Todos os sons de Mário Marmontel, na volta do projeto “Música na Escadaria”

 

Higino Barros

O flautista e saxofonista Mario Marmontel é o músico escolhido para retomar um projeto cultural bem sucedido no Centro Histórico de Porto Alegre. O “Música na Escadaria” realizado toda sexta-feira na Escadaria do Viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, até a pandemia da Covid 19 aparecer e terminar com a função. Nessa sexta-feira, dia 16 de setembro, a música ao vivo está de volta no mesmo local, ao ar livre, junto ao bar Tutti Giorni, a partir das 18 horas, com encerramento às 22 horas.

Com produção musical de Luciano Riquez, produtor do evento antes da pandemia, músico e grande batalhador para as representações populares de arte tenham visibilidade na região, esse retorno tem também a participação do DJ Cristiano Zanella, com música eletrônicas dos anos 1960 a 1980, com direito a tudo que não se ouve normalmente.

Mário e Nani, no Tutti Giorni. Foto: Cristiano Zanella/ Divulgação

A escolha de Mário Marmontel para marcar o retorno da Música na Escadaria não é aleatória. Amigo do dono do Tutti Giorgi, o Nani (Ernani Glorio Marchioretto), frequentador do local, ele se identifica com a proposta do projeto. De possibilitar diversão e arte à população da cidade, em lugar histórico e de grande valor arquitetônico  de Porto Alegre. Um chapéu para contribuições voluntárias é passado entre os presentes. Pelo “Música na Escadaria” já passaram grandes instrumentistas da cidade como Jorginho do Trompete, Dionara Fuentes e outros artistas conhecidos da cena musical gaúcha.

Mário e Miguel  D”Alberto, um dos músicos convidados, no local da apresentação. Foto; Cristiano Zanella/ Divulgação

Samba na terça

A volta do “Música na Escadaria” se junta a outro acontecimento musical que ocorre na Escadaria da Borges, como é conhecido o lugar, toda terça-feira, com apresentações do grupo de samba Puro Asthral. Durante a pandemia o samba ficou suspenso e retornou esse ano, com frequência cada vez maior.

Interior do Tutti Giorni, frequentado por artistas visuais gaúchos. Foto: Divulgação

A partir de outubro começam as obras de revitalização do Viaduto Otávio Rocha, pela Prefeitura de Porto Alegre, orçadas em R$ 13,7 milhões, com duração de 18 meses de execução. Durante esse período, lojas e todos os equipamentos comerciais da avenida Borges de Medeiros, no perímetro que compreende a parte debaixo da escadaria permanecerão fechadas.

Os dois acessos da avenida Borges de Medeiros à rua Duque de Caxias ficarão abertos. É nessa área onde existe além do Tutti Giorni, mais dois bares, o Armázem, na mesma calçada e o JUSTO, na calçada oposta. De equipamentos culturais há o Teatro de Arena, em atividade, e a Galeria Escadaria, à céu aberto, com exposições de fotografia.

Turma praticante de xadrez frequenta o local. Foto: Divulgação

O Tutti Giorni tem história no lugar. Há 22 anos promove eventos culturais, é sede informal da GRAFAR, entidade que reúne o pessoal que produz cartuns, quadrinhos e outras artes visuais na capital, além de abrigar jogadores de xadrez. E boêmios, frequentadores anônimos e toda uma fauna e flora de tipos humanos que fazem do lugar um ponto de referência e resistência cultural de Porto Alegre.

SERVIÇO

Música na Escadaria apresenta:

“Jazzmarmontel & Convidados”

Mario Marmontel e convidados retornam a “Música na Escadaria, apresentando repertório de Bossa Nova, Jazz e MPB!

> Sexta 16/09, a partir das 18hs

> Tutti Giorni Bar / Viaduto Otávio Rocha (Centro Histórico/POA)

> Apresentação ao ar livre / entrada franca (contribuição no chapéu)

Produção: Luciano Riquez

Seleção musical: Mister Z —

 

 

OSPA traz à Porto Alegre Antonio Meneses, o maior violoncelista brasileiro

 

O maior nome do violoncelo no Brasil e um dos maiores do mundo, Antonio Meneses está viajando pelo país em uma turnê comemorativa aos seus 65 anos. No próximo sábado, 3 de setembro, ele estará na capital gaúcha para solar em uma belíssima obra de Antonín Dvořák como convidado da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). O diretor artístico e maestro Evandro Matté conduz a apresentação, que também prevê “Danças Sinfônicas”. Essa famosa obra de Leonard Bernstein dá nome ao concerto, que tem início às  17h, na Casa da OSPA, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Os ingressos podem ser adquiridos em sympla.com.br, e também dão acesso à palestra sobre o programa, Notas de Concerto, às 16h, com o pianista Max Uriarte.

Nascido em Recife, Antonio Meneses é considerado um dos maiores instrumentistas brasileiros de todos os tempos. Em 2022, ele comemora 65 anos, completados na última terça-feira (23/8), percorrendo cidades brasileiras onde não se apresenta há muito tempo. Além disso, celebra duas efemérides: 45 anos desde que ganhou o primeiro prêmio no Concurso Internacional ARD, em Munique, e 40 anos do primeiro prêmio e medalha de ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscou.

