Divulgação
O Professor teve como influências grandes nomes da imprensa nacional, como João Saldanha e Armando Nogueira. Com eles, companheiros de Copas do Mundo, tornou-se rapidamente o nome mais popular da imprensa gaúcha. Era uma referência nacional em uma época em que não havia a informação globalizada e os veículos locais não possuíam amplitude para todo território nacional. Logo, foi um caso à parte: um jornalista local com abrangência nacional e conhecido em todo país. Com isso, participou da programação de emissoras nacionais entre as Copas de 1978 e 2014. Era um integrante de programas da TV Globo, Sportv, TV Cultura, TV Manchete e TV Bandeirantes. Não era somente o comentarista gaúcho; era um comentarista nacional que atuava no Rio Grande do Sul.
Em paralelo à sua atividade como comunicador esportivo, foi também um brilhante jornalista cultural. Esteve à frente do programa Gaúcha Entrevista e do projeto Encontros com o Professor, disseminando a cultura do Rio Grande do Sul e convivendo com boa parte dos artistas, poetas, escritores e realizadores culturais do Brasil a partir da segunda metade do século XX. Estabeleceu laços com Erico Verissimo, Luís Fernando Verissimo, Mário Quintana, Lya Luft, Caio Fernando Abreu, Carlos Urbim, Dalton Trevisan, Josué Guimarães, Moacyr Scliar, Armindo Trevisan, Tabajara Ruas, Luiz Antonio de Assis Brasil, Sergio Faraco e outros que propagaram a cultura do estado e ganharam notoriedade nacional. Artistas com Eva Wilma, Glória Menezes, Sivuca, Antônio Fagundes, Marieta Severo, elogiaram as entrevistas de Ruy durante a década em que esteve à frente do Gaúcha Entrevista, um programa essencial para o jornalismo cultural gaúcho.
Ostermann também atuou na vida pública. Foi deputado estadual por dois mandatos e Secretário de Ciência e Tecnologia e de Educação no final dos anos 1980. Escreveu 11 livros, foi patrono da Feira do Livro de Porto Alegre e foi professor de filosofia antes de começar sua carreira, no início dos anos 1960.
Ruy Carlos Ostermann – um encontro com o Professor estará disponível nas livrarias da cidade e terá distribuição de exemplares em escolas, bibliotecas e museus. Além do lançamento dia 23 de outubro no Book Hall, o livro estará com autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre, dia 11 de novembro.
Sobre a equipe
Carlos Guimarães – Autor da biografia
Mestre em Comunicação e informação pela UFRGS, com especialização em jornalismo esportivo também pela UFRGS. Professor de jornalismo na ESPM. Comentarista da Rádio Guaíba. Atua há 25 anos no jornalismo esportivo do Rio Grande do Sul, com passagens por Gaúcha e Bandeirantes. É também pesquisador nas áreas de mídia, cultura, futebol e rádio. Possui três livros publicados sobre os temas.
Cristiane Ostermann – coordenadora do projeto
Jornalista (UFRGS), pós graduada em Gestão da Responsabilidade Social Empresarial, graduanda em Pedagogia (UFRGS) e produtora cultural. Certificada pelo Project Management for Development Professionals (PMD Pro), pela APMG International. Há 18 anos, coordena o Projeto MudaMundo, voltado à disseminação de valores para professores e alunos de escolas públicas. É idealizadora dos projetos socioculturais Arte por Todo Canto, Educação para as Artes, Nosso cantinho da Leitura, 60+Arte e Encontros com o Professor. É consultora na empresa Propósito – Gestão de Projetos Sociais e Culturais onde é corresponsável pelo Projeto de Educação Ambiental de Visitas à Ecobarreira do Arroio Dilúvio.
Diogo Bitencourt – produtor executivo
Administrador (ESPM) com especialização em gestão no futebol. Trabalhou no Grupo Dado Bier e é co-fundador da Prorrogação, focada na gestão de carreiras de atletas. Fundou o FootHub, plataforma de educação e gestão no futebol, onde é CEO.
Christian Farias – produtor
Jornalista, pós-graduado em Produção Audiovisual pela PUCRS. Juntamente com parceiros fundou os canais BlogBuster e Geekpedia, que juntos somam mais de 2,7 milhões de visualizações, se tornando uma referência no cenário de cultura pop, com coberturas e painéis em eventos em todo o Brasil. Em 2018 atuou como um dos fundadores do FootHub, focando em produções que envolviam o Professor Ruy Carlos Ostermann. Coescreveu dois livros, é professor de cinema e produtor audiovisual.
Ficha técnica:
Capa e design gráfico: Tavane Reichert Machado
Revisão: Press Revisão
Impressão: Gráfica e Editora São Miguel
Fotos da capa: Rogério Fernandes
Fotos do livro: arquivo pessoal
Número de páginas: 436
Assessoria de imprensa: Bebê Baumgarten Comunicação
Redes sociais: Sílvia Macedo e Gabriela Mantay
Produção: Christian Farias
Produção executiva: Diogo Bitencourt
Coordenação: Cristiane Ostermann
Ruy Carlos Ostermann – Um encontro com o Professor
Biografia de Ruy Carlos Ostermann escrita por Carlos Guimarães
Lançamento dia 23 de outubro, 19h
Book Hall do Bourbon Shopping Country – Av. Tulio de Rose, 80
Nas livrarias a partir de 19 de outubro
Em pré-venda até 18 de outubro no site www.umencontrocomoprofessor.com.br
Uma produção de Ferst & Ostermann Ltda e FootHub
Patrocínio: Grupo Zaffari
Realização: Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, união e reconstrução.