João Alfredo será "Rua Completa"

A prefeitura apresentou, neste sábado, 30, o conceito de “Ruas Completas” no evento “Pátio Cultural”. A rua João Alfredo, na Cidade Baixa, foi a rua escolhida para inaugurar a iniciativa em Porto Alegre.
Com o objetivo de promover a ocupação do espaço público durante o dia e ampliar a segurança no trânsito, a iniciativa da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (SMIM) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ouviu sugestões da população em três painéis que foram distribuídos pela via.
“A lógica do Ruas Completas é uma via mais humanizada, com calçadas amplas para termos um convívio melhor entre moradores, comerciantes e frequentadores”, explica o vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim.
“Estamos ouvindo os moradores para saber o que eles querem para esta via. Após, vamos colher todas as informações, estudar e partir para ação”, explica o diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano.
A sinalização temporária já foi instalada na rótula da João Alfredo com a Lopo Goncalves. As calçadas foram ampliadas, foram adicionadas travessias de pedestres e uma mostra com vegetação, que integram o conceito de Ruas Completas.
O artista plástico Lucas Anão, junto com crianças, pintou a Flor da Vida na rua, alertando para a questão da segurança.
Ruas Completas
Dez vias de dez cidades do país foram escolhidas para servir de modelo à replicação do conceito de Ruas Completas. A João Alfredo é uma delas. O projeto, que envolve a Prefeitura de Porto Alegre, por meio da EPTC, Smim e Secretaria Municipal de Relações Institucionais, Ong WRI e Frente Nacional de Prefeitos, busca a requalificação da rua João Alfredo. Tem como objetivo remodelar o espaço público, com desenho urbano diferenciado, incentivo à mobilidade ativa (meios de transporte não motorizados) e atividades no período diurno.
A qualificação irá beneficiar a população que transita pelo local, com mais segurança para todos (moradores, comerciantes e visitantes). Essa primeira etapa, com a apresentação do conceito para população, é chamada de etapa temporária. Uma sinalização é implantada na rua antes da instalação da etapa definitiva, que vai contar com alargamento das calçadas e elementos para promover o convívio harmônico do espaço.
Com informações de assessoria

Seminário sobre reforma da Previdência lota a Câmara num sábado

O auditório Ana Terra, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, foi pequeno para o público que compareceu ao seminário sobre a Reforma da Previdência, na tarde deste sábado, 30 de março.

Havia gente pelos corredores e escadarias ao longo de todo o evento, que se estendeu das 13h às 18 horas e contou com mais de 200 pessoas. Lideranças do movimento sindical e representantes de diversos núcleos do interior do Estado, um público multiplicador e animado que se mostrou disposto a “uma arrancada capaz de barrar a reforma”.
“Tem que partir para o ataque”, instigou a professora Maria Lúcia Fattoreli, a principal palestrante da tarde, que arrancou aplausos.
Sara Granemann, professora da Universidade do Rio de Janeiro, especialista em sistemas de Previdência, abriu o seminário saudando a disposição dos que estavam ali “sacrificando um sábado lindo de sol” para estar reunidos num recinto fechado, em busca de informações.

“É importante, porque, estamos diante  de uma contra-reforma, que é o maior atentado aos direitos dos trabalhadores já concebido”, disse a professora.
Ela enumerou as reformas parciais já feitas na Previdência nos governos Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma.
“Essa é a pior, porque vai além da previdência social. Pretende desmontar o regime de seguridade social inscrito na constituição de 1988”.
Ao extinguir o princípio da solidariedade e repartição em que se baseia o regime de seguridade brasileiro, a reforma que vai ser votada “mexe em algo que é um fundamento da nação. É muito grave”, diz Granemann.
O centro da reforma, segundo a pesquisadora, é instituir a capitalização, que nada mais é do que uma aplicação financeira, “com todos os riscos inerentes a uma aplicação financeira”. Na capitalização, disse ela, “o cidadão sabe quanto vai pagar, não sabe quanto vai receber”
Apoiada em gráficos e estatísticas oficiais, Sara Granemann demonstrou didaticamente que não falta dinheiro no sistema de previdência social e estimou que chega a R$ 4 trilhões o dinheiro que circula no sistema. “Esse é o tamanho do negócio”.
No Chile, segundo a pesquisadora, a capitalização foi adotada por decreto do ditador Augusto Pinochet, em novembro de 1980. Citando pesquisa recente, a professora disse que 44% dos aposentados chilenos estão abaixo da linha da pobreza, com menos de 2 dólares de renda por dia.
A advogada especializada em direito previdenciário, Marilinda Marques Fernandes falou dos países que adotaram o regime de capitalização nas últimas décadas. “São 30 países, oito já voltaram ao sistema anterior. E que na maioria deles aumentou a desigualdade e a miséria, sem atacar o déficit”. Citou o exemplo de sua terra natal, Portugal, “que quase afundou e teve que voltar atrás”.
A reforma brasileira, segundo Marilinda, é cópia do que já foi aplicado nesses países. “É um modelo tirado de manual”, disse.

