Ricardo Boechat : uma voz dissidente que se cala

É irrelevante a questão da licença para transportar passageiros, que o helicóptero que caiu com Boechat não teria.
Ele estava autorizado a voar para filmagens, aeroreportagem e aerofotogrametria., Transportar um passageiro não ia interferir em nada, fere apenas a burocracia.
O piloto Ronaldo Quattrucci era experiente, extremamente cuidadoso segundo relato de colegas.
O que aconteceu? Esta é a questão que só uma investigação responderá..
A morte prematura de Ricardo Boechat, aos 66 anos, deixou perplexo o meio jornalístico que sentiu a perda de uma referência, num momento em que o governo alimenta um clima de desconfiança com a imprensa.
O vídeo de Boechat criticando o voto de Jair Bolsonaro, no impeachment de Dilma Rousseff, circulou nas redes hoje. Diz que para ganhar os holofotes, o então deputado Bolsonaro não hesitava em dizer “barbaridades”..
Bolsonaro dedicou seu voto à memória do coronel Ulstra, reconhecido torturador. “Não há o que justifique a citação ao torturador. Torturador não tem ideologia…são covardes assassinos não devem ser citados em momento algum”, disse então Boechat no jornal da Band.
As reações que a morte do jornalista provocou nas hostes bolsonaristas são mais um indicativo do ambiente hostil à imprensa, capaz de ir até não se sabe onde.
O helicóptero caiu no início da tarde na Rodovia Anhanguera, na região do Rodoanel. Os dois ocupantes da aeronave morreram no local.

 As primeiras conclusões indicam que  o piloto do helicóptero tentou fazer um pouso de emergência na rodovia e bateu num caminhão vazio, com placas de Caxias do Sul para onde retornava depois de entregar uma carga de fazinha de trigo.,

O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai investigar o acidente.

Presidente despacha no hospital e fala com o vice por telefone

O presidente Jair Bolsonaro seguiu durante a sexta-feira dando sinais de que está em plena recuperação e tem condições de exercer a Presidência, apesar de ainda estar numa Unidade Semi-Intensiva,  submetido a cuidados rigorosos e com visitas restritas.
O dreno, no abdômen e, principalmente, a sonda pelo nariz que o incomodava, foram retirados nesta sexta-feira.
“Hoje foi o melhor dia que o presidente passou”, avaliou o porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo Barros.
Uma foto foi distribuída no início da tarde pela assessoria da presidência. Nela o presidente aparece com o abdômen inchado mas com bom aspecto, despachando com

o  ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Oliveira.

Bolsonaro continua usando antibióticos para tratar a pneumonia, mas hoje não fez exame de imagem para avaliar a evolução da doença, segundo Barros. A nutrição está sendo feita via parenteral, associada à ingestão oral de líquidos como caldos de carne e de galinha, além de gelatina.
Estão mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa e os exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto.
As visitas permanecem restritas. No entanto,  segundo a EBC, o ministro da Infraestrutura esteve no hospital nesta tarde para tratar de assuntos da pasta. Bolsonaro “conversou hoje com o vice-presidente, general Hamilton Mourão, por telefone”.
Não há previsão da visita de mais ministros no final de semana.
No fim da tarde a Agência Brasil informou que  Bolsonaro ainda recebeu no Hospital Albert Einstein,o subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Jorge Antônio de Oliveira Francisco, para assinar dois decretos.
Um deles concederá indulto humanitário a condenados que, após encarceramento, vieram a sofrer de graves condições de saúde.
O outro antecipará benefícios previdenciários e assistenciais aos atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos da empresa Vale no município de Brumadinho e suas repercussões na bacia do Rio Paraopeba.
Em seu twitter Bolsonaro postou a foto e comemorou: “O Brasil não pode parar”
 

Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

Sem sonda, alimentado, em recuperação plena, necessária e sem distorções. Agora despachando com o Ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes e com o Subchefe de Assuntos Jurídicos, Jorge Francisco de Oliveira. O Brasil não pode parar! ????

