Matador de Marielle vai falar: PF espera que ele entregue os mandantes do crime

Uma fonte não identificada confirmou ao repórter Lauro Jardim, do jornal O Globo, que o ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

A informação foi postada neste domingo às 15h33 no site do jornal, mas não está na capa da edição impressa desta segunda-feira.  O acordo de delação ainda precisa ser homologado pelo STJ.

Acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, Lessa foi preso em 2019.

Logo depois, em delação premiada,  o também ex-PM Élcio Queiroz,  que dirigiu o carro utilizado no crime, confirmou que foi Ronnie Lessa o atirador que matou a vereadora carioca e seu motorista.

O que a PF quer saber agora é quem foi  o mandante ou os mandantes do crime.

Egresso do Exército, Lessa foi incorporado à Polícia Militar em 1992. Como terceiro-sargento da PM, chegou a receber uma homenagem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 1998. Depois, passou para a Polícia Civil, como “adido”.

Trabalhou na extinta Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e na extinta Divisão de Capturas da Polinter Sul.
Teria sido nessa vivência como “adido”  que Lessa se tornou um pistoleiro de aluguel.

Trabalhou inicialmente para o bicheiro Rogério Andrade, que estava  em guerra outro contraventor concorrente.

Ágil, corajoso e excelente atirador, Lessa  progrediu rápido na quadrilha de Andrade e logo virou homem de confiança do contraventor.

Em 2009, sofreu um atentado em que perdeu uma perna.

Em abril de 2010, quando uma bomba colocada no carro do bicheiro matou seu filho, Diego Andrade, de 17 anos, Lessa perdeu o cargo de guarda-costas.

Reformado por invalidez, Lessa passou a integrar uma quadrilha de matadores de aluguel,  que espalhou terror na zona Oeste do Rio.

Lessa está no presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Rio.

No início deste janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues,  que assumiu o caso Marielle há um ano, previu que até março a Policia Federal esclarecerá o crime, com a identifcação dos mandantes.

Ele já estava negociando o acordo de delação premiada, agora anunciado.

 

 

 

Edição histórica do 40° Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo com recorde de inscrições

Duas datas deram uma conotação especial ao Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo de 2023: os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e os 40 anos do próprio prêmio, instituído pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados RS em 1984. É hoje um dos mais antigos certames jornalísticos nacionais e um dos mais concorridos. Foram 414 inscritos este ano.

Na entrega dos prêmios nesta sexta-feira, 09, o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamacchia, e o presidente do MJDH, Jair Krischke, destacaram importância do jornalismo na luta permanente na defesa dos direitos humanos. “Se a imprensa não tem liberdade, os direitos humanos e a própria democracia estão em perigo”, disse Krischke.

Liberdade era o tema geral do concurso deste ano e a vencedora foi a jornalista Luiza Villaméa, com o livro A Torre – O Cotidiano de Mulheres Encarceradas pela Ditadura.

COMISSÃO JULGADORA ESTABELECEU CINCO CRITÉRIOS BÁSICOS:

Qualidade do texto ou da imagem;
Investigação original dos fatos;
Profundidade no tratamento da informação;
Abordagem de temas socialmente relevantes;
Valores éticos profissionais refletidos no trabalho.
Os referidos critérios não serão ponderados através de notas, sendo que os trabalhos vencedores deverão refletir de forma equilibrada os cinco valores jornalísticos estabelecidos.

INSCRIÇÕES RECEBIDAS

CATEGORIA ÁUDIO: 40
CATEGORIA ACADÊMICO: 60
CATEGORIA TELEVISÃO: 49
CATEGORIA DOCUMENTÁRIO: 16
CATEGORIA REPORTAGEM: 96
CATEGORIA G. REPORTAGEM (LIVRO): 10
CATEGORIA FOTOGRAFIA: 30
CATEGORIA ONLINE: 107
CATEGORIA CRÔNICA: 6

HOMENAGEADOS

RECONHECIMENTO

IVONE CASSOL

PRÊMIO ESPECIAL “LIBERDADE”

1º Lugar
A TORRE – O COTIDIANO DE MULHERES ENCARCERADAS PELA DITADURA
Editora Companhia das Letras – São Paulo – SP

LUIZA VILLAMÉA

 

Menção Honrosa
A ORIGEM DO DIA NACIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA
LabJ (Laboratório de Jornalismo da Famecos) – Porto Alegre – RS

