SEM MEIAS VERDADES (trechos das últimas cartas de Maria Lidia Magliani)

Eduardo San Martin*

“Bem que eu não ia achar tão ruim se (o mundo) acabasse mesmo. Estou cansada demais pra continuar remando nesta nave de contradições”, disse Maria Lídia Magliani na última mensagem, por e-mail, no final da tarde de 20 de dezembro de 2012.

Referia-se ao dia seguinte, 21 de dezembro, quando  o calendário maia previa o fim do mundo,  que ela ironizou: “Desde ontem, canto a música de Assis Valente (“anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. Eu saí pra rua para me despedir e comemorar”).

Poucas horas depois, ela morreria de parada cardíaca, aos 66 anos, no Rio de Janeiro.

Acostumado ao anonimado do exílio, é muito difícil para mim falar em público sobre  amigos com quem vivi, convivi e produzi na vida. Não poucos supostos biógrafos profissionais me acusaram de egoísmo por não dividir as cartas, sobretudo, do Caio Fernando Abreu e agora as da Magliani. Este artigo é uma exceção ao silêncio intencional. Revela a ponta do iceberg da correspondência e convivência mais virtual que presencial de várias décadas com a Maria Lídia.

Desta forma, também embarco na “nave das contradições” da Magli que, numa passagem, ressaltou “diga o que quiser. Fica tudo entre nós”, mas me contradigo e torno públicas as mensagens.

Acima de tudo isto, trata-se de um breve ou mini testamento intelectual, confirmando a lucidez e coerência existencial e profissional mantidas do início ao fim de vida e obra limpas. A força destas últimas palavras da Magliani – parafraseando o ex-diretor do MARGS Luiz Inácio Medeiros – vem dela se mostrar exatamente como sempre foi em tudo que fez:  sem meias verdades.  Os textos não escondem o custo e desgaste deste radicalismo no exercício da criatividade sem concessões comerciais. Ela se sentia inadequada e maltratada no Brasil do ano 2000.

Seguem citações de 10 cartas/mensagens trocadas com a Maria Lídia do dia 15 de novembro de 2012 até a despedida em 20 de dezembro. No dia 15, eu estava em San Francisco, na Califórnia, convalescendo de uma cirurgia. Ela ficou sabendo e me procurou, retomando nossa correspondência. Não nos comunicávamos há um bom tempo, mas continuávamos os mesmos.

Ultimas Impressões de Maria Lídia Magliani

SEM OUSADIA PARA MUDAR

Estou no Rio. Não gosto. Quero voltar pra Sampa, que também não está lá estas coisas, mas não tenho condições.

Estou sentindo falta daquela ousadia que me permitia me mudar pra qualquer lugar com 20 reais no bolso.

SEM FÔLEGO E SEM PALAVRAS

Agora sou uma pré velhinha cardíaca que cansa fácil. Fiquei sem fôlego e sem palavras.

Começo a achar que estou sobrando, durando demais.

EXACERBADA SOLIDÃO

Estou internacional  nas minhas preocupações com os amigos. Um em Nova York, outra em Tel Aviv, um terceiro em Friburgo. Todos em áreas de desastres. Dá fadiga e exacerba solidões.

(Até o fim, não perdeu a capacidade de alienar admiradores, como nesta referência a um amigo e colecionador…)

Ele não me escreve mais desde que eu, num momento de mau humor, disse que não me interessava uma notícia sobre um colega medíocre e bem-sucedido que ele me enviou. Magoou-se.

(O afastamento da família, porém, era intencional…)

Não falo com a minha irmã (ou meus parentes) há anos. Nem quero.

PIGNATARI E O CANCELAM ENTO

(Ao saber  que Décio Pignatari – um dos grandes da poesia concreta e autor que líamos  juntos na juventude –  vivia esquecido no Paraná, sem encontrar editor ou produtor para seu teatro…)

Eu nem sabia das incursões do Pignatari no teatro e acho normal que não tenham dado atenção… No teatro, haveria um embate com o ego do (Décio) Antunes, que seria muito exaustivo. Idem, com a infantilidade manheira do Zé Celso (Martinez Corrêa)… Quem mais dirigiria?

(Pouco depois, o nosso antigo poeta predileto voltou a se fazer presente na conversa)

Conheci o Pignatari em São Paulo, na época da Tropicália, junto com os irmãos Campos e o Mário Chamie. Outro dia, recortei palavras de revistas e jornais e comecei a colar numas caixinhas de papelão. Saíram umas frases loucas e outras com algum sentido – poemas aleatórios – mais pra dadaísta que concretista…Lembrei do Pignatari…quando liguei o rádio na CBN,  ouvi que ele tinha morrido.

FEITA PARA  FAZER SENTIDO

Estou voltando de duas exposições. Uma do acervo da Anna Maria Niemeyer que morreu um ou dois meses antes do pai. Tem muita coisa boa. Outra de xilogravuras do Newton Cavalcanti, um pernambucano, que cheguei a conhecer. Belo trabalho, mas ninguém quer mais ver coisas de câmera. Só grandes e vazias instalações… e a ingênua aqui continua achando que nasceu pra produzir sentido…

CONTROLE ESTATAL

A cultura foi para o brejo e nós deixamos. O país que pariu Tom Jobim agora reverencia Michel Teló. Não se consegue fazer arte  sem vencer edital do governo e, consequentemente, sofrer controle estatal disfarçado. Estamos caminhando pra trás, em busca de uma revolução cultural maoísta.