“Estou muito contente de poder voltar a Porto Alegre, já faz algum tempo que não vou e agora finalmente conseguimos organizar tudo para isso”, compartilhou o músico, que atualmente mora na Basiléia, na Suíça. O programa não foi escolhido ao acaso: Concerto para Violoncelo em Si Menor, Op. 104, de 1896, foi a obra que Meneses executou na final do Concurso Tchaikovsky em 1982. “É talvez o mais lindo concerto escrito para violoncelo. É uma peça sempre muito bonita, romântica, cheia de vida. O Dvořák a escreveu quando estava prestes a voltar para a terra natal após viver nos Estados Unidos, então ela expressa uma ânsia de voltar, uma saudade, por isso estou tocando em todas as cidades que estou indo”, comenta o violoncelista.

Maestro Evandro Matté Foto: Vitória Proença /Divulgação

Na segunda parte do programa, a OSPA executa, sem a presença do solista, as melodias que embalaram um dos maiores musicais de todos os tempos, “West Side Story”, de 1957. As “Danças Sinfônicas” são nove partes extraídas da trilha sonora pelo próprio compositor, o norte-americano Leonard Bernstein, e adaptadas para formar uma suíte, em 1961. Com o passar do tempo, a obra ganhou autonomia com relação à encenação original e consolidou-se no repertório de grandes orquestras.

Evandro Matté (regente)

É diretor artístico e maestro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, da Orquestra Theatro São Pedro e do Festival Internacional SESC de Música, em Pelotas. Realizou sua formação musical na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na University of Georgia (Estados Unidos) e no Conservatoire de Bordeaux (França). Desde 2006, atua como regente e, como convidado, já esteve à frente de orquestras de Uruguai, Argentina, China, Portugal, República Checa, Croácia, Alemanha, Itália, Colômbia e Estados Unidos. Em 2019, foi condecorado pelo Ministério da Cultura da França pelo desenvolvimento das artes francesas em seu domínio artístico.

Evandro Matté. Foto: Vitória Proença / Divulgação

Antonio Meneses (violoncelo)

Antonio Meneses nasceu em Recife, em 1957, e começou os estudos de violoncelo aos 10 anos de idade. Aos 16, foi estudar com Antonio Janigro em Düsseldorf e Stuttgart. Em 1977 obteve o 1º prêmio no Concurso Internacional em Munique e, em 1982, o 1º lugar e a medalha de ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou. Gravou para a Deutsche Gramophon, com Herbert von Karajan e Anne Sophie Mutter, além de outros selos importantes. Apresenta-se regularmente na Europa, América e Ásia com importantes orquestras, dentre elas a Filarmônica de Berlim, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC. Convidado dos maiores festivais de música, é ativo camerista, tendo sido membro do legendário Beaux Arts Trio por 10 anos. Ministra masterclasses em vários continentes, além de ser professor titular na Hochschule de Berna, desde 2008.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)

Concerto da Série Casa da OSPA – Danças Sinfônicas
Concerto: Sábado, 3 de setembro, às 17h. Notas de Concerto: às 16h, com Max Uriarte.
Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).
Ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento): R$ 10 (estudante, qualquer seção), R$ 15 (mezaninos e balcões) e R$ 20 (camarotes e plateia). Ingresso inteiro: R$ 30 (mezaninos e balcões) e R$ 40 (camarotes e plateia). Desconto de 50% para Amigo OSPA, sócios do Clube do Assinante ZH, idosos, doadores de sangue, pessoas com deficiência, estudantes, jovens até 15 anos e ID Jovem. Desconto de 20% para titulares do cartão Zaffari e Bourbon e para clientes do Banrisul.
Bilheteria on-line: via Sympla em bit.ly/ospa2022_ingresso (com taxa de conveniência).
Bilheteria na Casa da OSPA: sextas e sábados, das 12h às 17h. Formas de pagamento: Dinheiro, Banricompras, Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, Vale Cultura Ticket e American.
Estacionamento: gratuito, no local.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual.
Transmissão ao vivo: canal da OSPA no YouTube.
Informações para o público: (51) 3288-1507 e 98608-0141, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Programa:

DANÇAS SINFÔNICAS

 

Dvořák, Antonín | Concerto para Violoncelo em Si Menor, Op. 104

I. Allegro

II. Adagio ma non troppo

III. Finale. Allegro moderato

Intervalo

Bernstein, Leonard | West Side Story: Danças Sinfônicas

Regência:

Evandro Matté

Solistas: 

Antonio Meneses (violoncelo)

Apresentação:

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA)

Direção Artística:

Evandro Matté

Acompanhe a OSPA pelo Instagram:

instagram.com/ospabr

Lei de Incentivo à Cultura Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Alibem e Banrisul. Patrocinadores da Casa da Ospa: Banrisul, Vero, Panvel, Grupo Zaffari e Gerdau. Apoio da Temporada Artística: Dufrio e Sulgás.  Realização: Fundação Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós, Secretaria da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo. PRONAC: 192458.

Arte para o povo: uma galeria a céu aberto em praça da Restinga

 

Higino Barros

“Tenho um sonho há bastante tempo: fazer chegar arte de qualidade para a periferia.” Assim o fotógrafo e produtor cultural Marcos Monteiro define o propósito de sua nova conquista: abrir no bairro Restinga, um local estigmatizado no imaginário urbano da capital gaúcha, uma filial da Galeria da Escadaria, espaço de arte consagrado em Porto Alegre. Dia 27 de agosto, sábado, às 15 horas será realizada a cerimônia de abertura com  apresentação de grupos de capoeira da comunidade.