FRANCISCO MASCOLO GEYER DE OLIVEIRA
THEO FABRICIO GIACOBBE

CATEGORIA REPORTAGEM

1º Lugar
MUTILADOS
Jornal O GLOBO e Jornal EXTRA – Rio de Janeiro – RJ

FELIPE GRINBERG
RAFAEL GALDO

2º Lugar
POLICIAIS CONFESSAM CRIMES IMPUNEMENTE EM PODCASTS E VIDEOCASTS
Ponte Jornalismo – Porto Alegre – RS

FÁBIO CANATTA

3º Lugar
MORRE DONA VITÓRIA, NASCE JOANA DA PAZ
Jornal EXTRA – Rio de Janeiro – RJ

FÁBIO GUSMÃO

Menção Honrosa
NARCOGARIMPO AVANÇA NA AMAZÔNIA POR DROGAS, OURO E CASSITERITA
Valor Econômico – Rio de Janeiro – RJ

MARINA LANG

Menção Honrosa
DE COPÉRNICO A KAFKA. OU COMO O ESTADO PUNIU OS MÉDICOS QUE REVOLUCIONARAM A SAÚDE INDÍGENA NO BRASIL: A HISTÓRIA DA URIHI
Sumaúma – Altamira – PA

MALU DELGADO

CATEGORIA TELEVISÃO

1º Lugar
O COIOTE
Record TV – São Paulo – SP

ROBERTO CABRINI
ANGÉLICA BALBIN
MICHEL CURY
KEILA GASPARINI
ELIAN MATTE
RAPHAEL MENDONÇA
JAYR DUTRA
LÍVIA MAJOR
JULIANA CAMARGO
ANA MACHADO
LETÍCIA FAGUNDES
DANIEL VICENTE
REINALDO DANTAS
CLOVIS RABELO
ANTONIO GUERREIRO

2º Lugar
BARRICADAS DO CRIME
TV Globo / Fantástico – Rio de Janeiro – RJ

LUCIANA OSÓRIO
SABRINA OLIVEIRA
PRISCILLA MONTEIRO
MICHEL FARIAS
ALEXANDRE RODRIGUES
ANITA PRADO
LESLIE LEITÃO
PAULO ADOLPHSSON
RICARDO GUIMARÃES
DOUGLAS LIMA
ALAN CAVALCANTI
SOLANGE MELGES
RODRIGO CARVALHO
MARCOS AURÉLIO SILVA
PEDRO MENEZES
RICARDO MORAES

3º Lugar
O RESGATE – SÉRIE ESPECIAL
Jornal da Record – Record TV – São Paulo – SP

ARI PEIXOTO
LEOPOLDO DE MORAES
PEDRO VELOSO
CAMILA MORAES
ROSANA TEIXEIRA
YOSHIO TANAKA
CLAUDIO MONOZ
GUILHERME GIMENES
PATRÍCIA RODRIGUES
THIAGO CONTREIRA
ANTONIO GUERREIRO

Menção Honrosa
NOVA CHANCE PARA PRESOS: APAC NA CAPITAL OPORTUNIZA RESSOCIALIZAÇÃO
Record TV – Porto Alegre – RS

GABRIELA MILANEZI
HENRIQUE BARCELLOS
NILTON PRATES
VIVIAN LEAL
JULIANO SOARES
NEI EPIFÂNIO PEREIRA
RICARDO AZEREDO
JOSÉ FERRARO
ROGÉRIO CENTRONE

Menção Honrosa
TRANSGARIMPEIRA – A ROTA DO OURO ILEGAL DA AMAZÔNIA
Record TV – São Paulo – SP

MARIANE SALERNO
LARISSA WERREN
GIL SILVA
AGUIAR JUNIOR
CAIO LARONGA
GUSTAVO COSTA

CATEGORIA ÁUDIO

1º Lugar
A INVENÇÃO DA PROPRIEDADE PRIVADA
O Joio e O Trigo – São Paulo – SP

TATIANA MERLINO
JOÃO PERES
MARCOS HERMANSON
LUÍSA COELHO
NATHÁLIA IWASAWA
CLARA BORGES
DENISE MATSUMOTO
JOÃO AMBROSIO
AMANDA FLORA

2º Lugar
CASO VINI JÚNIOR – UM MERGULHO NAS RAÍZES DO RACISMO
Rádio Gaúcha – Porto Alegre – RS

RODRIGO MARTINS DE OLIVEIRA

2º Lugar
ZILDA, HEROÍNA DAS CRIANÇAS, DOS IDOSOS, DO BRASIL
Rádio Senado – Brasília – DF

RODRIGO RESENDE

3º Lugar
BRIGADA MILITAR: ASSÉDIO E SUICÍDIO ENTRE POLICIAIS MILITARES NO RS
Grupo Radioweb – Porto Alegre – RS

