Cooperativa mais antiga do Paraná cresce 22% em 2022

Em 01 de agosto, a Frísia Cooperativa Agroindustrial completa 97 anos de história. Tudo começou em 1925, quando sete produtores fundaram a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Laticínios. A ideia original, do que viria a ser a primeira cooperativa de produção do Paraná e a segunda do Brasil, era facilitar a transformação do leite em queijo e manteiga. 97 anos mais tarde, o trabalho dos pioneiros e o desenvolvimento cooperativo fizeram da região dos Campos Gerais a mais expressiva bacia leiteira do país atualmente.

O resultado deste trabalho está refletido no desempenho e faturamento da cooperativa. No primeiro semestre de 2022, o faturamento líquido acumulado foi de R$ 3.02 bilhões, uma alta de 22% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado principalmente pela produção de grãos e laticínios.  No fechamento deste balanço, a cooperativa Frísia alcançou a marca de 1.011 cooperados, mais de 590 mil toneladas de grãos recebidos, mais de 149 milhões de litros de leite produzidos e cerca de 74 mil leitões comercializados no período.

“A cooperativa é hoje referência em produção agroindustrial. Isso é resultado da filosofia cooperativista que a Frísia vem adotando nos seus 97 anos de história. Sabemos que, juntos, conseguimos superar os desafios do dia a dia e buscar novas soluções para aumentar a produtividade, sempre pensando no crescimento do produtor, na qualidade de vida animal e na sustentabilidade”, afirma o presidente, Renato Greidanus.

Ao longo da sua história, a cooperativa incentivou e incentiva a inovação dos seus cooperados e da região através da realização de eventos como a ExpoFrísia, feira que reúne criadores e animais com alto padrão genético, reprodutivo e produtivo, a Digital Agro, que é um ponto de encontro para se discutir a agricultura e a pecuária do futuro, focada na tecnologia digital para aumentar a produtividade e reduzir custos ao produtor, e o Show do Cerrado, com a difusão de tecnologia, conhecimento e fortalecimento do setor agropecuário na região norte do país.

Além de acreditar na união de produtores, a Frísia também aposta na união das cooperativas. Juntas, as cooperativas Frísa, Castrolanda e a Capal, atuam numa aliança estratégica em forma de intercooperação – a Unium, que congrega as marcas de varejo Colônia Holandesa, Naturalle e Colasso (leite); Alegra (carne suína e derivados) e Herança Holandesa e Precisa (trigo). A intercooperação vem contribuindo, desde o ano de 2011, com o desenvolvimento e o crescimento do estado.

Contribuição ao desenvolvimento que é reconhecida

Recentemente, a Frísia conquistou diversos reconhecimentos da sua atuação no agronegócio nacional. Ficou na 49ª colocação entre as maiores empresas do Sul do Brasil no ranking “500 Maiores do Sul”, organizado pelo Grupo Amanhã com o apoio técnico da PwC; na lista Forbes Agro 100, que traz as maiores empresas de capital aberto no país, a cooperativa conquistou o 50º lugar; na última edição do Valor 1.000, que usa critérios como as receitas, despesas, margens e dívidas, a Frísia ficou na 218ª posição; já na edição publicada em 2021 da Época 360º, ranking da revista Época Negócios, que apresenta as 500 maiores empresas do País, a cooperativa ficou na  223ª posição. O trabalho da Frísia para a redução das emissões de gases do efeito estufa garantiu o Selo Clima Paraná, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (Sedest/PR).

A Frísia também fortaleceu seu compromisso com a integridade, ética e transparência, com dois importantes atos: a cooperativa aderiu ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos, e foi a primeira cooperativa do Paraná a constar no cadastro AgroÍntegro, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. São duas iniciativas que reconhecem ações efetivas na implementação de práticas de integridade, ética e transparência. Os reconhecimentos são resultado do trabalho do Programa de Integridade Frísia.

