Ministério autoriza inseticidas biológicos para combater praga de gafanhotos

O Ministério da Agricultura autorizou, em caráter emergencial, o uso de determinados agrotóxicos para o controle da praga de gafanhotos que ameaça as colheitas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Pela portaria publicada nesta terça-feira (30), o uso de inseticidas biológicos, à base de fungos e bactérias, e outros produtos podem ser usados no caso de surto comprovado da praga de gafanhotos.

Entre os princípios ativos autorizados em caráter temporário, estão o acefato ou organofosforato, a cipermetrina, deltametrina, melationa, entre outros.

Os responsáveis pelo registro dos produtos ficam desobrigados de modificar a bula para o uso desses inseticidas.

A portaria do Ministério da Agricultura ainda determina que o plano para o controle da praga deve ser estabelecido pelo Órgão de Defesa Agropecuária de cada estado a partir de procedimentos gerais determinados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério.

Os órgãos estaduais devem apresentar ainda a instância federal do setor relatórios trimestrais com todas as ações realizadas durante o período emergencial, incluindo a quantidade de agrotóxico usado nas plantações.

Gafanhotos: Ministério da Agricultura decreta emergência no RS e SC

O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido ao risco de surto da praga de gafanhotos (Schistocerca cancellata) nas áreas produtoras dos dois estados.

A portaria com a medida está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25).

O estado de emergência prevê um “plano de supressão da praga” e adoção de medidas emergenciais para evitar danos às lavouras.

De acordo com o ministério, a emergência fitossanitária é por um prazo de 1 ano.

A nuvem de gafanhotos está a cerca de 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. A preocupação das autoridades do setor agropecuário e de produtores rurais é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.

A dieta do inseto varia, conforme a espécie, entre folhas, cereais, capins e outras gramíneas. Segundo informações repassadas à Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, a nuvem é originária do Paraguai, das províncias de Formosa e Chaco, onde há culturas de cana-de-açúcar, mandioca e milho.

Em nota, o ministério informou que está acompanhando o fenômeno em tempo real e que “emitiu alerta para as superintendências federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região.

De acordo com a pasta, especialistas argentinos estimam que os insetos sigam em direção ao Uruguai. A ocorrência e o deslocamento da nuvem de gafanhotos são influenciados pela temperatura e circulação dos ventos.

O fenômeno é mais comum com temperatura elevada. Segundo o setor de Meteorologia da secretaria gaúcha, há expectativa de aproximação de uma frente fria pelo sul do estado, que deve intensificar os ventos de norte e noroeste, “potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai”.

A nota diz ainda que o gafanhoto está presente no Brasil desde o século 19 e que causou grandes perdas às lavouras de arroz na Região Sul no período de 1930 a 1940. “No entanto, desde então, tem permanecido na sua fase ‘isolada’, que não causa danos às lavouras.”

O ministério informa que especialistas estão avaliando “os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva” e que o fenômeno pode estar relacionado a uma conjunção de fatores climáticos.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul orienta os produtores rurais gaúchos a informar a Inspetoria de Defesa Agropecuária da sua localidade se identificar a presença de tais insetos em grande quantidade.

(Com Agência Brasil)

Liberada visitação aos parques da Serra Geral e Aparados da Serra

Está autorizada a reabertura da visitação nos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, no Rio Grande do Sul, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

Os dois parques também abrangem áreas no estado de Santa Catarina, mas a reabertura refere-se apenas aos atrativos situados no Rio Grande do Sul, já que ainda há restrições estabelecidas pelo governo catarinense.  A reabertura dos parques deverá respeitar as medidas de prevenção e a retomada das atividades de turismo e atrativos naturais estabelecidos pelos respectivos estados e municípios.

As prefeituras de Cambará do Sul e Jacinto Machado, segundo a Agência Brasil, manifestaram-se positivamente pela reabertura dos parques. Além disso, o governo gaúcho publicou decretos que instituíram o Sistema de Distanciamento Controlado para prevenção e enfrentamento pandemia e indicaram a possibilidade de reabertura das áreas externas dos parques e reservas naturais, jardins botânicos e zoológicos, com público reduzido.

