Fauna marinha volta a iluminar praia no México, após 60 anos

Após 60 anos de escuridão, foi assim que uma praia de Acapulco brilhou por bioluminescência.

Os microrganismos se aproximaram da praia de Acapulco. Esse fenômeno luminoso ocorre em várias áreas do país, mas aqui havia mais de 60 anos sem aparecer.

Além das baleias , Acapulco também está atraindo fauna marinha microscópica. Na noite passada, vários usuários das redes sociais exibiram imagens e o vídeo a seguir, em que a praia de Acacpulco brilhava, era sobre Puerto Marqués, onde ocorreu o fenômeno chamado bioluminescência.

Segundo informações da Semana Sustentável, a bioluminescência não aparece nas praias de Acapulco há mais de 60 anos.

O que é bioluminescência na praia de Acapulco?

Enrique Ayala Duval, um biólogo formado pela Faculdade de Ciências da Universidade Nacional Autônoma do México, explicou as causas desse fenômeno:

“As bactérias marinhas são os organismos mais abundantes entre os organismos luminescentes. São de vida livre ou simbiótica, vivendo na superfície de outros organismos marinhos ou dentro de suas cavidades, por exemplo, dentro de seu trato digestivo. Invertebrados, como ctenóforos, crustáceos, cefalópodes e salpes, bem como vertebrados marinhos como peixes de profundidade, produzem bioluminescência ”.

“A bioluminescência é a luz produzida como resultado de uma reação bioquímica na qual participa luciferina (proteína), oxigênio molecular e ATP (trifosfato de adenosina), que reagem por meio da enzima luciferase da seguinte maneira: oxigênio oxida a luciferina, a luciferase acelera a reação e o ATP fornece energia para a reação, produzindo água e luz muito perceptível à noite “, conclui o biólogo.

A natureza volta ao seu habitat

Para muitas testemunhas, esse fenômeno é mais uma resposta de como a natureza se beneficiou ao esvaziar-se da presença humana.

O fato de esses microrganismos se juntarem também é conjugado com uma noite escura o suficiente para que esse fenômeno químico seja percebido pelo olho humano e, ainda mais, capturado pela câmera e pela lente de vídeo.

Assim, esse prodígio funciona como um sinal de esperança de que este tempo está sendo muito proveitoso para a natureza.

O fato de não haver barcos ou motocicletas no mar é talvez uma das possíveis causas que esses seres vivos chegaram à praia.

Talvez isso sirva para repensar a superexploração turística das praias, para ter um maior respeito pelos ecossistemas e por todos os seres vivos que as compõem.

(México Desconhecido)

Comunidade protesta contra contaminação da Lagoa dos Barros

Numa iniciativa do grupo de ciclistas Sapedal, a comunidade abraçou a Lagoa dos Barros com o objetivo de protestar contra o estado em que a mesma se encontra.

A prefeitura está realizando coletas diárias e entre as hipóteses levantadas pelos especialistas estão os efluentes lançados pela Estação de Tratamento de Esgotos de Osório, mas todas os fatores estão sendo analisadas. A lagoa está interditada porque oferece prejuízos à saúde.

Tom esverdeado espantou pescadores. Foto : Valter Souza/Divulgação

O prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon Maciel da Silva e o vice, José Francisco Ferreira de Jesus, lembraram que o Município entrou com ação junto ao Ministério Público pedindo a suspensão dos lançamentos e que também já havia pedido o cumprimento da sentença, tendo em vista que os níveis de fósforo estão muito acima do limite permitido.

A Corsan emitiu uma nota informando que a Companhia já reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, desativou uma estação de bombeamento de esgoto e está transportando o esgoto que chega nela com caminhão para outra ETE.

Massa gelatinosa azulada colhida na margem da lagoa, composta de fragmentos da cianobactéria formadora da floração. Foto: Hermogenes Repórter

Conforme o Departamento de Meio Ambiente da prefeitura, nesta semana os laudos conclusivos sobre os estudos realizados devem ser apresentados.

Daiçon disse que o Município não aceitará a poluição da Lagoa dos Barros, que será preciso provar que os efluentes da ETE de Osório não são responsáveis por isso e, que todas as possibilidades continuam sendo investigadas pelo Departamento de Meio Ambiente de Santo Antônio da Patrulha. Ele agradeceu a todos que participaram do ato, ao Sapedal pela ideia e a imprensa, Rádio Itapui, Folha Patrulhense, TV Pampa e SBT, que fizeram a cobertura do ato, fortalecendo o movimento.