Rumo aos 100 anos

Em 2020, a cooperativa apresentou aos associados e colaboradores o Planejamento Estratégico “Rumo aos 100 Anos”, um conjunto de propostas e ações para serem aplicadas até 2025, ano do centenário da Frísia. Entre as ações estão previstos incentivos para um aumento da produção agropecuária e investimentos na intercooperação. Até 2025 deve ser investido quase R$ 1 bilhão em expansão e novos negócios. Ainda em 2022, o planejamento é iniciar os trabalhos com o beneficiamento de sementes de cevada e ampliação de dois entrepostos  no Tocantins.

Sobre a Frísia Cooperativa Agroindustrial

Fundada em 1925, a Frísia é a cooperativa mais antiga do Paraná e segunda do Brasil. Localizada na região dos Campos Gerais, tem sua produção voltada ao leite, carne e grãos, principalmente, trigo, soja e milho. A cooperativa é resultado da união do trabalho de todos os cooperados e colaboradores; da diversificação da produção, englobando a produção leiteira, de grãos e de proteína animal; e da alta qualidade do que é feito e comercializado, com animais de excelente genética, rastreamento e investimento em tecnologia, infraestrutura e mão de obra. Os valores da cooperativa são Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA).

 

Pesquisa do IBGE: salários representam 7,5% das receitas líquidas na indústria

Num ano, 2020, em que teve receitas líquidas de R$ 4 trilhões, a indústra brasileira pagou R$ 308 bilhões em salários, ou seja cerca de 7,5% do total.

Nos dez anos, entre 2011 e 2020,  o setor industrial cortou 1 milhão de empregos e reduziu a média salarial.

Na indústria de transformação, em emprega quase 50% da mão de obra do setor, a média salarial foi de 2,9 salários mínimos. A média geral foi de 3 salários mínimos mensais, por influência das indústrias extrativas, onde a média foi de 4,6 salários mínimos. Esse resultado foi influenciado sobretudo pela remuneração elevada no setor de extração de petróleo e gás natural, cujo salário mensal, em média, alcançou 22,7 salários mínimos em 2020.

As causas do corte de emprego e salários: evolução da tecnologia, concorrência com o setor externo e dependência do consumo interno.

Entre os dez principais produtos industriais do país, destaca-se o minério de ferro, com receita de R$ 145,7 bilhões e participação de 4,8% no total, por conta do aumento de mais de 70% no preço da tonelada do minério em 2020, sustentado pela demanda chinesa.

Ultrapassou óleos brutos de petróleo, o segundo no ranking, com receita líquida de R$ 95,5 bilhões e participação de 3,1% no total, cuja cotação do barril de petróleo recuou em 2020.

Em seguida, vêm carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 73,6 bilhões e 2,4% de participação), óleo diesel (R$ 70,5 bilhões e 2,3%) e álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 49,4 bilhões e 1,6%). Os dez maiores produtos, em conjunto, concentraram 20,9% do valor das vendas em 2020.

Segundo o IBGE, entre os 100 principais produtos, os dez que mais perderam posições no ranking em relação a 2019 foram alguns que sofreram fortes impactos com medidas para combater a disseminação da covid-19, como o isolamento social e paralisações das fábricas.

As duas maiores quedas no ranking estão associadas ao setor de aviação: querosene de aviação, que recuou 58 posições, ao passar da 28ª para a 86ª posição, e serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que passou da 67ª para a 90ª posição, perdendo 23 posições.

Indústria cresce e emprega mais, mas a massa de salários diminui

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) registrou um ligeira expansão de 0,2% entre fevereiro e março de 2022.

Todos os fatores que compõem o índice cresceram: o faturamento das indústrias (+6,2%), as compras industriais (+2,7%), as horas trabalhadas na produção (+1,4%), o emprego (+0,8%) e a utilização da capacidade instalada (+0,2 p.p.).

Apenas a massa salarial real recuou (-1,2%).

No comparação com os primeiros três meses de 2021, a atividade industrial gaúcha cresceu 4,2%, da janeiro a março deste ano..