LENO FALK

Menção Honrosa
FORÇA NEGRA
Jornal NH – Novo Hamburgo – RS

EDUARDO AMARAL
GABRIEL RENNER

CATEGORIA ONLINE

1º Lugar
EMPRESAS CÚMPLICES DA DITADURA
Agência Pública de Jornalismo Investigativo – São Paulo  

THIAGO DOMENICI
BRUNO FONSECA
MARIAMA CORREIA
DYEPESON MARTINS
ANDRÉ BORGES
VASCONCELO QUADROS
MARCELO OLIVEIRA
AMANDA MIRANDA

2º Lugar
CAUBÓIS DO CARBONO LOTEIAM A AMAZÔNIA
Sumaúma – Altamira – PA


CLÁUDIA ANTUNES

3º Lugar
O CONTO DO BIOMA INVISÍVEL
Vós – Porto Alegre – RS

GEÓRGIA PELISSARO DOS SANTOS

Menção Honrosa
ATAQUES NEONAZISTAS SE DISSEMINAM EM ESCOLAS E UNIVERSIDADES. O QUE FAZER?
O Estado de S.Paulo – São Paulo – SP


LEON FERRARI


Menção Honrosa
SP: REGIÃO METROPOLITANA REGISTROU MAIS DE 820 CHACINAS EM 40 ANOS
EBC (Empresa Brasil de Comunicação) – São Paulo – SP

ELAINE PATRICIA CRUZ
GUILHERME JERONYMO
GRAÇA ADJUTO

Menção Honrosa
MEDICINA E ABUSADORES: A QUE PONTO CHEGAMOS NA SAÚDE?
Instituto Mulheres Jornalistas – São Leopoldo RS

LETÍCIA FAGUNDES
JULIANA MONACO
JULIANA TAHAMTANI
ANALLI VENANCIO
VINÍCIUS RODRIGUES

CATEGORIA DOCUMENTÁRIO

1º Lugar
RELATOS DE UM CORRESPONDENTE DA GUERRA NA AMAZÔNIA
Repórter Brasil – São Paulo – SP

ANA ARANHA
DANIEL CAMARGOS
CARLOS JULIANO BARROS
FERNANDO MARTINHO
CAIO CASTOR
PEDRO WATANABE
RAFAEL VERÍSSIMO
GUSTAVO CARVALHO
FERNANDO IANNI
RAFAEL JYO
VINÍCIUS SILVESTRE
CYNTHIA GANCEV
BEATRIZ VITÓRIA
JOYCE CARDOSO
DELPHINE LACROIX
DANIEL TANCREDI
CADU SILVA
JÚLIA DOLCE
ANA MAGALHÃES
MARIANA DELLA BARBA
TAMYRES MATOS


2º Lugar
DESAFIOS DA IGREJA – MÁRTIRES DA CAMINHADA
TV Aparecida – São Paulo – SP

CAMILA MORAIS
DIEGO ROSA


3º Lugar
BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: HERÓIS E HEROÍNAS DA LIBERDADE
TV Bahia – TV Globo – Salvador – BA


HENRIQUE MENDES
RICARDO ISHMAEL
ROGÉRIO ARAÚJO
CLERISTON SANTANA
JEFTÉ RODRIGUES
FELIPE TELES
LEONEL ALVES
EDUARDO BARBOSA
ANTÔNIO RAMOS
CARLOS ALBERTO
ELIAS BISPO
TIAGO DO CARMO
RAFAEL SOEIRO
LUAN FAGUNDES
PAULINO SILVA
ANDERSON JESUS
CAMILA PIMENTEL
DAVID CARDOSO
RAFAEL FREITAS
GEORGE LOPES
AMANDA TORRES
BRUNO BASTOS
DANIELE CORREIA
JOÃO VICTOR PEREIRA
JOSEANE ARÃO
MARIA ALACOQUE


Menção Honrosa
UNIVERSO DOS PORQUÊS
Insígnia Filmes – Porto Alegre – RS


DOUGLAS ROEHRS
JANAÍNA KALSING
ROSSANA SILVA

 

CATEGORIA GRANDE REPORTAGEM (LIVRO)


1º Lugar
MILICIANOS: COMO AGENTES FORMADOS PARA COMBATER O CRIME PASSARAM A MATAR A SERVIÇO DELE
Editora Objetiva – Rio de Janeiro – RJ

RAFAEL SOARES

2º Lugar
PEDOFILIA NA IGREJA – UM DOSSIÊ INÉDITO SOBRE CASOS DE ABUSOS ENVOLVENDO PADRES CATÓLICOS NO BRASIL
Editora Máquina de Livros – Rio de Janeiro – RJ