O número de visitantes deverá ser até o limite de 40% da sua capacidade de público, de forma que a visitação possa ocorrer respeitando-se o espaçamento mínimo de dois metros entre as pessoas.

A retomada das atividades acontecerá de forma gradual e monitorada, mediante cumprimento dos protocolos de segurança sanitária e demais normas vigentes sobre o tema. Entre as medidas que deverão ser adotadas estão o uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel 70%, higienização de equipamentos, limpeza e desinfecção de ambientes e objetos de uso coletivo e organização do atendimento para evitar aglomerações.

As medidas também se aplicam a todos os prestadores de serviços, agências e operadores de turismo que atuam nas unidades.

Em março deste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o governo suspendeu a visitação pública em todos os parques nacionais e demais unidades federais de conservação.

(Com Agência Brasil)

Mata Atlântica perdeu 14,5 mil hectares no primeiro ano do governo Bolsonaro

Depois de longo período de redução, o desmatamento em áreas da Mata Atlântica voltou a crescer no último ano, refletindo a orientação do governo Bolsonaro, enunciada já na campanha eleitoral, de relaxar as políticas de contenção.

Relatório divulgado nesta quarta-feira, 27, mostra que o desmatamento aumentou 27% entre 2018 e 2019.

O relatório é da Fundação SOS Mata Atlântica com base em informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (27).

Foram 14.502 hectares de mata derrubados entre 1º de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2019. No mesmo período, entre 2017 e 2018, foram desmatados 11.399 hectares. Os números vinham caindo desde 2016.

Desmatamento cresce depois de longo período em quedaMinas Gerais foi o Estado que mais desmatou, com 4.972 hectares destruídos, seguido da Bahia, com 3.532; depois vêm Paraná (2.767) e Piauí (1.558). Os estados também ocupavam os primeiros postos no ano passado.

Fonte: SOS Mata Atlântica

Já Alagoas e Rio Grande do Norte conseguiram zerar o desmatamento, conforme os parâmetros da ONG. (O “Atlas da Mata Atlântica” consegue mapear desmatamentos acima de 3 hectares, o equivalente a 30 mil m²).

Mario Mantovani, geógrafo e diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, explicou que os estados com os piores índices já eram, historicamente, aqueles onde o desmatamento criminoso era mais comum.

“Em Minas Gerais, é a queima de árvores para carvão vegetal. Na Bahia, é a soja. No Paraná, há a pressão dos grandes agricultores em relação aos pequenos”, segundo o geógrafo.

Ele credita a continuidade da situação à eleição do presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2018.

Ainda na época da campanha, Bolsonaro afirmou, entre outras declarações, que “não aceitava” as multas ambientais. “Ele sinalizou um vale-tudo. E esse pessoal [que já desmatava antes] se sentiu inspirado”, avalia Mantovani.

“E, agora, o despacho do ministro [Ricardo Salles] comprovou: o que ele falava na campanha lá atrás, o ministro não entrou para cuidar do meio ambiente do Brasil. Ele entrou com o plano de acabar com o meio ambiente. Esse Atlas já sinalizou que a situação é ruim”, afirma Mantovani.

O despacho, emitido pelo Ministério do Meio Ambiente em abril, recomendou a órgãos ambientais do país que não levassem em consideração a Lei da Mata Atlântica, de 2006, e aplicassem no lugar dela o Código Florestal.

O Ministério Público Federal disse ao Ibama para descumprir o documento do governo, considerando que ele fere a lei de proteção do bioma.

Com a pandemia, Mantovani acredita que o próximo relatório da ONG também não será favorável. “A prova maior foi a autodenúncia do ministro [Salles] naquela reunião”, afirma.

Na reunião com outros ministros e o próprio presidente, no dia 22 de abril, Ricardo Salles defendeu “passar a boiada” e “mudar” regras de proteção ambiental enquanto a atenção da imprensa está concentrada na cobertura da Covid-19 (veja vídeo).

A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais desmatado, segundo a SOS Mata Atlântica: apenas 12,4% da área de floresta original ainda sobrevive – cerca de 16,3 milhões de hectares.

Do ponto de vista da conservação de biodiversidade, explica Mario Mantovani, um percentual abaixo de 20% já coloca as espécies ali praticamente em extinção.

