Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais é o 68º presidente do Senado Federal. Na eleição desta segunda-feira, ele obteve 57 votos, derrotando Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos.
Outros candidatos, como Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP), desistiram de suas candidaturas na última hora para apoiar Simone Tebet, do PMDB, mas isso não foi o suficiente para ela superar Pacheco.
Ele tem 44 anos, está no primeiro mandato e presidirá o Senado e o Congresso Nacional, pelos próximos dois anos.
Mas quem é esse senador novato que conseguiu reunir apoio de todas as correntes ideológicas – de Bolsonaro à bancada do PT?
Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho, embora seja apresentado na imprensa como “senador mineiro”. Seu estilo é realmente típico do político mineiro. Habilidoso, conciliador, aparador de arestas.
Em seu discurso, após a vitória, ele disse que sua gestão, formada com alianças de diferentes correntes ideológicas, pode ser uma oportunidade de “pacificação” das relações políticas.
” Vamos fazer disso uma grande oportunidade, uma grande oportunidade singular de pacificação das nossas relações políticas e institucionais porque é isso que a sociedade brasileira espera de nós”.
Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho, em 3 de novembro de 1976, mas fez carreira política em Minas. Ele é advogado e está em seu primeiro mandato como senador.
Antes, foi deputado federal entre 2015 e 2018, quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. No Senado, atuou como vice-presidente da Comissão de Transparência e Governança (CTFC).
Seuprimeiro discurso foi abrangente e conciliador. Defendeu a independência da Casa, o combate à corrupção, a geração de empregos, o combate à pandemia, a estabilidade econômica e a preservação do meio ambiente.
Também citou as reformas, sobretudo a tributária, que o governo federal tenta emplacar há vários meses, Para ele, no entanto, as reformas devem ser debatidas, mas “sem atropelos”.
“As votações de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa, deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário desta Casa”.
Pouco depois, em declaração à imprensa, citou a reforma administrativa, criticando o que chamou de “demonização do servidor público”. Para ele, servidor público “não é problema, é solução”.
Está marcada para amanhã (2) a eleição do restante da Mesa Diretora do Senado, na primeira sessão comandada por Pacheco.
A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. Graças ao apoio ao senador do DEM, o PT deverá ganhar a 3ª Secretaria da Mesa e a presidência de duas comissões: de Direitos Humanos e a do Meio Ambiente, conforme adiantou o líder do partido, Rogério Carvalho (PT-SE), à TV Senado.