México: um alerta

O noticiário revela pouco interesse no Brasil pelas eleições que se realizam neste primeiro de julho no México.
No entanto, o que está acontecendo no México é um espelho do Brasil amanhã, se não for estancado o processo de deterioração social e institucional que assola o país.
Na campanha mexicana, desde que foram definidos os candidatos que disputam as eleições gerais, 122 políticos foram assassinados no país, incluindo 18 candidatos na disputa oficial.
Filiados a todos os principais partidos aparecem entre as vítimas, na campanha eleitoral mais sangrenta do país.
Já foram assassinados, além dos 18 candidatos, outros 28 pré-candidatos e 12 prefeitos em exercício. As demais vítimas são dirigentes, ex-deputados e ex-prefeitos e militantes, além de líderes locais.

No Brasil já não estamos muito longe disso. Na região metropolitana do Rio de Janeiro na última eleição municipal foram mortos pelo menos oito candidatos a vereador ou prefeito.
No Rio, todo o político sabe que em certas áreas só entra para fazer campanha com permissão dos chefes do tráficos ou das milícias. O Caso Mariele está aí, pulsante e ainda sem solução.
E o Rio, há muito não é uma exceção no Brasil quando se fala de violência e crime organizado.
O general que comanda a intervenção das Forças Armadas no Rio. disse, numa entrevista que uma das preocupações de seus estrategistas  era impedir a eleição de uma bancada do crime organizado no pleito de outubro.
Quer dizer: O México já é aqui.
 

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