Isso está sendo possível através de edital do FAC (Fundo de Apoio à Cultura), da Secretaria Estadual da Cultura. “Com a produtora que trabalha comigo, a Isabel Meireles, fizemos o processo e fomos contemplados no edital, explica Monteiro.

 

O edital proporciona além da construção da galeria a céu aberto, na Praça Esplanada na Restinga, que será nos mesmos molde da Galeria Escadaria, no Viaduto Otávio Rocha, exibição de cinco exposições que foram mostradas no Centro de Porto Alegre. São 14 painéis, sete frente e verso. Cada painel tem dois metros por um.

Exposição de moradores do bairro

“Já fizemos uma série de reuniões com os representantes da sede da prefeitura na Restinga. Acertamos local e obtivemos a licença do espaço. Foi manifestado o interesse de fazer também uma exposição de fotos de celular, de mobgrafia, só com trabalhos de moradores da Restinga. Haverá um concurso, como curador vou escolher os fotógrafos selecionados do bairro e montar uma exposição”, prossegue o curador.

Foto de Paulo Mello/ Divulgação

Primeira exposição exibida na Restinga será de Mobgrafia, de fotógrafos gaúchos conhecidos e que teve ótima repercussão quando exibida em Porto Alegre. A previsão que cada uma fique dois meses, havendo a ocupação do espaço até julho de 2023.

A sequência de exposições, na Galeria de Arte Restinga reproduz as exposições previstas para a Galeria Escadaria da Borges de Medeiros:

Depois da Mobrafia atualmente em cartaz, entra exposição do curador da galeria e fotógrafo Marcos Monteiro, denominada “Ir real 2”. Em seguida acontece a mostra da Nega Ângela e a Street Expo Photo 2022-2003, que já virou um grande acontecimento no cenário fotográfico da capital gaúcha e agora chegará também à população da Restinga

Trabalho autoral original

O curador da Galeria Escadaria ressalta o trabalho de Nega Ângela, fotógrafa que integra o Photo Clube Portoalegrense. “ O trabalho tem a curadoria do Fernando Schmith, um grande fotografo da capital. Está mostra está sendo preparada há um ano e vai causar um impacto, já que é um trabalho autoral muito original.”, ressalta Monteiro.

Segundo ele “como tem acontecido na Street, grande profissionais da área ocupando o mesmo espaço ao lado de fotógrafos amadores com bons olhares, novo fotógrafos.

Foto de Carmem Gottfried/ Divulgação

O fato de ser exposição à céu aberto nós pomos em prática a ideia de levar para o povo exposições culturais com ótima qualidade, formando novos admiradores da arte e incentivar jovens e todo tipo de pessoa à praticar fotografia.

Hoje em dia se faz boa fotografia tanto com equipamento profissional quanto com um simples celular. Importante não é o equipamento. E sim desenvolver o olhar e arte dentro de cada um, as vezes adormecida, que a pessoa não tem a oportunidade de praticar”, conclui Marcos Monteiro.

CALENDÁRIO DAS EXPOSIÇÕES

Exposições na Galeria de Arte Restinga para 2022.

Dia 27. 08.22 exposição Mobgrafia.

Dia 10.11 2022 expo Marcos Monteiro,

Dia 10.12.2022 exposição Nega Angela,

Dia 03.03 exposição   Street Expo Photo edição 1.

Dia  03 .05. Street Expo Photo edição 2.

Dia 03. 05 – Exposição Convocatória Mobgrafia Restinga com moradores da Restinga. A única exposição que acontecerá somente na Restinga é a do moradores do bairro.

SERVIÇO:

DIA: 27 DE AGOSTO (SÁBADO)

ABERTURA DA GALERIA DE ARTE RESTINGA

LOCAL: PRAÇA ESPLANADA- CENTRO DE RESTINGA

HORÁRIO: 15 HORAS

COM APRESENTAÇÃO  DE GRUPOS DE CAPOEIRA DA COMUNIDADE.

EDITAL DO FUNDO DE APOIO À CULTURA (FAC), DA SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA

 

Contato:

Marcos Monteiro- Fone: (51) 99935-0608

Email: marcosmonteiroprojetos@gmail.com

 

 

 

 

 

Eliane Tonello lança “Adulto Maduro: Psicossomática e outros ensaios de Psicologia”

 