FÁBIO GUSMÃO
GIAMPAOLO MORGADO BRAGA

3º Lugar
CEM ANOS DA REVOLUÇÃO DE 1923: HISTÓRIA, MÍDIA E CULTURA
Editora Sulina – Porto Alegre – RS

JUREMIR MACHADO DA SILVA
ÁLVARO NUNES LARANGEIRA
LARISSA FRAGA
PÂMELA BECKER
TAÍLA QUADROS
BEATRIZ DORNELLES

Menção Honrosa
AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA POBREZA NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA NO BRASIL
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – São Paulo – SP

ANDRÉIA PERES
MARCELO BAUER
CARMEN NASCIMENTO
HELOISA BRENHA RIBEIRO
LILIAN SABACK
MAURI KÖNIG
ÉRICO MELO
LUCIANE GOMIDE
VITOR MOREIRA CIRQUEIRA
ROBERTA FABRUZZI
GABRIELA PORTILHO
SÉRGIO MORAES
GABRIEL MARZINOTTO
JOÃO MENEZES
PIETRA BASTOS

Menção Honrosa
NÓS NÃO CAMINHAMOS SÓS – HISTÓRIAS DE ISOLAMENTO NO ANTIGO LEPROSÁRIO ITAPUÃ
Editora Sulina – Porto Alegre – RS


ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO

Menção Honrosa
PAREM DE NOS MATAR
Editora RD Comunicações – Goiânia – GO

RENATO DIAS

CATEGORIA CRÔNICA

1º Lugar
DE ONDE VEM SEU PRIVILÉGIO?
Matinal Jornalismo – Porto Alegre – RS

MARCELA DONINI

2º Lugar
SAI DAÍ, TÁ CHOVENDO: MEMÓRIAS DE UM REPÓRTER MORADOR DE ÁREA DE RISCO
Agência Eco Nordeste – Recife – PE

VICTOR MOURA

3º Lugar
MEU RELATO DE ABORTO
Matinal Jornalismo – Porto Alegre – RS

TATIANA RECKZIEGEL RODRIGUES

CATEGORIA ACADÊMICO

1º Lugar
BUSCARITA: A CIÊNCIA ALIADA AOS DIREITOS HUMANOS
Universidade de São Paulo – USP / Folha de S.Paulo – São Paulo – SP

BEATRIZ GATTI DE CASTRO

2º Lugar
TRÁFICO DE PESSOAS, EXPLORAÇÃO SEXUAL E TRABALHO ESCRAVO: UMA CONEXÃO ALARMANTE NO BRASIL
Universidade de Brasília – UnB / Agência Senado – Brasília

JEOVANA DA SILVA CARVALHO (autora)
PAOLA LIMA
MOISÉS NAZÁRIO
PILLAR PEDREIRA
3º Lugar
RESQUÍCIOS DOS MANICÔMIOS NAS MÃOS DO ESTADO
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM – Santa Maria – RS

PAULA COLPO APPOLINARIO
THAIS EDUARDA IMMIG

Menção Honrosa
O VAZIO DA SEPULTURA
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS/ Revista-laboratório Sextante – Porto Alegre – RS

LUCAS DOS SANTOS VIEIRA

CATEGORIA FOTOGRAFIA – TROFÉU PAULO DIAS

1º Lugar
MUTILADOS
Jornal O Globo – Rio de Janeiro – RJ

MÁRCIA FOLETTO

2º Lugar
EM NOME DE ALÁ: GRUPO ISLÂMICO DOUTRINA E LEVA INDÍGENAS DO AMAZONAS PARA A TURQUIA
Metrópoles – Brasília – DF

VINÍCIUS SCHMIDT SANTOS

3º Lugar
EMERGÊNCIA YANOMAMI
Agência Brasil – Rio de Janeiro – RJ

FERNANDO FRAZÃO

Menção Honrosa
CHACINA NÃO GARANTE SEGURANÇA
Plataforma 9 – Rio de Janeiro – RJ

FABIO TEIXEIRA

Nas grandes cidades, o maior desafio para Lula nas eleições de 2024

A manchete da Folha deste domingo 11 de junho mostra a pontinha de um iceberg: “Centrão usa verba de estatal para apoiar oposição em 2024”.

A matéria se restringe ao caso da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, utilizada para turbinar candidaturas de direita em pequenas e medias cidades do nordeste, minando os aliados de Lula.

O iceberg mesmo,  que pode abalroar o governo nas eleições municipais de 2024, permanece submerso nas águas turbulentas das capitais e grandes cidades brasileiras.