Maria Lúcia Fattorelli, auditora fiscal aposentada e coordenadora nacional do movimento pela Auditoria da Dívida, encerrou o seminário, falando quase duas horas, com apoio de tabelas e gráficos para demonstrar sua tese central: o Brasil vive uma crise provocada pela política monetária do Banco Central, toda ela voltada para atender aos interesses do sistema financeiro.
A palestra dela merece um registro à parte.

Pulverização contra dengue em bairro que registrou 12 casos 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que serão realizadas duas operações de pulverização de inseticida nesta sexta-feira, 29.
Ambas as ações acontecem próximo ao local de trabalho de dois pacientes residentes no bairro Santa Rosa e Lima que tiveram confirmação de infecção pelo vírus da dengue.
No turno da manhã, a operação será no próprio bairro. À tarde, será em ruas do bairro Boa Vista.
Em caso de chuva as operações serão remarcadas.
O bairro Santa Rosa de Lima registra 12 casos autóctones de dengue, ou seja, contraídos na região, em 2019. O número é sujeito a revisão.
Os locais das ações são os seguintes:
Manhã – a partir das 9h30 – bairro Santa Rosa de Lima
– Trecho da Rua Diogo Álvares Correa, próximo à Passagem Um Diogo A Correa – Cristóvão Jaques;
– Trecho da Rua José Ferreira Jardim, entre a Rua José Alípio da Silva e Av. Caldeia;
– Trecho da Rua Cristóvão Jaques, entre a Rua José Alípio da Silva e Av. Caldeia;
– Trecho da Rua Ariosto Vieira Rodrigues entre a Rua José Alípio da Silva e Av. Caldeia;
– Rua Luminar;
– Trecho da Rua Diogo Leite próximo à Rua Luminar;
– Passagem Um Diogo A Correa – Cristóvão Jaques.
Tarde – a partir das 14h30 – bairro Boa Vista
 Trecho da Rua Francisco Petuco, próximo à Rua Anita Garibaldi;
– Trecho da Rua Afonso Taunay, próximo à Rua Anita Garibaldi;
– Trecho da Rua Luiz Luz, próximo à Rua Anita Garibaldi;
– Trecho da Rua Marechal Andrea, entre a Rua Anita Garibaldi e a Rua Gen. Ibá Mesquita Ilha Moreira;
– Trecho da Rua Gen. Ibá Mesquita Ilha Moreira entre as ruas marechal Andrea e Líbero Badaró;
– Rua Desembargador José Bernardo de Medeiros Jr.
– Trecho da Rua Anita Garibaldi, entre as ruas Dr. Paulo Franco dos Reis e Líbero Badaró.
Os trabalhos em campo serão coordenados pelo médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde/SMS.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Defensores Públicos repudiam "estímulo ao ódio e à tortura"

A Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) manifesta repúdio à medida anunciada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, que confirmou a recomendação do presidente Jair Bolsonaro para atos em comemoração ao Golpe Militar, no próximo dia 31 de março.
Para os defensores públicos federais, que atuam na garantia dos direitos humanos, a decisão do Governo é um estimulo grave ao ódio e à tortura. Celebrar a data é ignorar a dor de dezenas de brasileiros, é retroceder aos direitos conquistados sob a morte daqueles que lutaram por um País livre, entre eles índios, sindicalistas e líderes rurais e religiosos, desaparecidos e assassinados durante o triste período da ditadura militar.
Temos apreço e respeito às Forças Armadas que têm como seu papel institucional garantir e preservar os poderes constitucionais. No entanto, sob a pretensão de exaltar o Exército Brasileiro, a comemoração do golpe de 64 celebra um momento em que o papel das Forças Armadas foi deturpado e corrompido. O golpe de 64 representou uma violação profunda do Estado Democrático de Direito, inaugurando um período em que a tortura, a violência e a perseguição política foram institucionalizados no Brasil.
Em nome daqueles que sofreram e ainda sofrem a dor dos dias marcados pela ditadura militar, rechaçamos qualquer manifestação no sentido de reconhecer a data além do que ela estritamente representa: um dos períodos de maior sofrimento na história do País.
(Com informações da assessoria)