IDENTITARISMO E APARTHEID CULTURAL

E agora teremos também o apartheid cultural institucionalizado. Inventaram uma lei de incentivo específica para a cultura negra; uma boa maneira de chutar os crioulos pra fora da competição. Cria-se uma black box, chama-se de inclusão e a negralhada fica quieta, sambando, bebendo e se sentindo sujeito da História. E os negros tão adorando e cobrando quem não pinta retrato de orixá “meu iáiá, meu ioiô”.

TUDO DE RUIM SE ESPALHOU

É, a tal da globalização (digital) não deu certo. O “tudo de ruim” se espalhou e eu não sei onde se concentrou o pouco de bom que sobrou. Ao contrário de alguns, não acho o Facebook fundamental e  não consigo me convencer que é ótimo profissionalmente. Até já vendi por lá, mas só vejo bobagens. A Internet brinca de esconder o que é relevante. Este é o bug do fim do mundo.

INFANTILIZAÇÃO INTELECTUAL

Pra mim, o pior do retrocesso são pessoas que conheço há mais de 40 anos e que agora estão num processo de infantilização via o Facebook. É a volta ao grunhido. Temos o Web Proust, que vai à padaria e descreve minuciosamente o evento, jurando que está fazendo literatura.  E fica indignado se não dás opinião sobre “meu modesto textinho”.

GUERREIROS SENTADOS E MEMORIALISTAS

Temos os piadistas, os religiosos que te mandam correntes e ameaças se não repassares pra 3.876 amigos. E ainda os Guerreiros Sentados, que escrevem “contra tudo isso que aí está”  em letras vermelhas, corpo 72, reclamando que a imprensa vendida não publica… quase sempre alguma coisa que se leu há dois meses numa coluna assinada de um jornalão.

Mas os que mais me irritam são os memorialistas. Quando menos se espera recebe-se um email que começa: …” Era 1976…”. Deleto na hora. Estes ficam furibundos quando eu pergunto ‘e que cazzo estás fazendo agora’?

PICASSO, DESTRUIDOR DE MULHERES

(Comentei uma mostra de retratos de Dora Maar,  a trágica musa do modernismo francês, grande amor e modelo de Pablo Picasso…)

Vi vários estudos para o retrato de Dora Maar no Museu Picasso. A Dora Maar é uma figura trágica como todas as mulheres do Picasso. De alguma forma, casar com Picasso é escolher uma vida trágica. Acho que ele fazia parte de uma certa fraternidade que odeia as mulheres e só se aproxima delas para melhor destruí-las. E tem umas vice-versa também.

BÉLGICA E SEPARATISMO

Estive um mês e meio na Bélgica.  Adorei o clima, a limpeza, as criancinhas bem educadas e toda a arte flamenga que jamais esperei ver ao vivo. Me defendi bem com meu francês jabaculê e até aprendi algumas coisas em flammand. O suficiente para me manifestar contra aquele  separatismo idiota (de Flandres) num país tão pequeno.

MORRER EM PARIS

(Numa das últimas mensagens, convidei a Magliani para passar uma temporada em Nova York…)

Acho que não vou mais a qualquer lugar que não fale francês, italiano ou espanhol. Agradeço tua oferta. Mas se fosse o caso de ficar em algum lugar, continuo preferindo Paris, minha paixão, onde estive duas vezes. De qualquer modo, já decidi que vou morrer em Paris.

IR EMBORA

Eu quero viajar. De preferência ir embora deste Brasil que me trata tão mal… e o calor não melhora as coisas nem um pouco…

———

* Eduardo San Martin é jornalista. Mora em Nova York. Foi editor da BBC de Londres e Rádio das Nações Unidas, correspondente de OGlobo na Europa e agência RBS nos Estados Unidos. Recebeu dois prêmios Açorianos. É autor, entre outros, de O Círculo do Suicida, com capa e ilustrações de Magliani.

Retrospectiva Magliani segue até fim de julho no Museu Iberê Camargo

Prossegue até o final de julho, no Instituto Iberê de Porto Alegre, a maior retrospectiva já realizada sobre a obra de Maria Lídia Magliani.

São mais de 200 obras de 70 coleções / EB/JÁ

O evento, no décimo aniversário da morte da artista gaúcha, reúne cerca de 200 trabalhos vindos de 70 coleções. A mostra exemplifica as diversas fases e faces da sua produção (pintura, gravura, desenho, escultura), assim como suas atividades extra artes plásticas, como o teatro  e o jornalismo gráfico.

Maria Lídia Magliani (1946- 2012), nascida em Pelotas, foi uma das principais artistas plásticas do Rio Grande do Sul e do Brasil na segunda metade do século XX, tendo vivido e atuado em Porto Alegre, São Paulo, Ouro Preto e Rio de Janeiro.  É reconhecida como uma das grandes expressões femininas da arte culta nacional, com obras no acervo dos principais museus brasileiros.

 

 

 

50 anos da arte de Liana Timm em “Dispersos Reunidos”, na GalArt.

A arte de Liana Timm vai marcar a inauguração da “Sala da Frente” da GalArt. A artista apresenta a exposição “Dispersos Reunidos” na galeria localizada na Av. Lucas de Oliveira, 132. A mostra traz 30 obras de Liana, que integram importantes séries produzidas ao longo de sua trajetória de mais de 50 anos de arte. O vernissage será no sábado, 30 de abril, das 11h às 16h. A exposição fica em cartaz no espaço até o dia 31 de maio, com entrada franca.

