Nesta sexta-feira, 5, ocorreu em Porto Alegre a inauguração da “Jornada Internacional Lula Livre”, movimento que se levanta para protestar, mais uma vez, contra a prisão do ex-presidente Lula, que completa um ano no domingo, 7.
Lideranças políticas e militantes do PT consideram que a prisão de Lula possui “caráter político” e exigem sua libertação imediata.
O ato, que reuniu uma multidão de militantes, foi organizado no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e contou com a presença do ex-presidenciável Fernando Haddad (PT), e a ex-deputada Manuela D’Avila (PCdoB). Manifestantes exigem a libertação do ex-presidente Lula, que seria “preso político” (Foto: Ricardo Stricher)
Os políticos não pouparam críticas ao governo de Jair Bolsonaro, que completa, hoje, 100 dias. O Ministro da Justiça e Segurança pública, Sergio Moro, na época juiz responsável pela condenação em primeira instância de Lula, também foi criticado: “ele sempre quis entrar para a história às custas da história grandiosa de Lula”, opinou Manuela sobre Moro.
“Ele tem medo de tudo que não se parece com ele. Por isso que ele exalta a ditadura militar: porque é a negação da diferença. Ele tem uma dificuldade de exercer a presidência em ambiente democrático, por isso que todo dia solta uma ameaça”, disse Haddad sobre Bolsonaro.
A militância prosseguiu para o largo Glênio Peres onde protestaram contra a reforma da Previdência.
“É um retrocesso de mais de 100 anos”, declarou Haddad.
Amanhã, 6, a Jornada estará em Florianópolis (SC). Domingo é a vez de Curitiba (PR). A organização estima atos em outros 20 Estados e em 15 países.
O Comitê Lula Livre está divulgando desde segunda-feira um vídeo de convocação para as mobilizações pela liberdade do ex-presidente Lula, entre os dias 7 e 10 de abril em cidades de todo o Brasil e no exterior.
As manifestações começam na sexta-feira (5) quando Fernando Haddad inicia a caravana Lula Livre em Porto Alegre, seguindo para Florianópolis no sábado
A caravana chegará a Curitiba no domingo (7), data em que se completa um ano da prisão de Lula.
A prefeitura apresentou, neste sábado, 30, o conceito de “Ruas Completas” no evento “Pátio Cultural”. A rua João Alfredo, na Cidade Baixa, foi a rua escolhida para inaugurar a iniciativa em Porto Alegre.
Com o objetivo de promover a ocupação do espaço público durante o dia e ampliar a segurança no trânsito, a iniciativa da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (SMIM) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ouviu sugestões da população em três painéis que foram distribuídos pela via.
“A lógica do Ruas Completas é uma via mais humanizada, com calçadas amplas para termos um convívio melhor entre moradores, comerciantes e frequentadores”, explica o vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim.
“Estamos ouvindo os moradores para saber o que eles querem para esta via. Após, vamos colher todas as informações, estudar e partir para ação”, explica o diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano.
A sinalização temporária já foi instalada na rótula da João Alfredo com a Lopo Goncalves. As calçadas foram ampliadas, foram adicionadas travessias de pedestres e uma mostra com vegetação, que integram o conceito de Ruas Completas.
O artista plástico Lucas Anão, junto com crianças, pintou a Flor da Vida na rua, alertando para a questão da segurança.
Ruas Completas
Dez vias de dez cidades do país foram escolhidas para servir de modelo à replicação do conceito de Ruas Completas. A João Alfredo é uma delas. O projeto, que envolve a Prefeitura de Porto Alegre, por meio da EPTC, Smim e Secretaria Municipal de Relações Institucionais, Ong WRI e Frente Nacional de Prefeitos, busca a requalificação da rua João Alfredo. Tem como objetivo remodelar o espaço público, com desenho urbano diferenciado, incentivo à mobilidade ativa (meios de transporte não motorizados) e atividades no período diurno.
A qualificação irá beneficiar a população que transita pelo local, com mais segurança para todos (moradores, comerciantes e visitantes). Essa primeira etapa, com a apresentação do conceito para população, é chamada de etapa temporária. Uma sinalização é implantada na rua antes da instalação da etapa definitiva, que vai contar com alargamento das calçadas e elementos para promover o convívio harmônico do espaço.