Máquinas e equipamentos (+12,0%), Veículos automotores (+13,4%) e Couros e calçados (+5,8%) foram os setores que mais cresceram.

Alimentos (-2,8%), Produtos de metal (-4,3%) e Móveis (-8,9%) exerceram as maiores pressões negativas

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI-RS), foi divulgado nesta terça-feira (3) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS),

“O bom momento das exportações industriais e a produção ainda aquecida para atender pedidos em carteira explicam esse crescimento. Entretanto, na margem já podemos ver uma desaceleração”, avaliou o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Segundo o presidente da FIERGS, a irregularidade e a estagnação observadas desde o fim do ano passado refletem os desarranjos persistentes na cadeia de suprimentos, que continuam gerando escassez e alta nos preços de insumos e matérias-primas, assim como a última onda da pandemia, a estiagem e a guerra na Ucrânia.

A pesquisa constatou que o cenário para os próximos meses continua sem grandes alterações e bastante restritivo à produção, apesar da diminuição da pandemia e da estiagem.

A indústria gaúcha registra acúmulo de estoques e deve manter o comportamento atual, sem grande perspectiva de retomar a o ritmo de recuperação interrompida no final do ano passado.

Veja a íntegra da pesquisa

Empresários defendem políticas públicas e projeto para crescimento sustentável

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, disse  que o Brasil precisa de um plano de desenvolvimento para  superar a crise e construir um ciclo de crescimento com sustentabilidade ambiental.

“O Brasil tem todas as condições de liderar o mundo em energia limpa, mas precisa de uma política de médio e longo prazo para atrair investimentos”, afirmou..

Robson Andrade conduziu o segundo debate da série que a CNI está promovendo para celebrar os 200 anos de Independência do Brasil. O evento foi conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo.

“Temos todas as condições de liderar nas tecnologias verdes, com energia eólica, solar, hidrogênio verde. Mas, sem previsibilidade, não vamos ter investimentos. Pode-se gostar ou não da sustentabilidade, mas esse tema é obrigatório. Sem esse compromisso, as nossas empresas não conseguem competir no mercado mundial, porque a sociedade exige, o mercado exige” disse.

Políticas Públicas

Robson Andrade afirmou que está na hora de debater políticas públicas, pois o Brasil não tem planejamento nem para os próximos cinco anos. “Se não educarmos o brasileiro, não será possível transformar a economia. O Brasil deixou de planejar. Não temos uma política industrial de médio e longo prazos. É preciso pensar, programar e trabalhar em uma agenda para que possamos nos desenvolver nos próximos anos. Não conseguiremos fazer isso sem políticas públicas adequadas”, explica.

O presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva, afirmou que sua primeira, segunda e terceira prioridades são a educação. No entanto, para ele, o país está desperdiçando a chance de protagonizar a migração para a economia verde no mundo. “É uma pena que o Brasil esteja perdendo a oportunidade de liderar o mundo na descarbonização da economia.

O Brasil tem condições de ser líder na economia verde. Não pode ter medo, tem que abraçar essa causa. Podemos exportar muitos produtos com alto valor agregado para reindustrializar a nossa economia”, defendeu.

Combate a pobreza

Josué Gomes lembrou que  nas últimas quatro décadas, a indústria de transformação do Brasil encolheu.

A participação da indústria no Produto Interno Bruto caiu de 25% para 11% em quatro décadas. “A cada real produzido na indústria, ela gera mais de R$ 2 na economia”.

Além disso, a produtividade da indústria também caiu na última década e, se antes era 50% da produtividade dos Estados Unidos, atualmente é de apenas 26%. “Não à toa estamos patinando”, avalia. Segundo ele, sem recuperar a produtividade, que passa pela educação, o Brasil dificilmente evoluirá no combate à pobreza. “O investimento em educação é uma emergência nacional”.

Economia de baixo carbono

Robson de Andrade disse que “a CNI defende um projeto nacional que consolide a economia de baixo carbono, baseada em quatro pilares: transição energética, precificação do carbono, economia circular e conservação das florestas”.

