Morre o jornalista José Antônio Severo, em São Paulo

José Antônio Severo

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, 24, em São Paulo, o jornalista e escritor José Antônio Severo, aos 79 anos.

Gaúcho de Caçapava, teve atuação destacada nos principais veículos de comunicação do país, nos últimos 50 anos.

Começou no Correio do Povo, em Porto Alegre, passou pelas revistas Veja, Realidade, Exame, jornais O Estado de São Paulo, Folha da Manhã, Gazeta Mercantil e Rede Globo, onde foi o criador e editor do Jornal da Globo, nos anos iniciais do programa.

Como escritor publicou romances e ensaios históricos, destacando-se “Senhores da Guerra”, sobre a Revolução de 1923, no RS, que foi adaptado para o cinema, sob a direção de Tabajara Ruas, e o monumental “Osório”, obra de mais de mil páginas, sobre as guerras do Prata no século XIX.

Seu último trabalho, foi o roteiro para uma série sobre os 200 anos da Independência do Brasil, que está sendo produzida pela TV Cultura de São Paulo, para exibição no ano que vem.

Estava hospitalizado há três semanas, tratando de complicações decorrentes da Covid 19, que contraiu no início deste ano. D

2 comentários em “Morre o jornalista José Antônio Severo, em São Paulo”

  1. Esta doeu. O Severo foi um colega com quem muito aprendi sobre o Brasil e o jornalismo. Considero Os Senhores da Guerra uma grande história e o melhor filme do Tabajara Ruas (Severo escreveu e coproduziu). Um verdadeiro gigante da imprensa nacional, intelectual de humildade e despretenção únicas, com vida e obra limpas. Ainda vivemos momentos divertidíssimos em Londres, com Hugo Estenssoro, em Lisboa com também saudoso Celso Pinto, em Nova York, com Osmar Freitas Junior no dia que faleceu Tom Jobim. Mais um para fazer falta.

  2. Estou triste. Severo frequentava minha casa quando trabalhou em Uruguaiana. De chinelas e bermuda. E tocávamos violão e cantávamos enquanto tomávamos mate. Também fomos parceiros nas filmagens de “Neto perde sua alma”. E então ele escreveu uma bonita e longa apresentação para o segundo volume do meu livro “Perico – A sociedade rural do Prata e o mundo desenvolvido”, que hei de guardar para sempre. Já tinha ficado triste quando ele se foi daqui e fiquei esperando um retorno que nunca aconteceu… E agora sei que nunca mais!… Minha gente boa está se indo…

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