A reação do petista Jerônimo Rodrigues, na Bahia, deu novo ânimo à campanha de Edegar Pretto, candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul.
Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quarta, o candidato do PT na Bahia deu um salto de 12 pontos a pouco mais de duas semanas das eleições.
A disputa baiana é liderada pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que alcançou 54% na pesquisa anterior. Agora ele caiu 5 pontos, tem 49%.
Jerônimo, por sua vez, tinha tinha 16% e agora marca 28%.
Em terceiro lugar vem João Roma (PL), que caiu de 8% para 7% na nova pesquisa. Os demais postulantes ao governo da Bahia não atingiram 1% das intenções de voto.
Para Senado na Bahia, o candidato da chapa petista também disparou: Otto Alencar (PSD), candidato à reeleição, disparou 7 pontos com relação ao último Datafolha e soma 39% das intenções de voto. O segundo lugar é de Cacá Leão (PP), que tem 16%.
O salto da chapa lulista na Bahia animou as campanhas estaduais do partido, em especial no Rio Grande do Sul, onde o candidato Edegar Pretto, tem 8% das intenções de voto, enquanto o líder, ex-governador Eduardo Leite, candidato à reeleição tem 38% segundo o último Datafolha.
O entusiasmo é maior, porque o resultado surpreendente na Bahia coincide com a visita de Lula, que estará em Porto Alegre nesta sexta-feira, 16. Está programado um ato no Largo Glênio Peres, no centro histórico do, lugar simbólico da capital gaúcha.
É um local tradicional de grandes eventos políticos um tambor eleitoral que ecoa por todo o do Rio Grande.
Dali, Lula tentará turbinar a candidatura do deputado Edegar Pretto, que patina com 8% das intenções de voto na terceira colocação na disputa pelo governo gaúcho, atrás de Eduardo Leite (38%), Onyx Lorenzonei (24%).
Na disputa pela presidência, Lula conseguiu reverter a situação no Estado, que em 2018 votou amplamente em Bolsonaro: no inicio do ano tinha 27%, quando Bolsonaro chegava a 40%. Na última pesquisa do Ipec, ele alcançou a 46% ante 34% de Bolsonaro.
O desafio é o governo estadual. Até o momento ele não conseguiu transferir seus votos para seu candidato, Eduardo Pretto.
A expectativa da frente de esquerda que apoia Edegar Pretto e que ganhou alento com a candidatura de Olivio Dutra ao Senado, agora é o “efeito Lula” entre os gaúchos para levar Pretto ao segundo turno, contando também com a divisão dos votos do eleitorado de direita entre três candidados do mesmo campo – além de Eduardo Leite e Onix Lorenzoni, o senador Luiz Heinze, do PP, que aparece nas pesquisas com 6% das intenções de voto.
Essa divisão abriria a chance de segundo turno para uma candidatura, como a de Pretto, que aglutine todas as forças de esquerda e centro esquerda. É nessa tecla que Lula vem bater em Porto Alegre.
No Paraná, onde Lula estará no dia seguinte, 17, o desafio não é menor. Segundo a última pesquisa do Ipec, Bolsonaro está na frente com 41% das intenções de voto, contra 35% de Lula.
Para o governo do Estado, segundo a última pesquisa do Ipec, o governador Ratinho Junior, candidato à reeleição pelo PSD, lidera com 46%, seguido de Roberto Requião do PT com 24% .
Em Santa Catarina, onde Lula estará no dia 18, a situação é mais grave. Bolsonaro está na frente, com 50% das intenções de voto, o dobro de Lula, que tem 25% segundo a última pesquisa do Ipec.
Na disputa estadual, o governador Carlos Moisés, candidato a reeleição pelo Republicanos, está frente com 23% dos votos.
O candidato do PT, Décio Lima, está em quarto lugar com 6% das intenções de voto, depois de Esperidião Amim (PP) e Jorginho Melo (PL).
Aqui também a expectativa de Lula é que a divisão dos votos à direita leve a candidatura petista ao segundo turno.