Na intenção de explorar o tema adulto maduro, arte, psicossomática e psicanálise, Eliane Tonello, reuniu ensaios e artigos com diversificados temas, abrindo um espaço de reflexão para estudantes, profissionais da área da psicologia e interessados em psicanálise, dada a relevância social dos assuntos abordados.
Segundo a autora os textos referem-se a aspectos do envelhecimento criativo, do papel da criatividade e das disposições e motivações correlacionadas às enfermidades corpo-mente. Os ensaios levantam também questionamentos acerca da vida psíquica antes do nascimento, das sobreadaptações correspondendo ao desejo do mundo, assim como questões de distintas possibilidades de traumas, inclusive do fenômeno do abuso sexual. Isso tudo sem deixar de mergulhar na trajetória da arte, da literatura e inclusive da poesia, como dispositivos de saúde mental.
Para Eliane “muitos autores entendem a clínica psicanalítica em consonância com a psicossomática, pois, independentemente da faixa etária, é o sintoma que leva o paciente a buscar um atendimento com um profissional capacitado, em decorrência do acúmulo de intrusões-insatisfações ao longo da vida. Na maior parte das vezes, o que ocorre é a inauguração de um espaço de circulação da palavra, dando voz aos sentimentos, o que antes apenas era descarregado no corpo.”
“Com a chegada à maturidade, percebe-se que já não se tem mais todo tempo do mundo. O sentimento de finitude está bem mais presente. Os questionamentos surgem: o que fiz até aqui? Será que existe ainda alguma coisa a fazer? Estas perguntas são respondidas na medida em que ocorre um resgate do sentir e da criatividade psíquica. Seria interessante estar vivo na hora da morte!
Todos os artigos versam sobre a experiência prática da autora. Os escritos decorrem de um olhar inquieto de uma psicoterapeuta que se apoia em autores relevantes da psicanálise, como S. Freud, D. Maldavsky, J. McDougall, P. Marty, M. Klein, D. Winnicott, A. Green e S. Ferenczi, dentre outros. Na caminhada da vida o que importa é o cuidado de si e do outro, gesto de amor para as novas e futuras gerações”, diz a autora.
Entre as obras dela já publicadas estão “Tecendo a sanidade: o caso Arthur Bispo do Rosário (ensaio), A espiral de gerações(romance), Encontro nas estações(poesias), Layla e a uva e Layla e Pedro (quadrilíngues).

Carlos Nejar é o patrono da 68º Feira do Livro de Porto Alegre , que volta de forma presencial

 

 

A Câmara Rio-Grandense do Livro anunciou ontem, dia 20, pela manhã o nome do escritor Carlos Nejar como patrono da 68º edição da Feira do Livro de porto Alegre; Ele sucede o filho, Fabrício Carpoinejar, que foi o patrono da edição passada. Depois de dois anos de forma híbrida, a feira volta em formato totalmente presencial, entre os dias 28 de outubro e 15 de novembro, na Praça da Alfândega e espaços culturais próximos.

Fotos: Câmara Rio-Grandense de Livros/ Divulgação

Carlos Nejar tem 83 anos e é ocupante da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras. Tem extensa produção como autor de poesias, ensaios, contos, críticas literárias e literatura infanto-juvenil.

“Me puseram o título de patrono por generosidade, mas sou um servidor da Feira do Livro, quero servir, participar. Estou muito feliz por suceder o meu filho Fabrício e, também, pelo aniversário da minha terra. Feliz pelo calor humano e pela valorização do livro”, comentou logo depois do anúncio.

O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, destacou  a escolha do patrono dessa edição, como reconhecimento à extensa contribuição de Nejar à literatura brasileira. “É uma honra prestar essa homenagem a este escritor gaúcho que traz em sua obra, que é atemporal, a afeição pelo Estado. É a oportunidade das novas gerações conhecerem a fundo publicações importantes, como ‘O Campeador e o Vento’ (1966), ‘Canga’ (1993) e tantas outras”, afirmou..

Nejar lançou seu primeiro livro, “Sélesis”, em 1960. Seus trabalhos mais recentes são “Senhora Nuvem” (Life Editora) e “A República do Pampa” (Casa Brasileira de Livros) e foram lançados neste ano. Há outras obras prontas, aguardando publicação.

“Livro na gaveta é fantasma. Os originais incomodam como almas penadas. O livro saindo, eu me liberto. Vem a oportunidade, eu publico, mas tenho muitos livros inéditos”.

 Um homem do pampa

Procurador de Justiça aposentado, há três décadas Nejar vive no Rio de Janeiro. Sua ligação com oRio Grande do Sul sempre fez parte de sua trajetória literária. Em 2018, foi lançado o dicionário “Carlos Nejar: Um homem do Pampa”, com mais de mil trechos de obras do escritor. A publicação foi organizada por Luiz Coronel e lançada pela Editora Mecenas.

Nejar recebeu diversos prêmios literários e teve reconhecimento internacional. Em 1993, a publicação norte-americana Quarterly Review of Literature destacou o gaúcho como um dos grandes escritores da atualidade, ele era o único brasileiro. Em 2002, foi citado entre os 10 poetas mais importantes do Brasil pela revista Literature World Today.

O patrono ainda foi considerado um dos 37 poetas-chave do século, entre 300 autores memoráveis, entre 1890 e 1990, pelo crítico suíço Gustav Siebenmann, em Poesía y Poéticas del Siglo XX en la América Hispana y el Brasil, em 1997. Em 2017, Nejar chegou a ser indicado ao Nobel de Literatura, segundo registros de notícias sobre o escritor em publicações brasileiras.

Tabu: os Nus e as Noivas de Sioma, em exposição dupla em Canela

 

Higino Barros

Pedro Luis Flores Filho tinha 15 anos quando descobriu uma caixa com fotografias, zelosamente guardadas, no fundo de um guarda roupa, por seu pai, o fotógrafo Pedro Flores que fora sócio, amigo (e considerado do mesmo nível) de Sioma Breitman, nome lendário na história da fotografia gaúcha. A caixa continha cerca de 30 negativos e cópias de nus femininos, feitos nos anos 1940 e 1950, por Sioma. Um tabu para a época.