Exposição busca estimular produção de mel e derivados

Evidenciar as propriedades do mel, do pólen, da geleia real e do própolis é um
dos objetivos da parcela da Apicultura no Espaço Casa da Emater, na
Expoagro em Rio Pardo.
No local, extensionistas da Emater/RS-Ascar  presentam todos os produtos como alternativas não apenas para o autoconsumo, mas para a comercialização e, consequentemente, geração de renda.
“Nossa intenção é a de estimular os agricultores, especialmente em um momento em que há queda de preço pago ao produtor para o quilo do mel”, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar, Sanderlei Pereira.
Ele comenta o fato de ainda faltar informação sobre o consumo dos produtos
das abelhas, como o mel, muitas vezes visto como vilão por conta do suposto
“excesso de açúcar”.
“O brasileiro consome uma média de apenas 70 gramas
do produto por ano, contra 900 dos americanos, ou 1.200 dos alemães”
explica, reforçando o fato de o mel possuir uma série de propriedades
benéficas, contribuindo para mitigar transtornos intestinais, males da garganta
e até enfermidades cardíacas.
Não é diferente com outros produtos, como o pólen, que é fonte de
aminoácidos essenciais, vitaminas, carboidratos, minerais e lipídios. “Ainda que
seja um pouco mais difícil de produzir, pode chegar a custar até R$ 100,00 o
quilo”, destaca Pereira.
Já o própolis é obtido a partir de raspagens de tampas,
caixilhos, ninhos e melgueiras.
“O brasileiro consome uma média de apenas 70 gramas
do produto por ano, contra 900 dos americanos, ou 1.200 dos alemães”
explica, reforçando o fato de o mel possuir uma série de propriedades
benéficas, contribuindo para mitigar transtornos intestinais, males da garganta
e até enfermidades cardíacas.
Não é diferente com outros produtos, como o pólen, que é fonte de
aminoácidos essenciais, vitaminas, carboidratos, minerais e lipídios. “Ainda que
seja um pouco mais difícil de produzir, pode chegar a custar até R$ 100,00 o
quilo”, destaca Pereira.
Já o própolis é obtido a partir de raspagens de tampas,
caixilhos, ninhos e melgueiras. E foi com a intenção de saber mais sobre a
produção de própolis que o agricultor Luis Paulo Souza Lopes, de Tabaí,
passou pelo espaço para tirar dúvidas.
Com 80 caixas de abelhas que, juntas, rendem 1,6 toneladas de mel por ano, o
produtor já iniciou um trabalho de teste em sua propriedade para a obtenção de
própolis. “Na verdade não adianta apenas cultivar, é preciso ter para quem
vender”, avalia. Acostumado a utilizar o mel no café como substituto do açúcar,
Lopes pretende investir em alternativas que, inicialmente, servirão para o
consumo da família para, mais tarde, poderem ser utilizadas para
comercialização.
Na parcela, atividades relacionadas ao manejo da colmeia e implantação de
enxames também são demonstradas por extensionistas.
Uma exposição com 24 meliponídeos autorizados por portaria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para serem criados no RS, dispostos em caixas
recomendadas para cada espécie, sendo oito delas com pinturas utilizadas na
Eslovênia. Dúvidas sobre apicultura e meliponicultura podem ser esclarecidas
nos escritórios da Emater/RS-Ascar no Estado.
Com 80 caixas de abelhas que, juntas, rendem 1,6 toneladas de mel por ano, o
produtor já iniciou um trabalho de teste em sua propriedade para a obtenção de
própolis. “Na verdade não adianta apenas cultivar, é preciso ter para quem
vender”, avalia.
Acostumado a utilizar o mel no café como substituto do açúcar,
Lopes pretende investir em alternativas que, inicialmente, servirão para oconsumo da família para, mais tarde, poderem ser utilizadas para
comercialização.
Na parcela, atividades relacionadas ao manejo da colmeia e implantação de
enxames também são demonstradas por extensionistas. Uma exposição com
24 meliponídeos autorizados por portaria da Secretaria Estadual de Meio
Ambiente (Sema) para serem criados no RS, dispostos em caixas
recomendadas para cada espécie, sendo oito delas com pinturas utilizadas na
Eslovênia. Dúvidas sobre apicultura e meliponicultura podem ser esclarecidas
nos escritórios da Emater/RS-Ascar no Estado.
(Com informação da Assessoria de Imprensa)

