Passarela na rodoviária de Porto Alegre é interditada

A Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), interditou a passarela da Rodoviária de Porto Alegre, na noite desta terça-feira, 18, após vistoria realizada no local, como medida de precaução, pelo abalo estrutural ocasionado por choque de um caminhão com a parte inferior da passarela, que danificou a armadura da estrutura.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), sinalizou o local e mantém agentes de trânsito para orientar os pedestres a realizarem a travessia para a Rua da Conceição pela passagem subterrânea da estação de trem da Trensurb.
De acordo com a smov, a ação preventiva está sendo adotada em função de ruptura de dois cabos de proteção que têm a função de sustentar a estrutura. “Vamos manter a interdição para monitorar o local e realizar os devidos estudos para saber se a ruptura desses cabos realmente colocou a estrutura em risco. Precisamos garantir a segurança dos usuários, por isso, somente após a conclusão de laudo técnico, poderemos saber se há necessidade de reforço estrutural e de prolongamento do tempo de interdição”, informa o secretário Cássio Trogildo.
A smov ainda informa que a obra de reforma da passarela está na fase inicial dos serviços da troca do guarda-corpo em toda sua extensão (200 metros).
Com investimentos de R$ 250.555,75, o projeto prevê a substituição do guarda-corpo de concreto por material metálico para proporcionar mais segurança aos usuários. A empresa executora da obra é a EMFHP Engenharia Ltda. Em função da interdição, fica suspensa momentaneamente a reforma.
A previsão é de que, após a retomada da obra, em cerca de 90 dias, os pedestres que utilizam a passarela da Rodoviária de Porto Alegre como travessia tenham uma nova estrutura no local.

Transferência dos animais do Minizoo é discutida em audiência

A Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu audiência pública no dia 13 para ampliar a discussão sobre a transferência dos animais do Minizoo do parque da Redenção em Porto Alegre para o Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria. A data para a retirada dos animais do Parque Farroupilha (Redenção) ainda não está definida, no entanto já foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre o termo de doação assinado pelo procurador-geral, João Batista Figueira.
O representante do Conselho dos Usuários da Redenção, Roberto Jacobasko, enfatizou que o Minizoo faz parte da história da cidade e está na memória da população. “São mais de 80 anos de funcionamento, e a grande maioria das pessoas é contrária a essa decisão”, afirmou. Ao mesmo tempo, questionou os danos que a transferência vai gerar nos animais.
O conselheiro da 1ª região de Planejamento, Ibirá Lucas, denunciou que as condições do Minizoo são precárias porque o Executivo não cumpriu com o seu dever. “A secretaria responsável pelo parque deveria ter cuidado daquele espaço, promovendo a poda das árvores e as adequações necessárias”, disse. Ibirá recordou que, há mais de seis anos, a prefeitura tem recebido notificações do Ibama sobre as condições do Minizoo. “Diversos ofícios estabeleciam multas e reiteravam a necessidade das adequações”, contou.
o vereador Carlos Todeschini enfatizou que o assunto é de interesse da cidade e exigiu que todos os atos relacionados ao Minizoo sejam transparentes, legais e debatidos com a Câmara e a população. O vereador pediu que, antes da transferência, sejam ouvidos os veterinários, biólogos e técnicos responsáveis pelos animais.
Durante a audiência, a presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon, fez a leitura do parecer do Ibama que diz que o Instituto é responsável pelo licenciamento e a fiscalização dos espaços e que não pode ser responsabilizado pelas decisões do Executivo.
A primeira-dama e voluntária da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda), Regina Becker, alegou que a transferência deve acontecer em função do ambiente ter sido identificado como insalubre, por estar localizado entre duas avenidas e não possuir  iluminação solar suficiente, além de os animais estarem expostos a poluição sonora e atmosférica. “O Ibama encaminhou uma instrução normativa solicitando providências imediatas ou a transferência dos animais”, relatou.