Essas fotos sempre fizeram parte do imaginário de Pedro Flores como adolescente e adulto e eram conhecidas somente pelos estudiosos da obra de Sioma. Agora elas chegam para o conhecimento e encantamento dos admiradores da trajetória do fotógrafo imigrante europeu que retratou como poucos a terra que ele escolheu para viver e onde fez história.

“Quando o Sioma morreu, o Irineu Breitman, filho dele, procurou meu pai e deu a ele uma caixa com um monte de negativos. Eram fotos de nus femininos.

Ele disse para o meu pai: Pedro, eu não sei o que fazer com isso. Acho que a pessoa mais indicada para guardar com isso é tu. “, conta Pedro Luis Flores como tais fotos foram chegar ao acervo de sua família.

As fotos dos nus, junto com outras icônicas, das Noivas de Sioma, estão pela primeira vez sendo mostradas em conjunto pelo Canela Instituto de Fotografia e Arte Visuais e tem a curadoria de Fernando Bueno e Andréa Pires, a dupla responsável pela a majestosa exposição sobre obra de Sioma Breitman, no Farol Santander Cultural, no início do ano. Elas ficaram foram da exposição do Farol Santander.

Quem já viu as fotos dos nus sempre as considerou como uma celebração ao corpo feminino, captada em cenários clássicos e com a perfeição de luz e sombra que caracterizam as fotos de Sioma Breitman, combinação que as tornam obra de arte.

Abaixo, Fernando Bueno, curador das mostras e do Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais, escreve sobre as exposições:

“O Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais nestes mais de vinte anos de existência nunca tolerou nenhum tipo de restrição de qualquer natureza, de credo, cor ou gênero. Sempre estivemos ao lado da cultura, da arte e principalmente da liberdade de expressão.

Quando há 100 anos atrás Sioma Breitman, um judeu ucraniano escapou da sanha intolerante do Bolcheviques e aportou na América, procurou durante toda sua vida se expressar através de sua arte, a fotografia, com criatividade e liberdade.

Não fez nenhuma restrição de classe social, raça, cor ou religião.

Fotografou Getúlio Vargas, mas também retratou Luis Carlos Prestes, fez fotos de grande empresários tais como A.J. Renner, mas ao mesmo tempo eternizou os personagens de rua.

Compartilhou seu conhecimento e talento com seus companheiros de profissão, fundou Associações, criou escolas, levou a fotografia do Rio Grande do Sul mundo afora, foi um libertário.

Graças a isto seu trabalho hoje está em várias coleções importantes, duas delas estão expostas na nossa galeria.

As icônicas Noivas de Sioma, que fazem parte da coleção do Museu Joaquim Felizardo, fazendo parte do acervo da fototeca que leva seu nome.

A outra é inédita, pela primeira vez em uma galeria, a Coleção Pedro Flores de Fotografia. Vai estrear em grande estilo.

Os Nus de Sioma, mesmo sendo multipremiados em salões de fotografias do mundo inteiro, ensaios produzidos no final dos anos 40 e início dos 50, são uma obra incrível que reverencia as mulheres e nunca foram expostos em conjunto.

E se isso hoje é possível é graças a coleção Pedro Flores, sócio e amigo particular de Sioma, que faleceu em 2005 e tal qual seu parceiro tem uma obra espetacular que parte também está na Fototeca Sioma Breitman. Os Flores são fotógrafos quase um século, seus irmão eram fotógrafos, seu filho é fotógrafo e seus netos também.

Graças aos respeito à fotografia e aos cuidados de Pedro Luis Flores, este acervo sobreviveu e hoje quase 100 anos depois podem ser expostos pela primeira vez.

As Noivas e os Nus de Sioma quebram e rompem com todos os Tabus. São pura arte.

Viva a Fotografia !

Viva a Liberdade de Expressão! “

SERVIÇO

O Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais apresenta a exposição

TABU – FOTOGRAFIAS DE SIOMA BREITMAN

– Coleção de Pedro Flores e do Museu José Joaquin Felizardo

– Curadoria de Andrea Pires e Fernando Bueno

– Consultoria de André Severo

Uma oportunidade de conhecer duas coleções incríveis de Sioma Breitman:

– Os Nus, ensaios produzidos no final dos anos 40 e início dos 50, obras que reverenciam as mulheres e que nunca foram expostas em conjunto.

– Noivas – uma coleção sensacional de fotografias que retratam o apurado e poético trabalho profissional deste grande mestre.

De 03 de junho a 31 de julho de 2022 – na Galeria do Instituto na Casa Francesa

Av. José José Luiz Corrêa Pinto, 299 – Canela

Apoio: Velha Laje e Casa Francesa

Saiba mais em: www.canelainstituto.com.br

Noite dos Museus: o reencontro da população da capital com a cidade , através da arte

Higino Barros

Porto Alegre já tem o evento cultural mais impactante do ano: A Noite dos Museus, ocorrida no sábado, dia 21, em 20 equipamentos culturais da cidade, que levou às ruas da capital gaúcha cerca de 180 mil pessoas, segundo os cálculos dos seus organizadores. Há dois anos o evento era realizado de forma virtual e a volta da participação presencial do público virou uma espécie de reencontro dos habitantes com a cidade.

Foto: Wanderlei Oliveira/ Divulgação.