Fonte: Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente – SEMAM

Corsan diz que não provocou ‘coloração esverdeada’ na Lagoa dos Barros

Após reunião realizada na sexta-feira (13) entre representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura ( SEMA) e suas duas vinculadas – Corsan e Fepam – e o Ministério Publico Estadual, a Companhia de Saneamento divulgou nota onde nega ter responsabilidade sobre “o episódio da coloração esverdeada na Lagoa dos Barros” e não fala em contaminação por cianobactérias, as algas azuis que dependendo do tipo são tóxicas.

O comunicado diz que o “evento” não foi causado pelo lançamento de efluentes tratados oriundos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Osório, mas que adotará todas as medidas para colaborar com o caso.

“Os primeiros resultados concluíram que o problema foi ocasionado por múltiplos fatores, intensificado pela condição climática com intensa restrição hídrica decorrentes também da estiagem e altas temperaturas. A Companhia já reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, desativou uma estação de bombeamento de esgoto e está transportando o esgoto que chega nela com caminhão para outra ETE. Ficou definido, também, que a Corsan encaminhará ao MP na próxima semana relatório técnico sobre o assunto, salientando que a Companhia monitora a Lagoa dos Barros há mais de 10 anos e sua ETE desde a entrada em operação no fim de 2018.”

 

Bióloga gaúcha é referência em pesquisas de cianobactérias no Brasil

Há somente cinco pesquisadores em atividade no Brasil com conhecimento suficiente para identificar e descrever espécies novas de cianobactérias, também chamadas algas azuis ou cianofíceas. A bióloga Vera Regina Werner é uma das referências. Os outros taxonomistas estão em São Paulo.

Pesquisadores da Argentina, do Uruguai e de todo o Brasil seguidamente trocam informações e consultam a bióloga porto-alegrense, que trabalha soma mais de 40 anos de trabalhos realizados no Museu de Ciências Naturais da FZB.

Quando ela ingressou como estagiária e estudante do curso de Ciências Biológicas da PUC, a atual Seção de Botânica de Criptógamas (SBC) ainda era o Núcleo de Vegetais Inferiores (NVI), coordenado pela bióloga Zulanira Meyer Rosa, sua primeira orientadora.

“Lá nas décadas de 70 e 80 a gente já reconhecia na natureza as florações, mas não eram muito estudadas as cianobactérias”, afirma.

Sua grande inspiração foi o livro de Lothar Geitler, de 1932, em alemão, que ela considera a bíblia para os estudos das cianobactérias. Sua descendência alemã ajudou no aprendizado da língua, mas Vera admite que não foi fácil. Recentemente, o tcheco Jirí Komárek escreveu o livro Cyanoprokaryota em três volumes, que representam uma revisão da ‘bíblia’ de Geitler.

“Tem-se que ter muito cuidado porque é um problema de saúde pública. E o pior: as cianobactérias são muito resistentes. Não adianta ferver a água porque elas podem arrebentar e liberar as toxinas na água”, ensina. “E quando atingem o solo, mesmo ali elas sobrevivem, podendo resistir por dezenas de anos em lugares secos. Elas são danadas. Não resta outra alternativa se não investir muito em educação ambiental’, insiste a bióloga.

Hoje, há profissionais habilitados para trabalhar com as cianobactérias nos órgãos responsáveis pela qualidade da água, sendo que muitos foram treinados na Fundação Zoobotânica. Antes, Vera era chamada constantemente. Prefeitos, gestores e técnicos dos departamentos de água sempre recorreram à bióloga em busca de seu conhecimento.

De São Leopoldo, por exemplo, iam técnicos toda semana à Fundação Zoobotânica para receber treinamento. Os custos eram irrisórios.

A bióloga prestou muito auxílio ao DMAE, à Corsan e a companhias municipais de abastecimento de água do interior do Estado, onde havia problemas de florações. Quando não ia coletar, Vera recebia amostras de vários locais, por exemplo, de hospitais e locais de tratamento de hemodiálise. Em muitos casos foram identificados problemas graves no tratamento de esgoto.

