Depois de quase um ano fechado, o vertedouro da Itaipu voltou a ser aberto na madrugada desta segunda-feira (18). A abertura começou às 0h40, para liberar água que vai ajudar a aumentar o nível do Rio Paraná a jusante da barragem. O vertedouro voltou a ser fechado às 9h da manhã. A nova abertura está prevista para madrugada de terça-feira, mas ainda será definida em uma reunião da área técnica da Itaipu no fim da tarde desta segunda-feira.
A medida vai possibilitar o escoamento da safra de grãos do Paraguai e da Argentina. A longa estiagem prejudica a navegação no Rio Paraná, dificultando o transporte de grãos da Argentina e do Paraguai para os portos de Buenos Aires e do Uruguai. Sem essa operação de Itaipu, os países vizinhos teriam enormes prejuízos.
“Essa ajuda é para evitar um colapso na economia dos países vizinhos numa época de tantas dificuldades”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Usina vai escoar diariamente 8.500 m3/s de água, sem prejuízos à produção de energia
O vertimento inicial previsto deve durar 12 dias. Durante este período, a Itaipu vai escoar diariamente 8.500 m3/s de água. A medida não afeta a produção de energia. “Devido às medidas de controle da pandemia no Brasil e no Paraguai, a demanda de energia dos dois países caiu, então, durante o dia tem períodos que a Itaipu não consegue escoar esta quantidade de água na produção de energia, por isso, é necessário fazer o vertimento”, explicou o superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota Júnior.
Na manhã desta segunda-feira, o reservatório da Itaipu estava na cota 219,10 e a previsão é que o nível desça de 1,5 a 2 metros nos próximos dias. “Isso vai provocar um aumento no nível do Rio Paraná, a jusante, da ordem de 2 a 3 metros, este aumento será de forma gradual e segura, respeitando o Acordo Tripartite”, afirmou José Benedito.
A Itaipu e a Defesa Civil alertam a população sobre o aumento da vazão. Nos últimos tempos, o rio, próximo à Ponte da Amizade, havia virado um roteiro de visitação para registros de fotos por causa da seca histórica.
A Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (4CCR/MPF) e o Grupo de Trabalho de Unidades de Conservação do MPF cobram uma explicação por parte da presidência do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) sobre os motivos que levaram a autarquia ambiental a publicar exonerações em blocos de chefes de Unidade de Conservação em todo o país no último dia 8 de maio. O MPF quer saber, além da motivação, a razão pela qual não foram nomeados os substitutos de imediato.
O MPF requisita ainda uma manifestação do ICMBio sobre os prejuízos para a fiscalização no interior das unidades de conservação (caça, pesca, incêndios florestais, extração de madeiras etc.), diante de unidades sem chefia ou com gestão remota distante.
“Estamos apurando se está havendo, com esse ato, o desmantelamento da fiscalização das Unidades de Conservação”, declararam os procuradores da República Leandro Mitidieri, coordenador do Grupo de Trabalho, e Fábio Sanches, com atuação em Macaé (RJ), que assinam, juntamente com o coordenador da 4CCR, subprocurador-geral da República Nivio de Freitas, o ofício direcionado ao presidente do ICMBio.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Depois de se consolidar como o maior programa de reprodução de
harpias (Harpia harpyja) em cativeiro do mundo, o Refúgio Biológico Bela
Vista, da Itaipu Binacional, alçou hoje novos voos em relação à espécie.
Na manhã desta segunda-feira (11), um casal de harpias, ave que está em extinção e é símbolo do Paraná, começou uma viagem inédita rumo ao seu novo lar: o ZooParc Beauval, maior zoológico da França.
Até a nova casa serão mais de 10 mil quilômetros, entre avião e viagem terrestre.
O envio a uma instituição internacional se deve à reprodução continuada da espécie, mantida e iniciada pela usina de Itaipu há 20 anos.
A empresa é reconhecida internacionalmente pelo sucesso na reprodução de harpias. Recentemente, registrou o nascimento do filhote de número 50 em cativeiro.
O resultado desse trabalho permitiu a reprodução de duas gerações de harpias. Segundo normas internacionais, somente a segunda geração pode ser exportada – o que posiciona a Itaipu como a única instituição do mundo, na atualidade, com disponibilidade de envio de harpias para outros países.
A exportação consolidará o trabalho de conservação exercido pela empresa nas últimas décadas. Para o diretor de Coordenação, Luiz Felipe Carbonell, que acompanhou o acondicionamento das aves nas caixas de transporte, nesta manhã, a exportação “mostra a materialização de todo o trabalho desenvolvido em nome da preservação das espécies, desde a criação da usina”. E reforça: “Um trabalho desempenhado com muita dedicação e excelência pelos técnicos e tratadores”.