Foi uma noite de celebração para os moradores locais e para quem a visitava. Praças, museus, prédios públicos e locais histórico foram tomados pela população de todas as idades, das 19hrs de sábado à uma hora da madrugada de domingo. Segundo os organizadores, o resultado numérico superou as expectativas. Rodrigo Nascimento, idealizador do projeto em sua 6ª edição, considerou que “mais do que a expectativa de público, o que importa é essa participação em torno não só do evento, mas de curtir a cidade, de se reencontrar com a cidade”. Para Nascimento, trata-se de “uma noite de reencontros, não só com os amigos, mas também se reencontrar com os museus, com a cultura, com a cidade”.

Foto: Wanderlei Oliveira/ Divulgação

Gerido pelo Instituto Noite dos Museus, uma organização sem fins lucrativos, o evento tem patrocínio da Lei Rouanet e parceria com entidades públicas e empresas privadas. Seu idealizador é o professor, escritor e produtor cultural Francisco Marshall e se tornou lei municipal, proposta pelo vereador Alcides Oliboni (PT) em setembro de 2021.

Foto: Wanderlei  Oliveira/ Divulgação

Sem máscara

Chamou a atenção o comportamento da maioria da população presente sem o uso de máscara contra a Covid 19. A liberação das máscaras pelas autoridades em locais fechados soou às pessoas como permissão para baixar à guarda diante dos riscos da pandemia, apesar do alerta dos organizadores da noite para os protocolos de proteção à saúde serem mantidos, especialmente o uso das máscaras.. À parte dessa situação, era visível a alegria e desejo de confraternização entre o público.

Os eventos ocorreram em diferentes bairros de Porto Alegre, todos com registros de públicos acima da média. O circuito do Centro Histórico, pelo número de equipamentos culturais que possui, foi o mais procurado. Começando pela Praça da Matriz, toda iluminada e com o Palácio Piratini aberto para visitação do público. O relato da Assessoria de Comunicação do Palácio mostrou a movimentação no local:

Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini. Foto Alvaro Bonadiman/ Divulgação

“O Palácio Piratini participou pela primeira vez do evento Noite dos Museus, realizado em Porto Alegre no sábado (21/5), e recebeu aproximadamente mil pessoas. A intenção era apresentar a sede do Executivo gaúcho ao público.

Os visitantes adentravam na porta principal e passavam pelo processo de registro. Somente 30 pessoas poderiam estar ao mesmo tempo dentro do palácio. Conforme cinco saíam, a mesma quantidade entrava. A expectativa para conhecer o local era grande, o que provocou uma grande fila.

Ao chegar ao Salão Negrinho do Pastoreio, uma das primeiras impressões era a trilha sonora formada com interpretações da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), o que proporcionava uma experiência de conexão com o local. Uma característica do evento foi a presença de várias tribos de pessoas. No início da noite, era perceptível o considerável número de crianças e adolescentes que participavam.

Obra de Aldo Locatteli no Palácio Piratini. Foto Alvaro Bonadiman/ Divulgação

De acordo com o assessor do Gabinete do Governador e coordenador do Núcleo de Preservação e Memória do Patrimônio Cultural do Palácio Piratini, Mateus Gomes, inserir a sede do Executivo na programação da Noite dos Museus era um desejo antigo. O Piratini não participou das atividades em 2021, ano do seu centenário, por causa da pandemia. Neste ano, a equipe procurou a organização do evento para incluir o prédio, que não é um museu, nem centro cultural, mas tem demandas dessa natureza”.

Foto Wanderlei  Oliveira/ Divulgação

Circuito concorrido

O circuito da Praça da Matriz, descendo pela ladeira General Câmara, atingindo a Praça da Alfândega e seguindo pela Rua dos Andradas em direção ao Gasômetro foi o que teve maior número de pessoas. Filas se formavam para acesso aos equipamentos culturais e o palco montado para apresentações musicais no centro da praça atraiu muita gente.

Foto: Wanderlei Oliveira/ Divulgação

Os bares, restaurantes, vendedores de comida e bebida ambulantes tiveram sua noite de maior faturamento até agora no ano. Estava tudo cheio. O super mercado Zaffari, da Rua dos Andradas, até a hora de seu fechamento às 21 horas, estava com seu corredores tomado por consumidores, principalmente de bebidas.

Foto: Wanderlei  Oliveira/ Divulgação

Estreando na programação do evento, o Museu Militar do Comando Militar do Sul, situado na Rua dos Andradas, conhecido como Museu do Exército, recebeu o maior público de sua história, segundo o diretor da instituição coronel Ílio Araújo de Oliveira Júnior. Em entrevista à RBS TV, ele relatou a satisfação e a oportunidade que a população da cidade teve em visitar o local. “Muita gente não conhecia o museu. Os pais trouxeram os filhos, famílias inteiras nos visitaram e ficaram conhecendo mais de nossa história”, explicou o militar.

Foto: Wanderlei  Oliveira/ Divulgação

Quem está se debruçando atentamente sobre as repercussões positivas da Noite dos Museus é a prefeitura de Porto Alegre, que tem cerca de R$ 16 milhões para investir na recuperação do Centro Histórico, as entidades do comércio, os patrocinadores da iniciativa, centro culturais e pessoas ligadas ao evento. A expectativa é que sejam retirados muitos ensinamentos dessa edição, para que a próxima seja ainda mais exitosa. A população de Porto Alegre agradece.