 

Bolsonaro posta foto para mostrar que não precisa passar cargo a Mourão

A foto que o presidente Jair Bolsonaro postou na manhã desta sexta-feira (8) em sua conta no Twitter é um gesto político.

Forçando um sorriso por trás da sonda introduzida pelo nariz, Bolsonaro segura uma colher com gelatina. Ele escreveu:

“Nas últimas horas tive o prazer de voltar a comer. Ontem pela noite um caldo de carne e hoje uma boa gelatina. Estou feliz, apesar de não ser aquele pão com leite condensado kkkk. Bom dia a todos!”

Esta é a primeira vez que o presidente recebe alimento. Bolsonaro vinha recebendo líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.

O objetivo da mensagem é barrar os movimentos do vice-presidente, general Hamilton Mourão, que na véspera insinuou que poderia assumir a presidência se a febre que Bolsonaro apresentou fosse mesmo provocada por uma pneumonia.

“Vamos aguardar para ver o que é esse questão da pneumonia”, disse Mourão no início da noite de quinta-feira, depois que os médicos confirmaram uma piora no estado de saúde do presidente.

Ele fez questão também de dizer aos jornalistas que não tem conversado com Bolsonaro: “Ele não está falando”.

Submetido a uma cirurgia de mais de sete horas e que foi mais complicada do que o previsto, Bolsonaro fez questão de reassumir o cargo 48 horas depois e chegou a distribuir fotografias, como se estivesse despachando com assessores.

Para mostrar que estava bem recebeu visitas e até uma dupla de música sertaneja entrou no quarto da unidade de tratamento semi-intensivo para cantar uma música preferida do presidente.

Logo em seguida porém manifestaram-se as complicações, primeiro náuseas e vômito e, depois, febre.

Ele foi operado há 11 dias para retirar uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso, atingidos por uma facada durante a campanha eleitoral.

Nesse período, o vice-presidente tem se movimentado com desenvoltura, recebendo representantes estrangeiros e líderanças sindicalistas e fazendo declarações pontuais que revelam divergência com a visão do presidente. Disse, por exemplo, que a liberação de Lula para ir ao enterro do irmão mais velho, na semana passada, era uma “questão humanitária”.

Pneumonia

Segundo boletim médico divulgado na tarde de quinta-feira (7), Bolsonaro teve episódio isolado de febre e foi submetido a uma tomografia de tórax e abdome que mostrou “boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia”.

Um novo antibiótico foi incluído no tratamento e deve ser administrado por sete dias.

“O presidente continua sem dor, com sonda nasogástrica, dreno no abdome e recebendo líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.”

Segundo o porta-voz, “o estado de saúde do presidente é o esperado dentro desse pico térmico que lhe acometeu na noite de ontem [quarta]”. “Por precaução os médicos fizeram exame de imagem, incluso tomografia por contraste. O pulmão tinha uma imagem que era compatível com pneumonia.”

Rêgo Barros afirmou: “O presidente vem recebendo administração de antibiótico de amplo espectro. Médicos optaram por acrescentar uma nova medicação. Esta ação vai debelar essa pneumonia que foi encontrada em seu pulmão”.

Cronologia da internação

Segunda-feira (28/1)

Jair Bolsonaro foi submetido a uma terceira cirurgia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O procedimento terminou após sete horas e ocorreu “com êxito”, segundo informou o Palácio do Planalto.

Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia, que foi retirada.

Terça-feira (29/1)

Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da bolsa de colostomia. Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.

Quarta-feira (30/1)

Bolsonaro reassumiu a presidencia da República e passou a despachar de um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.

Quinta-feira (31/1)

O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava tentando se manter sem falar, mas não estava muito obediente: “O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando”.

Sexta-feira (1º/2)

O boletim médico do dia informou que o presidente teve boa evolução clínica. “Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais”. “Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas.”

Sábado (2/2)

O presidente teve náuseas e vômigo e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.

Domingo (3/2)

Bolsonaro continua com a sonda, com evolução clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem dor e sem sinais de infecção. Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdome que descartou complicações cirúrgicas. Ele está em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.

