Operação “Fim de Mundo” puxa fio do novelo da lavagem de dinheiro no mercado imobiliário

Balneário Camboriú

Dez pessoas foram presas nesta quinta-feira, 26/01, na operação “Fim de Mundo”, que resulta de uma investigação iniciada em maio de 2020, sobre a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas  através de investimentos no mercado de imóveis.

Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro atuaram em conjunto na operação.

Cerca de cem policiais federais cumpriram  18 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

O alvo eram três grupos criminosos que, juntos, movimentaram mais de R$ 100 milhões, nos últimos três anos.

Durante a operação, foram apreendidos 15 imóveis, 19 automóveis e duas embarcações, nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba (RJ), Angra dos Reis (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).

Além disso, foram bloqueadas mais de 30 contas bancárias vinculadas à organização criminosa, num total de mais de R$ 22 milhões.
A investigação, iniciada em 2020,  identificou três grupos  da mesma facção criminosa, que buscavam “lavar” o dinheiro obtido no crime.
O primeiro deles – liderado por dois irmãos, responsáveis pela inserção de drogas e armas nas comunidades do Rio – utilizava o lucro da atividade criminosa para adquirir imóveis de alto padrão, no município de Balneário Camboriú, em nome de terceiros, com auxílio de um casal de corretores catarinenses.

O segundo grupo, responsável pela inserção de drogas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG), utilizava-se dos valores obtidos com o tráfico de drogas para adquirir automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto poder aquisitivo.

Durante a investigação, foram identificados imóveis em Angra dos Reis, Mangaratiba e Recreio dos Bandeirantes, todos apreendidos por meio de ordem judicial.

Iate apreendido na Operação.

 

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