Foto: Wanderlei Oliveira/ Divulgação

 

 

” A hora da estrela”: o olhar fotográfico de Leandro Selister em 24 quadros

 

Desde sua abertura, em dezembro de 2021, o Cine Grand Café tem proporcionado um diálogo com outras artes. Com as Artes Visuais, tem sido uma constante. Abrimos com Zoravia Bettiol, seguimos com Vera Behs e em março, mês internacional da mulher, fizemos a Gravura, Gênero
Feminino, onde gravuristas como Anico Herskovits, Elida Tessler, Maria Tomaselli, Marilice Corona e Regina Silveira, entre outras, emprestaram suas artes para uma exposição marcante.

Agora em cartaz, Leonardo Loureiro aguarda a entrada da novíssima exposição, preparada especialmente para o Cine Grand Café.
O multipremiadíssimo Leandro Selister – artista visual, designer, fotógrafo de premiações internacionais na Mobgrafia – ou fotografia através de imagens captadas com seu celular – deslizou seu lugar de escuta e visão para as poltronas das salas de cinema da vida de sua memória, para nos oferecer um pouco dessa trajetória de cinéfilo, de janela que se abre e diz:
venha filme, eu estou aqui!

O resultado é uma exposição de desenhos digitais que nos remetem às próprias lembranças, aonde cada imagem vai resgatar as nossas singulares experiências em saborear a arte do cinema. Uma coleção de figuras que compõe o nosso maravilhoso e único álbum de
lembranças. Cada um dos 24 quadros -processo pelo qual o cinema de película foi sendo reinventado – nos leva a uma poltrona de sala de cinema diferente, mesmo sendo a mesma sala, já seria em outro período de nossa vida, onde já éramos outros, e sairíamos outros ainda graças ao filme que alteraria para sempre nossas sensibilidades.

SERVIÇO

O Cinema homenageia o cinema.
A Hora da Estrela – 24 quadros de Leando Selister.
Onde – Cine Grand Café.
Abertura – dia 10 de maio de 2022, 19 horas, com a presença do autor e do Curador em visita acompanhada pela exposição.
Encerramento- 19 de junho de 2022.
Horário de visitação: de terças a domingos, das 13:30 às 21 horas.
Contato: Cine Grand Café: 51 9968 51240
Curadoria e venda das obras: Ben Berardi – 51n99123-2832

Texto do curador Ben Berardi sobre a mostra

 

 “Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu” cairia estatelada e em cheio no chão. É que quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.”(Clarice Lispector)

Quando pedi para o Leandro fazer uma  homenagem ao cinema para a exposição do Cine Grand Café, não imaginava nada além de saber que o artista construiria algo sensível com suas técnicas  refinadas. Desenhos, sim.  Imagens, sim. A história afetiva de sua trajetória de artista escolhendo uma poltrona para ser espectador de filmes que marcariam sua sensibilidade para sempre, SIM!!!

O artista visual e designer, fotógrafo de premiações nacionais e internacionais na Mobgrafia -ou  fotografia através de imagens captadas com um celular – deslizou seu lugar de escuta  e visão para as poltronas das salas de cinema da vida de sua memória, para nos oferecer um pouco dessa trajetória de cinéfilo, da janela que se abre e diz: venha filme, eu estou  aqui!

O resultado é uma exposição de desenhos digitais que nos remetem às próprias lembranças, onde cada imagem vai resgatar as nossas singulares experiências em saborear a arte do cinema. Uma coleção de figuras que compõem o nosso maravilhoso  e único  álbum de lembranças.

Cada um dos 24 quadros  – processo pelo  qual o cinema de película foi sendo reinventado – nos leva a uma poltrona  de sala de cinema diferente, mesmo  sendo a mesma sala, já seria em outro período de nossa vida, onde já  éramos outros, e sairíamos outros ainda graças ao filme que alteraria para sempre nossa sensibilidade.

Grato  Leandro Selister, por essa beleza reinventada. Não falaremos de nenhum filme que está retratado aqui. Reconheça você. Se reconheça.

É assim que o CINE GRAN CAFÉ faz uma homenagem a arte que os Lumiére iniciaram e que está sempre em cartaz, aqui. Sempre renovada, sem ser nunca esquecida.

Vamos deixar as imagens falarem por si, como fazemos nas poltronas das salas desse cinema, deixando com que elas nos tragam sensações e lembranças que permanecerão conosco por nossas vidas.

Bom espetáculo!

Ben Berardi  –  Curador
Maio de 2022

 

Fon Fon completa dez anos e celebra com “Musas e Musos”, de Graça Craidy

 

O Café Fon Fon chega aos 10 anos de existência como reconhecido reduto de boa música em Porto Alegre, seja jazz, MPB, música latina e bossa nova. Para comemorar a data especial, o casal que comanda a casa, Luizinho Santos e Bethy Krieger, convidou a artista visual Graça Craidy para expor uma coleção de retratos de nomes célebres da música nacional e internacional.

Gal Costa/ Divulgação
Belchior/ Divulgação

A exposição Musas & Musos, a ser aberta nesta quarta-feira (4), às 19h30, é composta de 16 pinturas de grandes ídolos da música nacional e internacional, de Gilberto Gil, Lupicínio Rodrigues e Dorival Caymmi a Ray Charles, Nina Simone e Duke Ellington, com uma parada em Cuba para enaltecer integrantes do Buena Vista Social Club, como Omara Portuondo e Ibrahim Ferrer, entre outros.