E, se o bioma se extinguir por completo, pode haver consequências como falta de água nas cidades, assoreamento de rios e piora na qualidade do ar.

Para tentar reforçar a proteção do bioma é que foi aprovada a Lei da Mata Atlântica, em 2006, explica explica Pedro Avzaradel, professor adjunto de direito ambiental da Universidade Federal Fluminense em Volta Redonda (RJ).

O texto acrescentou à lei de crimes ambientais brasileira, de 1998, o artigo sobre crimes contra o bioma da Mata Atlântica, com pena de até 3 anos de detenção. Mas a aplicação é complexa.

“Pelo fato de a pena ser de detenção menor que 4 anos, muitas vezes essas são substituídas por outra coisa – penas restritivas de direitos, como o pagamento de uma determinada quantia”, explica Avzaradel.

Ele acrescenta que há uma série de dificuldades em processos penais ambientais, inclusive do ponto de vista técnico. “Por exemplo: quando você analisa um furto, um roubo, vai pegar uma pessoa, ou um grupo de pessoas que atuam juntas. Os crimes ambientais, muitas vezes, estão sendo praticados por corporações enormes – uma cadeia enorme de pessoas, que às vezes nem se conhecem”, lembra Avzaradel.

Relatório inédito mostra que 99% do desmatamento feito no Brasil em 2019 foi ilegal

No caso da aplicação de multas ainda há a diferença entre as multas administrativas (aplicadas, por exemplo, pelo Ibama) e as que são determinadas por um juiz. “A multa aplicada pelo Poder Judiciário é a que decorre de um crime. E o critério não é o mesmo [da multa administrativa]”, explica.

A maior parte da Mata Atlântica do Brasil está em Minas Gerais, que tem 17% do bioma (cerca de 2,8 milhões de hectares).

Em seguida vêm São Paulo e Paraná (com cerca de 2,3 milhões cada), Santa Catarina (2,2 milhões), Bahia (2 milhões) e Rio Grande do Sul, com 1 milhão de hectares.

A Mata Atlântica se estende por 11 Estados brasileiros: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.

MPSC e MPF recomendam que Lei da Mata Atlântica tenha prevalência sobre o Código Florestal

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), expediu recomendação administrativa para garantir que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no Estado e o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) mantenham em suas atividades fiscalizatórias a aplicação da Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) para a proteção do bioma.

A recomendação, elaborada pelo Promotor de Justiça Felipe Martins de Azevedo, da 22ª Promotoria de Justiça da Capital, e pela Procuradora da República Analúcia de Andrade Hartmann, foi expedida após o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, publicar, no dia 6 de abril, ato que admite a possibilidade de aplicação da consolidação de desmatamentos previstos no Código Florestal (Lei 12.651/2012) ao bioma Mata Atlântica.

Em razão disso, muitos produtores rurais não poderão mais ser multados com base na Lei da Mata Atlântica. E, ainda, aqueles que já foram multados com base na sua infringência podem pedir a anulação de autos de infração ambiental, termos de embargos e interdição e termos de apreensão emitidos em face de ocupações indevidas de áreas de preservação permanente com atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural ou de ocupação de áreas de reserva legal.

De acordo com a recomendação, aproximadamente 150 milhões de brasileiros vivem na abrangência do bioma da Mata Atlântica e dependem direta ou indiretamente de suas múltiplas funções ambientais. Por isso, a preservação e a recuperação dos remanescentes dessa vegetação são essenciais para a sustentabilidade econômica do país.

As instituições ressaltam, no documento, a clara especialidade da Lei da Mata Atlântica, que possui abrangência apenas em relação a esse bioma (13% do território nacional), o qual possui razões concretas para a aplicação de um regime especial. Diferentemente do Código Florestal, de caráter mais geral e permissivo, a Lei da Mata Atlântica possui cunho mais protetivo e não permite a consolidação de supressão clandestina e não autorizada de vegetação nativa ou o perdão por essa prática ilícita.

 

Taxa de mortalidade por coronavirus no Brasil sobe para 3,2%

Os últimos números da epidemia, divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde deste domingo, confirmam 4.256 infecções e 136 mortes por coronavírus (Covid-19) no Brasil.