 

Industria gaúcha exportou U$ 1,4 bi em março; já são 16 meses consecutivos de alta

A indústria do Rio Grande do Sul exportou US$ 1,4 bilhão em março, valor 43,8% maior do que o obtido no mesmo mês de 2021.

Já são 16 meses consecutivos de crescimento, desde desde dezembro de 2020.

Considerando os três primeiros meses de 2022, as exportações industriais somaram US$ 3,9 bilhões, crescimento de 42,3% em comparação entre janeiro e março do ano passado.

Dos 24 segmentos exportadores da indústria gaúcha, 19 tiveram crescimento.

Alimentos, Químicos, Máquinas e equipamentos, Celulose e papel, Tabaco e Coque e derivados do petróleo, assinalam os maiores crescimentos.

Alimentos foi o segmento que mais cresceu em termos de valor exportado, embarcando US$ 188,8 milhões a mais em mercadorias em relação ao mesmo mês de 2021 (+63,7%).

O resultado se deveu, principalmente, pelos incrementos interanuais das vendas de Óleo de soja (+US$ 66,5 milhões para Índia) e Farejo de soja (+US$ 78,7 milhões para Espanha, Coreia do Sul, Indonésia e França), que juntos responderam por 77% do resultado.

No campo negativo, as baixas do segmento se localizaram nas vendas de Carne de frango para a Arábia Saudita (-US$ 18,2 milhões) e de Carne suína para a China (-US$ 18,3 milhões).

Com uma elevação de 53,1% nas vendas, o setor de Químicos ficou na segunda colocação entre aqueles que mais exportaram em março. O segmento acumula 14 meses de altas seguidas na comparação anual. Os maiores embarques para os Estados Unidos, com acréscimo de US$ 30,8 milhões ante março de 2021, determinaram esse resultado.

Tabaco foi o terceiro maior exportador no mês, somou US$ 143 milhões, expansão de 26% sobre março de 2021. A Bélgica foi o principal destino das exportações do setor, comprando US$ 38,7 milhões em mercadorias. No entanto, o crescimento das exportações do setor para a China em mais US$ 30 milhões, justificaram a expansão no mês.

Máquinas e equipamentos, Couro e calçados e Veículos automotores também se destacaram nas exportações no mesmo período, com aumento de 49%, 33% e 40%, respectivamente.

DESTINOS – Pelo segundo mês consecutivo, os principais destinos das vendas externas gaúchas foram os Estados Unidos. Em março, as exportações para a economia americana somaram US$ 173,1 milhões, um acréscimo de US$ 61,5 milhões na comparação com o mesmo mês de 2021 (ou +55,2%). A razão para esse resultado se deveu pelas maiores vendas das indústrias de Químicos, Alimentos e Couro e calçados. Já as exportações para a China apresentaram queda, em 34,6%, puxadas pela redução de US$ 112 milhões nas exportações de soja em grãos. Para a Argentina também houve avanço em março, em 24,6% (acréscimo de US$ 20,5 milhões ante março de 2021). Os incrementos das exportações de Máquinas e equipamentos e Veículos automotores justificaram o resultado.

Pelo lado das importações, em março o Rio Grande do Sul adquiriu US$ 905,4 milhões em mercadorias, configurando uma demanda 16,4% maior comparada a março de 2021. Destacam-se as importações de Bens intermediários (+US$ 148 milhões) e de Bens de capital (+US$ 26 milhões). No primeiro trimestre, o RS importou um total de US$ 2,4 bilhões, valor 23,5% superior ao mesmo período de 2021, principalmente Bens intermediários (+US$ 308,6 milhões).

Finalmente, as exportações da indústria de transformação da economia brasileira somaram US$ 14,5 bilhões em março de 2022, registrando crescimento de 28,9% ante março de 2021. O Rio Grande do Sul foi o Estado que mais avançou, seguido de Minas Gerais (29,8%) e São Paulo (27,5%).