Vera foi chamada em São Jerônimo, quando a água ficou com coloração amarelada, devido à floração da espécie Cylindrospermopsis raciborskii, que tem essa tonalidade. No laguinho do parque de Lajeado ou da Ulbra, a bióloga identificou as espécies responsáveis pelas florações.

Na Lagoa do Violão, em Torres, o tom esverdeado indicava a floração. Vera participou de uma reunião na Prefeitura. “Eu perguntei se tinha algum esgoto sendo lançado na lagoa e um silêncio dominou a reunião, mas, de repente, alguém disse que havia obras com esgotos clandestinos sendo lançados na lagoa”, resume. “Está aí a causa das florações. Basta fechar os esgotos e o problema será resolvido”, explicou.

A bióloga diz que soube de casos de animais que tiveram que ser sacrificados naquele município do litoral por terem ficado com problemas graves. “Não cheguei a verificar se tinha a ver com as toxinas, mas uma pessoa pelo menos relatou que o seu cachorro entrava na lagoa com floração”, lembra Vera.

Num laguinho do Zoológico, em Sapucaia, foram identificadas florações e animais com sintomas que podem estar relacionados às toxinas de cianobactérias.

No Guaíba, espécie agressiva

Em 2004, foi identificada floração de cianobactérias no Guaíba, que deu a coloração esverdeada, cheiro e gosto fortes de barro na água, características de Planktothrix, espécies potencialmente tóxicas.

Segundo Vera, essas cianobactérias filamentosas, agressivas, são muito comuns no Guaíba durante o verão, porque se desenvolve mais em temperaturas quentes e quando chove menos. Nestas épocas o nível da água diminui, aumenta a concentração de nutrientes, criando o ambiente ideal pra esses organismos proliferarem-se.

O último problema com a água do Guaíba, verificado no ano passado, nada teve a ver com as florações.

Vera coletou amostras e verificou que não havia proliferação de cianobactérias.

“Normalmente, se a gente sente cheiros da natureza, terra, mofo, peixe, estão presentes as cianobactérias. Por causa da geosmina, o cheiro liberado na água por esses organismos.”

Em nota, órgão ambiental pede suspensão das atividades da ETE de Osório

Departamento de Meio Ambiente de Santo Antônio da Patrulha divulga nota sobre a situação da Lagoa dos Barros e alerta sobre os riscos de contato, seja através do acesso direto à água como através do consumo de peixes obtidos na Lagoa. Entre os sintomas provocados pela inalação, estão rinite e conjuntivite, diarreia e náuseas.

O que está acontecendo com a nossa Lagoa dos Barros?

Após análise laboratorial das águas da Lagoa dos Barros, realizada no Museu de Ciências Naturais da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (MCN-SEMA-RS), pela Dra. Vera Regina Werner, foi constatado que as manchas esverdeadas e azuladas na superfície da água e nas margens da Lagoa dos Barros são causadas pela multiplicação excessiva de uma cianobactéria denominada Dolichospermum planctonicum.

Nas análises, a especialista também identificou outra cianobactéria (Dolichospermum circinale), porém de ocorrência rara. Assim, as mudanças na coloração da água e a formação de massas na lagoa dos Barros resultaram da floração (multiplicação excessiva) da cianobactéria D. planctonicum. Tais resultados são provenientes de observações de amostras da Lagoa dos Barros, coletadas periodicamente pelo Departamento de Meio Ambiente do Município de Santo Antônio da Patrulha, desde 6 de março próximo passado.

Estes microrganismos não são algas pois apresentam ao mesmo tempo características de algas e bactérias, sendo por isso denominadas de cianobactérias.

Em condições normais, as cianobactérias e os demais organismos aquáticos convivem de modo equilibrado. No entanto, quando há algum tipo de poluente que enriqueça a água, principalmente nitrogênio e fósforo, promovendo a eutrofização das águas, o ambiente torna-se propício à multiplicação excessiva de  cianobactérias dando origem às chamadas “florações das águas”, fenômeno que está ocorrendo na Lagoa dos Barros neste momento.

Florações de diferentes espécies de cianobactérias são mundialmente conhecidas, causando inconvenientes sanitários, alterando a cor, o cheiro e o sabor das águas e podendo também conferir toxidez às mesmas, devido ao potencial de produzir hepato, neuro e dermatotoxinas. Estes organismos também podem produzir geosmina, que exala um acentuado cheiro de barro ou mofo, que indica a presença das cianobactérias. A utilização de águas contaminadas por toxinas produzidas por cianobactérias pode ser a causa da mortandade de peixes e de outros animais, assim como de surtos de doenças agudas e crônicas.