Foram 353 novos casos de contaminação nas últimas 24 horas e, dado mais preocupante, a taxa de mortalidade subiu de 2,4% para 3,2%.

De acordo com as informações das secretarias Estaduais de Saúde de todo o país até as 16h, o número de óbitos em 24 horas, que era de 114 entre sexta e sábado, subiu para 136.

Indiferente aos números e ao agravamento da situação, o presidente Jair Bolsonaro mantém sua postura de minimizar a importância do isolamento e a paralisação de atividades que envolvem movimentação de pessoas, pontos centrais da estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde.

Pela manhã, Bolsonaro percorreu comércios e feiras populares em cidades-satélite de Brasília. Conversou com feirantes e vendedores ambulantes, sempre insistindo na necessidade de volta ao trabalho.

Segundo dados das secretarias Estaduais de Saúde de todo o país até as 16h, o número de óbitos nas últimas 24 horas chegou a 136. O número anterior era de 114 mortes em 24h.

As mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Bahia (1), Ceará (5), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Rio de Janeiro (17), São Paulo (98), Distrito Federal (1), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2).

Para manter a população informada a respeito dos casos e óbitos, o Ministério da Saúde atualiza diariamente os dados na plataforma de dados do coronavírus. O painel traz as informações e permite uma análise do comportamento do vírus com o passar do tempo, além de um gráfico de dados acumulados apontando a curva epidêmica da doença.

A plataforma está disponível para livre acesso no endereço: covid.saude.gov.br

 

Taxa de mortalidade do coronavirus no Brasil sobe para 3,2%

Os últimos números da epidemia, divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde deste domingo, confirmam 4.256 infecções e 136 mortes por coronavírus (Covid-19) no Brasil.

Foram 353 novos casos de contaminação nas últimas 24 horas e, dado mais preocupante, a taxa de mortalidade subiu de 2,4% para 3,2%.

De acordo com as informações das secretarias Estaduais de Saúde de todo o país até as 16h, o número de óbitos em 24 horas, que era de 114 entre sexta e sábado, subiu para 136.

Indiferente aos números e ao agravamento da situação, o presidente Jair Bolsonaro mantém sua postura de minimizar a importância do isolamento e a paralisação de atividades que envolvem movimentação de pessoas, pontos centrais da estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde.

Pela manhã, Bolsonaro percorreu comércios e feiras populares em cidades-satélite de Brasília. Conversou com feirantes e vendedores ambulantes, sempre insistindo na necessidade de volta ao trabalho.

Segundo dados das secretarias Estaduais de Saúde de todo o país até as 16h, o número de óbitos nas últimas 24 horas chegou a 136. O número anterior era de 114 mortes em 24h.

As mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Bahia (1), Ceará (5), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Rio de Janeiro (17), São Paulo (98), Distrito Federal (1), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2).

Para manter a população informada a respeito dos casos e óbitos, o Ministério da Saúde atualiza diariamente os dados na plataforma de dados do coronavírus. O painel traz as informações e permite uma análise do comportamento do vírus com o passar do tempo, além de um gráfico de dados acumulados apontando a curva epidêmica da doença.

A plataforma está disponível para livre acesso no endereço: covid.saude.gov.br

 

Coronavirus terá expansão acelerada no Brasil, antes de começar a ceder

O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde às 16h20 desta quinta-feira (12) apontou tem 77 casos confirmados de novo coronavírus no Brasil.

O estado de São Paulo, com 42 pacientes infectados pelo novo coronavírus tem o maior número de casos no país.

Após o balanço do ministério, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, confirmou mais 60 casos de coronavírus.

Com esses novos casos, o Brasil registra 137 pessoas infectadas.

Em reunião com especialistas no Incor, em São Paulo,  na quarta-feira, o médico David Uip, chefe do Centro de Contingência em São Paulo, previu um crescimento acelerado da doença nas próximas semanas.

Ele estimou que o coronavirus poderá infectar entre 40 mil e 45 mil pessoas, só em São Paulo nos próximos 120 dias, que é o tempo previsto para que o expansão do virus comece a ceder.