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

 

Plano para o 4º Distrito será apresentado em audiência pública virtual nesta segunda

A prefeitura  promove audiência pública virtual nesta segunda-feira, 11, para apresentação do Programa Urbanístico +4D,  de revitalização do 4º Distrito, antiga zona industrial de Porto Alegre,  que engloba os bairros Floresta, São Geraldo, Navegantes, Humaitá e Farrapos.

A audiência antecede o envio do projeto de lei à Câmara Municipal.

“Aquela região da cidade vem sendo estudada ao longo dos anos. Nos sentimos maduros para trabalhar um programa específico para o 4º Distrito, alinhado com o Plano Diretor e aberto às contribuições da comunidade para qualificarmos ainda mais a proposta”, enfatiza o secretário da Smamus, Germano Bremm.

A audiência ocorre a partir das 19h e será virtual, realizada na plataforma Zoom.

A manifestação dos interessados ocorrerá de acordo com a inscrição em campo próprio na plataforma. O acesso à audiência pública deve ser feito neste link.

A reunião também será transmitida ao vivo pelo canal da Smamus no Youtube, onde pode ser acompanhada sem direito à manifestação.

“As participações nas reuniões e as contribuições feitas pela consulta pública on-line são nosso ponto de partida para as revisões das estratégias. Vamos continuar monitorando e coletando dados até o fim do projeto”, explica a diretora de Planejamento Urbano e Sustentável da Smamus, Patrícia Tschoepke.

Confira as principais propostas do Programa +4D:

– Prioridade para empreendimentos focados na preservação do patrimônio histórico, práticas sustentáveis e valorização da paisagem urbana

– Descontos de até 75% a 100% do valor de compra do solo criado;

– Possibilidade de isenção de IPTU ou ITBI para empreendimentos que aderirem ao programa nos primeiros anos;

– Sem limite de altura para determinadas regiões do 4º Distrito

– Incentivo à diversidade arquitetônica, à qualificação das esquinas e ao uso misto dos empreendimentos (residencial e não residencial);

– Melhorias e obras viárias, de drenagem e saneamento, além de ampliação da segurança pública.

Para mais informações e contribuições envie e-mail para planodiretor@portoalegre.rs.gov.br

Serviço:

Para participar da audiência acesse o link
ID da reunião: 844 2158 0081 e Senha de acesso: 856733

Para acompanhar a audiência pelo canal da Smamus no Youtube, como espectador e sem direito à manifestação, acesse aqui.

Terminal de gás e usina térmica em Rio Grande ganham licença ambiental

Está autorizada pela Fundação Estadual de Meio Ambiente a construção de duas plantas industriais em Rio Grande: um terminal para processar gás importado e uma usina térmica que vai gerar energia elétrica a partir do gás.

O investimento total supera os R$ bilhões, segundo o governo do Estado, que nesta terça-feir, 15 anunciou a aprovação ambiental do projeto, que tramitava desde 2008.

Originalmente o projeto foi apresentado pela Bolognesi Engenharia, que com os atrasos no licenciamento ficou sem condições de levar adiante o investimento. O grupo Cobra, grupo espanhol privado, assumiu a obra.

O gás natural será importado, chegando a Rio Grande em navios, liquefeito para reduzir o volume. No terminal será regaseificado e distribuido para consumo industrial e para a geração de energia na usina térmica.

A previsão dos investidores é entrar em operação em 2024, mas o projeto ainda depende de alguns trâmites.

Depende, por exemplo,  de uma decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que ainda não  transferiu a concessão da Bolognesi para os atuais investidores.

É que a agência revogou a outorga em 2017, alegando dificuldades da Bolognesi em cumprir o cronograma. A decisão foi contestada na Justiça, que deu parecer  para aguardar a emissão das licenças pela Fepam.

Foram duas licenças. A Licença Prévia (LP) para a produção de gases industriais para a empresa Regas Brasil Sul S/A, autorizando a implantação de uma “Estação Onshore de Recebimento, Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL)”,  no Superporto de Rio Grande.