Praia da Lagoa dos Barros com matéria orgânica. Foto: Valter Souza/Divulgação

Mas qual a origem da floração das cianobactérias na Lagoa dos Barros?

Há indícios de que após o início da operação da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de Osório, operada pela CORSAN, a qual lança efluente na Lagoa dos Barros, surgiram condições para ocorrência deste evento de floração das águas observada nos últimos dias. Em primeiro lugar, porque a ETE está lançando seus efluentes desde dezembro de 2018 fora dos padrões estabelecidos no estudo de capacidade da Lagoa dos Barros – este estudo foi elaborado pela Fundação Luiz Englert, através do Centro de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano de 2015 e propôs que a Lagoa dos Barros teria capacidade de receber o efluente tratado com limite de fósforo a 0,5 mg/L, parâmetro este ratificado em sentença judicial que autorizou a operação da ETE; no entanto os lançamentos têm sido superiores a este valor desde o início da operação da ETE, com valores superiores ao limite estabelecido no estudo em questão. Outro ponto a ser considerado é o relato dos moradores da região da Lagoa dos Barros, que afirmam nunca terem visto a lagoa do jeito que está. Além disto, fósforo e nitrogênio são nutrientes altamente presentes em efluentes de esgoto.

Obviamente a estiagem e o calor contribuíram para esta floração, pois até então podemos dizer que o efluente estava sendo diluído na Lagoa dos Barros e logo no primeiro período de estiagem a floração já foi identificada.

O que está sendo feito?

Após a identificação da floração desta cianobactéria potencialmente tóxica o Departamento do Meio Ambiente de Santo Antônio da Patrulha – DMA e a Procuradoria Geral do Município – PGM, encaminhou comunicados aos órgãos responsáveis – Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler e Ministério Público do Rio Grande do Sul, recomendando a imediata suspensão da operação da ETE, baseado principalmente no princípio da precaução. Aliás, cabe salientar que antes mesmo deste evento de floração das águas a Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Patrulha já vinha solicitando a suspensão da operação da ETE, pois esta não estava atendendo aos padrões estabelecidos na sentença judicial.

Além disto, em 11 de março de 2020 o balneário da Lagoa dos Barros foi interditado, a fim de evitar o acesso da população ao corpo d’água.

Almeja-se realizar análise da toxicidade desta floração na Lagoa dos Barros, e além disto, a equipe do Departamento do Meio Ambiente de Santo Antônio da Patrulha seguirá realizando o monitoramento da Lagoa dos Barros, a fim de acompanhar a evolução da situação de floração neste corpo d’água, assessorada pela especialista do MCN-SEMA.

Por fim, alertamos sobre os riscos de contato com a Lagoa dos Barros neste momento de floração de cianobactéria, seja através do acesso direto à água como através do consumo de peixes obtidos nesta Lagoa. Os sintomas provocados pela inalação incluem, por exemplo, rinite e conjuntivite; quando da ingestão podem ocorrer sintomas agudos como diarréia, náuseas, febre, vômito e cólicas abdominais; através do contato direto os sinais envolvem dermatites, conjuntivite e rinite.

Coronavirus terá expansão acelerada no Brasil, antes de começar a ceder

O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde às 16h20 desta quinta-feira (12) apontou tem 77 casos confirmados de novo coronavírus no Brasil.

O estado de São Paulo, com 42 pacientes infectados pelo novo coronavírus tem o maior número de casos no país.

Após o balanço do ministério, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, confirmou mais 60 casos de coronavírus.

Com esses novos casos, o Brasil registra 137 pessoas infectadas.

Em reunião com especialistas no Incor, em São Paulo,  na quarta-feira, o médico David Uip, chefe do Centro de Contingência em São Paulo, previu um crescimento acelerado da doença nas próximas semanas.

Ele estimou que o coronavirus poderá infectar entre 40 mil e 45 mil pessoas, só em São Paulo nos próximos 120 dias, que é o tempo previsto para que o expansão do virus comece a ceder.