Os principais dados do balanço do Ministério da Saúde, são:

77 casos confirmados, eram 52 casos na quarta-feira
1.427 casos suspeitos
1.156 descartados

No novo balanço, pela primeira vez aparecem casos confirmados em Pernambuco e no Paraná.

Após o anúncio oficial, São Paulo confirma mais 60, chegando a 137.

O atual balanço ainda não considera novas confirmações divulgadas por secretarias estaduais de saúde.

Em São Paulo, já há 46 casos confirmados, quatro além do que consta no balanço.

Na Bahia, além dos dois casos já citados no balanço, existe ainda um terceiro caso, e no Distrito Federal, mais um paciente. Minas Gerais também confirmou mais um caso, o segundo no estado.

Em Santa Catarina, que não aparece ainda na lista, há dois pacientes que testaram positivo para o Sars-Cov-2. O mesmo ocorre com Goiás, que tem agora três casos.

 

 

Líder da descarbonização da Engie foi destituída da direção geral

O conselho de administração do Grupo Engie, da França, destituiu Isabelle Kocher do cargo de diretora geral. A decisão foi anunciada na quinta-feira, 6.
A Engie tem 160 mil empregados em 70 países, um faturamento que no ano passado chegou aos 60 bilhões de euros e se define como  “a maior produtora de energia independente do mundo”.
No Brasil, com sede em Florianópolis, a Engie é o maior empreendedor privado no campo energético do território nacional, responsável por 6% da geração de energia no país.
Seu parque no Brasil  abrange: 31 usinas, sendo 11 hidrelétricas, quatro termelétricas convencionais e 16 usinas complementares, duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), nove eólicas, três a biomassa e duas solares.
Destaque para a usina de Jirau, em Porto Velho, Rondônia, a maior hidrelétrica em território nacional, com uma capacidade de 3.750 MW, o suficiente para atender cerca de dez milhões de moradias.
A  Engie  ganhou relevo no noticiário econômico nacional  quando, em abril de 2019, adquiriu – associada ao investidor canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec –  a Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobrás, que tem a mais extensa malha de distribuição de gás do país, com cerca de 4500 quilômetros de gasodutos.
No cargo de diretora geral desde 2016, Isabelle Kocher vinha liderando a mudança estratégica da Engie, que decidiu concentrar seus negócios nas energias renováveis e se desfazer das usinas baseadas em combustíveis fósseis.
Nos últimos quatro anos, desfez-se de centrais a carvão na Alemanha, na Holanda e na Tailândia, e repassou seus ativos do setor de gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha) para o grupo Total.
Amealhou cerca de 15 bilhões de euros em venda de ativos, dinheiro que foi empregado em energias “verdes”: parques eólicos e solares, hidrelétricas, gás natural e biomassa.
No Brasil, a Engie tem três termelétricas a carvão à venda: a Pampa Sul e Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e Usina Jorge Lacerda (três unidades) em Santa Catarina.
A Engie é um caso exemplar do novo mercado de energia que se conforma pela pressão das mudanças climáticas.
Ela resulta da fusão de dois grupos tradicionais- Gas de France e GDF Suez, presentes em mais de 70 países na área de geração, transmissão e serviços. Gás e petróleo era o principal negócio deles.
Em 2008, a nova empresa adotou a marca Engie, um vocáculo criado para sugerir energia em qualquer idioma.
Suas usinas em diversos países somam mais 100 Gigawatts de capacidade instalada  em energia elétrica (sete usinas de Itaipu).
Sob a batuta de Kocher, em três anos o grupo investiu  22 bilhões de euros na transição energética.
Numa entrevista a TV francesa, ela anunciou  a diminuição de 56 por cento da emissão de gás carbono nas atividades do grupo:
“A mudança climática é o primeiro desafio planetário.Ninguém pode dizer que o problema não é seu. Os atores, graças à tecnologia, não são mais os estados, mas as empresas e os cidadãos. Trata-se de uma revolução nas cabeças”.
Sua saída deve-se a pressões internas e externas, principalmente do governo francês, o verdadeiro patrão, com 23,6 por cento do capital do grupo. Emmanuel Macron, presidente da França, e Bruno Le Maire, ministro da Economia e Finanças, estavam descontentes com a gestão de Kocher.
A direção do grupo, provisoriamente, ficará a cargo de um triunvirato: Paulo Almirante, diretor de operações, Judith Hartmann, diretora financeira, e Claire Waysan, secretária geral. Esta última ocupará, interinamente o cargo de diretora geral.
Um colegiado formado por um homem e duas mulheres, evitando, assim, qualquer especulação misógina, machista, como causas da demissão de Kocher. Especulação que tem suas razões: afinal, Kocher, de 53 anos, era a única mulher em posição de comando empresarial a integrar o CAC 40 (o índice que congrega as quarenta maiores empresas da França).
Especula-se, também, que Catherine Guillouard, atual CEO da RATP (Régie Autonome de Transports Parisiens), será a sucessora de Kocher.
Em entrevista ao diário financeiro francês Les Echos, o presidente de administração da Engie, Jean-Pierre Clamadieu, enfatizou que a não renovação do mandato de Isabelle Kocher para mais quatro anos a frente do grupo se deve ao fato dela: “não ter demonstrado ser a pessoa adequada para aprofundar as transformações necessárias a estratégia do grupo”.
Como aprofundamento em estratégia, Clamadieu, na mesma entrevista, fala em “grande focalização sobre o operacional, realizações concretas com impactos visíveis sobre a performance”.
 