O galerista e artista Heitor Bergamini, que tem um acervo que se destaca pela representatividade da arte produzida no Rio Grande do Sul e no Brasil, já possuía em sua coleção uma obra histórica de Liana: “Semi público, Semi Privado”, de 1980, que pode ser conferida no segundo andar da galeria. Agora, pela primeira vez, vai apresentar uma exposição completa da artista. “Para nós, da Galart, é uma honra receber a multi-artista Liana Timm e sua linda exposição ‘Dispersos Reunidos’”, destaca Bergamini.

Liana Timm. Foto: Sammy Timm/Divulgação

Além de artista, Liana também é arquiteta, escritora, intérprete e designer. Natural de Serafina Corrêa, recebeu o título de cidadã honorária de Porto Alegre, em 2008, município onde vive desde 1950. Atualmente, transita pelas artes visuais, literatura e música, com mais de mil trabalhos produzidos nas mais diferentes áreas. Para a exposição “Dispersos Reunidos”, Liana selecionou 30 obras que representam suas mais emblemáticas séries: Outro(s) de Mim, O Traço Sensível e Passados Presentes.

Dispersos Reunidos

Outro(s) de mim’ foi iniciada em 2009 e está sempre in progress. São obras, em arte digital, de retratos de grandes personalidades da cultura universal e giram em torno das identidades múltiplas que nos habitam. Na mostra, a série é composta por 21 obras de 30 cm x 30, com retratos de nomes como Freud, Anne Frank e Andy Warhol. “Nossa diversidade, poço sem fundo de uma intimidade suspensa, nos escapa e indaga quem somos ou quantos somos. Mas a importância da resposta se apaga na busca. Uma riqueza de interesses toma lugar e emerge outra interrogação: quem mais podemos libertar em nós?”, provoca Liana. A série lembra Mário de Andrade, também representado na exposição, que dizia ser apenas trezentos e cinquenta. O mais ele desprezava.

Em ‘O Traço Sensível’, Liana traz quatro obras em técnica mista (medindo 80 cm x 120 cm), unindo a manualidade do desenho e da pintura à tecnologia. Explora, desta maneira, as nuances que cada técnica lhe oferece criando produções de extremo efeito estético e significações abrangentes. A série une história e contemporaneidade, um tema que vem explorando de diversas maneiras em sua trajetória de 53 anos de arte.

‘Passados Presentes’ completa a mostra, trazendo um outro viés da produção da artista. São cinco obras de 80 cm x 80 cm. Nesta série, Liana promove a desconstrução do conhecido e as referências imediatas não estão presentes. Manchas e massas de cores tomam a primazia para constituir o todo dos trabalhos. A técnica empregada é a mesma das obras da série ‘O Traço Sensível’, com uma expressão menos figurativa do que a presente em seus trabalhos anteriores.

Serviço

Exposição “Dispersos Reunidos” por Liana Timm
Local: “Sala da Frente” da GalArt – Galeria de Arte
Endereço: Av. Lucas de Oliveira, 132
Vernissage: 30 de abril, das 11h às 16h
Visitação: 30 de abril a 31 de maio
Horário: segunda à sexta, das 9h às 18h, sábados, das 10h às 14h

Roteiro cultural no centro de Porto Alegre ganha biblioteca em novo endereço

O corredor cultural que se estende do Memorial do Rio Grande do Sul
até a Usina do Gasômetro, no centro da capital gaúcha, ganha um novo
espaço.

A biblioteca comunitária do Cirandar foi reinaugurada em novo
endereço no sábado, dia 23 de abril. A nova sede fica localizada na Rua dos
Andradas, no 851, no térreo. Uma programação de poesia e música marcou
a data.

A ONG Cirandar atua desde 2008 na promoção da leitura, literatura,
educação, arte e cultura junto a crianças, adolescentes, jovens e suas
famílias. Além da biblioteca central, a instituição é responsável também pela Biblioteca Comunitária Chocolatão e atua em outras comunidades com projetos de leitura.

Na nova casa, funcionará uma biblioteca com um acervo de
aproximadamente 2,5 mil livros e atenderá moradores e frequentadores da
região central de Porto Alegre.

As obras disponíveis tem temática variada:
literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, além de arte, comunicação e leituras obrigatórias do vestibular da UFRGS.

Para realizar empréstimos, será necessário o preenchimento de um
cadastro, além da apresentação de documento de identidade e comprovante de residência. A biblioteca funcionará de segunda a quinta-feira e sábados, das 14 e 18 horas; e sextas-feiras, das 9 às 18 horas.

Para o segundo semestre, o Cirandar projeta a realização de cursos
voltados para leitura, educação e infância. A programação poderá ser
acompanhada no site: cirandar.org.br.

Cirandas de Histórias
A partir deste 23 de abril, Dia Mundial do Livro, também serão
realizadas Cirandas de Histórias. As rodas, voltadas ao público infantil,
acontecerão aos sábados, às 16 horas, com acesso gratuito.