O programa de cooperação internacional de harpias prevê a transferências de animais entre instituições como zoológicos e criadouros, para manutenção da viabilidade de genética dos planteis, aprimorando a conservação em cativeiro e permitindo que no futuro existam espécies em quantidade suficiente e saudáveis para possíveis projetos de reintrodução em natureza.
Levantando voo
As harpias devem chegar ao novo lar na tarde de quarta-feira (13), mas a preparação para o embarque já começou há um bom tempo. “São várias etapas que tivemos que percorrer. São necessários certificados internacionais, autorização de órgãos como o Ibama, documentos de vacinação e atestado sanitário”, explicou o biólogo da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu, Marcos de Oliveira, especialista no manejo de aves de rapina.
Também foram confeccionadas caixas especiais para o transporte, de acordo com padrões internacionais. As caixas de madeira, com medidas de 70cm x 60cm x 70cm, têm forro de grama sintética no chão e um tapete higiênico, “janelas” para visualização e recipientes para água e comida. No caso das harpias, porém, não será fornecida alimentação. “Esses animais têm uma boa reserva de energia e podem passar vários dias sem se alimentar”, explicou Marcos.
Depois de acondicionados nas caixas, os animais seguem até o Porto Seco para realizar os trâmites aduaneiros junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária e à Receita Federal. Na sequência, são levados de carro até São Paulo, aos cuidados da HS Consultoria Ambiental, empresa especializada no transporte de animais silvestres.
Na manhã do dia 12, as aves serão levadas ao aeroporto de Guarulhos. O voo da Air France para Paris está previsto para as 18h55. A chegada será no dia 13, às 11h15min (horário local – 7h15 no horário de Brasília). Dali, as aves vão para o novo lar, em uma viagem via terrestre que deve levar cerca de duas horas.
Todos os custos relacionados ao transporte das aves foram pagos pelo ZooParc Beauval, com apoio do Projeto Harpia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
O Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul, completa 58 anos nesta sexta-feira, 1º de maio, no Dia do Trabalhador.
Ele está fechado para visitação desde o dia 17 de março, devido à pandemia.
Os 106 funcionários – metade terceirizados – estão trabalhando em dias intercalados para manter os cerca de 160 hectares e cuidar dos 900 animais de 115 espécies de todos os continentes, com exceção da Antártida.
Casal de rinocerontes brancos vive há muitos anos no Zoo. Foto: Eduardo Polanczyk da Silva
O Zoo é administrado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado (SEMA), por meio do Departamento de Biodiversidade, e desde quando o governo Sartori extinguiu a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul – que ainda não aconteceu formalmente – se planeja repassar a gestão do parque para a iniciativa privada.
O governo estadual lançou em junho de 2018 consulta pública e depois publicou um edital de concessão para analisar propostas de empresas interessadas em administrar o parque por 30 anos, com um investimento mínimo de R$ 59 milhões, mas não apareceram interessados.
Os estudos estão sendo revisados para aumentar a sua viabilidade econômica e financeira, de acordo com a SEMA. O segundo edital ainda não foi lançado.
“A revisão dos estudos resultará em novo edital de licitação com modificações em relação ao anterior, mas sem abrir mão dos investimentos necessários para melhorar a qualidade de vida dos animais e a infraestrutura geral do zoológico. O critério de julgamento no edital anterior era maior outorga, que é um valor pago pela concessionária ao Estado. Isso deverá ser alterado, provavelmente passando a menor valor de ingresso, limitado a um teto que será definido nos estudos, ou maior valor de investimentos no Parque Zoológico. Será também tornada mais clara a possibilidade de utilização da faixa junto à BR116 para que a concessionária possa desenvolver atividades que gerem receitas e ajudem na viabilidade econômica e financeira do projeto. Outra alteração possível do novo edital é em relação ao plantel de animais, que poderá ser flexibilizado”, diz a nota enviada ao JÁ pela secretaria do meio ambiente.
Um grupo de biólogos, veterinários e advogados, reunidos na Associação Zoo Melhor, elaborou um documento no qual apontou uma série de críticas e sugestões ao estudo de viabilidade e às minutas do edital e do contrato de concessão.
Há incerteza quanto à manutenção da qualidade na prestação dos serviços e dos servidores concursados, caso uma empresa assuma a administração do parque. Dentre os itens abordados, os profissionais destacam a forma displicente como os indicadores de qualidade foram sugeridos; a negligência a diversas espécies nativas e ameaçadas de extinção na lista que comporá o plantel obrigatório do Zoo e a ênfase a espécies exóticas. Também são sugeridas a atualização e a correção de dados do estudo de viabilidade e dos critérios de habilitação das empresas.