Se crescer apenas 2% Brasil não sai da recessão em 2019

Sérgio Lagranha
A previsão do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de crescimento de 2% em 2019, segundo o boletim Focus desta semana.
Há um mês previa-se crescimento de 2,48% e, na semana passada, de 2,01%.
No ano passado, o PIB brasileiro praticamente ficou em 1,1%, conforme o IBGE, desempenho decepcionante.
A indústria cresceu míseros 0,6%, primeira alta após quatro anos de quedas. A forte agropecuária brasileira ganhou 0,1%.
Considerando-se que em 2017 o crescimento foi de 1 %, depois de duas quedas seguidas de 3,5%, em 2015 e 2016, o saldo ao final deste ano ainda estará na casa dos 3% negativos no período de cinco anos. Recessão prolongada.
Enquanto isso, a Dívida Bruta do Governo Geral fechou 2018 na casa dos R$ 5,271 trilhões, o que representa 76,7% do PIB.
No Orçamento de 2019, R$ 1,42 trilhão se destinam ao pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida somente nesse ano.
Isso corresponde a aproximadamente 40% do total do Orçamento da União, que é de R$ 3,3 trilhões. E é mais do que o governo Bolsonaro estima economizar com a reforma da Previdência em dez anos (entre 700 bilhões e 1 trilhão)
Mas na dívida quase não se fala. É como se ela não tivesse nada a ver com a situação.
 
 

Outro vereador que denunciava a violência foi assassinado no Rio

Foi assassinado com um tiro na madrugada deste domingo o vereador Wendel Coelho, de Japeri, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele era um crítico da situação de “caos” na segurança pública da cidade. Tinha 24 anos, estava no primeiro mandato
No dia 8 de janeiro, ele comentou no Facebook o assassinato de um amigo também em Japeri: “Hoje foi meu amigo que amo tanto. Amanhã será quem?”.
Wendel foi baleado no peito dentro do carro em que estava no bairro conhecido como Engenheiro Pedreira, em Japeri, às 4h50 deste domingo (24). O irmão da vítima, que estava no banco do carona, nada sofreu.

'Amanhã será quem?', publicou Wendel em janeiro após a morte de um amigo Foto: Reprodução

 

Polícia gaúcha investiga duas ameaças inspiradas no atentado de Suzano

Por Tiago Lobo
Dois casos aparentemente inspirados na tragédia de Suzano, em São Paulo, estão sendo investigados pelas autoridades policiais do RS.
O ataque ocorrido na escola paulista Raul Brasil na quarta-feira, 13, deixou 10 mortos e 11 feridos, por dois jovens encapuzados que abriram fogo nas dependências da instituição.
O primeiro caso foi mencionado no dia 19 de março, pela delegada Nadine Farias, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em palestra na Associação Comercial de Porto Alegre. Ela revelou que um suspeito com características semelhantes aos jovens que praticaram o atentado em SP foi preso no interior do RS. Mas evitou dar mais detalhes: “Não informamos à imprensa para evitar pânico”, explicou.