Brasileiros vindos da China ficarão em base militar

Os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, visitam nesta terça-feira duas bases militares para definir qual delas vai receber um grupo de brasileiros que serão trazidos da China.
Uma das bases fica em Florianópolis, capital de Santa Catarina, e a outra em Anápolis, interior de Goiás. O governo federal já abriu licitação para contratar o avião que vai fazer o transporte de cerca de 40 pessoas. Uma medida provisória define as regras para a repatriação.
Mandetta coordena um grupo de ministros que se reuniu pela primeira vez nessa segunda-feira, para tratar da repatriação dos brasileiros. Ele destacou que o trabalho precisa ser bem planejado.
“Nós estamos entrando em uma cidade que está em estado de bloqueio determinado pela autoridade de saúde do país, que tem os motivos do porquê fizeram. Não é um bloqueio de uma pessoa, eles bloquearam uma cidade como um todo, e ela não é pequena, tem cerca de 11 milhões de habitantes”.
São cerca de 40 brasileiros que moram na cidade de Wuhan, uma das mais afetadas pela epidemia de coronavírus. A localidade está interditada, em quarentena, pelo menos até o fim desta semana.
Nessa segunda-feira, o número de mortes chegou a 426, sendo só uma fora da China, no Camboja. E já são mais de 20 mil casos confirmados – nenhum deles no Brasil.
A preocupação é porque a cada 10 pessoas infectadas por coronavírus, pelo menos 6 vivem na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan. É lá que um hospital de emergência foi aberto nessa segunda e outro deve entrar em funcionamento nos próximos dias.
Quem quiser voltar ao Brasil, deverá cumprir uma nova quarentena, de 14 a 21 dias de duração, na base militar que deve ser indicada nesta terça.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que nenhum brasileiro com suspeita de contaminação poderá voltar para o país.
“Não virá para o Brasil nenhuma pessoa que tenha qualquer suspeita. Irá uma equipe médica que vai fazer os exames. As pessoas que virão para o Brasil são assintomáticas”.
A orientação do governo é trazer quem quiser vir e tiver condições de fazer a viagem. De acordo com o balanço mais recente, divulgado nessa segunda, o Brasil tem 14 casos suspeitos de coronavírus, distribuídos assim: são sete no estado de São Paulo, quatro no Rio Grande do Sul, dois em Santa Catarina e um no estado do Rio de Janeiro.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a reforçar a importância de os brasileiros tomarem vacinas. Mandetta disse que, no caso de o vírus chegar ao Brasil, será mais fácil fazer o diagnóstico em quem estiver protegido contra outras doenças. E lembrou que no mês que vem começa a campanha de vacinação contra gripe.
Na quinta-feira, Luiz Henrique Mandetta vai se reunir, em Brasília, com secretários municipais de saúde de todo o país. A pauta será uma só: coronavírus. E, até o fim desta semana, representantes de laboratórios públicos que podem analisar amostras suspeitas serão treinados por equipes da Organização Pan-Americana da Saúde, na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.