Padre Balduíno Rambo, botânico gaúcho homenageado
Quanto à Reserva Florestal Padre Balduíno Rambo, com mais de 600 hectares, contínua à área do Zoo, está em processo de recategorização como Unidade de Conservação nos termos da Lei Federal 9985/2000 (SNUC), segundo a SEMA. “Por estar nesta situação, não tem gestor nem servidores específicos. De acordo com a da Lei Federal 9985/2000 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) e Decreto Federal nº 4340/2002, as unidades de conservação e áreas protegidas criadas com base nas legislações anteriores a atual e que não pertençam às categorias previstas nesta Lei devem ser reavaliadas, no todo ou em parte, realizadas por ato normativo do mesmo nível hierárquico que a reconheceu.”
Animais de cinco continentes
Alguns animais do Zoo: camelo (Ásia), leão (África), tigre (Ásia), rinoceronte branco (África), chimpanzé (África), babuíno sagrado (África), avestruz (África), casuar (Oceania), cervo vermelho (Europa). Possui diversas espécies consideradas ameaçadas de extinção.
tigres. Foto: Mariano Pairet
Entre as nativas do Brasil, destaca-se o lobo guará, onça pintada, mico leão da cara dourada, macaco aranha de testa branca, papagaio charão, papagaio do peito roxo, anta brasileira.
Não há mais girafas no Zoo e a última elefanta,a Pink, morreu em fevereiro desse ano.
Elefante Pink morreu este ano
Mas os rinocerontes, hipopótamos, leão e tigres estão lá. E muitos outros. O mais antigo é um condor dos andes, que chegou no parque em 1972.
Irara (ou papa-mel), é um carnívoro silvestre.
Desde 14 de maço de 2018, o Zoo não recebe animais da comunidade porque o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) foi desativado. O local recebia animais machucados, vítimas de atropelamentos, choques elétricos, órfãos e apreendidos junto a traficantes para serem tratados e reconduzidos aos seus habitats.
A atual gestora é a médica veterinária Caroline Gomes, especialista em manejo de animais silvestres. Assumiu em 25 de novembro de 2019.
Segundo ela, a receita total nos meses de janeiro, fevereiro e março foi de R$ 724,1 mil. As despesas ficam em torno de R$ 11 milhões por ano, contabilizados aí os salários.
O Zoo produz uma parte da alimentação dos animais, como couve, alfafa, aveia, cana de açúcar, milho e outros tipos de pasto. São consumidos por dia em torno de 7.000 kg de ração, 12.000 kg de frutas e verduras, mais carne e pasto, além de 1.500 kg de carne por mês, entre frango e bovina. A dieta é feita por biólogos e veterinários do parque.
Chimpanzé. Foto: Mariano Pairet
Governador Brizola inaugurou Zoo
Com cerca de 900 hectares situados em São Leopoldo, a área do Parque Zoológico pertencia à Companhia Geral de Indústrias e, em 1930, foi adquirida pelo Estado. Em 1934 o espaço foi consolidado como uma propriedade da antiga Viação Férrea do Rio Grande do Sul.
Mais de 25 anos depois, no dia 16 de março de 1957, foi promulgada pelo presidente Juscelino Kubitschek a Lei Federal nº 3.115 passando todos os bens da Viação Férrea para a União. Somente a área atual do Zoológico permaneceu sob domínio do Rio Grande do Sul.
No dia 27 de julho de 1959, o engenheiro João Caruso, secretário de Obras Públicas do governo de Leonel Brizola, entregou um estudo contendo sugestões para criar um parque público. A partir de então, a responsabilidade da área ficou com a Comissão Estadual de Prédios Escolares (CEPE), sob a denominação de Grupos de Parques e Jardins. A sede era em São Leopoldo, no próprio Horto Florestal.
Em 1º de maio de 1962, o Parque Zoológico, situado em Sapucaia do Sul foi inaugurado. No começo contava com poucas espécies que viviam em uma praça de São Leopoldo. Também foram adquiridos grandes animais como felinos e elefantes.
Alunos da Universidade Tecnológica de Tarahumara (UTT), em Chihuahua, no México, criaram um “álcool gel” baseado em hortelã-pimenta, chuchupate (erva nativa) e álcool para ajudar a população indígena e criar um produto acessível, para impedir a propagação do coronavírus COVID-19.
A instituição garantiu que o gel é produzido a partir de “plantas endêmicas da região montanhosa, com propriedades anti-sépticas”, como medida preventiva para evitar a disseminação do vírus.