Delegada Nadine falou na ACPA nesta terça-feira

O caso a que a delegada se referia ocorreu menos de um dia após o ataque em SP.
Um jovem de 21 anos, residente de Santa Rosa, no noroeste do RS, publicou ameaças no seu Facebook, na noite do dia 14, onde dizia:
“Pêsames aos mortos, mas parabéns aos heróis, sabem quem são? (…) São os dois garotos que praticaram tal ato (…) corram mais rápido que as minhas balas”.
A postagem do jovem de Santa Rosa

As ameaças em alusão à tragédia de Suzano geraram pavor entre os alunos do Centro Tecnológico Jorge Logemann, em Horizontina, cidade vizinha de Santa Rosa, com 20 mil habitantes, onde o rapaz estudou até o ano passado.
Na manhã seguinte muitos alunos não foram à escola, o que levou a diretoria a registrar um Boletim de Ocorrência. No mesmo dia foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na casa do suspeito que resultaram na sua detenção, apreensão de anotações, touca ninja, bandana de caveira (como a utilizada em Suzano), um livro, HD e celulares.
Detido e levado para prestar depoimento na delegacia de pronto atendimento de Santa Rosa, o jovem foi liberado e responderá por “apologia ao crime”.
O vice diretor da escola, Wilson Hélio Hirt, disse ao JÁ que o jovem detido nunca apresentou sinais de violência enquanto era aluno. “Acho que não fez por maldade, foi ingenuidade”, afirmou.
Ameaça assombra universidade
Ameaça veio da Deep Web

Às 21h20min do dia 13/03/2019, poucas horas após a tragédia paulista, outro jovem publicava mensagens de ódio e ameaças no Dogolachan, um fórum anônimo localizado na primeira camada da chamada Deep Web, uma região da internet que não está visível aos operadores de busca e necessita de um navegador específico para ser acessada.
No post original o usuário sentencia:
“(…) já ocorreu em creche, escola infantil, ensino médio. Quero ser o primeiro a fazer uma chacina numa universidade. Quem viver, verá, e quem morrer é escória.”
No dia 18/03 mais uma mensagem anuncia o seu alvo:
“Fiquem ligados nas notícias do Rio Grande do Sul até o final do mês irei gerar o maior lulz que esse país já presenciou (…)”
Lulz, na linguagem dos frequentadores desse fórum é uma corruptela da gíria norte-americana lol (laughing out loud, ou “rindo alto”) que geralmente é utilizada para expressar alegria pelo sofrimento alheio.
Outros usuários incentivaram autor das ameaças

As mensagens que seguem são de usuários comemorando e incentivando o ataque para planejar o que este grupo chama de atcvm sanctvm. Uma ação terrorista para “rir do sofrimento da sociedade”.
Um membro sugere o ato no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), como seu “presente de aniversário“, e teoriza que a segurança  é “meramente patrimonial” e que o seguranças seriam assaltados por “negros”, visto que Brigada Militar não poderia entrar no local, o que não é verdade.
Outro pede “mate as vadias das exatas no campus do vale”.
Suspeita-se que Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, os atiradores da tragédia de Suzano, tenham sido frequentadores do mesmo fórum em que estas ameaças foram publicadas.
As mensagens se disseminaram rapidamente pelo whatsapp e grupos de alunos no Facebook. No dia 20 a insegurança já havia tomado conta de estudantes e funcionários.
Às 9h54min daquela quarta-feira um professor do Instituto de Matemática e Estatística da universidade, que pediu para não ser identificado na reportagem, disparou um comunicado interno para colegas explicando que apesar da inverossimilhança das “ameaças”, é necessária “atenção especial ao ambiente de trabalho (…) em relação à segurança”.
Às 16h a reitoria estava em uma reunião a portas fechadas para tratar exclusivamente do caso e já havia acionado a ABIN, Polícia Federal, Polícia Civil e o setor de Inteligência da Brigada Militar.
A Brigada Militar reforçou a segurança no Campus do Vale e segundo a assessoria de comunicação social da Polícia Federal “foi determinada a instauração de inquérito pela Delegacia de Defesa Institucional, unidade especializada na investigação desse tipo de delito. A área de inteligência da Polícia Federal está trabalhando integrada com a Secretaria de Segurança Pública do estado e com a Polícia Civil e Brigada Militar”.
O JÁ segue acompanhando os desdobramentos do caso.
 