Unidade móvel vai vacinar e esterilizar animais

Numa demonstração de sensibilidade para a causa animal, a Prefeitura anunciou nesta segunda feira, 10, o acordo firmado entre a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) “para tratar da saúde dos animais domésticos que vivem nas comunidades em condições de vulnerabilidade”.
A partir do dia 21 de outubro um motor home (Unidade Móvel) doado pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) começa a operar “totalmente equipada para realizar exames laboratoriais e nutricionais, procedimentos pré-operatórios e esterilização de cães, gatos e cavalos”.  O trabalho envolve, ainda, a conscientização das comunidades sobre a necessidade de evitar proliferação animal e de utilizar o serviço 156 da prefeitura para denunciar maus tratos.
O projeto, chamado de Unidade Móvel I, envolverá em torno de 50 pessoas, entre técnicos da Seda e professores e alunos da Faculdade de Veterinária da Ufrgs, tanto na parte de saúde pública, como no levantamento do número de animais abandonados.
Pelo convênio, na primeira fase do projeto, as vilas Chocolatão, Santa Terezinha e Bernardino Silveira Amorim e os loteamentos Arco Íris e Bela Vista irão receber a Unidade Móvel.
O prefeito destacou a importância da parceria com a Universidade que dá credibilidade e respaldo científico para o projeto. De acordo com Fortunati, o acordo marca uma nova etapa nos trabalhos da Seda e da cidade. “Não se trata unicamente de tratar da saúde animal, mas de um olhar diferenciado sobre a qualidade de vida de Porto Alegre”.
Carlos Alexandre Netto, reitor da Ufrgs, ressaltou que com esta parceria a instituição está cumprindo sua missão de proporcionar atendimento in loco com seus melhores quadros. Ele agradeceu também à primeira-dama por ter oferecido este desafio à universidade, “certo de que este é o primeiro de uma série de convênios que serão firmados para defender os direitos dos animais”.
O projeto tem dois objetivos essenciais: saúde pública e educação. “A partir de agora nosso trabalho terá caráter científico que possibilitará um levantamento do número de animais que vivem nas ruas, e quais suas reais condições de sobrevivência, um acompanhamento de saúde e a castração para evitar a superpopulação na Capital”, destacou a primeira-dama Regina Becker, voluntária responsável pela Seda.

Um salto de 80 anos no visual da Osvaldo

Último grande terreno na Osvaldo terá prédio de 16 andares

O terreno do antigo Cinema Baltimore, que foi ocupado por um estacionamento nos últimos sete anos, vai dar lugar a duas torres envidraçadas, de 16 andares.
O projeto é da Melnick Even, a mesma empresa de São Paulo que está construindo um conjunto comercial/residencial no antigo campo dos Eucaliptos.
Oficialmente as vendas começam em outubro. Na realidade, já começaram. Os corretores informam que metade dos conjuntos já foram negociados com investidores, que compram dando uma pequena entrada, esperando revender logo adiante, com bom lucro. Doze andares serão destinados aos escritórios.
São conjuntos modulares com tamanho de 38 a 140 metros quadrados.  Os menores custam em torno de R$ 300 mil. A negociação da incorporadora com o proprietário do terreno durou cinco anos.
Segundo Francisco Marimon, um dos corretores, “será o melhor lançamento de 2011”, pela carência desse tipo de imóvel naquela região. “Há muitos anos não se lançava nada comercial de porte nessa região, estes são os últimos espaços”, diz.
O prédio do antigo bar João, está em reforma para ser o ponto de vendas.
Em 2014, quando estiver pronto, o prédio vai mudar visual e público daquela região do Bom Fim.

Município quer assumir o prédio do antigo colégio Santa Rosa de Lima

Se depender da Secretaria Municipal de Educação, o prédio do extinto Colégio Santa Rosa de Lima  será ocupado pelos cursos do Centro de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire. “Nós temos todo o interesse e estamos fazendo todos os esforços para ficar com a escola”, disse ao JÁ a secretária-adjunta da Educação Municipal, Zuleika Beltrame.
Segundo ela, a decisão compete ao Ministério Público, uma vez que o colégio pertence a uma fundação que foi extinta. Se tudo der certo, as instalações da  rua Santa Teresinha vão abrigar cerca de 800 alunos do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), desenvolvido pelo Centro Paulo Freire, hoje instalado em  condições precárias na rua Marechal Floriano, no centro da cidade.