Aí, não são as raposas do centrão manipulando emendas e verbas para seus esquemas eleitorais no interior.

Aí, é o grande capital imobiliário que, à força de bilhões, patrocina a maior intervenção na face urbana do pais neste século XXI.

O principal instrumento dessa “revolução” é revisão dos planos diretores, todos embalados num belo discurso de sustentabilidade, mas que de fato vão causar uma gigantesca degradação no meio ambiente urbano no país.

O princípio geral desse movimento é “adensar” as áreas mais urbanizadas – mais gente no mesmo espaço,  pela verticalização dos prédios, liberação de indices construtivos e outros instrumentos para facilitar a ocupação intensiva dessas áreas.

Em Porto Alegre por exemplo, a estimativa é dobrar a população do centro histórico, que hoje tem  pouco mais de 50 mil moradores. Em Florianópolis, mesmo em áreas críticas,  como os bairro Ingleses, que ainda não tem nem esgoto tratado, a novo plano prevê intensificar as edificações, visando um terço a mais de moradores num horizonte de dez anos.

Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, para ficar no Sul maravilha, passam por esse processo em que a administração municipal promove a mudança das regras e oferece estímulo de toda sorte ao empreendimento imobiliário.

Em troca, musculosas candidaturas de oposição se consolidam à sombra de um noticiário benevolente que apresenta as mudanças como importantes e necessárias, silencia os críticos e  foge dos pontos polêmicos, já que o setor imobiliário é um grande anunciante.

No mesmo domingo passado,  a manchete do Globo mostrou a luz amarela: nas capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes é onde o governo Lula tem a pior avaliação, segundo  pesquisa que o jornal encomendou ao Ipec.

 

Pesquisa mostra governo Lula com aprovação acima de 50%, com 37% de bom e ótimo

Pesquisa encomendada pelo Globo e divulgada no fim de semana sobre os cinco meses do governo Lula destaca que ele é melhor avaliado em cidades pequenas.

Nos municípios com menos de 50 mil habitantes, a gestão é considerada ótima ou boa por 41% dos entrevistados.

Nos grandes, com mais de 500 mil habitantes, cai para 33% o percentual dos que acham ótima ou boa a administração do petista.

Na média geral, a avaliação de boa ou ótima corresponde a 37% dos eleitores, segundo a pesquisa feita pelo Ipec.

No outro extremo, a avaliação do governo como ruim ou péssimo é de 27% nas cidades pequenas, enquanto nas grandes cidades esse percentual sobe para 31%.

Mas a aprovação do governo tem um percentual semelhante tanto nas pequenas, quanto nas médias e grandes cidades: 57% dos moradores de pequenos municípios, 51% nas cidades médias e 50% nas cidades cuja população ultrapassa os 500 mil habitantes dizem aprovar o governo.

O nível de confiança na gestão repete a tendência positiva para o governo nas cidades pequenas, com 53% dos moradores desses locais afirmando que confiam no petista — contra 49% nas cidades com maior número de habitantes.

A integra está aqui: https://oglobo.globo.com/blogs/pulso/post/2023/06/avaliacao-do-governo-lula-e-melhor-em-cidades-pequenas-do-que-nos-grandes-centros-indica-pesquisa-ipec.ghtml

Quinze jornalistas foram agredidos durante os atos golpistas em Brasilia

Márcia Turcato*

A Esplanada dos Ministérios em Brasília amanheceu nesta quarta-feira (11)aberta ao trânsito de veículos.

A aparente normalidade da capital da República durou pouco, no início da tarde a via voltou a ser fechada diante de novas ameaças de atos terroristas praticados por bolsonaristas. Uma coisa é certa, todo fascista brasileiro votou em Bolsonaro. Mas nem todo o eleitor de Bolsonaro é fascista. Por obrigação de ofício, faço essa ressalva.

Os moradores de Brasília estão sofrendo mais do que qualquer outro brasileiro com os atentados realizados na cidade, que é patrimônio da humanidade.

Marco da arquitetura e urbanismo modernos, a capital do Brasil tem a maior área tombada do mundo, são 112,25 km², foi  inscrita pela UNESCO na lista de bens do Patrimônio Mundial em 7 de dezembro de 1987, sendo a única cidade contemporânea a merecer essa distinção.

E mais do que qualquer morador da cidade, os jornalistas que cobrem o dia a dia político de Brasília são os que estão enfrentando os maiores obstáculos e agressões dos bolsonaristas.

Até terça-feira (10), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) recebeu relatos de 15 profissionais da imprensa agredidos nos atos terroristas e golpistas do domingo (8).