Segunda-feira (4/2)

Bolsonaro teve febre e passou a tomar antibiótico. A alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada, segundo o porta-voz Otávio Rêgo Barros. O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local. O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.

Terça-feira (5/2)

O presidente teve melhora e começou a receber líquido por via oral. Apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral. “Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome”, disse o boletim médico.

Quarta-feira (6/2)

O presidente apresentou quadro clínico estável, sem dor ou febre com melhora dos exames laboratoriais e de imagem, segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (6). Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.

Quinta-feira (7/2)

O boletim médico registra que Bolsonaro teve febre e uma tomografia detectou uma pneumonia. Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana. Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.

Segunda condenação reforça Lula como líder da oposição ao governo Bolsonaro

Lula está preso na Polícia Federal em Curitiba desde abril do ano passado.
Cumpriu dez meses de uma sentença que o condenou a nove anos e meio de prisão no processo referente ao tríplex do Guarujá (SP) que, ele sustenta, nunca foi seu.
A segunda condenação, expedida nesta quarta-feira, 6, pede mais 12 anos e 11 meses de prisão para o ex-presidente, no processo sobre o sítio de Atibaia (SP), que ele também nega que seja seu.
Esta segunda sentença, é da juíza Gabriela Hardt, que substitui temporariamente o juiz Sérgio Moro, agora ministro da Justiça.
O ex-presidente foi enquadrado nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A nova condenação não tem efeito prático imediato para a situação do líder petista. Sua defesa ainda pode recorrer. 
O efeito é político e se irradia em várias direções.
De um lado, a questão da prisão após condenação em segunda instância, quando ainda cabem recursos. O tema é controverso e o Supremo Tribunal Federal (STF) terá que se pronunciar sobre ele, porque se choca com a Constituição
O agora ministro da Justiça, Sérgio Moro, quer consagrar o princípio da prisão já em segunda instância em seu “pacote anti-crime”. Esse, no entanto, tende a ser um dos pontos que pode fazer o pacote patinar no Congresso. E aí, o TSF terá que entrar em cena.
Em outra direção, os efeitos da condenação favorecem a situação política de Lula.
Em primeiro lugar, acendem a militância que já está promovendo manifestações no país inteiro.
Uma segunda condenação, nos termos em que se apresenta, sem provas cabais, dá força à tese de que é um caso de perseguição política.
“Lula não é um preso político, Lula é um refém”, disse o advogado Luís Eduardo Greenhalgh, um dos defensores do ex-presidente.
Lula volta às ruas e manchetes e, mais importante, volta a ter destaque no cenário internacional como líder da oposição ao governo Bolsonaro.