Os principais dados do balanço do Ministério da Saúde, são:

77 casos confirmados, eram 52 casos na quarta-feira
1.427 casos suspeitos
1.156 descartados

No novo balanço, pela primeira vez aparecem casos confirmados em Pernambuco e no Paraná.

Após o anúncio oficial, São Paulo confirma mais 60, chegando a 137.

O atual balanço ainda não considera novas confirmações divulgadas por secretarias estaduais de saúde.

Em São Paulo, já há 46 casos confirmados, quatro além do que consta no balanço.

Na Bahia, além dos dois casos já citados no balanço, existe ainda um terceiro caso, e no Distrito Federal, mais um paciente. Minas Gerais também confirmou mais um caso, o segundo no estado.

Em Santa Catarina, que não aparece ainda na lista, há dois pacientes que testaram positivo para o Sars-Cov-2. O mesmo ocorre com Goiás, que tem agora três casos.

 

 

Coronavirus já é uma pandemia, mas Organização Mundial da Saúde hesita em declarar

Em dez dias, a epidemia provocada pelo novo coronavirus numa província da China evoluiu para tornar-se uma ameaça real de pandemia global.

Na China, nesta segunda feira, o total de mortes chega a 2.595, num total de 77 mil casos confirmados. Também foram confirmados 409 novos casos de contágio nas últimas 24 horas, quase todos na mesma província.

O coronavírus afeta mais de 25 países e é motivo de alarme crescente por novos focos na Europa, Oriente Médio e Ásia. Fora da China, são 2.101 pacientes infectados e 24 mortes.

A informação de maior impacto neste momento é a morte de sete pessoas na Itália, que não tiveram qualquer relação com a China. O país adotou uma espécie de “toque de recolher” para evitar a propagação da doença.

A cidade de Veneza, próxima às regiões afetadas, cancelou os dois últimos dias do tradicional Carnaval por causa da epidemia.

A informação mais alarmante, no entanto, circula há uma semana na imprensa européia: uma pessoa pode estar infectada e transmitindo o virus sem apresentar qualquer sintoma de doença. 

O caso de uma mulher na China que, sem apresentar qualquer sintoma, infectou cinco pessoas que adoeceram é o mais grave e assustador relatado até agora.
Pessoas infectadas, sem sintomas, mas transmitindo o virus criam um problema desnorteantes para os programas de controle.
Na China, onde o governo que apostava num grande esforço para debelar o perigo rapidamente, surgem os sinais de que as autoridades se preparam para um embate prolongado.
No domingo, em  pronunciamento oficial, o presidente chinês, Xi Jinping, declarou que os esforços para conter a epidemia devem ser mantidos, mas é preciso não comprometer as metas desenvolvimento do pais. Várias atividades e fábricas que estavam paradas voltaram a funcionar e o governo anunciou investimentos em áreas estratéticas.
Apesar do agravamento e da expansão da doença, a Organização Mundial da Saúde, informou na segunda-feira que não a considera como uma pandemia.
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou, nesta segunda, os casos no Irã, Itália e Coreia do Sul como “profundamente preocupantes”.
Ele disse que o vírus tem “potencial pandêmico”.
Porém, afirmou que no momento não há uma disseminação global não contida. “Não estamos testemunhando doenças graves ou mortes em larga escala”, declarou. “Esse vírus tem potencial pandêmico? Absolutamente, tem. Já chegamos (à pandemia)? Em nossa avaliação, ainda não”, disse ele, segundo a BBC.
Segundo a mesma fonte, Mike Ryan, chefe do programa de emergências em saúde da OMS, no entanto, disse que agora é a hora de “fazer tudo o que você faria para se preparar para uma pandemia”.