Os casos reportados ao SJPDF são:

1 – Um repórter do jornal O Tempo foi agredido por criminosos que chegaram a apontar duas armas de fogo para ele, dentro do Congresso Nacional. O repórter relatou que procurou ajuda, mas os policiais militares recusaram. Foi salvo por um técnico da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

2 – Uma repórter da Rádio Jovem Pan foi xingada e seguida enquanto deixava a região da Esplanada dos Ministérios. Um homem tentou abrir a porta do carro da jornalista e apontou uma arma para ela.

3 – Um repórter da TV Band teve o celular destruído enquanto filmava o ato. Ele me disse que não foi agredido.

4 – Uma repórter fotográfica do jornal Metrópoles foi derrubada e espancada por 10 homens. Ela teve o equipamento danificado.

5 – Uma jornalista e analista política do portal Brasil 247 foi ameaçada, perseguida e agredida pelos terroristas. Ela teve de apagar os registros feitos no celular. Ao pedir auxílio da Polícia Militar, teve como resposta um fuzil apontado em sua direção. Relatou que só saiu sem ser linchada porque teve ajuda de uma pessoa que participava do ato.

6 – Uma correspondente do jornal The Washington Post foi agredida com chutes e derrubada no chão. Ela teve o material de trabalho roubado. Um repórter do jornal O Globo que testemunhou a agressão recorreu à equipe do Ministério da Defesa, que ajudou a jornalista.

7 – Um repórter fotográfico free-lancer teve o equipamento de trabalho e o telefone celular roubados pelos vândalos. Os agressores deram socos no rosto dele e quebraram os óculos do profissional.

8 – Um repórter da Agência Anadolu, da Turquia, levou tapas no rosto enquanto cobria o vandalismo no Palácio do Planalto.

9 – Um repórter da Agência France Press teve o equipamento (incluindo o celular) roubado e foi sido agredido.

10 – Um repórter fotográfico da Folha teve o equipamento roubado.

11 – Um repórter fotográfico da Agência Reuters teve o material de trabalho e o celular roubados.

12 – Um repórter da Agência Brasil teve o crachá puxado pelas costas, enquanto registrava a destruição. Ele ficou com escoriações no pescoço.

13 – Um repórter fotográfico do portal Poder 360° foi agredido e tentaram levar o equipamento dele.

14 – Um repórter fotográfico da Agência Brasil precisou sair da Esplanada dos Ministérios após vândalos ameaçarem empurrá-lo da marquise do Congresso Nacional.

15 – Um jornalista do portal Congresso em Foco relatou que um agente da Polícia Rodoviária Federal impediu que ele ficasse em local seguro e o obrigou a ir para o meio dos terroristas. Ele também foi cercado por agentes da Força Nacional de Segurança Pública e só conseguiu ficar em segurança após ser resgatado por um integrante da assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Diante destes fatos criminosos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e a Federação Nacional de Jornalistas manifestaram em nota oficial o “seu mais profundo repúdio aos atos golpistas e terroristas ocorridos neste domingo na Esplanada dos Ministérios e à violência contra profissionais da imprensa, impedidos de realizar seu trabalho com segurança. Ao mesmo tempo, o Sindicato e a Fenaj se solidarizam com os e as colegas feridos/das durante o exercício da profissão”.

A nota do Sindicato diz ainda que “todos os acontecimentos em curso são resultado da inoperância do Governo do Distrito Federal, de setores da segurança pública e Forças Armadas, que permitiram a escalada da violência e se mostraram coniventes com os grupos bolsonaristas, golpistas, que não respeitam o resultado das eleições, a Constituição e a democracia”.

Na segunda-feira (9), logo após os atos terroristas, representantes do SJPDF e de outras entidades da classe, se reuniram com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, deputado Paulo Pimenta (PT/RS). Na ocasião, os jornalistas pediram apoio do governo brasileiro à proposta da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) de adotar uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) específica para a segurança dos profissionais da imprensa, além da criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas.

As entidades de classe também solicitaram que os crimes contra jornalistas sejam federalizados e que seja estabelecido diálogo com os empregadores para alertar sobre a necessidade e a urgência de adotar ações de segurança para reduzir os riscos em coberturas jornalísticas em situação adversa, como foram os atentados terroristas do domingo, 8 de janeiro, uma data para nunca esquecer e que jamais possa se repetir.

*Jornalista, autora do livro Reportagem: da ditadura à pandemia

 

 

Fundadora da Feira do Livro de Porto Alegre, Livraria Aurora liquida estoque de 60 mil livros

“Uma tradicional livraria de calçada de Porto Alegre fechou as portas”.