Réus podem apelar em liberdade
Em sua decisão, juíza Hardt destaca que a culpabilidade de Lula “é elevada”.
“O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar enquanto maior mandatário da República”, escreveu a juíza.
“A prática do crime corrupção só nos quatro contratos citados na presente denúncia envolveu a destinação R$ 85.431.010,22 ao núcleo de sustentação da Diretoria de Serviços da Petrobrás – diretoria vinculada ao Partido dos Trabalhadores”, diz o texto da condenação.
Segundo Hardt, “o crime foi praticado em um esquema criminoso mais amplo no qual o pagamento de propinas havia se tornado rotina”.
Lula foi condenado uma vez por corrupção ativa, “pelo recebimento de propinas em prol do Partido dos Trabalhadores pagas pela Odebrecht”, e duas vezes pelo crime de corrupção passiva, “pelo recebimento de R$ 700 mil em vantagens indevidas da Odebrecht” e “pelo recebimento de R$ 170 mil em vantagens indevidas da OAS”.
Já pelo crime de lavagem de dinheiro, Lula foi condenado duas vezes: pela “reforma feita pela Odebrecht no sítio” e pela “reforma feita pela OAS no sítio”.
O Ministério Público, na denúncia, acusou o ex-presidente de ter recebido 1,02 milhões de reais através das obras do sítio feitas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Schanin. Segundo a acusação, o imóvel pertencia a Lula, algo que o petista sempre negou e cuja posse atribuía a um amigo.
Segundo Gabriela Hardt, “restou amplamente comprovado pela instrução dos autos que a família do ex-presidente Lula era frequentadora assídua no imóvel, bem como que o usufruiu como se dona fosse, inclusive mais do que seu proprietário formal, Fernando Bittar. Este inclusive confirmou que este fato ocorreu ao menos a partir de 2012”.
“Portanto”, escreve a juíza, “sendo proprietário ou não do imóvel, é fato incontroverso que foram efetuadas reformas e comprados objetos para atender interesses de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família”.
Junto com Lula, foram condenadas outras 11 pessoas, entre elas Emílio e Marcelo Odebrecht, pai e filho responsáveis pela condução da empreiteira que leva seu sobrenome.
A juíza não decretou nenhuma prisão a partir das condenações. “Assim, os réus poderão apelar em liberdade ante a ausência de elementos para a decretação da prisão preventiva. Por óbvio, a situação dos réus presos por outras condenações não se altera neste momento em razão desta sentença”, explica Hardt na decisão.
A defesa do ex-presidente informou que vai recorrer de uma decisão condenatória “que atenta aos mais basilares parâmetros jurídicos e reforça o uso perverso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política, prática que reputamos como ‘lawfare”.
Na nota, o advogado Cristiano Zanin diz que “a sentença segue a mesma linha da sentença proferida pelo ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula sem ele ter praticado qualquer ato de ofício vinculado ao recebimento de vantagens indevidas, vale dizer, sem ter praticado o crime de corrupção que lhe foi imputado”.
Segundo Zanin, “uma vez mais a Justiça Federal de Curitiba atribuiu responsabilidade criminal ao ex-presidente tendo por base uma acusação que envolve um imóvel do qual ele não é o proprietário, um ‘caixa geral’ e outras narrativas acusatórias referenciadas apenas por delatores generosamente beneficiados”.
Ato com Haddad em São Paulo
Em ato pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, Fernando Haddad, falou da parcialidade da Justiça Federal:

“Estou falando como um cidadão preocupado com os destino do país, que não quer ver o desrespeito à imparcialidade da Justiça”, disse Haddad. Ele lembrou, em primeiro lugar, que Lula foi impedido de assumir o cargo de ministro da Casa Civil (pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em 2016).
“Queremos justiça, que toda decisão de um juiz seja baseada em provas, não em convicções.”
Haddad também mencionou que o ex-presidente teve sigilos quebrados sem autorização judicial, foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento “sem ter resistido a um único chamado da Justiça” (em março de 2016) e, por último, foi impedido de enterrar o seu irmão, Vavá, que morreu na semana passada.
“Num ano em que mais de 170 mil presos foram autorizados a enterrar os seus parentes. Por que existe direito para todo mundo e um Direito só para o Lula?”
Se o petista, preso em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, está impedido de dar entrevista até por escrito, “alguma coisa está muito errada”, disse Haddad.
“O Lula é investigado há 40 anos. Se a justiça tivesse trazido a público uma conta em dólar no exterior, uma mala de dinheiro, ou um ato dele, do presidente da República, se demonstrasse cabalmente que ele contrariou claramente o interesse nacional em proveito de alguém, ninguém estaria aqui hoje”, acrescentou.
“Seríamos solidários, mas não estaríamos pedindo uma revisão dessa decisão. Se cometeu um erro, paga, de acordo com a lei, mas nos limites da lei. Não existe prisão perpétua no Brasil, por exemplo. Não vemos no processo um ato dele que contrariasse o interesse nacional ou público.”
O ex-prefeito paulistano afirmou que os advogados do ex-presidente vão recorrer nacional e internacionalmente “a todos os fóruns abertos a nossa provocação, porque estamos pedindo justiça, não estamos pedindo injustiça”.
Participaram do ato em São Paulo inúmeras lideranças petistas e de movimentos sociais, como o ex-senador e atual vereador Eduardo Suplicy, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, presidente estadual do PT, o coordenador da Frente Brasil Popular Raimundo Bonfim e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), entre outros.
Em Curitiba
Na capital paranaense, os senadores Humberto Costa (PE) e Jaques Wagner (BA) falaram à imprensa, após visita a Lula. “Ao fim e ao cabo, as pessoas querem destruir o legado do PT. Política é isso mesmo, são ondas. Estamos vivendo uma onda conservadora aqui e no mundo”, disse Wagner. “Estou falando de onda conservadora do ponto de vista de valores. É só olhar o ministério do atual presidente.”
Para ele, essa onda, que também “está pouco se importando com a pobreza”, vai pouco a pouco se dissipar. “Isso vai acabar aparecendo na cabeça do povo. Já deve ter muita gente desiludida. E a cada mês que passa vai aumentar.”
Perguntado sobre o tema, Wagner disse que não pode prever o que o Supremo Tribunal Federal poderá decidir em 10 de abril, quando deve julgar as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44, sobre prisão após condenação em segunda instância. Caso o tribunal reverta a atual jurisprudência e entenda que o condenado só pode ser preso após decisão dos tribunais superiores, Lula seria solto.
Apesar de tudo, segundo o senador Humberto Costa, Lula “está muito bem disposto”. “Pela segunda vez foi condenado num processo cheio de fragilidades, onde a própria pessoa que julga diz que as razões definitivas para que ele fosse condenado são um tanto indeterminadas.”
O senador por Pernambuco afirmou que Lula “tem convicção de que mais cedo ou mais tarde a justiça deve se fazer”. “Esperamos que nos tribunais superiores a justiça possa ser feita”, concluiu.
Manifestações programadas
Quinta (7)
Porto Alegre
Local: Esquina Democrática
Horário: 12h
São Paulo
Local: Diretório Nacional do PT – R. Silveira Martins, 132, Sé – próximo ao metrô Sé.
Horário: 17h
Curitiba
Local: Vigília Lula Livre
Horário: 17h
Florianópolis
Local: Em frente à Catedral – Centro de Florianópolis
Horário: 16h
Cuiabá
Local: PT-MT – Rua Estevão Alves Corrêa, 197, Santa Helena
Horário: 18h30
Belo Horizonte
Local: Praça Sete de Setembro
Horário: 17h
Palmas
Local: Sede do Diretório Estadual – 106 Norte – Alameda 17, Lote 35
Horário: 18h
Sexta-feira (8)
Recife
Local: Armazém do Campo – Av. Martins de Barros, 387
Horário: 14h
Vitória
Local: Praça Vermelha – Centro
Horário: 14h
Campo Grande
Local: Sede do PT – Rua das Graças, 2320 B – Santa Fé
Horário: 18h
Campina Grande (PB)
Local: STIUP – Rua Taváres Cavalcante, 199 – centro
Horário: 17h
Aracaju
Local: Sede do PT Sergipe – Av. Barão de Maruim, 704
Horário: 18h
Sábado (9)
Maceió
Local: Clube Fenix
Horário: 20h
Macapá
Local: Sede Campestre do Sindsep
Horário: 19h
Ribeirão Preto (SP)
Local: Av. Santa Luzia, 120 – Sumaré
Horário: 18h
São José dos Campos (SP)
Local: Espaço Kita Oka (Av. Paulista, 3 – Jardim Esplanada)
Horário: 12h
Uberlândia (MG)
Local: Sede do PT – Rua Cruzeiro dos Peixotos, 817
Horário: 12h
 

Cais Mauá terá área de lazer aberta ao público no final de março

O prefeito Nelson Marchezan Júnior anunciou em palestra na Associação Comercial de Porto Alegre, que parte da área de dois hectares do Cais Mauá, ao lado da à Usina do Gasômetro, será aberta ao público em 26 de março, aniversário da Capital Gaúcha.

O espaço contará com estacionamento para 600 veículos, áreas de gastronomia, quadras de beach tênis e bancos para apreciar o pôr do sol.

Será temporário, por quatro anos, até que todos os armazéns sejam revitalizados e se chegue à execução do projeto original, que prevê shopping e torres comerciais.