O desinfetante é composto de três reagentes, o principal, como apontaram, é a raiz da planta selvagem Lingusicum Porteri, geralmente usada na área, para aliviar problemas estomacais e intestinais.
Para obter suas propriedades, o óleo essencial da planta foi extraído por filtração a quente. O desinfetante foi criado processando o óleo, a hortelã-pimenta e misturando-a com álcool.
Eles já produziram cerca de 200 garrafas, que estão sendo distribuídas na comunidade indígena em uma situação de maior vulnerabilidade econômica.
Este mapa mostra a posição atual dos navios petroleiros. Estão “encalhados” ao redor do mundo por não ter como descarregar, já que armazéns em terra estão lotados, tubulações estão lotadas, e sem fluxo, pela baixa demanda do petróleo.
Embora o óleo hoje valha zero, mantê-los nessas condições (detidos) custa cerca de 30.000 dólares diários por navio. Não há quem compre petróleo se os aviões não voam, se os veículos não transitam na cidade.
Nunca na história contemporânea, aconteceu uma redução tão drástica do consumo de combustíveis fósseis. O petróleo está parado, hoje, sobre a superfície dos oceanos (nos tanques dos navios), nos depósitos que há em terra e dentro dos canos que normalmente são usados para transporte.
Não tem índice mais claro para entender a magnitude da paralisia e os problemas que o capitalismo moderno enfrenta, já que o lastro do dólar é esse, parado, boiando nos oceanos.
Após 60 anos de escuridão, foi assim que uma praia de Acapulco brilhou por bioluminescência.
Os microrganismos se aproximaram da praia de Acapulco. Esse fenômeno luminoso ocorre em várias áreas do país, mas aqui havia mais de 60 anos sem aparecer.
Além das baleias , Acapulco também está atraindo fauna marinha microscópica. Na noite passada, vários usuários das redes sociais exibiram imagens e o vídeo a seguir, em que a praia de Acacpulco brilhava, era sobre Puerto Marqués, onde ocorreu o fenômeno chamado bioluminescência.
Segundo informações da Semana Sustentável, a bioluminescência não aparece nas praias de Acapulco há mais de 60 anos.
O que é bioluminescência na praia de Acapulco?
Enrique Ayala Duval, um biólogo formado pela Faculdade de Ciências da Universidade Nacional Autônoma do México, explicou as causas desse fenômeno:
“As bactérias marinhas são os organismos mais abundantes entre os organismos luminescentes. São de vida livre ou simbiótica, vivendo na superfície de outros organismos marinhos ou dentro de suas cavidades, por exemplo, dentro de seu trato digestivo. Invertebrados, como ctenóforos, crustáceos, cefalópodes e salpes, bem como vertebrados marinhos como peixes de profundidade, produzem bioluminescência ”.
“A bioluminescência é a luz produzida como resultado de uma reação bioquímica na qual participa luciferina (proteína), oxigênio molecular e ATP (trifosfato de adenosina), que reagem por meio da enzima luciferase da seguinte maneira: oxigênio oxida a luciferina, a luciferase acelera a reação e o ATP fornece energia para a reação, produzindo água e luz muito perceptível à noite “, conclui o biólogo.
A natureza volta ao seu habitat
Para muitas testemunhas, esse fenômeno é mais uma resposta de como a natureza se beneficiou ao esvaziar-se da presença humana.
O fato de esses microrganismos se juntarem também é conjugado com uma noite escura o suficiente para que esse fenômeno químico seja percebido pelo olho humano e, ainda mais, capturado pela câmera e pela lente de vídeo.
Assim, esse prodígio funciona como um sinal de esperança de que este tempo está sendo muito proveitoso para a natureza.
O fato de não haver barcos ou motocicletas no mar é talvez uma das possíveis causas que esses seres vivos chegaram à praia.
Talvez isso sirva para repensar a superexploração turística das praias, para ter um maior respeito pelos ecossistemas e por todos os seres vivos que as compõem.
A geração eólica da CGT Eletrosul se destacou no Ranking Operacional Eólico – Região Sul referente ao ano de 2019. O relatório, divulgado no início deste mês, apresenta os parques eólicos Galpões, Coxilha Seca e Capão do Inglês na primeira, segunda e sexta posições, respectivamente, entre as usinas com maior fator de capacidade.
O estudo de operação, que analisa a melhor relação entre geração e potência instalada, foi feito pela ePowerBay, empresa de análise de dados para projetos de energia renovável no Brasil.