Assim, friamente,  foi noticiado  o fechamento da Livraria Aurora, uma das mais antigas de Porto Alegre, com quase 70 anos e um acervo de mais de 60 mil livros.

Eduardo Luizelli, filho do fundador, morreu de covid em 2021. A  neta que assumiu enfrentou uma realidade adversa.

À falta de uma política cultural que desse suporte para uma atualização do negócio, sucumbiu.

Sétimo Luizelli,  o fundador começou como empregado na mitológica Livraria do Globo, na rua da Praia. Lá, conheceu Ondina, compradora de livros, com quem casou. Tornaram-se representantes de três editoras nacionais e foram fundadores da Feira do Livro de Porto Alegre, em 1955.

No ano seguinte abriram a Livraria Aurora, na Rua Marechal Floriano Peixoto. Chegaram a  ter duas filiais que não prosperaram. O fim da Livraria Aurora não é apenas a falência de um negócio familiar, como se dá a entender. É algo que está intimamente ligado ao descaso com a cultura.

Joaquim Barbosa, relator do Mensalão, declara voto em Lula

A informação é do site Metrópoles, confirmada pelo Globo.

Relator da ação penal do mensalão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa gravou um vídeo de apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O vídeo foi gravado em Paris, onde Barbosa passa férias, e será divulgado pela campanha de Lula nos próximos dias.

O ex-governador Geraldo Alkmin, vice na chapa de Lula intercedeu para que Barbosa fizesse a gravação, assim como o coordenador do grupo de advogados Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho.

O ex-ministro do STF foi filiado ao PSB e cogitou se candidatar à Presidência da República em 2018.

Além do apoio a Lula, Barbosa também fez ataques duros ao presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário de Lula, nos vídeos gravados.

Existe chance de a imagem do ex-ministro do Supremo ser usada no horário eleitoral.

No segundo turno da eleição de 2018, Barbosa foi procurado diretamente pelo então candidato do PT, Fernando Haddad. O ex-ministro, no entanto, não ofereceu apoio imediato e só anunciou o seu voto no petista na véspera da votação em uma postagem no Twitter.
Barbosa deixou o Supremo em 2014, quando presidia a Corte. Antes, havia sido relator da ação penal do mensalão, que mandou para a cadeia dois ex-presidentes do PT: José Dirceu e José Genoino. Foi Lula que o nomeou para o STF, em 2003.
O ex-ministro engrossa a lista de críticos do PT que têm declarado apoio a Lula nos últimos dias. Fazem parte do grupo o ex-ministro da Justiça Miguel R

eale Júnior, autor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e o economista Paulo de Tarso Venceslau, que denunciou em 1997 o primeiro escândalo de corrupção do partido, o caso CPem.
(Com informações do Mertrópoles e de O Globo)

Lula tem segurança reforçada com drones e snipers para comícios em Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis

O mais reforçado esquema de toda a campanha eleitoral será adotado para garantir a segurança do ex-presidente, que inicia nesta sexta-feira, 16, sua viagem pelas capitais da região Sul.

A Polícia Federal  vai acionar o Comando de Operações Táticas, unidade de elite, treinada para situações de alto risco.

O esquema de segurana vai incluir ainda o uso de drones para detectar ameaças e snipers (atiradores)  em pontos estratégicos. Além disso, estarão presentes os policiais que integram a equipe fixa de segurança do petista na PF, coordenada pelo delegado Andrei Passos.

Haverá também o reforço da Polícia Militar de todos os estados, segundo informações do jornal O Globo.

Na campanha de 2018, a caravana de Lula foi alvo de ataques no Rio Grande do Sul, inclusive com disparo de tiros contra o ônibus em que viajava o ex-presidente.

Lula participa sexta em Porto Alegre, de um comício no Largo Glênio Peres, no centro histórico, junto ao Mercado Público. O ato está marcado para às 18 horas.

No sábado, às 10h, o candidato participa de um ato no Largo da Alfândega, também no centro de Florianópolis e domingo no mesmo horário estará em Curitiba, na “Boca Maldita”, ponto tradicional de encontros políticos na capital paranaense.

 

 

Pesquisa diz que Bolsonaro está na frente: estratégia para desacreditar as pesquisas?

Veículos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro estão dando manchete aos resultados de uma pesquisa divulgada no fim da tarde desta quinta-feira, 09, pelo Instituto Futura Inteligência.

Segundo a pesquisa, Bolsonaro (PL) lidera a disputa pelo Palácio do Planalto a 24 dias do primeiro turno.