Omara Portuondo/ Divulgação
Ney Matogrosso/ Divulgação

Nascida em Ijuí, RS (1951), Graça Craidy é artista visual e artivista pelo fim da violência contra a mulher, apaixonada por retratos em suas mais variadas formas, de óleo e acrílica a aquarela, pastel, nanquim, grafite, carvão e digital: “É uma grande alegria fazer parte das comemorações dos 10 anos do Café Fon Fon, que nos acolhe tão amorosamente em seu abrigo antiaéreo contra o mau tempo, o mau gosto e o desgosto. Longa vida ao Fon Fon!”

Lupicínio Rodrigues/ Divulgação
Nina Simone/ Divulgação

A exposição permanece até final de junho, e as obras estão à venda.

O QUÊ:  Mostra Musas & Musos nos 10 anos do Fon Fon

QUANDO: 4 de maio de 2022 (quarta-feira), a partir das 19h30

LOCAL: Café Fon Fon, Rua Vieira de Castro, 22, bairro Farroupilha – Porto Alegre/RS

Dorival Caymmi/ Divulgação

Reservas: 51 9 9880 7680

Gilberto Gil/ Divulgação

Os diferentes traços culturais presentes na navegação, na fotografia de Willian K. Clavijo

Higino Barros
O fotógrafo William K. Clavijo, 67 anos, trabalhou por quase 30 anos na Petrobrás e há seis anos “descobriu” a fotografia como objeto de interesse artístico.  Nessa sexta-feira, dia 11, às 17 horas, abre a exposição “Dos barcos e seus capitães”, no Café do Margs, com apoio da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
Clavijo respondeu ao JÁ Porto Alegre sobre suas preferências na área. Seus fotógrafos preferidos são: Ansel Adams em natureza P&B, Fan Ho em fotografia urbana e Franco Fontana em fotografia natureza em cor.
Ele explica: “de Ansel Adams gosto de sua composição e contrastes tonais. Fan Ho da fotografia de street em P&B minimalista e do Franco Fontana fotografia de paisagem em cor e minimalista com fortes contrastes tonais. Atualmente estou experimentando edição em altas luzes resultado desta série a ser exposta no Café do Margs.”;
O texto abaixo é de autoria do  fotógrafo expositor:
“Dos Barcos e seus Capitães

William K. Clavijo passou a infância em uma região do interior do
Uruguai longe do mar, onde também não existem rios. Talvez isso
tenha influenciado seu interesse especial pelos barcos e pequenas
embarcações. Quando a fotografia entrou em sua vida há seis anos
foi um movimento natural voltar a atenção, de modo ainda intuitivo,
para os diferentes traços culturais presentes nos formatos, estilos de
navegação, formas de tração e indumentárias dos seus “capitães”.

Morando em diferentes locais e viajando por outros países com seus
rios e suas praias de mar, William foi constituindo uma coleção de
imagens com esse tema. Esta mostra, no Café do MARGS, nos traz
um um recorte deste trabalho de observação e experimentação dos
últimos anos, onde o autor vem buscando materializar uma
tendência minimalista na captura e edição das imagens.”

Willian K. Clavijo. Foto: Flavio Wild/ Divulgação

Quem é o artista:
William K Clavijo, (Flórida, Uruguai, 1954), iniciou sua carreira fotográfica em 2015.Atualmente é presidente do Fotoclube Porto-Alegrense. Encontrou na fotografia, uma forma de descontrair e desfrutar a vida, assim como expressar e comunicar seus sentimentos, relatando através das imagens, a beleza das paisagens, da arquitetura, o cotidiano das pessoas e suas culturas.

Exposições Coletivas
Coletivas em Porto Alegre, “Vida Passageira” na Estação Trensurb, “Expo 247” na Câmara de Vereadores, “Desenhos com Luz” no Espaço Cultural Correios, “Viva o Povo Brasileiro” na Galeria Cultural Brix 21, “In Finito” no Espaço Cultural Correios, “Street Photo Porto Alegre” na Av. Borges de Medeiros, “Historias Instantâneas” Casa de Cultura Mario Quintana, “Percursos Poéticos”, Espaço Cultural Correios.
Em São Paulo, “Mobgraphia Photo Festival”, MIS, Museu da Imagem e Som e “VII Salão Internacional de Arte Fotográfica” em Ribeirão Preto.
No Rio de Janeiro “Fotogrígora”, na Sociedade Fluminense de Fotografia.
Em Brasília, “Brasília Photo Show” Exposição Individual, Florida, Uruguai, “Colores de la Naturaleza”.

Premiações
Menções honrosas nos festivais nacionais, Brasília Photo Show, Salão Arte Fotográfica de Ribeirão Preto, Mobile Photo Festival de Rio de Janeiro e nos festivais internacionais, Monovisions Photography Awards de Londres e Photo Nature do Brasil. Blue Ribbon no Festival Internacional de Fotografia de Smederevo, Sérvia, categoria jornalismo.
Estatueta primeiro lugar em Astrofotografia no “Brasília Photo Show” de 2020 em Brasília. FestFoto 2019, trabalho selecionado “Barrio Malvinas”

Site: www.williamclavijo.com.br
Instagram: @williamkclavijo_fineart