Histórico da ONG
O Cirandar foi fundado no ano de 2008 e funcionava desde então no 3o
andar da Cia de Arte, na rua dos Andradas, no 1780. A organização, que é
certificada pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e pela
Secretaria Estadual do Trabalho de Assistência Social, foi criada com a
proposta de desafiar, fortalecer e mobilizar as redes comunitárias em prol do saber e da cultura. Para isto, realiza programas e projetos de intervenção pautados na educação como ferramenta de transformação social. A equipe do Cirandar é composta por educadores sociais, bibliotecária, artistas e integrantes da equipe administrativa.

 

Na mostra “Arte Alerta”, uma exposição com interatividade

O Espaço Cultural Correios, de Porto Alegre vai receber a exposição interativa Arte Alerta IV, de 23 de abril a 4 junho, com visitação de terças a sábados. A mostra foi criada pela artista gaúcha Lesiane Lazzarotti Ogg, atualmente radicada no Rio de Janeiro, e tem curadoria de Luiz Badia. Entre os diferenciais está a possibilidade de criação e intervenção artística pelos próprios visitantes, o que tem levado milhares de pessoas a conhecer o projeto por onde ele passa, especialmente crianças e adolescentes. A abertura será no dia 23 de abril, das 14h às 17h, no Espaço Cultural Correios, que fica localizado no térreo da Av. Sete de Setembro, 1020, no Centro Histórico de Porto Alegre. Entrada franca.

Evanescimento – Obra de Lesiane Lazzatotti Ogg

“O projeto Arte Alerta foi criado com o intuito de juntar vários artistas em uma nobre causa de alertar as pessoas sobre a degradação provocada pelo ser humano ao meio ambiente. Em um sentido mais amplo, envolvendo também outros aspectos do mundo contemporâneo que afetam a todos, como tecnologia e mudanças de comportamento”, explica Lesiane. “O Arte Alerta tem como foco plantar uma semente nas novas gerações, conscientizando sobre a necessidade de preservar o planeta de nossas próprias ações predatórias”, complementa a artista.

Incluídos – Obra de Marilena Mota

Nesta quarta edição do Arte Alerta, primeira no Rio Grande do Sul, 16 artistas que integram o Atelier Baluarte, do Rio de Janeiro, entre eles a também gaúcha Riele, exibirão suas pinturas com diferentes mensagens sobre a sensível questão de preservação do entorno, questionando a postura da humanidade em relação à natureza e à vida.

A artista Riele e sua obra. Foto: Divulgação

Além das pinturas, serão oferecidas ações de arte-educação, procurando inserir o público na mostra, convidando-os a produzir arte e a interagir a partir de trabalhos manuais orientados pela monitoria. Também será exibido um videoarte sobre a natureza chamado “Alma da Mata”, assinado pelo curador Luiz Badia. O projeto se diferencia nesse aspecto da comunicação e interação com o público, principalmente com as crianças, já que é delas que deve surgir um novo pensamento sobre a convivência entre o ser humano e a natureza.

Preconceito – Obra de Riele

Cidadã do mundo
Natural de Canoas, Lesiane Lazzarotti Ogg, é cidadã do mundo. Atualmente, radicada no Rio de Janeiro, a artista gaúcha começou sua carreira na arte com uma exposição em Cuba e já expôs no Carroussel do Louvre em Paris e na sede da ONU, em Nova York. Com uma forte atuação social, em comunidades da África e do Brasil, Lesiane é membro da Academia Brasileira de Belas Artes, desde 2019.

Planeta Covid – Obra de Márcia Crijó

Serviço:

Exposição interativa “Arte Alerta IV”

Abertura: 23 de abril (sábado), das 14h às 17h.

Visitação: 23 de abril a 4 de junho – terça a sábado, das 10h às 17h.

Local: Espaço Cultural Correios

Endereço: Av. Sete de Setembro, 1020, Centro Histórico, Porto Alegre
Entrada Franca

Arte Alerta II – Divulgação

Coletivo Dandô realiza mostra dentro do aniversário do Meme Estação Cultural

Além da mostra, que terá música, dança e performances, o Meme terá aulas abertas de teatro e dança, o Espaço Improviso e duas apresentações da montagem Teresinhas

O Coletivo Dandô se une ao Meme para apresentar uma mostra multicultural, de forma presencial, pela primeira vez em dois anos. É no espaço do Meme que, no próximo dia 21, estarão reunidos muitos artistas da música, do teatro e da dança para confraternizar e comemorar o aniversário da casa.

O músico Mário Falcão; Foto: Divulgação

Os artistas do Coletivo Dandô POA, Lu Barros, Mário Falcão e Ubiratan Carlos Gomes, terão as participações especiais de Carla Menegaz e Paulo Guimarães, idealizador e coreógrafo do Grupo Meme. E mais: Clarissa Ferreira, Johann Alex de Souza e Tânia Farias também participam desta noite, que terá muita música, dança e performance.

Também nesta semana se iniciam as aulas abertas, com entrada franca. Tecido acrobático com Anita Brusque, teatro para crianças e jovens, dança de salão e o lirismo do Butoh, com Ana Medeiros (RS) e Hiroshi Nishiyama (Japão), ocupam todos os espaços da casa para quem quiser conhecer ou rever os amigos e as práticas. E, para encerrar as comemorações, você pode mostrar tudo o que aprendeu no Espaço Improviso, um lugar de trocas de aprendizados, emoções e arte.