Os principais portais e jornais, como O Globo, G1, Folha, Estadão, Metropoles, não divulgaram a pesquisa. Quase todos registram a expectativa do Datafolha que divulga um novo levantamento no início da noite desta sexta-feira, 9.

Segundo os números divulgados pela Futura, Bolsonaro tem 41,8% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece com 35,7%.  Ciro Gomes (PDT) vem na sequência, com 7,7% e Simone Tebet (MDB), com 5,4%.

Esses números contrariam os resultados de pesquisas eleitorais dos principais institutos do país.  O ex-presidente Lula tem aparecido em primeiro lugar nas intenções de voto nas pesquisas de Ipec, Ipespe, Quaest, MDA e Datafolha.

Pesquisa do Ipec, divulgada segunda (5/9),  aponta que Lula mantém 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro oscilou de 32% para 31%.

Já a pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, publicada na última semana, aponta que o petista passou de 47% para 45% em relação a agosto; Bolsonaro, por sua vez, manteve-se com 32% das intenções de voto.

A divulgação da pesquisa do Instituto Futura coincidiu com o discurso de Bolsonaro na sua live desta quintas-feira em que atacou o Datafolha:

“Alguém acha que o Lula vai ganhar a eleição? Alguns aqui, Datafolha, por exemplo, [dizem] que pode ganhar no primeiro turno. Alguém acredita que, em uma eleição limpa, o Lula ganha?”, questionou.

 

Inquérito sobre acordo com bancos: sete meses depois Ministério da Economia não respondeu ao MP

Em fevereiro de 2022, o Ministério Público Federal acolheu representação do deputado federal Carlos Veras, do PT de Pernambuco, para que fossem investigados dois acordos firmados pelo Ministério da Economia, através da Secretaria de Governo Digital, com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e  Federação Brasileira de Bancos (Febraban), dando acesso gratuito a dados biométricos e biográficos da população.

O MPF notificou, em seguida, a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital para  prestar informações, dentre outras, sobre em que consistem os dados fornecidos às duas instituições celebrantes dos acordos; se houve estudo dos riscos envolvidos no compartilhamento de tais dados e quais medidas de segurança foram tomadas para a proteção das informações compartilhadas no âmbito dos acordos, de modo a evitar vazamentos indevidos de dados.

O MPF também notificou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para que ela preste informações esclarecendo se emitiu parecer sobre os termos dos acordos de celebrados entre o governo e as entidades setoriais dos bancos e se tais acordos estariam em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), encaminhando cópia dos pareceres, caso hajam.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) também foi acionada pelo MPF para prestar informações se haveria violação de direitos dos consumidores nos dois acordos bem como as medidas adotadas sobre o assunto, no espectro de suas atribuições.

A partir dessas informações, o Ministério Público Federal teria 90 dias, prorrogáveis pelo mesmos período para avaliar se apresenta uma Ação Civil pública contra os acordos ou não.

Nesta terça-feira, 06/09, sete meses depois, o G1 repicou uma nota do jornalista Lauro Jardim, publicada no Globo domingo: “MPF investiga se o Ministério da Economia liberou acesso a dados biométricos e biográficos de brasileiros para bancos”.

O texto diz que o MP “abriu um inquérito” civil para “investigar possíveis irregularidades em dois acordos de cooperação firmados pelo Ministério da Economia com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos”.

“A assessoria da pasta também afirmou que, na prática, o sistema não está sendo utilizado, e que precisaria de consentimento dos usuários”.

Segundo o G1,  o inquérito do MPF,  aberto em fevereiro de 2022, “segue em andamento e em fase de apuração”. Diz que “no momento, o MPF aguarda resposta de ofício enviado à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia para que esclareça se os acordos de cooperação 16 e 27 de 2021 foram rescindidos e, em positivo, quais seriam os motivos”.

Tribunal de Contas

Em fevereiro deste ano, a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) já tinha questionado os acordos junto ao Tribunal de Contas da União.

A associação afirmou, em representação, que havia “sério risco de informações sensíveis serem utilizadas de forma indevida, sem o consentimento e sem nenhum controle”.

O tribunal, no entanto, negou medida cautelar para suspender os acordos, por entender que “não há evidências de compartilhamento ilegal de dados pessoais detidos pela União com o setor privado em face dos acordos de cooperação denunciados”.

Segundo acórdão da Corte, “a denúncia poderá ser apurada para fins de comprovar a sua procedência, em caráter sigiloso”, mas “não se constatam evidências de ilegalidade ou de inexistência de interesse público ou de arbitrariedade na prestação do serviço objeto dos acordos de cooperação firmados entre a SGD/ME e as instituições bancárias”.