Com a entrega da primeira fase, a expectativa é que seja criada uma demanda que facilite a comercialização mais acelerada dos armazéns e do projeto completo.

Para o diretor-presidente do Consórcio Cais Mauá, Eduardo Luzardo, existe uma expectativa da população de Porto Alegre pela abertura dos portões do Cais Mauá.

“Uma pesquisa mostra que 99% da população nunca entrou na área dos armazéns. Por isso, nossa preocupação de entregar esse projeto piloto o mais rápido possível.”

Atualmente, o objetivo do Consócio Cais Mauá é a captação de recursos de investidores. “Depois de tantos anos o projeto ficou desacreditado, mas a força da prefeitura e do governo Estado acelerou o processo”, afirma Luzardo.

Sua expectativa inicial é que dentro do prazo de quatro anos, obtenha recursos junto a empresas privadas para a restauração dos armazéns do cais, que é a primeira fase.

Depois dessa etapa será feita a captação de recursos para a viabilização de um shopping center na área a lado da Usina do Gasômetro, que poderá ser no modelo a céu aberto.

Um shopping naquele local é muito contestado pelos críticos do projeto Cais Mauá. Além disso, serão captados recursos também para a construção de duas torres comerciais do outro lado do Cais, próximas da Rodoviária.

Polícia do Ceará diz que desmantelou "Tribunal do crime"

Um agente penintenciário foi preso e outras cinco pessoas capturadas numa operação da Polícia Civil e com o apoio de outras forças de segurança que desarticulou um “tribunal do crime” num condomínio de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (7).
O agente, identificado como Paulo Rodrigues da Silva, foi detido em um dos apartamentos do Condomínio José Lino da Silveira, no bairro Planalto Horizonte, dominado pela facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).
“A participação dele vai ser apurada no final do procedimento. Hoje adianto que ele foi pego com arma de uso restrito, celulares, chips e uma quantidade de entorpecentes“, disse o Delegado Titular de Horizonte, Ed Carlos Sousa Lima.
O agente penitenciário foi transferido para a Delegacia de Assuntos Internos.

Carandiru

Segundo a polícia, o condomínio que é conhecido como Carandiru, e era usado pelas lideranças da facção para fazer julgamentos, torturas e execução das vítimas.
A Delegacia de Horizonte conseguiu um mandado coletivo de busca e apreensão para mais de 900 apartamentos.
A polícia civil iniciou a operação porque teve a informação de que os criminosos estavam se preparando para atacar o Fórum de Horizonte.
A ação é a continuidade de uma operação deflagrada há três semanas, durante a onda de ataques criminosos no Ceará, em janeiro. Segundo os agentes, com os detidos desta quinta-feira, já foram capturadas 12 pessoas, sendo oito por envolvimento com a fação criminosa e quatro por crimes ambientais. Do total, três são adolescentes.
A operação teve a participação de 300 policiais e foi planejada e executada pela Coordenadoria de Polícia (Copol) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), além da Diretoria Técnica Operacional (DTO).
Apoiaram a ação a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Perícia Forense do Estado (Pefoce) e a Força Nacional, com 30 viaturas e um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
(com informações do Diário do Nordeste)

Dívidas acumuladas pelo governo gaúcho superam os R$ 110 bilhões

Em documento entregue à Assembleia Legislativa nesta terça-feira, o governador Eduardo Leite estima em mais de R$ 110 bilhões o passivo que pesa sobre o governo do Rio Grande do Sul.
As principais rubricas destacadas por Leite  são:
-Restos a Pagar de pessoal e fornecedores, somados aos valores não pagos de dívida à União, de R$ 15 bilhões;
-Divida com precatórios vencidos e saques de depósitos juriciais: R$ 26 bilhões
-Dívida com a União e com instituições financeiras: R$ 72,3 bilhões
Somados os três principais itens do passivo estadual chegam a R$ 113,3 bilhões.
“Estamos aqui, um novo governo e um novo Parlamento, que alimentam novas esperanças, mas o que a população deseja mesmo é um novo futuro”, disse o governador em sua mensagem.
Ainda esta semana, o governo deve propor uma Emenda à Constituição (PEC) retirando a exigência de plebiscito para a venda ou federalização de CEEE, Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.
A privatização das empresas é considerada vital para a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, primeiro passo para a busca do equilíbrio fiscal.
“Um plebiscito joga para uma decisão da massa um tema complexo, que necessita análise de custos operacionais, de oportunidades de mercado, de alterações tecnológicas. Lança para a decisão de todos e, consequentemente, para a responsabilidade direta de ninguém”, defendeu o governador na tribuna.
 