Teresinhas. Foto: Claudio Etges/ Divulgação

No final do mês estará em cartaz a montagem Teresinhas, inspirada no texto de Vinícius de Moraes, que vem se apresentando com sucesso nos palcos brasileiros. Com inúmeros prêmios em sua trajetória, participou do Palco Giratório e esteve em turnês brasileiras de Norte a Sul. Com direção de Paulo Guimarães, parte da trilha sonora é executada ao vivo por Tiago Rinaldi. A cenografia é de Rudinei Morales e a iluminação de Fabrício Simões. No elenco estão Fernanda Stein, Gabriela Rutkoski da Rosa, Nury Salazar, Lisiane Heemann, Margareth Leyser, Vanessa de Ivanoff, Chana Manica e Angela Coelho.

Sobre o Meme:

MEME Espaço Improviso. Fotos: Fábio_Zambom/ Divulgação

O Meme Estação Cultural é um espaço plural onde a produção artística da cidade é vibrante e democrática. Lá, onde a dança é o fio condutor, há teatro, literatura, performances, música, debates, vivências, saúde e gastronomia. Há uma equipe atenta que mantém o olhar no horizonte, sempre disposta a ampliar seus conhecimentos e repassá-los com afeto e sensibilidade para seu público. E é nesse sentido, sempre com o caminhar constante e em frente, que o centro cultural celebra seus 18 anos apresentando uma programação repleta de possibilidades, para que todos possam participar e/ou conhecer o casarão e seus artistas.

            Nesses 18 anos, o Meme fez história, com uma produção artística conectada com a cidade, investindo e acreditando na arte como fator de transformação. Alguns de seus projetos, como o Rua da Criança, são referência para outros espaços culturais. Como todos os espaços culturais brasileiros, o Meme sofreu com a pandemia. Mesmo com toda a incerteza acerca de seu futuro, apresentou um projeto pela Lei Aldir Blanc e movimentou a cultura em 2021, gerando empregos, apresentando projetos potentes e de inclusão social. Agora, com responsabilidade, cuidados e respeito ao público, abre as portas e propõe respiros, arte e reflexão, bem como encontros, afetos e saberes. Confira a programação:

PROGRAMAÇÃO

Mostra do Coletivo Dandô POA

21 de abril, 20h

Ingressos: R$ 25,00

Reservas: 51 982570024

Em 2022 o coletivo retoma as apresentações presenciais com uma mostra dia 21 de abril, às 20h, Meme Estação Cultural, dentro das comemorações do aniversário do Meme. Os artistas do Coletivo Dandô POA, Lu Barros, Mário Falcão e Ubiratan Carlos Gomes, terão as participações especiais de Carla Menegaz e Paulo Guimarães, idealizador e coreógrafo do Grupo Meme. E mais: Clarissa Ferreira, Johann Alex de Souza e Tânia Farias também participam desta noite, que terá muita música, dança, performance e afetos!

Idealizado pela cantora, compositora e pesquisadora de raízes musicais Kátya Teixeira, “Dandô – o Circuito de Música Dércio Marques” é um audacioso projeto que busca a realização de uma verdadeira interação musical por todo o país, por meio do intercâmbio entre artistas de vários rincões, objetivando mostrar as diversas sonoridades regionais e gerar também novas plateias. O nome “Dandô” se refere a um trecho da canção Canto dos Ipês*. A palavra é uma corruptela do verbo andar, no linguajar dos pretos velhos.

AULAS ABERTAS:

Tecido acrobático, com Anita Brusque

20 de abril, das 10h às 12h

Entrada franca

Teatro para crianças

25 de abril, das 14h às 15h30min

Entrada franca

Teatro para adolescentes

25 de abril, das 16h às 18h

Entrada franca

Alongamento e expressão corporal

25 de abril, das 12h às 13h30min

Entrada franca

Aula aberta de dança de salão

28 de abril, das 19h às 20h

Entrada franca

Butoh, com Ana Medeiros (RS) e Hiroshi Nishiyama (Japão)

29 de abril, das 17h às 19h
Entrada Franca

Espaço Improviso

29 de abril, 21h

Ingressos: R$ 10,00

Para celebrar os 18 anos de atividades do coletivo, o MEME Grupo de Pesquisa do Movimento abre seu espaço para novos talentos, artistas e amigos, para improvisar partindo da dança, artes visuais, música, teatro, circo e literatura. Conhecido como Espaço Improviso, o evento abre a roda a partir das 21 horas, sempre de forma democrática e acolhedora.

Teresinhas – montagem do MEME Grupo de Pesquisa do Movimento

30 de abril e 1º de maio, 20h

Ingressos: R$ 50,00 com 50% de desconto para estudantes, idosos e alunos do MEME

Tempo de duração: 1h / Classificação: livre

Em cena, bailarinas de idades e corpos diversos interpretam a personagem principal, oferecendo ao espectador uma reflexão sobre a mulher e suas escolhas. Através do testemunho de sua mãe, Terezinha Jardim Machado, o diretor e coreógrafo Paulo Guimarães (Quasar, Raça Cia de Dança, Mouvere) leva ao palco as diferentes faces de uma mesma mulher. Vivenciando a filha, a mãe, a companheira e a amiga, a protagonista se mostra como quem abre um antigo baú, despindo-se aos poucos para o espectador. A montagem de 2008, inspirada no texto de Vinícius de Moraes, vem se apresentando com sucesso nos palcos brasileiros. Com inúmeros prêmios em sua trajetória, participou do Palco Giratório e esteve em turnês brasileiras de Norte a Sul. Parte da trilha sonora é executada ao vivo por Tiago Rinaldi. A cenografia é de Rudinei Morales e a iluminação de Fabrício Simões. No elenco estão Fernanda Stein, Gabriela Rutkoski da Rosa, Nury Salazar, Lisiane Heemann, Margareth Leyser e Vanessa de Ivanoff, Chana Manica e Angela Coelho.