Comunidade do Jardim Passo das Pedras luta por moradias

A comunidade do Jardim Passo das Pedras, zona leste de Porto Alegre, luta por um direito básico: permanecer em suas casas. Mais de 140 famílias estão na iminência de serem despejadas do local onde moram há mais de 40 anos.
A moradora Márcia Azeredo explica que existe um processo pedindo a reintegração de posse da área de oito mil metros quadrados, que envolve oito ruas, desde novembro do ano passado.
A comunidade vem se mobilizando desde então. Realizaram uma audiência pública, em junho deste ano, na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre, quando ficou acordado que o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) faria um mapa topográfico da área e a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) realizaria o cadastramento das famílias. “Nada aconteceu”, lamentou Márcia.
Segundo ela, se os moradores fossem despejados, sairiam sem indenização e ainda teriam que pagar 1% sobre cada ano em que moraram no local. “Mas como é que a justiça concedeu usucapião para dois moradores e nada para os restantes?”, questionou. “Aqui não é uma área invadida. Temos trabalhadores, casas boas. Temos o direito de permanecer em nossas casas e vamos brigar por isso até o fim”.
Outros problemas
O esgoto que sai da Avenida Ari Tarragô e desemboca na Rua Eliseu João Fontana também é um grave problema da comunidade. “Quando chove, fica tudo atolado aqui”, contou Márcia. A Rua Gomes de Carvalho, próximo à Rua Josefa Barreto, precisa de um redutor de velocidade com urgência.
A comunidade ainda se queixa das linhas de ônibus. “Queremos um fim de linha do Passo das Pedras aqui, como era antes”, queixou-se o morador Milton dos Santos. Além disso, o posto de saúde precisa de médico e de um espaço maior de atendimento.

Teatro Glênio Peres valorizado

Este está sendo o primeiro ano em que o Teatro Glênio Peres, em Porto Alegre, tem um profissional dedicado exclusivamente a administrar o espaço e a programação. O ator Rafael Baião mostra com orgulho a lista de grupos inscritos para usar a sala para ensaios e apresentações, sem nenhum custo.
Para os grupos teatrais ou de músicos que ensaiam lá, pede-se apenas que brindem a casa com uma apresentação. Antes, o teatro de 80 lugares era usado mais para seminários e debates do que para as artes.
Contratado como assessor cultural da Presidência, Baião sabe que seu trabalho pode durar apenas um ano, devido ao rodízio anual dos vereadores que compõe a mesa diretora. “Espero que o próximo presidente mantenha alguém para cuidar do teatro”.

Tarso e Fortunati acertam parceria para viabilizar metrô

O Governo estadual e a prefeitura de Porto Alegre formalizaram uma parceria para bancar a diferença da verba federal para as obras do metrô da capital. A redução tinha sido pedida pelo ministério do Planejamento, numa reunião na ultima terça-feira, em Brasília.
Orçado em R$ 2,4 bilhões, o projeto do metrô de Porto Alegre previa recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no valor de R$ 1,5 bilhão. Mas de acordo com representantes dos ministérios, o volume de pedidos cadastrados no PAC superou as expectativas iniciais da União, assim, para entrar no PAC II, o projeto do metrô de Porto Alegre teria que gerar um novo arranjo financeiro.
Nesta sexta-feira (09), o prefeito José Fortunati e o governador Tarso Genro encaminharam ao governo federal uma proposta com a nova modelagem financeira para as obras.
No documento, destinado ao Ministério do Planejamento, a prefeitura e o governo do Estado comprometem-se a contrair financiamento junto à Caixa Econômica Federal, com montantes iguais para as duas esferas.
O prefeito Fortunati esclareceu que a nova proposta compreende apenas o aspecto financeiro, sem alterar o projeto de engenharia proposto. “O que muda é a equação da parcela de 1,58 bilhões de reais solicitada inicialmente com recursos do PAC. Uma parte desse valor será acessada por meio do financiamento junto à Caixa”, explicou.
As condições de financiamento incluem carência de 48 a 72 meses, 30 anos de prazo para pagamento e 5,5% de juros ao ano.
“Estamos diante de um dia histórico para o Rio Grande do Sul. A convergência em torno do projeto mostra que não estamos medindo esforços para trazer o Metrô para Porto Alegre, com a prefeitura e o Estado se comprometendo a contrair financiamento igualmente repartido para realizar a obra. Agora, vamos ficar aguardando a palavra final da presidente Dilma Roussef”, afirmou Fortunati.
Para o governador Tarso Genro, a prefeitura e o governo estadual atingiram um momento extremamente importante nas negociações. “Chegamos a um ponto comum em que assumimos esse compartilhamento. Naquilo que depender do nosso governo, vamos contrair esse empréstimo que viabiliza essa parceria extremamente importante para o estado e a Região Metropolitana”.
O metrô de Porto Alegre entrará no chamado PAC da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades, que a presidente Dilma Roussef quer anunciar dentro de 15 dias.
CLIQUE AQUI e confira um vídeo da prefeitura com o traçado proposto pelo projeto do metrô.
Equação financeira:
Total do empreendimento: 2.468.540.000,00
(-) Isenções Estadual / ICMS: 243.000.000,00
(-) Isenções Municipal / ISSQN: 22.000.000,00
Contraprestação Municipal (R$) 300.000.000,00
Financiamento privado (R$) 323.540.000,00
Valor de Repasse (R$): 1.580.000.000,00 (União + financiamento Caixa)