 

Demissão do ministro do Turismo é mera formalidade, afirma Onix

A demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio,  publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), rendeu manchetes sensacionalistas mas é um fato irrelevante.
Antônio, cujo nome de batismo é Marcelo Henrique Teixeira Dias, foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas Gerais no ano passado, com a maior votação do Estado: 230.008 votos.
O decreto não traz justificativas para a medida, mas o chefe da Casa Civil Onix Lorenzoni esclareceu que a demissão é uma formalidade, para que  Alvaro Antônio tome posse na Câmara Federal.

Ele é um dos quatro ministros de Bolsonaro que também é deputado e o único que ainda não havia sido exonerado pelo presidente para tomar posse no mandato de parlamentar.

Os outros três ministros – Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil; Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura; Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania – foram exonerados para tomar posse e já foram nomeados novamente.

Antônio está sob pressão desde segunda-feira, quando uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo denunciou um esquema de lançamento de candidaturas laranja com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete.
Em sua conta no Twitter, Antônio afirmou, na segunda-feira, que foi “alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias“.
“Reforço que a distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei. Todas as contratações da minha campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, acrescentou.

Ceará: atentado interrompe trégua que não completou uma semana

Um caminhão com mercadorias foi incendiado na madrugada desta segunda-feira, 4, no bairro Álvaro Weyne, em Fortaleza.

O veículo, que carregava trigo, estava estacionado na rua Teodomiro de Castro.

O atentado interrompeu a trégua, que não chegou a completar uma semana, na guerra que o governo estadual deflagrou para reduzir o poder das facções criminosas a partir dos presídios.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio ocorreu por volta das 2h55min. O fogo destruiu completamente o caminhão, que tinha placa de Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza).

A onda de violência no Ceará, iniciada dia 2, durou quase todo o mês de janeiro. O último ataque havia sido registrado na terça-feira, 29, quando um ônibus foi incendiado no bairro Jangurussu.

Em nota, a Secretaria de Segurança informou que a situação está sob controle e que atos isolados revelam desespero dos criminosos.
(Com informações de O Povo)

Burocracia enquadra o carnaval de rua em Porto Alegre: só pode sambar quem tem licença

O Carnaval de Rua de Porto Alegre terá 26 blocos habilitados a desfilar neste ano. .
A lista dos “habilitados” já foi publicada no Diário Oficial do Município, mas ainda há recursos em julgamento.
O carnaval de rua 2019 começa no dia 16 de fevereiro e segue até o dia 24 de março, todos os desfiles devem acontecer entre 8h e 21h.
O calendário a ser divulgado posteriormente pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), inclui também os circuitos centralizados e os eventos do carnaval do circuito comunitário-descentralizado.
Blocos habilitados:
– Gonhas da Folia
– Panteras do Samba
– Galo do Porto
– Areal da Baronesa do Futuro
– Os Dinobicos
– Bloco da Malvina
– Puxa que é Peruca
– As Cores da Cidade
– Olha o Passarinho do Mário
– Maria do Bairro
– Bloco do Isopor
– Império da Lã
– Bloco do Bartira
– Ai, que Saudade do meu Ex
– Rua do Perdão
– Banda DK
– Cia. do Trago
– Filhos do Cumpadi Washington
– As Virgens do Bolinha
– Afro Tchê
– Bloco do OP
– Bloco B Loukos
– Tem Tudo Para Dar Errado
– Bloco do Guerreiro
– Deixa Falar
– Ziriguidum Batucada Social