Link para clip do espetáculo:

Link para vídeo do espetáculo na íntegra:

MEME Estação Cultural

Lopo Gonçalves, 176 – Cidade Baixa – POA

Ingressos para as atividades pelo site www.centromeme.com.br

“Vive melhor quem samba”, show de Edu Moreira, no Teatro Sinduscon

Vive melhor quem samba! A célebre frase de Candeia, um dos compositores fundamentais da música brasileira, é a inspiração para o show de Edu Moreira, que integra o projeto O samba é meu dom – Temporada 2022 do Teatro Sinduscon, dia 28 de abril, às 20 hrs, com entrada franca. O projeto tem curadoria de Mathias Pinto e apresenta artistas e grupos brasileiros sempre na última quinta-feira de cada mês.

Edu Moreira é cantor, violonista e compositor gaúcho cuja biografia musical se deu através do cavaquinho e do violão. Participou de inúmeros projetos culturais relacionados à Música Popular Brasileira desde então. Edu é responsável por produzir rodas de samba na capital e arredores há algum tempo, procurando sempre enaltecer sua ancestralidade africana à medida que traz para essas rodas os sambas que resgatam a importância negra na formação cultural brasileira. Em seu repertório estão compositores como Cartola, Candeia, Mestre Marçal, Wilson Moreira, Jovelina Pérola Negra entre outros, além de composições próprias. Estará acompanhado por Rafa 16 (violão), Cabelinho (cavaquinho), Cleômenes Jr. (sax e flautas), Marcelo Moyses (clarinete), Zalmir Chartzman (percussão) e Mário Martins (pandeiro).

 O projeto O samba é meu dom trará na programação deste ano artistas como Chico Cordeiro, Nath Santos e Izolino. Desde o ano de sua criação, em 2015, o Teatro Sinduscon já apresentou mais de 60 shows, entre eles, Valéria, Pâmela Amaro, Hique Gomes, Nina Wirtti e Luís Barcelos, entre muitos outros.

Edu Moreira . Foto: Felipe Fraga/ Divulgação

Vive melhor quem samba – Edu Moreira

O Samba é meu dom – temporada 2022 do Teatro Sinduscon

Dia 28 de abril, às 20h

Teatro Sinduscon-RS – Av. Augusto Meyer, 146

Entrada franca

Redes do projeto:

https://www.instagram.com/teatrosindusconrs/

https://www.facebook.com/teatrosindusconrs

Ballet Vera Bublitz, na final da maior competição de ballet do mundo

A mais tradicional escola de dança do Estado, o Ballet Vera Bublitz, está na final da maior competição internacional de ballet do mundo, o Youth America Grand Prix (YAGP). Uma comitiva de 18 bailarinos e professores da escola participa  nos Estados Unidos do campeonato. As finais do YAGP são realizadas de hoje, 12,  a 19 de abril, em Tampa, na Flórida.

ulia Xavier – finalista solo e Pas de Deux -: Daniel Martins/Divulgação

O Ballet Vera Bublitz conseguiu emplacar finais nas categorias de Solo (Pré Competitive e Junior), Pas de Deux (dueto) e Grupo. As bailarinas se destacaram na seletiva realizada em Goiânia, em janeiro deste ano. Na categoria solo, Julia Xavier, de 12 anos, e Alícia Prietsch, com apenas 10 anos, são finalistas. Julia está ainda final em Pas de Deux, ao lado de Miguel Oliveira, da também premiada Escola Basileu França, de Goiânia. Outro destaque é a solista Isabela Azevedo, de 15 anos, que compete na categoria Solista Junior. Com a coreografia Instinto, de Patrick Bublitz, o grupo com 13 bailarinas, também chega à final do YAGP.

Não é a primeira vez que o Ballet Vera Bublitz se destaca nessa que é considerada a Copa do Mundo da Dança. Além de 2022, a escola também marcou presença em quatro outras finais da competição: 2006, 2013, 2017 e 2018.

“Instinto” – Ballet Vera Bublitz – Foto: Fernando Muniz/ Divulgação

Levar talentos para os principais palcos do mundo já é uma tradição do ballet de Porto Alegre. Atualmente, 20 bailarinos formados no Ballet Vera Bublitz integram companhias internacionais. Entre eles, Lorenzzo Fernandes, no Staatsballett Berlin (Alemanha); Carla Körbes, no NYC Ballet e no Pacific Northwest Ballet (Estados Unidos); Marta Bayona, do Ballet Nacional Sodre (Uruguai); e Rejane Duarte, no Dance Theater of Harlem (Estados Unidos).

Em 2018, o Ballet Vera Bublitz promoveu o Festival Internacional de Dança de Porto Alegre, um torneio internacional que reuniu 1.500 bailarinos do Brasil e do mundo na capital gaúcha. Os premiados receberam bolsas para cursos e estágios nas mais importantes escolas internacionais do mundo.