 

Em alerta pelo atentado de Suzano polícia prende suspeito no RS

A polícia gaúcha prendeu um suspeito com características semelhantes aos jovens que praticaram o atentado em Suzano, onde dois jovens mataram oito pessoas a tiros dentro de uma escola estadual.
O suspeito foi localizado pelo serviço de inteligência da Polícia Civil e em sua casa foram encontrados catálogos de armas e uma máscara semelhante à usada por um dos jovens que praticaram o atentado em Suzano.
A informação foi passada pela delegada Nadine Farias, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em palestra sobre segurança na Associação Comercial de Porto Alegre.
A delegada evitou dar detalhes, nem mesmo revelar a cidade do interior onde o suspeito foi encontrado. “Não informamos à imprensa para evitar pânico”, disse ela. Ela não informou também se o suspeito continua preso.
Nadine Farias é a primeira mulher a comandar a Polícia Civil gaúcha, em 177 anos da instituição.
“Quebra de Paradigmas” foi o tema do bate-papo da reunião-almoço MenuPOA, nesta terça-feira, 19, promovida pela Associação Comercial de Porto Alegre.
Segundo ela, nos seus quase sete anos de atuação na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher percebeu uma violência silenciosa contra as mulheres. “Em 2005, quando não havia a Lei Maria da Penha – sancionada em 2006 para proteger a mulher da violência doméstica e familiar -, o agressor só assinava um termo circunstanciado de ocorrência e ia embora.”
Para Nadine, a Lei Maria da Penha foi uma quebra de paradigma. “Fui atuar na Delegacia da Mulher para implantar essa lei.” Hoje são 22 postos em operação, que atendem cerca de 40 mulheres por dia e mais de mil ocorrências por mês. “A sociedade precisa fazer uma reflexão sobre isso”, acrescenta.
Nadine tem uma posição polêmica em relação a construção de presídios.  Ela é contra a construção de um Presídio Federal em solo gaúcho. “Junto com o preso vem a família e a facção. Minha sugestão é que cada município tenha seu pequeno presídio e cuide de seu preso, mas temos que enfrentar esse preconceito.”
A delegada entende que a polícia precisa investir em prevenção e não só repressão. Na Polícia Civil temos o “Papo de responsa”, programa com atuação junto às escolas de ensino fundamental, médio, sejam elas públicas ou privadas, na promoção de um diálogo descontraído sobre prevenção à violência e o papel do policial na sociedade, tendo como público alvo a interlocução com crianças, adolescentes e jovens. “A ideia é mostrar para o jovem que a polícia existe para proteger e não só punir.”
Outro projeto da Polícia Civil é Galera do Bem. O aluno, líder de turma (escolhido pelos colegas) é habilitado para mediar conflitos na escola. Ele recebe uma camiseta que o identifica com o mediador e o tornará referência entre seus colegas na mediação dos conflitos escolares.
Nadine lembrou a “teoria das janelas quebradas”, defendida pela primeira vez em 1982 pelos norte-americanos James Wilson e George Kelling.  A deterioração da paisagem urbana é lida como ausência dos poderes públicos, portanto enfraquece os controles impostos pela comunidade, aumenta a insegurança coletiva e convida à prática de crimes. “Temos que unir a sociedade, pois sozinha a Polícia Civil não vai resolver o problema da violência”.

Z Café apoia campanha por menino com doença rara

A rede Z Café se engaja em uma campanha para arrecadação de fundos em prol do menino Antonio Canuso da Conceição, portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal), uma síndrome rara que causa a perda dos movimentos e problemas no sistema respiratório.
Durante uma semana, a partir da quarta-feira (20), os clientes que comprarem a caneca produzida especialmente para ação , no valor de R$ 35, não precisarão pagar pelo café expresso. A promoção é válida para todas as unidades da cafeteria.
De acordo com Sandro Zanette, sócio da rede Z Café, a iniciativa busca fazer com que Antonio consiga arrecadar o quanto antes o valor necessário para a aquisição de um remédio capaz de paralisar o avanço da doença. “Este é um papel social que iremos realizar. Queremos fazer a nossa parte neste desafio, assim como buscamos conscientizar que mais pessoas ajudem”, ressalta.
Antônio nasceu em 20 de maio de 2018 sem sinais da doença. Com o passar dos dias, começou a não responder a determinados estímulos o que levou os pais a procurarem um especialista. Os exames apontaram que ele é portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal), uma doença fatal, mas que pode ser controlada por meio de uma medicação importada chamada Spinraza.
O custo da dose da medicação é de R$ 364.565,98, sendo que para o tratamento anual, o menino necessita arrecadar R$ 2.187.395,88. Além de um campanha nas redes socias e abertura de contas para depósito, a campanha chegou a empresas como o Z Café.
(Com informações da Assessoria)