O segundo documento emitido foi a Licença de Instalação (LI) para a usina termelétrica a gás natural ao empreendedor Termelétrica de Rio Grande. A licença autoriza o início das obras de implantação da usina de energia termelétrica a gás natural, com uma capacidade de 1.280 MW.

Além da decisão da Aneel, o empreendimento ainda depende de uma ação do Ministério Público Federal, relativa a medidas de prevenção de riscos na implantação do regaseificador.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confiança de empresários alemães no Brasil cai sob Bolsonaro

A confiança dos empresários alemães na economia e no ambiente de negócios do Brasil caiu nos oito primeiros meses no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A conclusão é da pesquisa de conjuntura realizada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, divulgada esta semana durante a realização do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Natal.
O levantamento, que ouviu cerca de 1.200 empresas filiadas à entidade, revela que o otimismo dos empresários com o avanço da economia brasileira caiu entre janeiro e setembro deste ano. As expectativas são um fator considerado crucial para empresas decidirem se investem ou não no Brasil.
Os números mostram que o número de empresas que dizem acreditar que não terão nenhum crescimento em 2019 subiu de 5% para 26%. Já o percentual de empresários que acredita o seu segmento de atuação se desenvolverá positivamente no Brasil caiu de 84% para 61% nos últimos oito meses.
Os setores com maior potencial de crescimento no país, segundo os alemães, são os de tecnologia da informação, óleo e gás, farmacêutico e energias renováveis. Por outro lado, segmentos o químico, automobilístico e de biogás são considerados em baixa.
A pesquisa também mostra que caiu o otimismo dos empresários em relação à situação política do Brasil. Em janeiro, 74% deles achavam que o cenário político iria melhorar, número que caiu para 31% em setembro. Atualmente, 42% dos empresários acham que a situação política está piorando.
Na relação com o governo brasileiro, os empresários consideram como prioritárias pautas como avanço da reforma tributária e a retomada das negociações para um acordo de bitributação entre o Brasil e a Alemanha.
“O avanço das reformas previdenciária, fiscal e tributária vai começar a gerar equilíbrio fiscal para o futuro. E as privatizações podem ajudar a trazer investimento estrangeiro”, diz Martin Duisberg, representante do DZ Bank e vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha.
A queda na confiança entre os alemães acontece em um momento em que o Brasil já vinha perdendo espaço na atração de investimentos germânicos. Entre 2016 e 2018, o Brasil acumulou perdas de R$ 1,3 bilhão em aportes da Alemanha.
No mesmo período, concorrentes diretos na América Latina tiveram ganhos em aportes dos alemães, caso do México que atraiu o equivalente a R$ 6,4 bilhões.
“Ainda temos muito investimento freado no Brasil porque as condições do ambiente econômico ainda não são aquilo que as empresas consideram como o ideal”, afirma Thomas Timm, também vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha.
Mesmo com a queda no otimismo, os empresários alemães consideram positiva a atuação da equipe econômica do governo Bolsonaro e celebram a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e a o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Para 81% dos empresários, o acordo será benéfico para os negócios de suas respectivas empresas.
Os alemães ainda revelaram preocupação com a agenda ambiental do Brasil. Em discurso durante o encontro dos empresários em Natal, o presidente da BDI (Federação das Indústrias Alemãs), Dieter Kempf, destacou a importância o fator meio ambiente como fundamental para o sucesso do acordo entre Mercosul e União Europeia.
“Os incêndios afetam os brasileiros, mas dizem a respeito a todos nós. A proteção da floresta amazônica é um tema da humanidade. […] Não normal é a dimensão das queimadas que estão acontecendo”, afirmou Kempf, fazendo coro ao discurso de líderes como o presidente da França Emmanuel Macron.
Ele ainda fez referência à postura de confronto do governo Bolsonaro e defendeu um clima de cooperação: “Falar com os outros é melhor do que falar sobre os outros”. (Com informações da Folha de São Paulo)