Rafael Guimaraens , jornalista e escritor, recebe título de Cidadão Emérito de Porto Alegre

Nessa terça-feira, dia 12 de abril, às 17 horas, o escritor e jornalista Rafael   Guimaraens  recebe o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, por sua contribuição ao jornalismo e à literatura, com sua obra dedicada à memória da cidade. A solenidade acontecerá no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255).
Guimaraens publicou mais de 20 livros que têm como palco principal a cidade de Porto Alegre, resgatando episódios históricos conhecidos ou revelando histórias desconhecidas ao público leitor. A proposta (de 2020) é de autoria do ex-vereador Marcelo Sgarbossa. Durante a cerimônia, a instituição será representada pelo vereador Jonas Reis.
Na ocasião, também será inaugurada, no saguão do Plenário, a exposição O Editor Escritor da Cidade: A trajetória de Rafael Guimaraens na historiografia porto-alegrense.A mostra, aberta até o dia 22, vai reunir originais, fotos, livros e prêmios do escritor.

Jornalista e escritor

Carlos Rafael Guimaraens Filho, jornalista e escritor, conhecido como Rafael Guimaraens, Rafa para seus muitos amigos, iniciou sua carreira em 1976, atuando em todos os cargos até se tornar secretário de redação da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, o histórico Coojornal. O mensário marcou época na luta pela redemocratização do país. Rafael foi um dos quatro jornalistas processados e presos pela publicação de documentos secretos do Exército. Dez anos depois, era editor de política do jornal Diário do Sul, outro marco de qualidade entre veículos da imprensa estadual, de 1986 a 1988. Posteriormente exerceu diversas funções nas assessorias de imprensa da Prefeitura de Porto Alegre, do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Rafael Guimaraens. Foto Clô Barcellos/ Divulgação

Desde então passou a se dedicar também a escrever livros e reportagens de história e também de história ficcionalizada, recriação histórica através da ficção, com especial frequência sobre fatos marcantes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, solidificando sua presença nos setores histórico e cultural.

É autor dos livros “O Livrão e o Jornalzinho” (1997, reeditado em 2011), “Pôrto Alegre Agôsto 61” (2001), “Trem de Volta, Teatro de Equipe” (com Mario de Almeida, 2003). Com “Tragédia da Rua da Praia”, de 2005, recebeu o prêmio “O Sul Nacional e os Livros”, na categoria melhor narrativa longa – este livro teve uma versão em quadrinhos com Edgar Vasques, relançado agora, em 2022. Seguiram-se “Abaixo a Repressão – Movimento Estudantil e as Liberdades Democráticas” (com Ivanir Bortot, 2008), e “Teatro de Arena – Palco de Resistência” (2009), vencedor do prêmio Açorianos nas categorias Especial e Livro do Ano. Com “A Enchente de 41” recebeu em 2010 o Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES), como melhor livro de não-ficção. Depois vieram “Rua da Praia – Um Passeio no Tempo” (2010), “Unidos pela Liberdade!” (2011), “Mercado Público – Palácio do Povo” (2012), “A Dama da Lagoa” (2013), “Águas do Guaíba” (2015). Com “O Sargento, o Marechal e o Faquir” (2016), foi novamente agraciado com o Prêmio da AGES, desta vez na categoria Especial, e com “20 Relatos Insólitos de Porto Alegre” (2017), ganhou o Prêmio Minuano de Literatura. Publicou “Fim da Linha – Crime do Bonde” em 2018 e no ano seguinte “O Espião que Aprendeu a Ler”, vencendo seu terceiro Prêmio AGES, desta vez em melhor narrativa longa. Em 2021, recebeu menção honrosa do Prêmio Açorianos com “1935”, também na categoria narrativa longa, e, no mesmo ano, lançou o livro infantil Bolita de Gude. Todos esses títulos foram publicados pela editora Libretos.

Rafael Guimaraens. Foto: Marco Nedeff/ Divulgação

Sua produção autoral soma ainda outros livros, num total de 22 obras. Em 1986, editou o livro “Legalidade – 25 anos” e coordenou a edição do livro “Coojornal – um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar” (2011, vencedor do prêmio Açorianos, categoria especial) e também do livro “Os Filhos Deste Solo – Olhares Sobre o povo Brasileiro” em 2013. Produziu o roteiro do espetáculo “Legalidade – o Musical”, de 2011, exibido durante as comemorações oficiais do cinquentenário da Campanha da Legalidade.

A Libretos, à qual Rafael é vinculado, atua há 20 anos no mercado editorial gaúcho, inclusive com presença há doze anos na Feira do Livro de Porto Alegre, tendo publicado mais de 200 títulos, e recebido mais de vinte prêmios literários. Participa há mais de dez anos do programa Adote um Escritor, que leva livros e autores às salas de aula do ensino público.

Neto do poeta Eduardo Guimaraens, filho do jornalista Carlos Rafael e da professora Vera, Rafael é casado com a designer e editora Clô Barcellos; é pai de Elisa e avô de Rafael e Valentin, que junto com Lenora, Paula e a netinha Lila completam sua família.
.
(Texto: Simone Lersch)

Samba, choro e jazz no Chapéu Acústico, com Lucas Brum Trio

A Biblioteca Pública do Estado (BPE), instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta, no projeto Chapéu Acústico, o show Lucas Brum Trio, com Lucas Brum (guitarra elétrica), Caio Maurente (baixo acústico) e Mano Gomes (bateria). O evento ocorre dia 12 de abril
(terça-feira), às 19h, no Salão Mourisco da BPE (Rua Riachuelo,1190).