Brasileiros vindos da China ficarão em base militar

Os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, visitam nesta terça-feira duas bases militares para definir qual delas vai receber um grupo de brasileiros que serão trazidos da China.
Uma das bases fica em Florianópolis, capital de Santa Catarina, e a outra em Anápolis, interior de Goiás. O governo federal já abriu licitação para contratar o avião que vai fazer o transporte de cerca de 40 pessoas. Uma medida provisória define as regras para a repatriação.
Mandetta coordena um grupo de ministros que se reuniu pela primeira vez nessa segunda-feira, para tratar da repatriação dos brasileiros. Ele destacou que o trabalho precisa ser bem planejado.
“Nós estamos entrando em uma cidade que está em estado de bloqueio determinado pela autoridade de saúde do país, que tem os motivos do porquê fizeram. Não é um bloqueio de uma pessoa, eles bloquearam uma cidade como um todo, e ela não é pequena, tem cerca de 11 milhões de habitantes”.
São cerca de 40 brasileiros que moram na cidade de Wuhan, uma das mais afetadas pela epidemia de coronavírus. A localidade está interditada, em quarentena, pelo menos até o fim desta semana.
Nessa segunda-feira, o número de mortes chegou a 426, sendo só uma fora da China, no Camboja. E já são mais de 20 mil casos confirmados – nenhum deles no Brasil.
A preocupação é porque a cada 10 pessoas infectadas por coronavírus, pelo menos 6 vivem na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan. É lá que um hospital de emergência foi aberto nessa segunda e outro deve entrar em funcionamento nos próximos dias.
Quem quiser voltar ao Brasil, deverá cumprir uma nova quarentena, de 14 a 21 dias de duração, na base militar que deve ser indicada nesta terça.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que nenhum brasileiro com suspeita de contaminação poderá voltar para o país.
“Não virá para o Brasil nenhuma pessoa que tenha qualquer suspeita. Irá uma equipe médica que vai fazer os exames. As pessoas que virão para o Brasil são assintomáticas”.
A orientação do governo é trazer quem quiser vir e tiver condições de fazer a viagem. De acordo com o balanço mais recente, divulgado nessa segunda, o Brasil tem 14 casos suspeitos de coronavírus, distribuídos assim: são sete no estado de São Paulo, quatro no Rio Grande do Sul, dois em Santa Catarina e um no estado do Rio de Janeiro.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a reforçar a importância de os brasileiros tomarem vacinas. Mandetta disse que, no caso de o vírus chegar ao Brasil, será mais fácil fazer o diagnóstico em quem estiver protegido contra outras doenças. E lembrou que no mês que vem começa a campanha de vacinação contra gripe.
Na quinta-feira, Luiz Henrique Mandetta vai se reunir, em Brasília, com secretários municipais de saúde de todo o país. A pauta será uma só: coronavírus. E, até o fim desta semana, representantes de laboratórios públicos que podem analisar amostras suspeitas serão treinados por equipes da Organização Pan-Americana da Saúde, na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

Três praias de Itapuã estão abertas ao público em fase experimental

Foram reabertas ao público três praias do parque de Itapuã, em Viamão: Pombas, Pedreira e de Fora.
Distante 57 quilômetros de Porto Alegre, o Parque de Itapuã é banhado pelas águas do Guaíba e da Lagoa dos Patos.
Segundo a bióloga e gestora do parque, Dayse Aparecida dos Santos Rocha, o projeto ainda é piloto, pois visa melhorias e adaptações.
“Queremos ouvir os visitantes e, quem sabe, abrir as praias durante o ano inteiro. Estamos em uma fase de testes, estudando maneiras de adaptar a estrutura e realizar a manutenção para que a praia funcione plenamente.”
Por isso, cada visitante recebe um questionário na entrada e é convidado a deixar sua sugestão.
Há mais de dez anos, as três praias não recebiam o público simultaneamente.
Apenas a Praia das Pombas estava aberta. O número de pessoas é limitado a fim de preservar a fauna e flora locais. Todas as praias têm banheiros, vestiários, mesas para piquenique e quiosques. Na Praia da Pedreira não há água potável disponível.
Dayse destaca a importância de se valorizar o local. “A Unidade de Conservação é uma área protegida. Até esse momento, a estrutura não comportava visitação e agora aprimoramos alguns serviços, testando as funcionalidades. São paisagens que valem a pena explorar”, diz.
Serviço
Confira os dias de visitação desta semana e o limite de pessoas:
Quarta (22/1), quinta (23/1) e sexta-feira (24/1)
Praia das Pombas (limite de até 200 pessoas por dia)
Praia da Pedreira (limite de até 100 pessoas por dia)
Praia de Fora (limite de até 200 pessoas por dia)
Sábado (25/1) e domingo (26/1)
Praia das Pombas – não abrirá
Praia da Pedreira (limite de até 100 pessoas)
Praia de Fora (limite de até 300 pessoas)
Ingresso: R$ 17,75
A bilheteria funciona das 9h às 12h e das 13h30min às 17h
Horário limite de permanência: 20h
Endereço: estrada Dona Maria Leopoldina Cirne, s/nº, em Viamão
É proibido:
Circular de bicicleta nas praias
Entrar com animais domésticos
Tirar fotos para uso comercial
Alimentar os animais
Coletar qualquer tipo de vegetação
Circular nas pedras
Prática de esportes com bola ou raquete
Usar motos aquáticas ou barco
Usar churrasqueiras portáteis e fogareiros
Boias
Som alto
Barracas