De acordo com o levantamento, o parque mais eficiente e com melhor rendimento do ano, nas regiões Sul e Sudeste, foi Galpões (8 MW), que registrou fator de capacidade médio de 45%. Atrás dele, ficou Coxilha Seca (30 MW), com 44%. Em sexto lugar, o projeto Capão do Inglês (10 MW), com 42,8%.
Cabe destacar que, de janeiro a abril de 2019, um dos aerogeradores do parque Capão do Inglês esteve indisponível devido a uma ocorrência de descarga atmosférica. “Não fosse por isso, ele certamente estaria ainda melhor posicionado”, explica Rafael Freitas Ferreira, da Divisão de Engenharia de Manutenção da Geração, da CGT Eletrosul.
“A Engenharia de Manutenção da CGT Eletrosul trabalha fortemente todos os anos, juntamente com a Gamesa, fabricante e responsável pela manutenção dos aerogeradores, para garantir que as manutenções preventivas de grande monta sejam realizadas nos meses de ventos mais fracos. Essa coordenação técnica e o bom relacionamento entre as duas partes garantem estes bons resultados”, comenta.
“A ocorrência de ventos registrada em 2019 foi abaixo da média histórica. Mesmo assim, os três parques geraram uma quantidade de energia muito próxima de sua garantia física e tiveram algumas das melhores performances em relação a todos os outros 101 instalados na região Sul. Foram as usinas que melhor aproveitaram seus aerogeradores, independentemente de sua potência ou tecnologia”, completa Marcelo Mohr, da Divisão de Engenharia e Projetos de Geração, da CGT Eletrosul.
Os três parques compõem a 2ª ampliação do Complexo Eólico Cerro Chato, situado em Santana do Livramento. Juntos, possuem 24 aerogeradores e são capazes de atender à demanda energética de 270 mil pessoas. Estão em operação comercial desde dezembro de 2015. Na época de sua construção, o investimento realizado foi de aproximadamente R$ 270 milhões. O chamado Entorno 2 foi financiado pelo banco de fomento alemão KfW.
Numa iniciativa do grupo de ciclistas Sapedal, a comunidade abraçou a Lagoa dos Barros com o objetivo de protestar contra o estado em que a mesma se encontra.
A prefeitura está realizando coletas diárias e entre as hipóteses levantadas pelos especialistas estão os efluentes lançados pela Estação de Tratamento de Esgotos de Osório, mas todas os fatores estão sendo analisadas. A lagoa está interditada porque oferece prejuízos à saúde.
Tom esverdeado espantou pescadores. Foto : Valter Souza/Divulgação
A Corsan emitiu uma nota informando que a Companhia já reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, desativou uma estação de bombeamento de esgoto e está transportando o esgoto que chega nela com caminhão para outra ETE.
Massa gelatinosa azulada colhida na margem da lagoa, composta de fragmentos da cianobactéria formadora da floração. Foto: Hermogenes Repórter
Conforme o Departamento de Meio Ambiente da prefeitura, nesta semana os laudos conclusivos sobre os estudos realizados devem ser apresentados.
Daiçon disse que o Município não aceitará a poluição da Lagoa dos Barros, que será preciso provar que os efluentes da ETE de Osório não são responsáveis por isso e, que todas as possibilidades continuam sendo investigadas pelo Departamento de Meio Ambiente de Santo Antônio da Patrulha. Ele agradeceu a todos que participaram do ato, ao Sapedal pela ideia e a imprensa, Rádio Itapui, Folha Patrulhense, TV Pampa e SBT, que fizeram a cobertura do ato, fortalecendo o movimento.
Fonte: Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente – SEMAM
Após reunião realizada na sexta-feira (13) entre representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura ( SEMA) e suas duas vinculadas – Corsan e Fepam – e o Ministério Publico Estadual, a Companhia de Saneamento divulgou nota onde nega ter responsabilidade sobre “o episódio da coloração esverdeada na Lagoa dos Barros” e não fala em contaminação por cianobactérias, as algas azuis que dependendo do tipo são tóxicas.
O comunicado diz que o “evento” não foi causado pelo lançamento de efluentes tratados oriundos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Osório, mas que adotará todas as medidas para colaborar com o caso.
“Os primeiros resultados concluíram que o problema foi ocasionado por múltiplos fatores, intensificado pela condição climática com intensa restrição hídrica decorrentes também da estiagem e altas temperaturas. A Companhia já reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, desativou uma estação de bombeamento de esgoto e está transportando o esgoto que chega nela com caminhão para outra ETE. Ficou definido, também, que a Corsan encaminhará ao MP na próxima semana relatório técnico sobre o assunto, salientando que a Companhia monitora a Lagoa dos Barros há mais de 10 anos e sua ETE desde a entrada em operação no fim de 2018.”