O grupo trará o espetáculo de música brasileira, música americana e interação como protagonistas. Samba, choro e canção brasileira se misturam com a improvisação do jazz em  temas originais e releituras. O ritmo é praticamente um quarto elemento do grupo, já que as
explorações de compassos e células rítmicas são constantes nos arranjos assinados pelo guitarrista. Além do trio, individualmente os integrantes acumulam experiências em outros grupos musicais e bandas.

Chapéu Acústico
O evento tem entrada livre, mediante contribuição espontânea, com número de vagas limitado. Informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3224-5045 ou pelo e-mail bibliotecapublicadors@gmail.com.
Com produção de Marcos Monteiro, o projeto acontece desde 29 de setembro de 2016, sempre na BPE, e já contou com mais de 150 apresentações, com artistas locais e estrangeiros, nos
gêneros jazz, música popular, bossa nova e choro, trazendo novidades e músicos consagrados.

Os músicos
Além de guitarrista, Lucas Brum é compositor e copista. Atualmente, lidera a Lucas Brum Big Band e faz parte da banda Lummi (vencedora do “Novos Talentos do Jazz 2021”, concurso promovido pelo Savassi Festival). Como compositor, escreve temas de Jazz e obras de concerto, já tendo ganho em 2018 o “III Concurso de Composição Erudita Gramado in Concert”. Como
copista, já editou partituras para Brasil, EUA e França. Participou da editoração do livro “The Brazilian Groove Book: Samba & Bossa Nova”, de Kiko Freitas (publicado em 2020 pela Hudson Music).

Caio Maurente. Foto Eduardo Rocha/Divulgação

O baixista, compositor e arranjador Caio Maurente atua profissionalmente em Porto Alegre desde 2009. Como freelancer, já trabalhou com importantes artistas como: Daniel, Ivete Sangalo, Alexandre Pires, John Secada e Chitãozinho e Xororó, Hello: Adele Tribute, Maurício
Manieri – Classics, Amik Guerra (Cuba), Matt Hopper (USA), Edu Neves, Gabriel Grossi, Luis Carlos Borges, Shana Muller, dentre outros, além do trabalho autoral/instrumental com o Caio Maurente Trio. Formado em Licenciatura em Música pelo IPA, Caio já estudou com Ayrton
Zetterman, Clóvis “Boca” Freire, Lucas de Almeida, Felipe Brisola e Edu Martins. Atualmente é aluno do Bacharelado em Baixo Acústico Erudito da UFRGS.

Mano Gomes Foto Carlos Silleiro/ Divulgação

Mano Gomes é baterista da Delicatessen Jazz, banda com a qual ganhou o prêmio de melhor disco em língua estrangeira na 23a edição do “Prêmio da Música Brasileira”. Em 2006, recebeu o Prêmio Açorianos de melhor instrumentista. Músico de grande experiência nas cenas de
música porto alegrense e nacional. Já gravou com Nei Lisboa, Marcelo Delacroix, Dani Calixto, Daniel Wolff, João Maldonado, Alex Alano, Fausto Prado, entre outros.

Os vídeos do trio estão no youtube.com/lucasbrum e seus integrantes no instagram como
@lucaspbrum, @mateus.albornoz e @gomes_mano.

SERVIÇO
O Quê: Chapéu Acústico com Lucas Brum Trio
Quando: Dia 12 de abril, às 19h
Onde: Salão Mourisco da BPE (Rua Riachuelo, 1190, Porto Alegre, RS)
• Entrada livre, mediante contribuição espontânea.
O número de vagas é limitado.

“Almoço do chef” oferece gastronomia especial, em reduto de música na Cidade Baixa

Na sua terceira edição, O Almoço do Chef, o Bar Parangolé e o cozinheiro Daniel Ninov, apresentam um cardápio clássico da cozinha portuguesa e uma opção para vegetarianos e simpatizantes. O encontro acontece nesse sábado, 9 de abril das 12:00 as 14:30hs, será servido, mediante reservas.
Foto Beto Rodrigues/ Divulgação
O Bacalhau à Gomes de Sá com arroz negro e um Risoto de cogumelos frescos, além de sobremesas da maravilhosa cozinha da Filipa pão e café, tortas tipo cheesecake de frutas vermelhas e outra de chocolate e doce de leite.
O cozinheiro Daniel Ninov, valoriza o paladar e a estética no prato e tem  pesquisa e experiência de longa data. O bar Parangolé,  inspirado no artista Hélio Oiticica, “é um lugar acolhedor e de bom gosto em tudo que faz”, segundo seu proprietário, seu Cláudio e completou 16 anos de trajetória, oferecendo para a noite de Porto Alegre o que tem de melhor da música local, bebidas e comidas de buteco.
Serviço:
Endereço: av. Lima e Silva, 240, Cidade Baixa, Porto Alegre
Cardápio: Bacalhau à Gomes de Sá com arroz negro: R$ 55,00

                 Risoto de cogumelos tipo italiano: R$ 43,00

                 Sobremesas Felipa: R$ 15,00

Reservas pelos números 96825544 – Daniel Ninov e 991963899 Seu Cláudio.