Virus misterioso que já matou seis na China foi detectado na Coréia, Japão e Tailândia

(Com informações do New York Times)
Autoridades australianas disseram nesta terça-feira que o país começará a rastrear passageiros em vôos a partir de Wuhan, cidade chinesa onde um novo coronavírus infectou mais de 250 pessoas e matou pelo menos seis, à medida que crescem as preocupações globais sobre a propagação da doença.
Além das preocupações com o surto, foi confirmada por um proeminente cientista chinês na noite de segunda-feira que a doença é capaz de se espalhar de pessoa para pessoa.
Zhong Nanshan, um cientista que lidera um grupo de especialistas no exame do surto em Wuhan, disse que o vírus pode estar presente em partículas de saliva e que, em um caso, um paciente parece ter infectado 14 trabalhadores médicos.
O número de casos relatados na China mais do que triplicou no início desta semana, à medida que as autoridades expandiam os testes em todo o país. A maioria dos casos foi encontrada em Wuhan, onde a doença foi relatada pela primeira vez no mês passado.
A comissão de saúde da China disse terça-feira que 291 casos foram registrados em todo o país, com 270 em Hubei, província que inclui Wuhan.
As principais cidades chinesas, como Pequim, Xangai e Shenzhen, também relataram casos de infecções.
Zhou Xianwang, prefeito de Wuhan, disse em entrevista à televisão estatal na terça-feira que a cidade registrou 258 casos confirmados, com seis mortos e 12 em estado crítico.
Taiwan confirmou seu primeiro caso na terça-feira, uma mulher que trabalhou em Wuhan e voltou a Taiwan na noite de segunda-feira. Ela foi levada diretamente para um hospital do aeroporto depois que foi determinado que ela estava com febre, disseram autoridades de saúde.
Também foram confirmadas infecções no Japão, Coréia do Sul e Tailândia, todas em pessoas que viajaram de Wuhan. A Organização Mundial da Saúde disse que realizará uma reunião de emergência na quarta-feira para determinar se o surto é uma emergência internacional de saúde pública.

 
 
 
 
Casos confirmados em 21 de janeiro de 2020 ( The New York Times
“Agora está muito claro, a partir das informações mais recentes, que há pelo menos alguma transmissão de humano para humano”, disse o Dr. Takeshi Kasai, diretor regional do Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde.
O Dr. Kasai disse que as infecções entre os profissionais de saúde aumentavam a evidência de que o vírus estava se espalhando entre os seres humanos, mas eram necessárias mais análises dos dados para entender toda a extensão dessa transmissão.
A preocupação de que o surto pudesse piorar e atingir a economia chinesa enviou mercados financeiros para a Ásia na terça-feira. A moeda chinesa, o renminbi, enfraqueceu em valor em relação ao dólar americano. Os mercados de ações na Europa também abriram geralmente mais baixos.
Na segunda-feira, a comissão de saúde da China disse que responderia com medidas destinadas a gerenciar surtos das doenças mais virulentas, incluindo a notificação obrigatória de casos, e classificou o vírus como uma doença infecciosa classe B – uma categoria que inclui doenças como a SARS .
As autoridades de Wuhan começarão a impedir excursões em grupo de viajar para fora da cidade e realizarão verificações de veículos para procurar animais vivos, informou a mídia estatal na segunda-feira . A cidade também instalou termômetros infravermelhos em aeroportos e estações de ônibus e trem.
O potencial da doença se espalhar por mais países levou as autoridades de saúde a intensificar as verificações em suas fronteiras.
Na Austrália, a equipe de segurança nas fronteiras e de biossegurança irá encontrar e rastrear passageiros de três vôos diretos de Wuhan para Sydney, disse terça-feira Brendan Murphy, diretor médico do governo.
O professor Murphy advertiu, no entanto, que essas medidas não eram infalíveis. Algumas pessoas portadoras do vírus podem não apresentar sintomas, acrescentou.
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